sexta-feira, 12 de outubro de 2012

AGRADEÇO AO MISSIONÁRIO JOÃO CORDEIRO POR TODOS OS ANOS QUE ESTIVE JUNTO A ELE NO MINISTÉRIO PODER DA FÈ .

Quero  deixar  aqui registrado  o meu  agradecimento  ao  missionário João Cordeiro e  família pelos anos   que podemos estar juntos,  e por ter essa  cobertura espiritual sobre nossas vidas.
Deixo  aqui  a  minha  gratidão pelos  homens de Deus que de mãos  estendidas nos receberam .

A nuvem  andou e  chegou  a  hora de caminhar .

fiquem todos na   GRAÇA  E PAZ   DO SENHOR JESUS CRISTO .

Bispo  Roberto   Torrecilhas

ATUAÇÃO DO ESPIRITO DE REBELIÃO NA IGREJA

A Bíblia Sagrada relata um fato ocorrido no Livro de Números, Capítulo 16, aonde alguns homens tomado por um espirito de rebelião se levantaram contra as autoridades espirituais, Moisés e Arão, para afrontá-los.



É uma história triste, por que as atitudes desses homens trouxeram problemas não somente para eles, mas, também, para suas famílias.
 A ação dos rebeldes foi destronada pelo próprio Deus, fazendo com que a terra os consumisse.

O espirito de rebeldia tem agido dentro das igrejas, da mesma maneira que outrora.

A diferença é que os rebeldes agem, simplesmente, por que, apesar de frequentar uma igreja, ser chamado de crente, ainda não foi liberto da ação de demônios.

 Eles não aceitam submeter a nenhuma autoridade, pois julgam superiores aos demais membros do corpo. O rebelde tem vida curta, pois, dentre as atitudes de homens cuja vida foi reprovada por Deus, o espirito de rebeldia, alcança lugar de destaque.


Satanás caiu, dentre os vários motivos, não devemos esquecer de seu levante contra o Senhor. Mirian e Arão, também, se levantaram contra a autoridade de Moisés. Como todo rebelde, sua argumentação sempre tem um pressuposto que justifica suas atitudes. O argumento precípuo de Arão e Mirian, foi o casamento de Moisés com uma mulher cuxita e, em seguida, os questionamento: Porventura o Senhor falou somente por Moisés? Claro que não, mas Deus, também, não fala com rebelde. O levante de Mirian, causou ao seu corpo a lepra. Sempre que se vê um caso de rebelião na Bíblia, a ação de Deus contra o rebelde é vorax. Tenho visto muitos casos de rebelião dentro de Igrejas. Os rebeldes se acham no direito de agir conforme a sua vontade e pensam que Deus está com os olhos fechados para suas atitudes, não sabendo que cedo o juizo de Deus virá sobre eles. Parece que não sabem que suas atitudes o afastaram de Deus e, agora, nem mesmo suas orações, são ouvidas conforme descreve Habacuque 1,13: "Tu és tão puro de olhos, que não pode ver o mal e a vexação não podes contemplar".


Lembre-se, Uzá tinha a boa vontade, impediu a Arca da Aliança de cair do carro puxado pelos bois, entretanto, mesmo assim perdeu a sua vida. Eles acreditam que a boa vontade agradam a Deus, mas, são reprovados. Mirian necessitou que Moisés clamasse ao Senhor para que a cura se manifestasse em seu corpo.


 As atitudes dos rebeldes impedem que suas orações cheguem ao coração do Pai. O rebeldes atuam nas igrejas e da mesma maneira que satanás, geralmente obtém êxito no seu papel de convencer a membresia sobre as razões que o levaram a tomar essa atitude conseguindo, assim, arrebanhar um grande número de seguidores, desta maneira contrinuem para sua destruição de muitos ministérios. Tanto o líder rebelde como seus seguidores, necessitarão, primeiramente, de arrependimento e do perdão de Deus e da mesma maneira que Moisés teve que interceder junto ao Pai por Miriã, assim, aqueles que foram tomados pelo espírito de rebeldia, que destruiram congregações, terão que clamar a Deus para que a cura possa se manifestar em seu corpo, na sua alma e na sua igreja, quando o juizo de Deus se manifestar. Deus não mudará sua Palavra para se adequar a procedimentos de homens desobedientes.

Não há justificativa para tal posicionamento. Pecado de rebelião é como o pecado de feitiçaria. Rebelde é como feiticeiro e suas atitudes são abomináveis diante de Deus. Satanás rebelou contra Deus e todos aqueles que o seguiram, as escrituras os denominam de demônios.


VIA GRITOS  DE ALERTA

DEUS NÃO APROVA A REBELDIA .



1 Samuel 15:23
“Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria...”

Este chamado é muito importante e você deverá repassar ao máximo de pessoas que conseguir, para que possamos mostrar o que nós defendemos, a família e o respeito!
A cada dia que passa uma nova tragédia acontece. As drogas  tomaram proporções absurdas em nosso pais, a bebida tem tirado a vida de milhares de jovens, o tráfico de drogas tirando vidas em números maiores que a guerra do Iraque.
Tantas coisas ruins acontecendo, mas o que será que foi e esta sendo feito para que nossa juventude e a população em geral caminhe para esse lugar escuro, sem amor e egoísta?

REBELDIA

Na palavra de Deus em 1 Samuel 15:23 diz: “Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria...”
Mas porque a rebeldia é comparado ao pecado de feitiçaria?
O que é feitiçaria? A feitiçaria visa à obtenção de resultados, favores ou objetivos que, regra geral, não são da vontade de terceiros.
Ou seja, quando se esta enfeitiçado você não faz aquilo que realmente você gostaria de fazer, mas sim faz o que a força que esta sobre sua vida quer.
Simplificando:  ...está freqüentemente relacionada com o uso de artes consideradas mágicas, à invocação de entidades , como por exemplo, espíritos, demônios, ...(fonte: Wikipédia)
Podemos ver que a feitiçaria traiçoeira, pois age no subconsciente de uma pessoas para que a mesma não controle suas atitudes, mas sim os demônios que atuam sobre a vida da pessoa. Por isso temos visto uma sociedade carente, que esta se destruindo cada vez mais, tanto nas drogas, como na bebida, casamentos destruídos, crimes, roubos, mortes, assassinatos, entre tantas outras desgraças.
Sim, isso esta acontecendo por causa do espírito de rebeldia que tem tomado essa geração.
As pessoas estão sendo ensinadas a fazer a sua própria vontade, a serem egocêntricas: Eu posso, eu quero, eu faço, eu eu eu eu... o Egocentrismo tomou conta desta geração, a qual esta sendo influenciada não mais pelos pais, pelos valores familiares, mas tem sido influenciadas em suas mentes pelo inimigo, tv, rádio, musicas, filmes, internet, jogos etc.
O inimigo tem plantado mentira na mente das pessoas dizendo que, ninguém as ama que os pais não as amam, que a sociedade não as aceita, as pessoas tem se sentido deixadas de lado e tem dado ouvidos a voz do inimigo que diz: vai La, eu acredito em você, beba, fume, se prostitua, mate, trafique, roube...e assim você será feliz.
As pessoas estão acreditando que tais coisas podem trazer a felicidade e o amor que elas procuram.
Uma geração que esta em busca de um propósito de vida, mas que não tem encontrado, pois o caminho que elas tem seguido leva somente para um lugar, a morte. E não morte física somente, mas a morte espiritual a qual será a morte eterna, longe de Deus.
Mas estão sendo enfeitiçadas por onde? Quando e Como?
Amados, embora muitas pessoas não acreditem, já foi comprovado cientificamente a influencia no comportamento através do som (música) e imagem (filmes/novelas/propagandas/seriados etc. TV)
Agora há alguns dias, foi lançado uma nova novela: REBELDES.
Simplesmente contrário ao que Deus prega, ao que Deus nos ensina.
Temo visto o que a desobediência e a falta de honra a pais e autoridades em geral tem causado na sociedade.
Deus fala em Êxodo 20:12 “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.”
Marcos 12:30-31
“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.”
Queridos amigos, vemos na palavra de Deus, Ele nos ensinando e nos direcionando pra um lugar totalmente diferente que o mundo tem tentado e levado as pessoas.
Deus nos ensina a honrar Pai e Mãe, isso não quer dizer que se nossos pais tem comportamentos errados devemos concordar com o comportamento, mas devemos a Eles nosso respeito. Pois Deus fala na palavra em Romanos 12:21 “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.”
Devemos honrar nossos pais e autoridades, os quais deveriam nos proteger e cuidar de nós, porém se eles não estão cumprindo com o papel deles, mesmo assim, não devemos desrespeitar e querer se vingar de alguma maneira.
Em Romanos 12:19 Deus diz Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor.
Se nos sentimos injustiçados e mal tratados, devemos levar isso diante de Deus, orar, clamar a Deus e pedir que Ele esteja cuidando de nós e nos dando sabedoria para lidar com tais situações.
Já pelo nome inicial da novela já não devemos compactuar com a mesma, afinal, o significado de rebeldia é ir contra, oposição.
A quem viu a propaganda da Novela, pode ver que ela mostra jovens desobedientes que vivem sem limites e sem medo de nada.
Concordo que não devemos ser PARALIZADOS pelo medo, mas devemos ser prudentes. Afinal, Deus fala: 1 Corinthios 6:12 “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.” Isso mostra que devemos ser prudentes e não devemos nos deixar ser dominados pelas coisas deste mundo.
 A novela mostra jovens alguns jovens irresponsáveis e inconseqüentes que fazem o que querem, vivem a vida como eles mesmo acham que devem viver,  sem respeitar pai, mãe e autoridades. E tudo isso de uma maneira bonita como se fossem “heróis” ao agirem assim.
E ainda, querem tornar a palavra REBELDE como se fosse algo bonito. Perguntam pra todos que assistem: Eu sou Rebelde e você? Estão convidando as crianças e os jovens a serem rebeldes. A rebeldia é um ato de desobediência. Deus havia nos alertado que no finais dos tempos tornariam a verdade em mentira.
Romanos 1:25 "Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém."
Na televisão/novela, “tudo é lindo” e sempre acaba bem, porem a vida não é uma historinha onde o final acontece do seu jeito, pois se você não planejar suas atitudes e não tomá-las conscientemente, você receberá aquilo que você não quer.
Romanos 6:23 “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Amados, desde pequenos ouvíamos de nossos pais que devemos respeitar os mais velhos e aprender com eles. Porém  estamos vivendo em uma época que em filmes, musicas, desenhos e artistas tem influenciado o comportamento das crianças a ser irresponsáveis, egoístas, e principalmente a não respeitar nem se envolver com os pais.
Basta o primeiro não que um pai/mãe fala pra um filho e o mesmo já acha que o pai/mãe não ama.
Provérbios 19:20 “Ouve o conselho, e recebe a correção, para que no fim sejas sábio.”
Se estou dispondo do meu tempo aqui para lhes escrever estas palavras é porque assim como Cristo me amou, eu da mesma maneira amo vocês, não porque eu sou bom, mas porque Cristo vive em mim.
Mas porque não assistir? Porque Deus nos diz em Salmos 1:1
“Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!”

Se você filho vai assistir ou vocês pais irão deixar seu filhos assistirem, isso é com vocês, o conselho foi dado.
De nada irá te edificar, simplesmente te instruir a um comportamento que Deus reprova: Rebeldia. 
Pais, peço a vocês que ajudem a seus filhos nas escolhas e decisões da vida. Não deixem eles acreditarem que você(s) não os amam, que não acreditam neles e que eles não tem importância.
Mas comece a dedicar tempo ao seus filhos, a sua esposa, a sua família, da mesma maneira você que é esposa. Dediquem tempo aos filhos, orem juntos, leiam juntos, façam com que os filhos de vocês se sintam parte da família. Não deixem a TV, a internet, os amigos tomarem o tempo que é de vocês com eles.
Provérbios 22:6 diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.”
Filhos, amem seus pais, honrem a seus pais, não acreditem no que o mundo tem jogado através de jogos, TV, internet e música na vida de vocês.
Não tomem decisões definitivas com base em uma tempestade passageira. Não comprometa seu futuro nem estrague ele baseado em conselhos do mundo.
Peçam sabedoria a Deus.
Existe um Deus Pai que ama você, que tem você como filho e que deseja te encher de amor, carinho, atenção e deseja ter um relacionamento diário com você para ensinar o verdadeiro caminho que você deve andar.
Não pense que cresci num lar exemplar e que o que aqui escrevo aprendi com meu Pai.
Tudo o que estou escrevendo aqui, mudou sim a minha vida.
Honrar, amar, ser obediente, ser prudente, e principalmente se submeter a vontade de Deus pra minha vida sem questionar. Cristo mudou o curso da minha vida e foi Ele quem me amou, me ensinou, me cuidou e me ajudou.
Desde quando decidi simplesmente obedecer a palavra de Deus, minha vida se transformou.
Todos somos carentes e necessitamos de um Deus, de um propósito na vida, de um direcionamento e de segurança. Isso você somente encontrará em Deus, Pois é Ele quem estará ao seu lado até o ultimo dia da sua vida. É ele quem nunca te abandonará nem faltará com você. Afinal, foi Ele quem te criou, e Ele quer estar perto de você.
“Dê uma chance” a Deus, se aproxime dEle, leia a sua palavra, busque a Ele.
Deus diz em sua palavra: João 6:37  - “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.”

Ore comigo assim: Deus, quero te agradecer pela minha vida, quero te honrar a cada dia da minha vida. Me perdoa por questionar a tua palavra ao invés de obedece-la. T é o cirador do mundo, me faz compeender mais sobre ti, me perdoa por desenrar meus pais e aqueles que estão sobre autoridade em minha vida.
Deus, em nome de Jesus, tira todo espírito de rebeldia da minha vida, toda a influencia externa recebida para que meus comportamentos fossem  de rebeldia.
Pai, quero ser uma pessoa que honra, e que principalmente e acima de tudo, honra a tua palavra.
Jesus, Eu te recebo mais uma vez como Senhor e Salvador da minha vida. Perdoa meus pecado, renova a tua aliança comigo agora Pai, e me faz uma pessoa que honra.

#PENSE >>> 1 Samuel 2:30 ...”Honrarei aqueles que me honram...”

O VERDADEIRO E O FALSO ARREPENDIMENTO



 
TEXTO --"A tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação e não produz remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte."-- 2º Coríntios 7:10
 
Neste capítulo, o apóstolo se refere a outra epístola que tinha escrito antes a igreja de Coríntio, sobre certo ponto, no qual os coríntios eram culpáveis. Aqui fala do efeito que com ela conseguiu, a leva-los ao verdadeiro arrependimento. Produziu-lhes tristeza da que é segundo Deus. Isto era uma mostra que o arrependimento era genuíno. "Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que ansiedade para estarem isentos de culpa, que preocupação, que desejo de ver justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito." (2a Coríntios 7:11).
No versículo que tomei como texto fala de duas classes de tristeza causada pelo pecado, uma obra arrependimento para salvação, a outra obra para morte. Paulo alude ao que se costuma chamar as duas classes de arrependimento. E este é o tema do que quero falar esta noite.

ARREPENDIMENTO VERDADEIRO E ARREPENDIMENTO FALSO
 
Ao falar deste tema me proponho a mostrar:
I. O que é o arrependimento verdadeiro.
II. Como se pode conhecer.
III. O que é arrependimento falso e espúrio.
IV. Como se pode conhecer.
 
Já é hora de que os que professam ser religiosos aprendam a discriminar muito mais do que fazem com respeito à natureza e ao caráter de vários aspectos da religião. Se fosse assim, a Igreja não estaria cheia de professos falsos e sem proveito. Ultimamente tenho me dedicado a examinar, uma e outra vez, a razão pela que há tanta religião espúria, e tenho procurado averiguar a causa deste problema. É notório que há multidões de pessoas que se consideram religiosas e que não são, a menos que a Bíblia seja falsa. Por que há tantos que se enganam? Por que têm a idéia de que tinham se arrependido quando todavia são pecadores impenitentes. A causa está, sem dúvida, na falta da instrução que lhe permitiria discriminar com respeito aos fundamentos da religião, e especialmente com respeito ao que é arrependimento verdadeiro e arrependimento falso.
I. Vou mostrar agora o que é verdadeiro arrependimento.
Implica uma mudança de opinião com respeito à natureza do pecado, e esta mudança de opinião vai seguida de uma mudança correspondente dos sentimentos com respeito ao pecado. O sentimento é o resultado do pensamento. E quando esta mudança de opinião é tal que produz uma mudança correspondente de sentimento, se a opinião é reta e há o sentimento correspondente, isto é verdadeiro arrependimento. Deve ter a opinião reta. A opinião adotada agora deve ser uma opinião semelhante a que Deus tem com respeito ao pecado. A tristeza segundo Deus, tal como Deus requer, deve proceder de um ponto de vista com respeito ao pecado como o que tem Deus.
Primeiro: Tem que haver uma mudança de opinião com respeito ao pecado.
1. Uma mudança de opinião com respeito à natureza do pecado.
Para o que se arrependeu verdadeiramente o pecado lhe parece algo muito diferente que a aquele que não se arrependeu. Em vez olha-lo como uma coisa desejável ou fascinante, lhe parece algo aborrecível, detestável, e se assombra de que havia desejado algo assim. Os pecadores impenitentes podem olhar o pecado e ver que está destruindo-os, porque Deus vai castiga-los por este pecado; mas, depois de tudo, parece tão desejável em si; o amam tanto, que não querem separar-se dele. Se o pecado pudesse terminar na felicidade, esta seria sua porção definitiva. Mas, para o outro, o que se arrepende, é diferente; este olha sua própria conduta com algo aborrecível. Olha para trás e exclama: "Que detestável, que odioso, quão digno do inferno; e isto estava antes em mim!"
2. Uma mudança de opinião do caráter do pecado com respeito a sua relação com Deus.
Os pecadores não vêem porque razão Deus ameaça o pecado com castigos tão terríveis. O amam tanto que não podem ver porque Deus tem que considera-lo merecedor de um terrível castigo. Quando são convencidos do pecado o vêem baixo a mesma opinião que um cristão, e só desejam a mudança de sentimento correspondente para chegarem a ser cristãos. Muitos pecadores vêem sua relação com Deus como merecedora da morte eterna, mas seu coração não vai com sua opinião. Este é o caso dos demônios e dos espíritos maus no inferno. Note-se, no entanto: é necessária uma mudança de opinião para o verdadeiro arrependimento e sempre lhe precede. O coração nunca vai a Deus com um verdadeiro arrependimento a menos que haja uma mudança prévia de opinião sem arrependimento, mas não há arrependimento genuíno sem uma mudança de opinião.
3. Uma mudança de opinião com relação às tendências do pecado.
Antes o pecador pensa que é incrível que o pecado possa ser merecedor, por si só, de um castigo eterno. É possível que mude de ponto de vista quanto a esta opinião sem que se arrependa, mas é impossível que alguém se arrependa verdadeiramente sem uma mudança de opinião. O homem vê o pecado em sua tendência, como destruidor para ele, e para os demais, a alma e o corpo, para o tempo e a eternidade, e discrepando com tudo o que é bom e feliz no universo. Vê que o pecado é apropriado em suas tendências para causar dano a todos e a ele mesmo, e que não há remédio para ele mesmo exceto o abster-se de modo universal ao mesmo. O diabo o sabe também. E é possível que saibam alguns pecadores que se encontram agora nesta congregação.
4. Uma mudança de opinião com respeito ao merecimento do pecado.
A palavra traduzida com arrependimento implica tudo isto. O pecador descuidado carece quase de idéias retas, inclusive quanto ao que se refere a esta vida, com respeito ao merecimento do pecado. Ainda supondo que admite em teoria que o pecado merece a morte eterna, não o crê. Se cresse seria impossível seguir sendo um pecador descuidado. Está enganado se supõe que ele, de modo sincero, aceita a opinião de que o pecado merece a ira de Deus para sempre. Mas o pecador que foi despertado e convencido já não tem dúvidas mais disto do que da existência de Deus. Vê claramente que o pecado merece o maior castigo da parte de Deus. Sabe que isto é um simples fato.
Segundo: No verdadeiro arrependimento tem que haver a mudança de sentimento correspondente.
A mudança de sentimento se refere ao pecado em todos estes pontos: sua natureza, suas relações, suas tendências e seu merecimento. O indivíduo que se arrepende verdadeiramente não só vê o pecado como detestável e ruim, merecedor de aborrecimento, senão que realmente o aborrece, o odeia em seu coração. Uma pessoa pode ver o pecado como prejudicial e abominável; contudo seu coração o ama, o deseja, se adere a ele. Mas quando se arrepende verdadeiramente o aborrece de todo seu coração e renuncia ao mesmo.
Em relação com Deus seu sentimento com respeito ao pecado é tal como este merece. E aqui há a fonte desta torrente de tristeza no qual os cristãos irrompem, quando contemplam o pecado. O cristão o vê quanto a sua natureza, e simplesmente, sente aborrecimento. Mas quando o vê em sua relação a Deus, então chora; as fontes de sua tristeza seguem manando, e quer livrar-se dele, prostrar-se e deixar correr uma torrente de lágrimas por seus pecados.
Logo, quanto às tendências do pecado, o indivíduo que se arrepende verdadeiramente o vê tal como é. Quando olha o pecado em suas tendências, se desperta nele um desejo veemente de pará-lo, de salvar as pessoas de seus pecados, de fazer voltar para trás o curso do avanço da morte. Acende-se seu coração, se põe a orar, a trabalhar, a arrancar os pecadores do fogo com toda força, a salva-los das terríveis tendências do pecado. Quando o cristão põe sua mente nisto, vai mover-se para que os homens renunciem a seus pecados. É como se visse aos homens beber veneno, que sabe que os destruirá, e levanta a voz, adverte-os que VIGIEM.
Ele sente o correto, quanto ao merecimento do pecado. Ele não tem apenas uma convicção intelectual que o pecado merece uma punição perpétua, mas ele sente que isso é tão certo e tão racionável, e tão justo para Deus condena-lo para a morte eterna, que está longe de encontrar falha na sentença da lei que condena ele, ele acha a maravilha do céu, a maravilha das maravilhas, que Deus pôde perdoa-lo. Em vez de pensar que é duro, ou severo, ou cruel da parte de Deus, que pecadores incorrigíveis vão para o inferno, ele contempla uma excessiva indignação que ele não se enviou para o inferno ele mesmo, e que toda essa culpa do mundo já não foi há muito tempo lançada no fogo sem fim. A última coisa do mundo que ele iria reclamar é que todos os pecadores não são salvos, mas Oh, é uma maravilha da misericórdia que todo o mundo não está condenado. E quando ele pensa que é um pecador salvo, ele sente uma gratidão que ele nunca conheceu semelhante até ele ser cristão.
II. Vou mostrar quais são os frutos ou efeitos do arrependimento genuíno.
Quero mostrar a vocês quais são as obras do verdadeiro arrependimento e deixar claro em vossa mente que podem saber de modo infalível se arrependeram ou não.
1. Se teu arrependimento é genuíno há em tua mente uma mudança consciente nos pontos de vista e nos sentimentos com respeito ao pecado.
Disto você será tão consciente como foi antes de uma mudança de vista e de sentimentos com respeito a qualquer outro tema na vida. Como se pode saber? Porque neste ponto houve uma mudança em você, as coisas velhas já foram abandonadas e tudo se fez novo.
2. Quando o arrependimento é genuíno, a disposição para voltar a pecar desaparece.
Se você se arrependeu de veras já não ama o pecado; não se abstém dele por medo, não o evita pelo castigo, senão que o odeia. O que você diz disso? Você tem a segurança que sua disposição de cometer o pecado desapareceu? Olhe os pecados que você costumava praticar quando era impenitente. O que te parecem agora? Parecem-te agradáveis? Você gostaria de voltar a praticá-los se fosse desafiado? Se for assim, fica a você a disposição para pecar, e que só foi convencido do pecado. Tuas opiniões sobre o pecado podem ter mudado, mas se permanece o amor ao pecado, tenha a absoluta certeza de que é todavia um pecador impenitente.
3. O arrependimento genuíno obra uma reforma na conduta.
Entendo que esta idéia está principalmente indicada no texto onde diz: "A tristeza que é segundo Deus produz um arrependimento para salvação". O arrependimento segundo Deus produz uma reforma da conduta. De outro modo, é uma repetição da mesma idéia; ou seja, que o arrependimento produz arrependimento. Por isso suponho que o apóstolo está falando de uma mudança na mente que produz uma mudança de conduta que termina na salvação. Permita-me agora perguntar se você está realmente reformado. Abandonou teus pecados? Ou está praticando eles ainda? Se for assim, ainda é um pecador. Não importa quanto haja mudado tua mente, se não trouxe uma mudança de conduta, tua reforma real não é arrependimento segundo Deus, ou seja, o que Deus aprova.
4. O arrependimento, quando é verdadeiro e genuíno, conduz a confissão e a restituição.
O ladrão não se arrependeu enquanto que guarda o dinheiro que roubou. Pode ter convicção de pecado mas não arrependimento. Caso tenha se arrependido, devolve o dinheiro. Se você me defraudou e não me devolve o que me tirou injustamente, ou se injuriou ou prejudicou a alguém e não retificou o dano que causou, pelo que te corresponde, não se arrependeu verdadeiramente.
5. O verdadeiro arrependimento é uma mudança permanente de caráter e de conduta.
O texto diz que e arrependimento para salvação, do que "não traz remorso". O que quer dizer o apóstolo com esta expressão senão que o verdadeiro arrependimento é uma mudança tão profunda e fundamental que o homem não volta atrás do mesmo outra vez? As pessoas o lê às vezes como dizendo: um arrependimento do qual a pessoa não está arrependida. Mas isto não é o que diz. Repito: é um arrependimento do qual, o que o faz, já não volta atrás. O amor ao pecado é verdadeiramente abandonado. O indivíduo que se arrependeu verdadeiramente, que mudou suas opiniões e seus sentimentos, já não mudará outra vez, não voltará a amar o pecado. Lembre isto bem, que o pecador penitente verdadeiro experimenta sentimentos dos que não voltará a arrepender-se. O texto diz que são "para salvação". Vai direto ao mesmo descanso do céu. A mesma razão pela que termina em salvação é que não volta a arrepender-se de havê-lo feito.
E aqui não posso por menos que fazer ressaltar que se vê porque a doutrina da Perseverança dos Santos é verdadeira, e o que significa. O verdadeiro arrependimento é uma mudança de sentimentos tão completo e o indivíduo que o experimenta chega a aborrecer de tal modo o pecado, que perseverará nele, e não voltará atrás de seu arrependimento para voltar ao pecado outra vez.
III. Vou falar agora do falso arrependimento.
O arrependimento falso ou espúrio nos é dito que é do mundo, a tristeza do mundo; isto é, a tristeza pelo pecado que procede de considerações e motivos mundanos, relacionados com a vida presente, ou no máximo, considera a "própria felicidade" num mundo futuro, sem olhos à verdadeira natureza do pecado.
1. Não se fundamenta numa mudança de opinião como o que se especificou que pertence ao verdadeiro arrependimento.
A mudança não é em pontos fundamentais. Uma pessoa pode ver as más conseqüências do pecado num ponto de vista mundano, e pode estar cheio de consternação. Pode ver a forma terrível em que afeta seu caráter, ou põe em perigo sua vida; que se algo de sua conduta escondida fosse descoberta, sofreria a vergonha e o opróbrio e isto lhe enche de temor e mal-estar. É muito comum que haja pessoas que tenham esta classe de tristeza do mundo, quando haja alguma consideração mundana no fundo de tudo.
2. O falso arrependimento está fundamentado no egoísmo.
Pode tratar-se de um forte sentimento de pena na mente do indivíduo, por haver feito o que fez, porque vê as más conseqüências que lhe vai produzir, porque lhe faz sentir desgraçado, ou lhe expõe a ira de Deus, ou prejudica sua família ou seus amigos, ou porque produz dano para ele, no tempo ou na eternidade. Tudo isto é puro egoísmo. Pode sentir remorso na consciência, um REMORSO que lhe rói e lhe consome, e não ser verdadeiro arrependimento. Pode chegar a ser temor &endash; um temor terrível, profundo &endash; da ira de Deus e os tormentos do inferno, e contudo ser puramente egoísta, e em tudo ele não sentir firme ódio ao pecado, e não haver sentimentos em seu coração de que correspondam às convicções do entendimento em relação com a infinita maldade do pecado.
IV. Vou mostrar como se pode conhecer este arrependimento falso ou espúrio.
1. Deixa os sentimentos sem mudar.
Deixa no coração uma disposição para o pecado intacta e sem submeter. Os sentimentos em relação à natureza do pecado não mudaram, e o indivíduo ainda sente o desejo de pecar. Abstém-se de faze-lo, não porque o aborrece, senão porque teme suas conseqüências.
2. Leva à morte.
Leva a uma dissimulação hipócrita. O indivíduo que passou por um verdadeiro arrependimento está disposto a que se saiba que se arrependeu, que era um pecador. O que só tem um falso arrependimento dá toda classe de desculpas e mentiras para encobrir seus pecados e tem vergonha de seu arrependimento. Quando o chamamos para o banco dos penitentes cobre seus pecados com toda classe de desculpas, tratando de dissimula-los, e de atenuar sua gravidade. Caso fale-se de sua conduta passada sempre o faz em termos suaves e favoráveis. É visto nele uma constante disposição a encobrir seu pecado. Este arrependimento conduz à morte. O faz cometer um pecado atrás de outro. Em vez de uma sincera expressão sentida e franca, com o coração aberto, se vê um palavreado, um alisar e dissimular as coisas, atenuando-as de tal forma que a confissão se converte em não confessar nada.
O que você diz disso? Você se envergonha de que alguém te fale de seus pecados? Se for assim, tua tristeza é só tristeza do mundo, e obra para a morte. Quantas vezes se vêem pecadores que tratam de evitar a conversação sobre seus pecados e ao mesmo tempo se chamam buscadores ansiosos, e esperam fazer-se cristãos desta maneira. Esta classe de tristeza também se encontra no inferno. Não há dúvida que os desgraçados habitantes do abismo desejam escapar da presença de Deus. Não é esta a tristeza que se encontra no céu pelo pecado. Esta tristeza é franca, simples, aberta e plena. Esta tristeza não está em desacordo com a verdadeira felicidade. Os santos transbordam felicidade, e contudo, sentem tristeza plena, franca, por seu pecado. Mas esta tristeza do mundo está envergonhada de si mesma, é pobre e mesquinha e leva a morte.
3. O falso arrependimento produz só uma reforma parcial da conduta.
A reforma que produz a tristeza do mundo se estende só às coisas das quais o indivíduo foi convencido com força. O coração não mudou. É visto que evita só aqueles pecados cardinais dos quais se tem mostrado a evidência nele.
Observe este jovem convertido. Caso esteja enganado, encontra que só há uma mudança parcial em sua conduta. Foi reformado em certas coisas, mas há muitas coisas más cuja prática ainda continua. Se você entra em intimidade com ele, em vez de falar que esta temendo a aparição do pecado por todas as partes, e eficaz para descobrir tudo o que seja contrário ao espírito do Evangelho, você o verá, talvez, estrito com respeito a certas coisas, mas frouxo em sua conduta e relaxado em suas opiniões e olhos em outros pontos, e muito distantes de manifestar um espírito cristão com respeito a todo pecado.
4. Em geral, a reforma produzida por uma tristeza falsa é temporal inclusive naquelas coisas que foram reformadas.
O indivíduo está recaindo continuamente em seus antigos pecados. A razão é que a disposição a pecar não desapareceu, só está detida ou restringida pelo temor, e tão pronto como tem esperança e pertence à igreja, e está corroborando de modo que seus temores têm minguado, se lhe vê gradualmente recaindo em seus antigos pecados. Está foi a dificuldade da casa de Israel, que lhe fez cair constantemente na idolatria e outros pecados. Só tinham tristeza do mundo. É visto agora em todas as partes na igreja. Os indivíduos se reformam durante um período, entram na igreja e recaem em seus velhos pecados. É disto que isto é esfriar-se na religião, e voltar atrás, e coisas assim, mas a verdade é que sempre amaram o pecado, e quando se lhes oferece a ocasião, voltam a ele, como a porca lavada que voltou a revolver-se na lama, porque não deixa de ser o que era.
Queria que entendessem este ponto bem. Aqui está o fundamento de todas essas adequações e iniciações em religião que se vêem com tanta freqüência. As pessoas se sentem despertados, convencidos, pouco a pouco se lhes entra a esperança e se estabelecem em uma falsa segurança, e logo se deslizam. Talvez vigiem bastante como para não serem expulsos da igreja, mas os fundamentos do pecado não foram quebrados, e voltam a seus caminhos antigos. A mulher frívola segue sendo frívola, e o homem cobiçoso e avarento segue amando o dinheiro como antes, e segue ao mundo tão ansiosamente e devotadamente como antes de juntar-se à igreja.
Você pode ir por todos os estratos da sociedade e nos casos em que há conversações a fundo verá que os pecados em que mais cometiam antes da conversão se encontram muito remotos agora. O convertido verdadeiro é o que com menos probabilidade vai cair neles de novo, porque os aborrece ao máximo. Mas o que vive enganado e orientado segundo o mundo, sempre tende a cair nos mesmos pecados. A mulher que ama os vestidos volta a cair de novo com toda a sua glória, e fracassa como ela costumava fazer. A fonte do pecado não foi quebrada. Não purificou a iniqüidade de seu coração, senão que permaneceu neles em todo momento.
5. É uma reforma forçada.
A reforma produzida pelo falso arrependimento não é só uma reforma parcial e uma reforma temporal, é também uma reforma forçada e obrigada. A reforma do que se arrependeu de veras é de coração; já não tem disposição para o pecado. Nele se cumpre a promessa da Bíblia. Encontra em realidade que: Os caminhos do sábio são prazerosos; todas suas sendas são paz." Encontra que o jugo do Salvador é fácil e a carga é ligeira. Tem notado que os mandamentos de Deus não são gravosos, senão que enchem de gozo. Que são mais desejáveis que o ouro, sim, mais que o ouro refinado; mais doces que o mel e que a colméia. Mas esta classe de arrependimento espúrio é muito diferente: é um arrependimento legal, o resultado do temor e não do amor; um arrependimento egoísta, longe da mudança de coração voluntário, livre, desde o pecado à obediência. Se há alguns indivíduos aqui que têm esta classe de arrependimento sabem bem que não se abstêm do pecado porque estão decididos a faze-lo, porque o odeiam, senão que o fazem por outras considerações. Se trata de que a consciência interfere e o impede, ou é o temor de que possam perder sua alma, ou perder sua esperança, ou perder seu caráter mais bem que o aborrecer o pecado ou amar o dever.
Estas pessoas necessitam ser empurradas ao cumprimento do dever por meio de uma passagem expressa da Escritura, pois do contrário encontram desculpas para o pecado, e se escapam do dever, e crêem que não passa nada com faze-lo. A razão é que amam seus pecados e se não fosse porque não se atrevem a quebrar descaradamente o mandamento expresso de Deus, praticariam o pecado. Quando há verdadeiro arrependimento não acontece isto. Se há algo que parece contrário a grande lei do amor, a pessoa que tem verdadeiro arrependimento o aborrece e o evita, tanto se existe um mandamento expresso de Deus sobre aquilo ou como se não existisse. Mostra-me um homem assim, e te direi que não tem necessidade de mandamentos para abster-se de beber bebidas fortes ou traficar com elas. Isto é contrário a grande lei da benevolência e ele não infringiria, como não roubaria, blasfemaria ou cometeria nenhuma outra abominação.
De modo que o homem que tem verdadeiro arrependimento não necessita que lhe digam. "Assim disse Jeová", para abster-se de oprimir a seu próximo, porque não faria nunca nada mau. Quão certamente aborreceria qualquer coisa deste tipo caso tivesse se arrependido verdadeiramente do pecado.
6. Este arrependimento espúrio conduz a um sentimento de justificação própria.
O indivíduo que tem este arrependimento pode saber que Jesus Cristo é o único Salvador dos pecadores e pode professar que crê nele e que somente confia nele para a salvação, mas, depois de tudo, está na realidade pondo dez vezes mais sua confiança em sua reforma do que em Jesus Cristo, com olhos para a salvação. E se quer observar seu próprio coração se dará conta disso. Pode que espere a salvação de Cristo, mas de fato insiste mais em reformar-se, e sua esperança está fundamentada mais nisto que no sacrifício de Cristo. Está remendando sua própria justificação.
7. Conduz a falsa segurança.
O indivíduo supõe que a tristeza do mundo que teve é o verdadeiro arrependimento, e confia nela. É um fato curioso que, enquanto que pude averiguar o estado mental desta classe de pessoas, parece que dão por definitivo que Cristo as salvará porque sentiram tristeza por seus pecados, ainda que não são conscientes de que tenham sentido que descansam em Cristo. Eles têm sentido tristeza, e isto lhes tem dado alívio. Têm se sentido melhor e agora esperam ser salvos por Cristo, quando sua própria consciência lhes ensina que nunca tinham confiado de coração em Cristo.
8. Endurece o coração.
O indivíduo que tem esta classe de tristeza se torna mais duro em seu coração, em proporção ao número de vezes que exercitou esta tristeza. Se tem emoções fortes de convicção de pecado e seu coração não foi quebrantado e fluído ao exterior, as fontes do sentimento vão se secando, e seu coração é cada vez mais difícil de alcançar. Considere um cristão real, que se arrependeu de veras, e cada vez que se dá conta disto vai prostrando-se mais e mais diante de Deus, e se torna mais doce, mais emocionado, mais terno, e mais submisso à bendita Palavra de Deus, enquanto que vive, e por toda a eternidade. Seu coração entra no hábito de ir ao compasso das convicções de seu entendimento e se volta mais dócil e tratável, como um neném.
Aqui há a grande diferença. As igrejas ou os membros individuais, que tem só este arrependimento do mundo passam por um avivamento, se despertam e se embaraçam e logo se esfriam outra vez. O processo pode se repetir, e se encontrará que desta vez são mais e mais difíceis de despertar, até que finalmente se voltam tão duras como a pedra, e já não podem ser avivadas outra vez. Em oposição a estas igrejas há as igrejas e os indivíduos que tem experimentado o verdadeiro arrependimento. Se estes passam por avivamentos sucessivos, se encontra que cada vez são mais ternos e maduros até que chega um momento em que quando ouvem o toque da trombeta do avivamento, já ficam elétricos e ardem, dispostos para o trabalho.
Esta distinção é tão evidente como a que há entre a luz e as trevas. Pode se observar entre as igrejas e entre os membros das igrejas. O princípio se vê ilustrado nos pecadores que, depois de haver passado por vários avivamentos acabam desviando-se da religião, e ainda que os céus enviem nuvens de misericórdia sobre suas cabeças, não fazem caso ou as rejeitam. É o mesmo nas igrejas e nos membros; se eles não têm o verdadeiro arrependimento cada nova experiência endurece mais seu coração e faz mais difícil que sejam alcançados pela verdade.
9. Cauteriza a consciência.
É provável que estas pessoas ao princípio sintam inquietude quando a verdade ilumina sua mente. Pode que não tenham tanta convicção como um cristão real. Mas o cristão real está cheio de paz ao mesmo tempo que as lágrimas fluem de sua convicção de pecado. E cada nova convicção lhe faz mais cuidadoso, vigilante, tenro, até que sua consciência se torna como a menina dos olhos, tão sensíveis que a simples aparência de mal lhes ofende. Mas a outra classe de tristeza, que não conduz a uma renuncia sincera do pecado, deixa o coração mais duro do que antes, e pouco a pouco cauteriza a consciência como faria um ferro incandescente. Esta tristeza produz morte.
10. Rejeita a Jesus Cristo como base de sua esperança.
O depender da reforma, ou da tristeza, ou do que seja, não conduz a confiar em Jesus Cristo, de tal modo que o amor de Cristo lhe constrange para trabalhar todos os dias de sua vida por Cristo.
11. É passageiro, temporal.
Esta classe de arrependimento é aquele do que quem se arrepende. Pouco a pouco, se encontrará que estas pessoas acabam envergonhando-se dos sentimentos profundos que tinham tido. Não querem falar deles, e se o fazem é de modo leviano e frio. Pareciam muito emocionados durante o avivamento, e mostravam atividade e interesse, como os demais, ou até mais, e é provável inclusive que fossem extremistas. Mas, uma vez o avivamento tenha terminado se oporão a tomar novas medidas, irão mudando e se envergonharão de sua diligência. Na realidade se arrependem de seu arrependimento.
Estas pessoas, depois de que tenham se filiado à igreja, se envergonham de terem se sentado no banco dos penitentes. Quando tenha passado o auge do avivamento, começarão a falar contra o excesso de entusiasmo e a necessidade de serem mais sóbrios e conseqüentes na religião. Aqui está o segredo: seu arrependimento é tal que se arrependem do mesmo.
Às vezes encontram-se pessoas que professam terem se convertido num avivamento que se voltam contra as mesmas medidas, meios e doutrinas que professaram quando se converteram. Não ocorre isto com o verdadeiro cristão. Este não se envergonha nunca de seu arrependimento. Jamais se sentiria envergonhado da emoção que sentiu no avivamento.
Conclusão
1. Do dito nos damos conta de uma razão pela que há tanta religião que podemos chamar espasmódica na igreja.
Confundiram a convicção de pecado com a conversão; a tristeza segundo o mundo, com a tristeza segundo Deus que produz arrependimento para salvação, do que não há que ter remorso. Estou convencido, depois de anos de observação, que aqui temos a verdadeira razão do presente estado deplorável da Igreja em todo o país.
2. Vemos porque os pecadores baixo convicção sentem e pensam que é uma grande cruz o fazer-se cristão.
Crêem que é uma grande prova o renunciar a seus companheiros infiéis e o renunciar a seus pecados. Enquanto que, se seu arrependimento fosse verdadeiro, não considerariam que é uma cruz o renunciar a seus pecados. Lembro quais eram meus sentimentos quando vi pela primeira vez jovens que se faziam cristãos e se uniam a Igreja. Pensava que era uma coisa muito boa, em conjunto, o ter religião, porque com isso salvariam suas almas, e iriam ao céu. Mas naquele tempo sempre me parecia que era uma coisa muito triste. Nunca sonhava que depois estes jovens iam ser totalmente felizes. Creio que é comum crer que, ainda que a religião é algo bom em conjunto, e bom ao final, não é possível ser feliz na religião. Tudo isso é devido a uma equivocação feita com respeito à verdadeira natureza do arrependimento. Não compreendem que o verdadeiro arrependimento conduz a um aborrecimento daquelas coisas que se amava antes. Os pecadores não vêem que seus amigos que se fazem verdadeiros cristãos, sentem aborrecimento por toda classe de frivolidades e loucuras, bailes e festas mundanas, e as diversões pecaminosas e que o amor destas coisas é crucificado.
Conheci a uma jovem que se converteu a Deus. Seu pai era um homem orgulhoso, mundano. Ela antes se vestia com grande luxo, ia a uma escola de dança e aos bailes. Depois de converter-se seu pai não queria que ela abandonasse estas coisas. Tentou obriga-la a ir. Ele mesmo a acompanhava à escola de dança e a obrigava a bailar. A jovem tinha que faze-lo e muitas vezes enquanto estava na pista caia em choro pela dor e o aborrecimento que sentia por tudo aquilo. Por que? Porque se arrependia verdadeiramente destas coisas, com um arrependimento pelo qual não tinha pesar. Como lembraria esta jovem, o ver-se naquele ambiente, a seus antigos companheiros, e como aborreceria a alegria anterior, e como desejaria encontrar-se em uma reunião de oração e ser feliz nela? Esta é a equivocação do impenitente, ou aquele que só tem sentido a tristeza segundo o mundo, com respeito ao cristão verdadeiro e sua felicidade.
3. Aqui podemos ver o que passa aos cristãos professos que crêem que é uma cruz o ser muito rigoroso na religião.
Estas pessoas estão pondo sempre desculpas por seus pecados e defendendo certas práticas que não estão de acordo com a religião estrita. Mostram que ainda amam ao pecado e seguirão nele enquanto e até onde se atrevem. Se fossem verdadeiros cristãos, o aborreceriam e considerariam que é uma cruz o serem arrastados a ele.
4. Aqui se vê a razão pela que alguns não sabem o que é gozar da religião.
Não estão contentes e alegres na religião. Estão apenados porque têm que separar-se de tantas coisas que amam, ou porque têm que renunciar a certa quantidade de dinheiro. Encontram-se como em brasas constantemente. Em vez de regozijar-se em toda oportunidade de negar-se a si mesmo, e gozar-se na verdade, por mais crua que seja, é uma grande prova que lhes digam que façam seu dever, quando este interfere com suas inclinações e hábitos. A pura verdade lhes molesta. Por que? Porque seus corações não desfrutam fazendo seu dever. Se gostassem dariam graças por cada oportunidade de faze-lo, e isto lhes fariam felizes.
Sempre que você vê essas pessoas, se eles se sentem exprimidos e angustiados porque a verdade pressiona eles, se seus corações não se renderam e na prosseguiram com a verdade, HIPÓCRITA é o nome de todos esses professos de religião. Se você vê que eles estão angustiados como pecadores ansiosos, e que quanto mais você indica os pecados deles mais eles ficam angustiados, você pode ter certeza, que eles nunca se arrependeram realmente de seus pecados, nem se entregaram para Deus.
5. Vemos porque muitos convertidos professos, que ao tempo de sua conversão davam mostras de encontrarem-se afetados por ela de grande maneira, depois se tornam apóstatas.
Sentiam-se profundamente convencidos e molestados, e depois que encontraram alívio seu gozo foi grande e foram felizes durante um tempo. Mas, pouco a pouco, declinaram, e finalmente se apartaram. Na realidade, ainda que alguns chamem isto o cair da graça, a verdade é que se apartaram dentre nós porque não eram dos nossos. Nunca tinham se arrependido com o arrependimento que destrói a disposição para o pecado.
6. Por isso os que tornam atrás são tão desgraçados.
Talvez alguém infira que eu suponho que todos os verdadeiros cristãos são perfeitos no que digo sobre a disposição ao pecado, que é destruída e mudada. Não pode-se tirar esta inferência. Há uma diferença radical entre o cristão que volta atrás e o hipócrita que volta de sua profissão. O hipócrita ama o mundo e se goza regressando ao mesmo. Pode ter algo de temor e de remorso, e de apreensão sobre sua perda de caráter, mas depois de tudo ama o pecado. Não é este o caso do cristão que volta atrás. Este perde seu primeiro amor, logo cai numa tentação e entra em pecado. Mas não o ama; se sente amargurado por ele; infeliz e afastado do lar. Naqueles momentos não possui o Espírito de Deus, nem o amor de Deus em exercício que lhe impede cair em pecado, mas não ama o pecado; se sente desgraçado. É muito diferente do hipócrita. Aquele, quando abandona o amor de Deus, pode ser entregue a Satanás durante um tempo, para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo, mas não pode voltar a gozar do pecado como antes, nem deleitar-se como antes nos prazeres do mundo. Não pode submergir na iniqüidade. Enquanto continua vagueando, é um miserável. Se há um assim aqui esta noite, você sabe disso.
7. Compreende-se porque os pecadores convencidos temem prometer que vão a renunciar a seus pecados.
Dizem que não se atrevem a faze-lo, porque têm medo de que não poderão cumprir a promessa. Esta é a razão: "Amam ao pecado". O alcoólico sabe que ele gosta de rum, e ainda que possa ver-se constrangido a cumprir sua promessa e abster-se do mesmo, contudo, seu apetite o deseja. E o mesmo ocorre com o pecador convencido. Sente que ama o pecado, que seu contato com o pecado não foi quebrado ainda, e não se atreve a dar sua promessa.
8. Por isso alguns que professam religião se opõem às promessas.
É pelo mesmo princípio. Amam tanto a seus pecados que sabem que seus corações procurarão encontrar satisfação e temem prometer renunciá-los. É por isso que muitos que dizem ser cristãos recusam unir-se à igreja. A razão secreta é que sentem que seus corações ainda desejam o pecado, e não se atrevem a entrar sob as obrigações do pacto da igreja. Não querem estar submetidos à disciplina da igreja no caso que pequem. Este homem sabe que é um hipócrita.
9. Os pecadores que têm tristeza do mundo podem ver agora onde está a dificuldade, e qual é a razão pela que não se convertem.
Suas opiniões intelectuais do pecado podem ser tais que se seus corações correspondessem às mesmas seriam cristãos. E talvez pensem que o seu é um arrependimento verdadeiro. Mas se estivessem dispostos a renunciar ao pecado, não teriam medo de dar a promessa e fazer o mundo saber que a fizeram. Se algum dos tais está aqui que passe adiante e sente-se neste banco. Se você está disposto a renunciar ao pecado, está disposto a fazer uma promessa, e disposto que todo mundo saiba que o fez. Mas se você resiste a convicção, quando teu entendimento está iluminado para ver o que você tem que fazer, e teu coração vai ainda atrás dos pecados, trema, pecador, diante da perspectiva que te espera. Tuas convicções não te servirão para nada, só te servirão para fundir-te mais no inferno por tê-las resistido.
Se você está disposto a renunciar a teus pecados, você pode mostrá-lo na forma que disse. Mas se ainda ama a teus pecados e quer retê-los, você pode seguir sentado em teu assento. E agora: "Vamos dizer a Deus em oração que estes pecadores não estão dispostos a renunciar a seus pecados, e que ainda que estão convencidos de estar no erro, amam seus ídolos e querem segui-los?" Que o Senhor tenha misericórdia deles, porque seu destino é terrível.


Por: Rev. Charles G. Finney.
BISPO  ROBERTO TORRECILHAS 

COMUNICO MINHA SAÍDA DO MINISTÉRIO PODER DA FÉ -GRAÇA E PAZ AMIGOS ,SEGUIDORES E IRMÃOS .

Por  alguns  anos servi  ao meu Senhor Jesus no ministério Poder da Fe´ , mas como subimos degraus da fé  a  cada instante de nossa  vida , me vi na  obrigação  de  sair desse amado  ministério para dar continuidade em meu chamado .
Durante  todos anos  que estive junto ,  eu  e  minha familia ,fizemos o melhor  ,mas   chegou   a  hora  de sairmos para nosso proprío  crescimento  e  crescimento da  óbra .
Saio  com dores de uma  mulher  pronta para dar  a  luz  a  um novo  filho  ,  saio  com o sentimento   de   dever cumprido .
Saio  com a  cabeça  erguida  em ver  que  vidas foram ajudadas ,  saio  sabendo  que Deus  vai nos conduzir  a novos rumos .
Que Deus abençoe a cada membro  fiél e verdadeiro .
Que Deus faça resplandecer  emsuas vidas a glória d´le .

agradeço  ao apoio que tivemos , Deus  os recompensará.
Agradeço   ao homem  de  DEUS ,missionário Jõao Cordeiro e família que durante esses  anos todos nos suportaram ,agradeço a  cada lider  que caminhou junto comigo ,ao meu lado  ,agradeço  a  cada ovelha que pastoreei ,agradeço a  DEUS .



SHALOM .

Bispo  Roberto  Torrecilhas




Subindo os degraus



  A vida é como uma escada onde tem vários degraus para subir, vem barreiras no caminho fazendo agente escorregar, cair, se machucar, pode causar feridas com o tempo, mas não podemos parar de subir, temos que ter fé em Deus, muitas das vezes é fácil falar em ter fé em Deus, mas é difícil praticar, porque na vida temos muitos problemas e situações complicadas em que ás vezes temos vontade de desistir jogando tudo para o alto, sair correndo, fugir dos problemas.
Mas mesmo sendo difícil não podemos parar de subir os degraus, pois  um dia chegaremos ao topo, mas para isso temos que nos esforçar, dar nosso melhor e com o tempo aprender grandes lições.
A  vida não é apenas anos onde fazemos coisas legais, nos divertimos....ela é muito mais do que isso ela é feita de sonhos e escolhas.
Só queria dizer para não desistir e pensar muito bem nas escolhas que você vai  tomar para no futuro não se arrepender pelo tempo perdido e pelas escolhas erradas, pois no final receberemos a nossa recompensa e o que merecermos.

Mesmo que a escada seja muito  longa e   de  dificil acesso , não pare de subir, nunca !


Bispo  Roberto  Torrecilhas 

Contentamento


Deus tinha resgatado milagrosamente os israelitas da escravidão. Ele tinha aberto o Mar Vermelho para que eles pudessem escapar da perseguição do exército egípcio. Ele os conduziu, alimentou-os, deu-lhes água, e prometeu conquistar para eles uma terra onde manava leite e mel. Para uma nação que poucos meses antes não tinha esperança de jamais escapar das garras dos senhores egípcios, isso era bom demais para parecer verdade. Incrivelmente, contudo, este povo constantemente resmungava e se queixava quando andavam através do deserto. Eles nunca estavam satisfeitos com o que o Senhor tinha providenciado. Eles até se queixavam de que o alimento que o Senhor provia era enjoativo e lhe faltava a deliciosa variedade que eles tinham lá no Egito. Em mais de uma ocasião os israelitas desejaram voltar à terra da escravidão. De fato, uma vez até falaram do Egito como sendo a terra onde manava leite e mel e sugeriram que Moisés os estava conduzindo na direção errada (Números 16:13)! A constante queixa dos israelitas parec absurda. Depois de tudo o que o Senhor tinha feito por eles, deviam estar transbordantes de gratidão.

E quanto a nós? Vivemos em algo mais substancial do que tendas e temos mais variedade em nossa dieta do que maná e codorna. O Senhor proveu um meio de sermos libertados de uma servidão muito mais devastadora do que a escravidão física do Egito. Todos nós devemos estar contentes. "Grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes" (1 Timóteo 6:6-8). "Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hebreus 13:5).
Contentamento com nossas bênçãos materiais
A Bíblia nos ordena que estejamos contentes com o que temos (Hebreus 13:5; Filipenses 4:11-12; Lucas 3:14). Uma falha em estar contentes leva a múltiplos problemas: queixa, aflição, inveja, ingratidão, cobiça, etc. Aqueles que não estão contentes compram coisas que não podem pagar e depois tentam conseguir uma maneira de pagar mais tarde (veja Provérbios 22:7). Os descontentes acham difícil o sacrifício pela causa de Cristo porque eles se vêem "injustamente" privados.

Pensamos que há um grande problema quanto a estar contente com nosso nível de prosperidade: "Não temos o suficiente... mas se conseguíssemos um pouco mais então ficaríamos contentes". Que mentira! Se não estou contente com o que tenho no momento, eu não ficaria contente (por mais do que um ou dois dias) com o dobro disso. O escritor de Eclesiastes foi claro: "Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade ... Todo trabalho do homem é para a sua boca; e, contudo, nunca se satisfaz o seu apetite" (Eclesiastes 5:10; 6:7). Contentamento material nada tem a ver com quanto temos; se tivesse, os israelitas teriam estado contentes e também nós. O contentamento depende de nossa atitude quanto ao que temos. Em vez de querer o q
ue não temos e não podemos ter, precisamos aprender a querer o que temos.
Há boas razões para estarmos contentes com nossa prosperidade material. Œ É um modo de vida superior: "Melhor é um punhado de descanso do que ambas as mãos cheias de trabalho e correr atrás do vento" (Eclesiastes 4:6). Aqueles que estão sempre querendo mais tornam-se infelizes e, mesmo assim, raramente ganham o que estão buscando.  Temos o suficiente. Paulo disse que alimento e roupa eram tudo o que precisávamos (1 Timóteo 6:6-8). É verdadeiramente notável quantas coisas algumas pessoas esperam da vida. Pensamos que merecemos todas as coisas que estamos buscando? Quando nos compararmos com alguém como Paulo, ou como os israelitas no deserto, devemos envergonhar-nos de nossa insatisfação e estar determinados a apreciar e ser gratos pelas coisas que o Senhor nos tem dado. Ž Uma falta de contentamento é uma manifestação de cobiça, que é uma forma de idolatria (Hebreus 13:5; Efésios 5:5). Não estamos contentes porque temos desejos insatisfeitos, e os temos porque somos gananciosos.  Quando Deus está conosco, nada mais é importante (Hebreus 13:5-6). Pensaríamos que é absurdo se um homem que acabasse de ganhar um milhão de reais se irritasse por ter sido enganado em uns poucos reais, ou se irritasse muito por causa de qualquer coisa. A grande bênção de receber tanto dinheiro deveria tender a fazer com que outras frustrações se reduzissem a nada. Ter Cristo é muito mais do que ter um milhão de reais. Devemos estar contentes com ele, contentes até mesmo só com ele.
Contentamento com limitações pessoais
Todos os homens têm certas limitações pessoais. Elas podem ser limitações de capacidade, de educação, de ambiente, etc. Precisamos não permitir que estas limitações nos causem descontentamento. Em 2 Coríntios 12, Paulo sentia um doloroso espinho em sua carne. A natureza exata do espinho de Paulo é desconhecida, e como resultado, ela serve de excelente modelo para qualquer situação penosa que enfrentemos. Paulo orou três vezes para que o Senhor tirasse o espinho, mas o Senhor respondeu: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios 12:9-10). Paulo reagiu adequadamente. Afinal, o Senhor em sua providência governa o universo. Se ele permite que alguma limitação pessoal nos aflija e lhe pedimos que a tire de nós e ele não tira, então precisamos nos lembrar de que o propósito de Deus é superior ao nosso.

O descontentamento com limitações pessoais leva a muitos erros. O homem com um talento, em Mateus 25, usou sua incapacidade como desculpa para não servir em nada ao senhor. Muitos pensam que se não podem fazer alguma grande coisa para o Senhor, não podem fazer nada mesmo. Alguns permitem que deficiências pessoais os levem a justificar seus pecados. Eles se sentem como se suas circunstâncias limitadas façam deles exceções para os mandamentos do Senhor. Outros sentem-se tristes consigo mesmos e murmuram e se queixam. Algumas pessoas até se tornam invejosas de outras que não têm a limitação com a qual elas sofrem. Mas desde que o Senhor é responsável por governar o universo, eu deveria estar contente e regozijar-me em qualquer situação, sabendo que ele é mais sábio do que eu.
Contentamento em nossas circunstâncias
Deus permite que os cristãos passem por circunstâncias frustrantes. Quando Paulo escreveu Filipenses 4:11-12 ele estava na prisão, e tinha estado por muitos anos. Mas ouça o que ele disse: "Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez". A prisão deve ter sido terrivelmente frustrante para um homem que passou sua vida viajando para visitar os irmãos e para desbravar novos territórios para o evangelho. Não obstante, ele declarava que sua prisão tinha feito o evangelho progredir ainda mais (veja Filipenses 1:12-20 para pormenores). Onde estivermos, podemos servir o Senhor. Precisamos nunca usar nosso ambiente como desculpa para o pecado.

A mais baixa classe social do Império Romano era a dos escravos. É difícil para nós que conhecemos somente uma vida de liberdade imaginar como seria degradante existir como propriedade pessoal de alguém. Contudo, Paulo escreveu: "Foste chamado, sendo escravo? Não te preocupes com isso; mas, se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade" (1 Coríntios 7:21). Não é que devemos evitar tirar vantagem de oportunidades para melhorar nossas circunstâncias, mas sim que, quando isto não pode ser feito, não devemos nos afligir por isso. Afinal, o Senhor precisa de bons escravos cristãos. Lembrar o domínio soberano do Senhor deve ajudar-nos a descansar nele e deixar de atormentar-nos pelas limitações causadas por nossas circunstâncias (veja Romanos 8:28).
Evitar o contentamento espiritual
Há uma área na qual o contentamento precisa ser evitado: é nas coisas espirituais. Quando a igreja de Laodicéia decidiu sentar-se e descansar porque pensava que tinha tudo (Apocalipse 3:14-22), isso era um engano terrível! O contentamento espiritual é um sintoma de orgulho (Lucas 18:11-13). O homem com a atitude adequada sempre se verá ainda longe da meta e estará constantemente redobrando seus esforços para crescer (Filipenses 3:12-14; 2 Pedro 3:18).

Estamos contentes?
Os israelitas, no deserto, deviam ter apreciado tanto as bênçãos do Senhor que nenhuma queixa jamais passasse por seus lábios. Em vez disso, desejavam sempre mais e mais e logo ficaram chateados com o Senhor. Nós que vivemos melhor que numa tenda, comendo mais do que maná, e tendo água boa todos os dias, temos ainda menos razão para murmurar. Estamos contentes?

- por Gary Fisher

PRESSA


Provérbios dizem verdades de modo breve e incisivo. O livro de Provérbios, escrito na sua maioria pelo sábio homem Salomão, está repleto de teses tratando da vida diária. Um tema do livro, freqüentemente ressaltado, é a necessidade de se evitar a pressa. Muitos de nós lutam com a impulsividade, por isso precisamos refletir sobre os provérbios que nos ensinam a não sermos apressados. Considere estas áreas:
Nos atos
Salomão advertiu: "Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado" (19:2). Ele também advertiu: "Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza" (21:5). Pensamento e planejamento cuidadosos funcionam melhor. Carpinteiros hábeis medem três vezes e cortam uma; carpinteiros apressados medem uma vez e cortam três. Em nossa ânsia por completar a tarefa, podemos correr para cumpri-la, mas seria melhor prepararmo-nos deliberadamente antes de agirmos: "Se o ferro está embotado, e não se lhe afia o corte, é preciso redobrar a força; mas a sabedoria resolve com bom êxito" (Eclesiastes 10:10). Não ter pressa, e afiar o machado antes de começar a derrubar as árvores pode parecer perda de tempo; contudo, no fim, muito mais pode ser feito, com menos esforço, quando se dedica tempo a deixar as ferramentas prontas antes de se apressar ao trabalho. Atalhos parecem atraentes, mas desempenhar bem tarefas exige esforço persistente, perseverante. Mesmo que leve mais tempo para fazer algo do modo certo, isso é freqüentemente melhor.
Abundam as aplicações na vida; considere algumas aplicações no reino espiritual. Œ Muitos buscam soluções apressadas para o aprendizado da Bíblia. Eles querem alguns apontamentos fáceis que resumam o ensinamento da Bíblia e os capacitem a aprendê-la com pouco esforço. Na verdade, não há substituto para o exame cuidadoso, que leva tempo, do texto bíblico se quisermos um entendimento profundo da vontade de Deus.  Quando estamos ensinando a não cristãos, é tentador experimentar encontrar alguma abordagem fácil, infalível que envolva algumas poucas e simples lições. E, é possível batizar uma porção de pessoas com fórmulas preparadas. Porém não faremos nem amadureceremos discípulos de Jesus Cristo sem um trabalho de ensinamento mais lento, mais tedioso, de ensinar todas as partes da Bíblia e de ajudar a pessoa a aplicar seus princípios na vida. Ž  Quando estamos trabalhando para amadurecer cristãos e lidar com seus problemas, é fácil sucumbir à tentação de olhar por uma solução apressada. Podemos salientar umas poucas regras e concentrar em mudar algum comportamento sem realmente lidar com os problemas fundamentais e sem guiar a pessoa ao amadurecimento. Os fariseus tentavam corrigir todos os problemas espirituais com regras pré-fabricadas, mas tinham-se descuidado também dos princípios mais profundos: amor, fé e misericórdia. Não se pode reduzir o cristianismo a um conjunto de regulamentos facilmente memorizados, que sejam bons para tudo. O desenvolvimento espiritual leva bastante tempo e esforço.
No enriquecer
Métodos para enriquecer parecem nunca perder seu atrativo. Facilmente acabamos  sendo presas de qualquer plano para ganhar dinheiro fácil. Mas Salomão advertiu:  "A posse antecipada de uma herança no fim não será abençoada" (20:21), e "O homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não passará sem castigo" (28:20). Há diversos princípios agindo aqui. Œ Coisas que parecem boas demais para serem verdade, usualmente não são mesmo. Se tanto dinheiro pudesse ser ganho com tão pouco esforço, por que todos não o estão ganhando?  Quando estamos apressados demais para ganhar dinheiro, fazemos usualmente coisas que não deveríamos fazer para encurtar o processo. A ganância perverte a consciência. Ž  As riquezas que são facilmente adquiridas são facilmente gastas. Pessoas que ganham subitamente e sem esforço uma grande quantidade de dinheiro (através de herança, ao ganhar um prêmio, no jogo, etc.) usualmente acabam gastando esse dinheiro em muito pouco tempo. Bens que não foram adquiridos por meio de esforço sério não são apreciados.
No falar
Palavras ditas com pressa freqüentemente ferem. "Alguém há cuja tagarelice é como pontas de espada, mas a língua dos sábios é medicina" (12:18). Precisamos sempre pensar antes de falar, porque quando falamos impulsivamente metemo-nos em apuros e criamos conflitos. Precisamos não ser apressados na discussão: "Não te apresses a litigar, pois, ao fim, o que farás, quando o teu próximo te puser em apuros?" (25:8). E temos que ser cuidadosos em não fazer promessas apressadas ao Senhor uma vez que ele espera que todos os nossos compromissos sejam cumpridos: "Laço é para o homem o dizer precipitadamente: É santo! É só refletir depois de fazer o voto" (20:25). É tão fácil comprometermo-nos sem refletir seriamente no que será exigido para cumprir o voto! Há poucas coisas mais perigosas do que uma língua solta. Em Provérbios, o cúmulo da estupidez é o insensato. Mas até o insensato é superado por duas classes de pessoas: o homem orgulhoso (veja 26:12) e o falador impulsivo: "Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele" (29:20). Que o Senhor nos ajude a medir nossas palavras!
No irar-se
Aira é uma das mais fortes emoções do homem, e por tanto, é difícil de dominar.  Quando sentimos ira, a tendência natural é exprimir nossos sentimentos em    palavras e atos ásperos. Por isso Salomão nos advertiu fortemente sobre ficarmos facilmente irados: "O que presto se ira faz loucuras, e o homem de maus desígnios é odiado" (14:17); "O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura" (14:29). Tiago ofereceu, no Novo Testamento, a mesma exortação: "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus" (Tiago 1:19-20). O maior desafio não é enfrentar a ira com a ira. O melhor caminho é responder à ira com paciência e gentileza: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (15:1). Precisamos exercitar nosso domínio próprio e não permitir que nossa ira nos domine.
No responder
Dois provérbios resumem as advertências sobre responder apressadamente: "Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha" (18:13), e "O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina" (18:17). Precisamos ouvir antes de responder e precisamos ouvir ambos os lados antes de responder. Precisamos fazer isto quer estejamos respondendo a uma pessoa sobre a situação, quer estejamos considerando o que a Bíblia diz sobre um tópico em particular.
Há diversas razões porque as pessoas tendem a responder apressadamente. Œ Orgulho. Algumas pessoas pensam que podem formar opinião desde o início, que podem tirar as conclusões adequadas sem examinar os fatos. Mas as primeiras impressões são freqüentemente inexatas. José pareceu ser culpado de tentar estuprar a mulher de Potifar mas, se Potifar tivesse investigado mais meticulosamente, ele teria desmascarado as acusações mentirosas de sua esposa.  Impaciência. Algumas pessoas não podem suportar qualquer coisa que exija atenção por um longo período de tempo. Elas ficam agitadas e nervosas. É esta a razão por que as pessoas freqüentemente não conseguem entender a Bíblia. Elas não estão dispostas a se concentrar por muito tempo. Aprender pode ser um processo tedioso, por isso podemos preferir saltar a conclusões e encurtar o tempo e o esforço exigidos para estudar seriamente. Ž  Parcialidade. Quando queremos acreditar numa certa pessoa, ou num certo ensinamento, podemos intencionalmente ouvir só um lado. Podemos não querer ser influenciados por coisas que poderiam nos encorajar a chegar a uma conclusão diferente. Os pais defendem apressadamente seus filhos porque querem que eles estejam certos; freqüentemente, eles não analisam todos os fatos do caso.  Preguiça. Muitos não querem gastar a energia mental necessária para aprender a verdade. Quando se trata de discernir a verdade do evangelho no meio da babel de confusão no mundo religioso, o esforço sério é imperativo.  Confiança nos sentimentos. Os sentimentos são um dos piores modos de determinar a verdade (Jeremias 17:9; Provérbios 28:26). Mas muitos acham muito mais fácil deixar que seus sentimentos os guiem do que buscar realmente encontrar a verdade objetiva na palavra de Deus.
As Escrituras mostram muitos exemplos de decisões apressadas. Quando Davi ouviu Ziba, acreditou nele e deu-lhe a terra de Mefibosete. Ele agiu apressadamente porque ainda não tinha ouvido os dois lados. Mais tarde, quando ele ouviu o que Mefibosete tinha a dizer, ele reverteu parcialmente sua decisão (2 Samuel 16:1-4; 19:24-30). Quando Nicodemos questionou: "Acaso, a nossa lei julga um homem sem primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez?" (João 7:51), ele estava certo. Somos incapazes de julgar minuciosamente sem ouvir completamente.
Aplicar esses princípios práticos de Provérbios nos ajudará a evitar atos, palavras e respostas impulsivos, e a levar-nos a tomar decisões muito melhores.