quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O AMOR CRISTÃO


O amor cristão é a imagem refletida do amor de Deus por nós. A perseverança em amar é a prova de que uma pessoa é nascida de Deus e conhece a Deus. Caso contrário, a simples afirmativa de que se ama a Deus, acompanhada da falta de amor para com um irmão, é uma mentira (I João 2:9-11). A razão é que o amor procede de Deus.
Esse ensino vem em seguida à advertência sobre os falsos espíritos, ou ensinadores: estes não devem ser amados, nem devemos orar pelo seu bem-estar, porque são filhos do diabo. Quanto ao pecador perdido, nosso amor consiste em orar para que ele venha ao conhecimento do Evangelho do Senhor Jesus, e levar ou providenciar para que seja levado o Evangelho até ele.
Os crentes devem amar uns aos outros com a mesma espécie de amor com que Deus nos ama: não é atração física, nem amor sentimental ou social. É sobrenatural, tornado real apenas pelo Espírito de Deus, e só Ele nos habilita a estender esse amor aos outros irmãos. Não é a espécie de amor que temos para com amigos com quem gostamos de conviver. Existem alguns irmãos pouco amáveis do ponto de vista humano, mas apesar disso, o amor de Deus em nós nos impelirá a nos preocupar com o seu bem-estar.
Quando encontramos uma pessoa que se diz crente, e percebemos que ele nos ama e ama outros crentes, então podemos concluir que ele é um filho de Deus nascido de novo. Por outro lado, uma pessoa que não mostra amor por nós e por outros crentes nunca veio a conhecer o amor de Deus, porque Deus é amor.
O amor de Deus foi manifestado em nós (não "entre nós" ou "para conosco" como em algumas traduções): porque Ele mandou Seu unigênito Filho, para que pudéssemos viver por meio dele; Jesus Cristo é a vida (João 14:6), e Ele vive em nós (Gálatas 2:20). Esta vida começa quando nós O recebemos como nosso Senhor e Salvador.
Quando Jesus Cristo é chamado de "unigênito Filho" a referência é ao Seu relacionamento singular com o Pai. Assim como um homem não é verdadeiro pai se não tiver prole da sua própria semente, também não podemos ter um Pai eterno sem que Ele tenha um Filho eterno participando da sua essência divina. O Filho não foi criado. Deus chamou os anjos que Ele criou de Seus "filhos", e Ele adota os que confiam em Cristo como "filhos", mas somente o Senhor Jesus é chamado pelo Pai de "Meu Filho unigênito", porque Ele é exatamente como o Pai em todos os seus atributos, caráter e substância. Essa também é a qualificação usada para Isaque com relação a Abraão, porque ele foi singular e o seu nascimento foi milagroso; quando ele nasceu Abraão já tinha um filho, Ismael (Hebreus 11:17), mas Isaque tinha um relacionamento especial com Abraão do qual os outros filhos de Abraão não participavam: ele era o "filho da promessa", através do qual Deus iria realizar o Seu desígnio de trazer ao mundo a Semente através de quem todas as nações do mundo seriam abençoadas.
Há um grande contraste: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e provou isto enviando seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Cristo é chamado de "propiciação pelos nossos pecados" que significa que Ele é o "propiciatório" dos nossos pecados: Ele foi entregue à morte por nossos pecados, e ressuscitado para nossa justificação (Romanos 4:25). Ele fez expiação pelos nossos pecados para que possamos vir com plena confiança ao trono de graça de Deus, chamado trono de graça porque ali há misericórdia para nós.
O amor de espécie divina não se acha na natureza, mas no Calvário. O amor de espécie humana retribui amor, mas o amor divino toma a iniciativa. Deus demonstrou o Seu amor por nós ao morrer Cristo em nosso favor quando ainda éramos pecadores (Romanos 5:8), a fim de nos dar vida mediante a Sua morte, e esta é a prova do Seu amor. Esse é o tipo de amor a ser revelado em nós, se formos Seus filhos.
Duas vezes neste capítulo João nos dá a definição "Deus é amor" (vs. 8 e 16), e podemos também dizer "Deus é santo" porque isso é o que "Deus é luz" significa. Nunca vamos encontrar na Bíblia as palavras "Deus é misericórdia", ou "Deus é graça" ou mesmo "Deus é justiça", e o amor de Deus por si próprio não nos salva. Ele é amor, mas nem por isso Ele pode abrir as portas do céu para nos deixar entrar, nem mesmo encontrar uma passagem ao lado para que entremos às escondidas … Ele não pode fazer isso porque é um Deus justo e santo, e todos os pecadores têm que pagar a penalidade do seu pecado, que é a perdição eterna. O seu amor não pode fazer vistas grossas a isso. Esse é o motivo porque Deus deu o Seu Filho para morrer na cruz por nós: para pagar a penalidade do nosso pecado. Isso abre o caminho para nós, se concordarmos que o santo Deus venha nos alcançar e nos salvar, porque Ele só o pode fazer dessa forma (João 3:16, 14:6, Romanos 5:8). É tolice pensar que, porque Deus é amor, tudo nos sairá bem e todos afinal irão para o céu. Quem preferir não tomar conhecimento daquilo que Deus tem feito, e não confiar em Cristo, permanece debaixo da penalidade do seu pecado, que é a perdição eterna.
Deus já demonstrou a natureza do Seu amor por nós, portanto devemos amar nossos irmãos e irmãs da mesma maneira. Vai além de retribuir o amor que os outros têm por nós, e o amor egoísta não vale nada. Não é uma questão de dar um abraço, de chamar alguém de "irmão", de se comportar agradavelmente na igreja, mas significa ter uma verdadeira preocupação pelo bem-estar dos outros crentes, tanto quanto de transmitir a Palavra de Deus e de servi-lo. Somos capazes de perdoar aqueles que nos entristeceram, nos feriram e ainda se dizem filhos de Deus?
Embora Deus tenha se manifestado de alguma forma a várias pessoas no Velho Testamento, Ele nunca se revelou em toda a Sua plenitude. Aquelas pessoas viram o Filho de Deus antes de Sua vinda ao mundo, traduzido como "O SENHOR" em nossas Bíblias no idioma português, no que é chamado de teofania, freqüentemente vista na forma de "O Anjo do Senhor". Deus é um espírito invisível aos olhos humanos, e essa é a maneira em que O adoramos. O Senhor Jesus disse a Filipe: " Quem me vê, vê o Pai …" (João 14:9), mas Ele estava coberto em carne humana, tanto assim que as multidões que O viram não O reconheceram. Deus hoje pode manifestar-se através do amor entre os crentes. O mundo em geral pode não ver o Senhor Jesus como Ele é revelado na Palavra de Deus, mas saberão do amor de Deus através das vidas dos crentes. É assim que o amor de Deus é manifestado em nós. O mundo pode não saber nada sobre o amor de Deus, mas o Seu amor é desenvolvido em nós, e o mundo O tem visto nas vidas de muitos crentes.
O crente é cônscio do fato que Deus vive nele devido ao Espírito Santo que Deus lhe deu. O dom do amor de Deus é prova da nossa comunhão com Deus: não é amor humano, mas é fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23). Alegria e paz surgem do amor (1 Coríntios 13). Se estamos sendo enchidos pelo Espírito de Deus que está em nós, vamos manifestar essa espécie de amor e o mundo o verá.
João estava habilitado a testemunhar do Evangelho, como o Senhor Jesus havia ordenado aos Seus discípulos fazer (Atos 1:8), e essa é a mensagem que temos a dar. É o objetivo do nosso amor, que se revela quando levamos Cristo a um mundo perdido de pecadores. Para eles é difícil compreender porque crentes lhes levam uma mensagem de amor, e muitas pessoas a quem testemunhamos são difíceis de amar.
A confissão da divindade de Jesus Cristo implica em rendição e obediência também, não só palavras (cf. 1 Coríntios 12:3; Romanos 10:6-12). Também, se genuína, é prova da comunhão com Deus (1 João 1:3; 3:24). Se amamos a Deus, amamos ao Senhor Jesus, e também amamos uns aos outros como irmãos e irmãs na fé, nosso amor é tornado "perfeito" (completo) e isso nos dará confiança e nada teremos que temer no dia do juízo. Somos como o Senhor Jesus, e somos aceitos na Sua pessoa.
Mas se não amamos nosso irmão, então também não amamos a Deus porque Ele nos instruiu a nos amarmos aos outros como prova de que O amamos.


AS PROFECIAS DE OSEIAS


(C3214-3314, 790-690 AC)

Na introdução do seu livro de profecias, que empresta o seu nome (hebraico ho^she^a’ , que se traduz “salvador”), Oseias apenas se apresenta como filho de Beeri, sobre quem nada mais sabemos. Foi o único profeta oriundo do reino de dez tribos do norte, chamado Israel, que escreveu um livro incluído na Bíblia.
Oseias profetizou em Israel durante cerca de 70 anos; foi contemporâneo de Isaías e Miquéias. A declaração no primeiro versículo esclarece que a palavra do Senhor veio a ele "nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel”. Calcula-se que Uzias reinou entre 810 e 758 a.C e Jeroboão, filho de Joás morreu em 743 aC.
A sua história pessoal, descrita nos capítulos 1:1 a 11 e 3:1 a 5 do seu livro, informa que Oseias se casou com uma mulher chamada Gomer, que teve dela dois filhos e uma filha, a quem deu nomes simbólicos a mandado do Senhor, que ela depois o abandonou para entregar-se à devassidão, mas Oseias continuou a amá-la e finalmente salvou-a da escravidão para que fosse sua esposa novamente. Sua experiência trágica fez com que pudesse entender como Deus amava o povo de Israel e desejava a restauração daquela nação infiel.
Em seu livro, Oseias lamenta a imoralidade dos chefes em Israel, a falta de confiança em Deus, a deslealdade ao concerto de Deus com seu povo, e salienta o amor e a lealdade de Deus. Conclue com a futura cura e restauração do remanescente do povo de Israel (veja Romanos 11:25-27).
São importantes as citações deste livro que se acham no Novo Testamento, prevendo a volta de Jesus do Egito quando menino, a salvação dos gentios e a grande tribulação (veja Mateus 2.15 e 9.13; Lucas 23.30; Romanos 9.25-26; Apocalipse 6.16).
O profeta, logo de início, informa que o seu casamento foi feito em conformidade com a vontade de Deus. Isto pode parecer inverossímil, se for entendido descuidadamente que Oseias foi instruído a se casar com uma prostituta. Um entendimento assim obviamente traz implicações morais, inconsistentes para um homem de Deus. Por isto, muitos comentaristas se sentem forçados a julgar que é apenas uma alegoria para ilustrar o relacionamento entre Israel e Deus.
Uma alegoria apenas?
Os intérpretes judeus em sua generalidade consideram aqueles textos como sendo alegóricos, e alguns comentaristas do início da igreja cristã encontraram nas palavras finais do livro de Oseias uma justificação para entender que era apenas uma visão: "Quem é sábio, para que entenda estas coisas? prudente, para que as saiba? porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles; mas os transgressores neles cairão” (capítulo 14:9)
É um mistério, diziam eles, para ser desvendado pelos sábios e prudentes, pois é escandaloso até mesmo pensar que Deus possa ter ordenado a Oseias casar-se com uma prostituta, por melhor que seja a finalidade. Os caminhos do Senhor são retos, e o fim não justifica os meios.
Declaravam que só podia ser uma figura, como aquela quando Jeremias foi instruído a ir até o rio Eufrates (estando Jerusalém sitiada fortemente por todos os lados) para esconder um cinto no leito do rio (Jeremias 13). Ezequiel também foi ordenado a fazer algumas coisas que nos parecem extravagantes para representar o cerco de Jerusalém e indicar os anos da sua inquidade (Ezequiel 4, etc).
Junto com Calvino, muitos comentaristas modernos sustentam que uma aceitação literal dos fatos é impossível, e até desnecessária. O paralelo da alegoria com a história do relacionamento de Deus com Israel, é bem claro, sem precisar de um tal sacrifício: o amor que o profeta teria pela sua mulher seria tão grande que, perdoando o seu pecado contra si, foi buscar e restaurá-la. Assim também, apesar de negado e traído pelo povo de Israel, representado pela mulher na alegoria, Deus ainda cumprirá as promessas que fez aos patriarcas. Persiste atualmente um divórcio no sentido material, mas haverá finalmente resgate e reconciliação.
O entendimento sábio e prudente
A aceitação literal desses textos é perfeitamente viável, sendo que foi e continua a ser defendida por muitos expositores de renome na atualidade. O original hebraico não exige entender que a mulher Gomer fosse imoral antes do casamento. Esse significado, inclusive, destrói o paralelismo de Gomer com o povo de Israel que, ao sair do Egito pela mão de Deus até o Sinai, não estava ainda contaminado pela idolatria.
A expressão "uma mulher de prostituições e filhos de prostituição" prevenia Oseias da natureza pecaminosa da mulher em comum com o povo “porque a terra se prostituiu” (Oseias 1:2), explicando o comportamento posterior daquela mulher. A expressão “filhos de prostituição” não indicava que sua mãe já os tivesse ao casar, mas a natureza dela (veja um paralelo em 1 Coríntios 7:14).
Assim sendo, a mulher não teria que ser uma prostituta profissional ou religiosa antes do seu casamento, mas seria uma mulher do mundo daquele tempo. A sua impiedade veio à tona mais tarde, ao deixar o profeta para afundar-se cada vez mais em seu pecado. Ao escrever o relato posteriormente, o profeta já estava ciente do verdadeiro caráter dela e por isso não estranhou a qualificação feita por Deus no início da sua profecia.
Existem outras variantes, dado que “prostituições” também pode significar as falsas religiões que prevaleciam em Israel naquele tempo. Pode-se entender, portanto, que o profeta se casou com uma mulher idólatra, que transmitiu a idolatria aos seus filhos, conforme o capítulo 1, versículo 2. A infidelidade conjugal e declínio moral da mulher seriam produto da sua idolatria.
Em conclusão
Oseias é o profeta que mais realça a estensão e a profundidade do amor de Deus, tendo ele próprio passado pelas agruras da traição e do horrível desmoronamento espíritual, moral e físico da sua esposa, e sofrendo mais ainda porque continuava a amá-la.
No início do ministério do profeta, o Reino do Norte estava aproveitando a prosperidade que tinha e se envolveu na idolatria dos povos que os cercavam e apostataram contra o verdadeiro Deus. O que Oseias descreve sob a figura repulsiva de prostituição era a adoração desenfreada dos baalins que tinha praticamente obscurecido o reconhecimento das reivindicações únicas para o culto do Deus de Israel.
Esta era uma forma antiga e insidiosa de idolatria. A adoração das tribos cananéias, entre as quais os israelitas se encontraram quando da ocupação da Terra Prometida, dirigia-se a divindades locais, conhecidas pelos nomes dos lugares onde cada uma tinha seu santuário ou influência. O nome genérico de “baal” ou "senhor" era aplicado naturalmente como uma palavra comum para cada uma delas, com a adição do nome do lugar ou cidade para distingui-los. Assim, encontramos Baal-Hermom, Baal-Gade, Baal-Berit, etc.
A insídia deste tipo de adoração é comprovada pela sua ampla prevalência através dos tempos, quando a mente ignorante é colocada face a face com as forças misteriosas e invisíveis da natureza. E a tenacidade do sentimento se evidencia mesmo hoje pela prevalência de tal adoração por pessoas cuja religião professada condena a idolatria de todo tipo. No falso cristianismo são notórias as peregrinações aos santuários de mortos que, embora não sejam formalmente adorados como divindades, têm a mesma reputação de trazer benefícios.
Tal era a condição que Oseias descreve como uma ausência do conhecimento de Deus (cap. 4:1). E a consequência não pode ser descrita melhor do que nas palavras de Paulo: "assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm" (Romanos 1:28). Tanto Oseias como Amós nos dizem em termos claros como os devotos do culto impuro entregaram-se "à lascívia para cometerem com avidez toda sorte de impureza” (Efésios 4:19).
A situação espiritual do mundo atual tem ainda todas as características daquele tempo, às quais podemos agora acrescentar o humanismo, que apregoa a superioridade do ser humano, sem Deus, apoiado pelas teorias impossíveis do evolucionismo, tudo levando ao materialismo egoísta e inimigo de Deus.
A triste experiência de Oseias se repete frequentemente de forma semelhante nos casamentos mixtos de crentes com descrentes, enquanto a de Israel, representada por Gomer, se vê também nas igrejas que se afastaram de Deus ao permitirem que o mundo nelas entrasse. Estejamos prevenidos e atentos para não sermos também vítimas de alianças com os inimigos do nosso Deus.

A SEGUNDA VINDA DO SENHOR

Além da certeza da salvação para todo crente em Cristo, encontramos na Bíblia um outro fato igualmente salientado: a segunda vinda do Senhor Jesus ao mundo. Esta segunda vinda é a grande esperança da igreja, trazendo a consumação de todas as promessas e a coroação de todo o trabalho evangélico.

"Esse Jesus que dentre vós foi recebido no céu, assim virá do modo como O vistes subir" (Atos 1.11). Aqui temos uma das muitas profecias bíblicas que tratam da segunda vinda do Senhor. Parece que esta vinda será em duas etapas – primeiramente para arrebatar ao céu a Sua Igreja (1ª Tessalonicenses 4.13-17), e depois para reinar pessoalmente sobre a terra como "Rei dos reis e Senhor dos senhores". Assim como foram cumpridas as profecias acerca da Sua encarnação, crucificação e ressurreição, assim também serão cumpridas perfeitamente as palavras a respeito da Sua segunda vinda, ainda futura.
Os problemas encarados hoje pelo mundo inteiro, só podem ser resolvidos pelo Seu glorioso aparecimento para reinar como Rei sobre esta terra.
Desmorona-se toda forma de governo. Desenvolve-se rapidamente o mistério da iniqüidade (2ª Tessalonicenses 2.7). O homem torna-se cada vez mais impotente contra o terrorismo, o crime e a violência. "Sobre a terra há angústia das nações em perplexidade" (Lucas 21.25).
Porém a Bíblia nos diz que virá um verdadeiro Governo, estabelecido e mantido pelo Cristo que o mundo rejeitou. Ele, sim, ocupará o trono do mundo inteiro, e será coroado Rei dos reis; todos os reinos da terra se tornarão o reino Dele (Apocalipse 11.15).
Malograram-se todos os esforços humanos para evitar guerras; a paz na terra só poderá realizar-se por meio do Homem que é o Príncipe da Paz (Isaías 9.6). Antes da volta Dele, não haverá paz, mas quando Cristo vier "as nações não mais aprenderão a fazer guerra". Ele tratará da pobreza, da injustiça e da opressão. A Sua volta em poder e grande glória é a única esperança de ter-se um mundo melhor. É uma esperança certa; não poderá falhar, pois é a promessa de Deus.
O Senhor Jesus voltará para reinar em justiça. Então, os problemas de nosso mundo pecaminoso e rebelde – guerra, ódio, injustiça, avareza, impureza, ignorância – serão resolvidos, mas não pelo esforço humano.
A segunda vinda do Senhor não é, como alguns pensam, a Sua conquista do mundo pelo Evangelho. Sem dúvida, as vitórias do Evangelho têm sido gloriosas, porém não são de modo algum universais e não representam o que a Bíblia diz da segunda vinda de Cristo ao mundo. Esta vinda será corporal, visível e gloriosa. "Todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória" (Mateus 24.30). A Sua volta será mais assombrosa que a Sua ressurreição, mais significante do que o batismo no Espírito Santo, mais assustadora do que a trasladação da igreja; este acontecimento – a trasladação – não é a segunda vinda do Senhor, mas sim o primeiro passo dessa vinda. Os que tiverem parte na trasladação (1 Tessalonicenses 4.16-17) serão manifestados com Cristo na Sua volta em glória (Colossenses 3.4; Jd 14; Ap 19.14; Zc 14.5).
É esta manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo que é a "bendita esperança" da igreja (Tito 2.13). Nesta segunda vinda do Senhor, será completada a "primeira ressurreição", que é a da vida (Apocalipse 20.5; João 5.29) e que inclui a do próprio Cristo (1 Coríntios 15.20), de "muitos corpos de santos" (Mateus 26.52-53), dos cristãos (1 Tessalonicenses 4.16) e dos salvos que morrerão durante o período da grande tribulação (Apocalipse 20.4). Haverá juízo e condenação das nações vivas e rebeldes e o Senhor instituirá o Seu reino milenar na terra.
Pergunta-se freqüentemente: "Haverá período de sete anos entre a trasladação da igreja e a segunda vinda do Senhor?" A resposta é que a Bíblia não ensina tal coisa – nem sete anos, nem quarenta, nem três e meio, nem qualquer período definido.
Parece que haverá sim, um certo período de tempo entre a trasladação e a segunda vinda – o período chamado "Dia de Cristo" (Filipenses 1.6; 2 Coríntios 1.14) em que se realizará o "Tribunal de Cristo e de Deus" (Romanos 14.10; 2 Coríntios 5.10) – porém a duração deste período não está declarada na Bíblia; é assunto para investigação espiritual.
A segunda vinda do Senhor marcará o "fechamento da porta" para a salvação dos pecadores incrédulos (Lucas 13.25); até aquele momento "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Joel 2.32; Atos 2.21; Romanos 1.13). Isto não quer dizer que aqueles que rejeitam ou negligenciam a salvação hoje, terão oportunidade depois da trasladação – pois como sabem se viverão até a trasladação, ou mesmo até amanhã?…
Que é que significa para nós, o Seu povo, a segunda vinda do Senhor? Qual o seu efeito prático em nossa vida? "Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é" (1 João 3.2). O primeiro efeito de tudo isto deve ser que "todo aquele que Nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo" (1 João 3.3).
A segunda vinda de Cristo deve incitar-nos à maior santidade, pois o grande motivo da nossa salvação é que sejamos puros de coração e de vida (Números 15.40; 1 Pedro 1.15-16). "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12.14).
Também a segunda vinda do Senhor deve dar-nos maior zelo em evangelizar os outros. Quantos há que ainda confiam em sua religião tradicional ou que nutrem idéias de aniquilação ou de reencarnação e não querem converter-se a Cristo! Além da morte, ou depois da Sua vinda, não haverá a menor possibilidade de salvação para os que rejeitaram o Evangelho. "Hoje é o dia da salvação" (2 Coríntios 6.2).
"Prega a palavra; insta, quer seja oportuno, quer não"! (2 Timóteo 4:2)

Richard Dawson Jones (1895 - 1987)

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GRITOS DE ALERTA
AP ROBERTO TORRECILHAS

O FINAL DA PROFECIA .

Apocalipse 22:6 - 21

O Senhor Jesus colocou o seu próprio selo neste livro do Apocalipse: "Estas palavras são fiéis e verdadeiras". Isto significa que ninguém pode mexer com elas, "espiritualizá-las" ou reduzi-las a símbolos sem significado. O Senhor está tratando da realidade do que foi registrado.
No início do livro foi pronunciada uma bênção sobre os que lêem e ouvem e guardam essas palavras. Concluindo, o Senhor Jesus repete a bênção sobre os que guardam estas palavras. O livro não foi escrito apenas para satisfazer a curiosidade do leitor, mas para viver e agir em conformidade com ele. É notável que João novamente assevera, como fez várias vezes anteriormente, que presenciou as cenas descritas no livro como espectador e ouvinte: esse método foi usado desde o início do livro, à semelhança de um programa de televisão atual.
João se impressionou tanto que a sua reação instintiva foi de prostrar-se e adorar o anjo que tinha estado a lhe mostrar essas coisas. A simplicidade e a humildade do anjo são impressionantes, porque, embora os anjos tenham sido criados superiores ao homem, este diz que é um simples conservo de João e dos outros profetas como ele; como os profetas, ele é um mensageiro para comunicar a Palavra de Deus aos homens, em seu caso especificamente para mostrar aos servos de Deus as coisas que em breve hão de acontecer. Toda a adoração deve ser dirigida a Deus apenas.
Novamente transmitindo as palavras do Senhor Jesus, o anjo fez sete afirmações:
  1. As palavras da profecia deste livro não deviam ser seladas, porque o cumprimento estava próximo. Elas não eram para ser guardadas para uma explicação e clarificação futura, como as que foram dadas a Daniel e que se cumpririam muito mais tarde (e que foram esclarecidas com as palavras dadas a João); as palavras dadas a João portanto põem um término a toda a profecia e revelação. O seu cumprimento realmente já se iniciava nos dias de João, e por quase vinte séculos a igreja tem passado pelos períodos das sete igrejas previstos nos capítulos 2 e 3. Ainda não chegamos ao início da septuagésima semana de Daniel, que é o início das coisas que depois destas devem acontecer (Apocalipse 4:1), mas estamos convictos que estamos nos tempos da igreja de Laodicéia, quando ele se dará.
  2. As palavras desta profecia serão inevitavelmente cumpridas. Não importa o que fizerem os homens, nada será mudado. A linguagem usada é provavelmente irônica, e a total falta de esperança do ímpio (os injustos, os sujos) em seu estado final é que é retratada aqui: está contemplando o tempo quando Cristo terá fechado a porta aos que estiverem de fora, deixando-os sem mais recursos para se salvarem. O crente (os justos, santos) continuará praticando a justiça e sendo santificado. O estado em que se encontrará o ímpio e o crente continuará para sempre. Não existe aqui uma palavra sobre uma segunda oportunidade no porvir para o ímpio.
  3. O propósito da volta de Cristo é o de recompensar a cada um segundo as suas obras. Ele pessoalmente recompensará a cada crente individualmente: os da igreja após o arrebatamento, os de Israel e os gentios convertidos (do Velho Testamento e tribulação) na Sua volta para estabelecer o Seu reino milenar. Quando se traduz que o Senhor diz, três vezes, nesta última parte da Escritura "presto venho" ou "cedo venho", o real significado para nós é que Ele vem depressa, rapidamente. Os eventos descritos a partir do capítulo 4 até o capítulo 19 ocorrerão durante sete anos apenas, e a maioria durante os últimos três anos e meio. Aqui vemos um grande estímulo aos que forem salvos durante esse período, pois o próprio Senhor está dizendo que não vai demorar, Ele logo estará aqui.
  4. Cristo é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro. Pela quarta vez neste livro somos alertados sobre essa realidade. Ele é o Senhor desde o princípio até o fim, o autor e o finalizador de tudo. Temos assim a certeza que Cristo está qualificado para ser o juiz do versículo 12. Cristo foi o criador do universo para o Pai portanto agora Ele é o finalizador da redenção.
  5. Os que se purificam e assim têm direito à árvore da vida e podem entrar na cidade pelas portas são felizes. Esta frase se aplica bem às nações da Nova Terra (Apocalipse 21:24 - 22:2).
  6. Fora ficam os que praticam o mal. A lista dada no versículo 14 é como a encontrada no capítulo 21:8, onde também se encontram os covardes, os incrédulos, os abomináveis (aqui chamados de cães, animais que no oriente se alimentam do lixo e por isso são muito desprezados). O lugar dos "de fora" será no lago de fogo que arde com enxofre: a segunda morte.
  7. Jesus enviou o Seu anjo para nos dar este testemunho concernente às igrejas. Ele é a Raiz e o Descendente de Davi, em sua glória divina comparável à resplandecente estrela da manhã. O Velho Testamento terminou com a promessa que o sol da justiça se levantaria trazendo salvação em suas azas. Agora Ele é a resplandecente estrela da manhã que virá num momento tenebroso para livrar aqueles que nEle confiam.
O Espírito Santo e a noiva (a igreja de Cristo) fazem um convite que deverá ser repetido por todo o crente que está ouvindo (ou lendo) este livro, dirigido a todos para que venham a Cristo antes da Sua vinda. O Espírito Santo mediante a Sua Palavra está trabalhando entre os homens mostrando a sua culpa diante de Deus e revelando a salvação mediante a fé em Cristo. A igreja proclama a Sua mensagem, convidando os que têm sede para virem beber de graça da água da vida. Enquanto estava no mundo o Senhor Jesus disse: "Se alguém tem sede, que venha a mim e beba." (João 7:37). Este é o convite que permanece ainda.
Há uma séria advertência para aqueles que distorcerem de propósito a mensagem deste livro. Devemos também manejar a Bíblia com cuidado e muito respeito a fim de não distorcermos a sua mensagem, mesmo sem o intencionarmos.
Deveríamos nos apressar em pôr os seus princípios em prática em nossas vidas. Nenhuma explicação ou interpretação humana da Palavra de Deus deveria ser elevada à mesma autoridade que tem o próprio texto. Isto é confirmado por uma sanção muito solene, condenando e amaldiçoando todos os que se atreverem a corromper ou modificar a palavra de Deus, seja por acréscimo ou dedução. Quem faz acréscimo à palavra de Deus atrai para si todas as pragas escritas nesse livro, que incluem a punição eterna no lago de fogo e de enxofre; e quem subtrai algo dele, coloca-se fora do alcance de todas as promessas e privilégios nele mencionados, que inclui a salvação.
Esta sanção é como uma espada flamejante, para guardar o cânone da escritura sagrada contra mãos profanas. Deus colocou uma muralha como essa em volta da Lei, do Velho Testamento, e agora da maneira mais solene ao redor de toda a Bíblia, assegurando-nos que é um livro de natureza supremamente sagrada, de divina autoridade, e da maior importância, portanto recebendo o cuidado especial do grande Deus.
Este último livro da Bíblia termina com três frases:
1. "Sim, venho em breve" - declaração do Senhor Jesus, trazendo ânimo para o Seu povo, particularmente para os que estiverem sofrendo perseguição.
2. "Amém. Vem, Senhor Jesus!" - essa é a resposta do seu povo: atualmente a Sua igreja, que espera pelo seu arrebatamento. Posteriormente os fiéis da tribulação que aguardarão ansiosamente a Sua volta para livrá-los.
3. "A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém." - o desejo de João a todos os que leram o livro.
Terminamos assim esta série sobre Profecias a Cumprir e desejamos a todos os leitores as ricas bênçãos de Deus e que cresçam cada vez mais no conhecimento das grandes revelações que encontramos na Palavra de Deus, que fortalecem a nossa fé e nos incentivam a proclamar mais alto o grande Evangelho de Cristo para a salvação das almas.