O
novo presidente egípcio eleito por uma escassa diferença, Mohammed Morsi,
candidato da "Irmandade Muçulmana" ainda não "aqueceu a cadeira" do poder e já
começa a causar justificadas razões de preocupação ao vizinho
Israel.
Numa entrevista
à agência noticiosa iraniana Fars News Agency, controlada pelo
estado islâmico, ainda antes do anúncio da sua vitória nas eleições, o novo
presidente egípcio afirmou querer "reconsiderar o acordo de Camp David"
com Israel e ainda querer estabelecer laços mais próximos com o Irãn, de forma a
"criar um equilíbrio" no Médio Oriente. Resta perguntar que
"equilíbrio" é esse, com o único país democrático do Médio Oriente - Israel -
cada vez mais rodeado de radicais islâmicos...
No entanto,
ontem à tarde, após ter sido declarada oficialmente a sua vitória nas eleições
presidenciais, Morsi jurou que irá "preservar os acordos
internacionais", sem contudo mencionar Israel pelo nome...
O ministro
iraniano para as Relações Exteriores congratulou rapidamente "o povo egípcio
e o governo pela eleição de Mohammed Morsi como novo presidente do
país."
Dezenas de milhares de egícpios juntaram-se no Cairo e
por todo o país para celebrarem a vitória de Morsi, entoando slogans em louvor a
Alá.
Segundo o Irãn,
esta vitória do islamita foi uma "esplêndida visão da democracia" que marcou a
fase final do "despertamento islâmico" do Egipto.
Desde os acordos
de paz feitos entre Israel e o Egipto em Camp David, em 1979, que não havia
relações entre o Irão e o Egipto.
Este sinal da
"Irmandade Muçulmana" de querer estreitar os laços com o Irãn não surpreende,
mas aumenta a preocupação dos israelitas, uma vez que estas declarações de Morsi
evidenciam a ameaça de Israel estar sob a potencial pressão deste eixo composto
pelo Irão-Hezbollah-Hamas e Egipto.
Este "eixo do
mal" com o Egipto a sul, a Síria e o Hezbollah a norte e os terroristas do Hamas
em Gaza constitui uma "tenaz" que vai abafando cada vez mais qualquer esperança
de paz na região. Israel precisava de tudo menos desta vitória dos islamitas num
país com o qual podia até agora viver tranquilo. Mas o bater do relógio
profético não pode parar, e o Egipto ainda vai desempenhar um papel importante e
trágico (para si) nestes dias finais da humanidade.
Shalom, Israel!