quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O QUE A IGREJA PRECISA ? NOVA REFORMA OU RESTAURAÇÃO?

NOVA REFORMA OU RESTAURAÇÃO? A IGREJA VOLTANDO ÀS SUAS RAÍZES BÍBLICAS E APOSTÓLICAS

Eu estou plenamente convencido de que a Igreja Evangélica não precisa de uma nova reforma, como muitos querem e defendem esta emergente necessidade. Mas, a cada dia que conheço mais a Palavra, a Bíblia, me deparo com quase uma outra igreja que existiu há 2000 anos, a Igreja de Atos dos apóstolos, a igreja do primeiro século, estabelecida nos ensinamentos da Torá, dos profetas, de Yeshua e de seus apóstolos.
Quando um avião sai da rota, um piloto experiente sabe que ele correrá um grande risco de errar completamente o destino ao tentar corrigir sua proa na posição que ele pressupõe estar. A instrução recebida neste caso é que ele faça uma guinada de 180º graus para se alinhar ao sinal de rádio que seu aparelho recebe do lugar de origem e com base nesta posição de origem, ele novamente toma a direção do seu destino. Ou seja, ele precisa tomar a direção de origem para novamente tomar a proa correta do seu destino. O mesmo precisa acontecer com a Igreja de Jesus. Ao se perceber algo errado na direção doutrinária, seus líderes deveriam voltar à origem, a Bíblia, e determinar ou interpretar corretamente seus santos princípios, corrigindo seus desvios. O que normalmente acontece é re-interpretar o que disseram os pais da igreja e fundadores de denominações, sem necessariamente comparar suas opiniões com a santa palavra de Deus.
Neste contexto, a restauração vem com a proposta de continuar os princípios da reforma, porém, aprimorando-os, corrigindo-os e complementando-os com elementos bíblicos e apostólicos esquecidos e desprezados no séc. XVI. A restauração não anula a reforma, mas APRIMORA-A. A restauração é o desenvolvimento inevitável e natural dos ideais reformistas, pois viabiliza de forma verdadeira e corrigida uma de suas principais premissas: “sola scriptura” – A autoridade para as nossas vidas está APENAS nas ESCRITURAS (no contexto original e correto das mesmas).

O termo “restaurar” fala por si mesmo e difere muito do termo “reformar”. O ato de reformar alguma coisa, como um sofá, por exemplo, dá a liberdade ao dono de colocar um novo tecido não necessariamente igual ao original. Se o original era couro, a pessoa tem a liberdade de trocá-lo por outro diferente, por exemplo, por um tecido plastificado, um courvin. Já no caso de restaurar algo, essa liberdade de escolha não existe, pois se trata de uma restauração, ou seja, é necessário usar o material original, sem nenhuma variação na textura, cor, densidade, etc. Portanto, o restaurar é fazer voltar ao estado de origem. Na língua hebraica o termo “TIKKUN” tem este sentido de retornar à origem, restaurar e consertar sem desvios do modelo original. O termo “TESHUVÁ” também pode ser usado, sendo traduzido por arrependimento, mudança ou conserto de direção.
A igreja tem sido reformada desde quando saiu do controle de Roma. Foi um bom tempo, creio! Mas agora se percebe uma necessidade urgente de mudança. Há muitos desvios, muitas divisões entre seus membros que se dizem pertencer ao mesmo Corpo de Cristo. São tantas as doutrinas, são tantas opiniões diferentes que se torna impossível unir esses irmãos novamente num só propósito e direção. Há um ditado judaico que diz que onde há três judeus, há quatro opiniões. Mas, eles continuam judeus e cooperam uns com os outros em função de uma causa maior, a preservação do judaísmo e de suas raízes. No meio evangélico vejo que onde há três evangélicos, há três completas diferentes denominações competindo entre si, tentando até mesmo a destruição uma da outra. Não são amigos, tornam-se inimigos por causa de dogmas. Uns se tornam inquisidores dos outros, estabelecendo seu padrão da única e soberana verdade. O que tenho visto é muitos hereges combatendo outros hereges. Teólogos de si mesmos, tentando acusar, difamar e caluniar irmãos do mesmo chamado Corpo de Cristo. É um caos e suas atitudes os condenarão, serão vítimas de seus próprios erros.
Eu tenho dito há muitos anos que aquilo que nos une como membros do mesmo Corpo precisariam falar mais alto do que nossas diferenças e interpretações doutrinárias. Se o que nos une é o Sangue de Cristo, o novo-nascimento Nele, nossa mudança de vida, nossa fé num só Deus, num só messias, numa só Bíblia, isto precisaria falar mais alto do que nossas diferenças. Ou seja, eu creio que Deus quer nossa unidade, mesmo que haja diversidades de opiniões. Isto não é ser ecumênico, isto não é deixar nossa liberdade de interpretação. Pelo contrário, deveríamos nos amar mais, servir mais uns aos outros e discutir menos os aspectos doutrinários e interpretativos. Afinal, revelações são para ser vividas e não para ser discutidas, pois a espiritualidade é individual e há níveis diferentes para o viver por fé, segundo a fé de cada um. Maturidade espiritual não vem de modo igual para todos. Deus trabalha com nossa individualidade. Ele nos vê como seres autênticos à Sua imagem e Semelhança e não como robôs evangélicos.
Urge que a Igreja ande e viva os princípios bíblicos vividos e proclamados pelos profetas, Yeshua e Seus apóstolos. Queremos ser restaurados rumo à igreja do primeiro século. Isto não é voltar ao primitivismo das coisas, mas sim resgatar princípios e instruções santas, eternas e imutáveis dadas pelo Espírito Santo de Deus. Portanto, marchemos rumo à igreja do primeiro século, restaurando nossas raízes da fé. É hora de reconstruir uma igreja santa, pura, sem mácula e sem defeito, cheia de poder, unção e união. Há uma redenção total por vir, há um reino por vir, há um messias que reinará com Seus eleitos sobre as nações.
Não é fácil mudar conceitos. Imagino como Lutero sofreu com aqueles padres religiosos e zelosos com toda a tradição e fidelidade à sua ordem religiosa. Creio que é necessário um momento de reflexão, de coragem, e muita disposição para pagar um alto preço pela verdade. Lutero pagou um preço caro com sua própria ex-comunhão da Igreja Católica. Muita coisa mudou, mas será que a reformar cumpriu seu papel cabalmente? Será que temos algo ainda a mudar? Será que já alcançamos uma estatura de fé e maturidade aos padrões de Cristo?

Nosso Deus é bom e eu já percebi que Ele gosta, na maioria das vezes, de trabalhar com lógica e no tempo determinado. Tudo precisa estar no Seu tempo. Ele também nos trata assim: devagar! A verdade é que nós não estamos preparados para uma mudança radical, corrigindo nossos próprios erros. Confesso que não sei o que acontecerá, mas sinto uma força dentro de mim que me impulsiona para frente, para ver e gerar uma Igreja pura, santa e sem defeito, sem ruga (Ef 5:27) e sem mácula, pois a ´noiva´ Dele é nova. Esta é uma grande revelação que recebi do Senhor. A noiva é nova, pois ela não tem “rugas”. Isto me mostra que esta igreja que está aí liderada por santos homens de Deus precisará também passar por mudanças radicais. A Reforma não foi suficientemente eficaz para produzir uma noiva à altura (em fé e maturidade) do nosso noivo judeu, Jesus, o Yeshua Há Mashiach. Poucas pessoas atentam para isto. Jesus, como judeu, procura uma noiva entre judeus e gentios, mas ambos crentes no coração e no contexto judaico da fé.[1] O movimento judaico messiânico autêntico tem dado uma pequena contribuição para esta conexão Igreja e Israel. Por outro lado, vemos a Igreja muitas vezes distante de suas raízes e propósitos. Há sem dúvidas, muitas coisas para serem mudadas tanto na Igreja como em Israel. Confesso que não avocarei para mim nenhuma responsabilidade de como mudar, dando fórmulas, ou dogmas, bulas, etc. Os pais da Igreja e da Reforma já fizeram isto e acabaram cometendo erros. Lutero, se estivesse vivo, estaria vendo a igreja Católica se esforçando por grandes mudanças para voltar e se moldar à Palavra. Os evangélicos que teriam, ao meu ver, grandes revelações, estão muitas vezes entretecidos com o evangelho da prosperidade e bens materiais, encantados com o relativismo e o poder da política. Oremos para que Deus levante homens profetas em nossos dias. Homens que falam por Ele e não o que descobriram ou sabem Dele. Oremos para que Deus levante verdadeiros evangelistas, mestres, pastores e apóstolos também, mas, sobretudo, profetas corajosos. Teremos que enfrentar principados e potestades jamais vistos nos tempos finais. E para isto estes homens terão que estar certíssimos de seu chamado divino, capacitados, disciplinados, destemidos para a guerra.
O que poderíamos fazer neste momento?

1- Primeiro, é necessário assumir uma atitude sincera e honesta em relação às fraquezas e imperfeições que os líderes da Igreja provocaram na comunidade, quando se afastaram de muitos princípios bíblicos vividos e promulgados por Yeshua e pelos apóstolos no primeiro século;

2- Segundo, deve-se reconhecer também que houve um distanciamento do contexto judaico do Novo Testamento e que uma grande gama de costumes e tradições pagãs infiltraram na doutrina cristã;

3- Terceiro, estar convencido que é necessário começar um processo de mudança, voltando à origem e tomando os pontos falhos ou esquecidos pela Reforma;

4- A Igreja de Yeshua deve se arrepender nos pontos em que se desvirtuou, revendo sua doutrina e sua teologia, tendo como único padrão, a Bíblia, interpretada no contexto na qual foi escrita;

5- Deve-se ter a humildade de aceitar e reconhecer o que o Espírito Santo tem feito e que ainda fará no Corpo de Cristo;

6- Precisamos rever e reler o Novo Testamento no contexto judaico no qual ele foi escrito. Não se trata de judaizar a igreja. “Haz vê Halila”![2], mas precisamos conhecer alguns textos no contexto original que mal interpretados fizeram com que a Igreja se separasse de Israel e de seu povo;
7- Precisamos voltar a estudar e entender os princípios da Torá e dos profetas e aplicá-los em nossas vidas para testemunho no caminhar pela fé. Há hoje um entendimento errôneo da Graça e da Lei de Deus. Hoje a Igreja tem perdido bênçãos e muitas bênçãos por desconhecer a conexão entre a graça e as instruções de Deus, a Torá.

8- Ser pacientes e tolerantes com aqueles que virão em resistência.
9- A Restauração está disponível para todos, mas isto não significa que todos da Reforma optarão por ela. Da mesma forma que a mensagem da Reforma está disponível a todos, mas a grande maioria dos católicos ainda não se atentou para ela nesses últimos 500 anos.
10- Oremos para que o movimento da Restauração não venha acompanhada de um novo cisma no Corpo de Cristo.

Por onde começar a Restauração?

O Ministério Ensinando de Sião-Brasil não tem nenhuma “fórmula” ou “know-how” para rotular o que seria restauração e, tão pouco, temos essa intenção. Nosso propósito é chamar atenção do Corpo de Cristo para a necessidade de voltarmos só para a Bíblia. Portanto, os pontos sugeridos abaixo são meras observações de cunho e experiência pessoal como já disse, não representando assim, nenhum ponto exclusivo, doutrinário ou teológico do movimento messiânico, o qual também necessita de restauração;
Nossa proposta de restauração abrange primeiramente o indivíduo como membro do Corpo de Cristo. Cremos que um indivíduo restaurado gerará uma família restaurada e um conjunto de famílias restauradas produzirá, conseqüentemente, uma igreja restaurada igreja.
Estamos num processo de oração e de busca por uma igreja santa, puramente santa e isto tem sido nosso pilar central. Temos um ‘noivo’ padrão, Yeshua, e queremos segui-lo. Portanto, não se trata de levar a Igreja gentílica a nenhum tipo de judaísmo ou tradições judaizantes. Mas, não podemos nos esquecer que nosso noivo viveu como judeu zeloso com seus princípios e tradições e que Ele não perdeu Sua identidade.

a)A restauração do Indivíduo: A restauração da alma do indivíduo é um tema bem conhecido por todos e por isso, dispensamos comentários. Crentes precisam valer-se da restauração para se livrarem da solidão, depressão, ansiedade e de outras doenças do mundo psíquico. Preocupam-se muito com a cura do corpo, enquanto muitas das causas das enfermidades estão na alma do homem. Rei Davi disse: “A Torá é perfeita e restaura a alma.”[3]

b) A Restauração da Família: O mover do Espírito Santo de Deus tem nos levado a isto. Logo depois ao movimento da cura interior, mais ou menos há 25 anos, a igreja engendrou muitos seminários e encontros para casais. O movimento “Casados para sempre” é um bom exemplo disso. Encontro nos lares também tem contribuído até hoje para que toda a família cumpra o propósito de Deus, vivendo em harmonia e estabilidade no plano divino. É a extensão da Igreja nas casas. Nossa família ainda é nossa primeira igreja. Precisamos fazer disso uma realidade em nosso meio.

c) A Restauração da Igreja: Esta tem sido agora a ênfase do momento e nosso ministério se sente chamado para ajudar nessa necessidade. Percebemos também que no mundo todo estão surgindo ministérios específicos de ensino mais do que em todos os tempos até então. É de novo o Espírito Santo de Deus agindo progressivamente, preparando sua noiva, Sua igreja. Precisamos questionar tudo o que estamos vendo, como por exemplo, devemos dividir o Corpo de Cristo em Células ou devemos deixá-lo como Corpo, porém mudando a forma de tratá-lo? Nossas comunidades e congregações devem ser menores a fim de que o presbitério fundamental de pastores, mestres, profetas, evangelistas e apóstolos possam trabalhar juntos ou em qual outro sistema devemo-nos considerar para nos livrarmos dos problemas da massificação, da falta de comunhão e unidade?

Neste tópico, Restauração da Igreja, poderíamos meditar em alguns pontos importantes, como:

1- Devemos checar com base exclusiva na Bíblia os vários dogmas advindos dos Concílios de Roma, principalmente, aqueles pós Concílio de Nicéia que separaram a Igreja da comunidade de Israel e do povo judeu e, conseqüentemente, gerando e agravando o antissemitismo e antijudaísmo hoje ainda existente no meio cristão;
2- Idem, para aqueles itens advindos dos pais da Reforma, Lutero, Zwingli, Calvino e outros. Por exemplo, as atitudes antissemitas de Lutero, o endosso à teologia da substituição, a desconexão da Igreja com Israel, etc;
3- O exagero e abuso trazidos pelos movimentos americanos da “Palavra da Fé”, como por exemplo, o exagerado e incompleto conceito de prosperidade, vida fácil para aqueles que se convertem, sucessos financeiros pela fé, mercantilismo da fé, etc;
4- Buscar no Antigo Testamento outras bênçãos além dos dízimos e prosperidade, como por exemplo, conhecer (não impor à igreja) os princípios divinos sobre qualidade de vida e inúmeros princípios éticos e sociais, relações familiares, de saúde, combate a pobreza, etc. mencionados largamente na Torá;
5- Entender no contexto judaico os princípios vividos e promulgados pelos apóstolos no primeiro século, como por exemplo, o conceito de unidade, comunhão, costumes e forma de estudar semanalmente a Palavra, (aqui entram o estudo das “Parashiot e das Haftarot” ou o Estudo da Torá e dos Profetas em porções semanais, como eram feitos na época de Jesus);
6- Eliminar de vez o comércio em nome da fé. Vendas de bênçãos, promessas, costumes pagãos que tentam materializar a fé através de objetos, líquidos e outros produtos, que levam mais a um sincretismo religioso do que um crescimento saudável e maduro do viver pela fé;
7- Combater todo tipo de competição entre irmãos e entre denominações. Por exemplo, rádios e TVs evangélicas que são fechadas e não permitem a entrada de outra denominação diferente da sua;
8- Expurgar todo mundanismo dentro da Igreja, como por exemplo, festas pagãs, shows, comércios, etc;
9- Rever toda a estrutura da liderança da igreja. Por exemplo, os papéis dos presbíteros (restaurando suas funções ministeriais de pastores, mestres, profetas, evangelistas, apóstolos) e diáconos;

10-Deve ser revisto o conceito de igreja matriz que centraliza o controle sobre as congregações ou filiais em várias cidades, estados e até mesmo em países. O princípio da Igreja local deve ser respeitado, mas isto não impede a ação apostolar;
11-Deve-se voltar para obra missionária e social. A igreja evangélica tem feito muito pouco nessas áreas, principalmente, no aspecto social de ajuda aos carentes e pobres, quer sejam eles crentes ou não. Grandes investimentos são feitos em prédios, acampamentos e outros bens, enquanto outras recomendações bíblicas importantes são esquecidas. Por que não investir mais em áreas de aconselhamento pastoral, psicológico, mesmo na área da educação, da saúde e até mesmo assistência jurídica para atender os membros carentes, uma vez que o serviço prestado pelas autoridades de nosso país deixa muito a desejar?
12-Envolvimento dos líderes da igreja com o Estado e com a política devem ser avaliados. A bancada evangélica deveria trabalhar servindo aos interesses das comunidades que representam e não somente aos interesses das denominações a quais pertencem;
13-Voltar para as pequenas comunidades, bairros, ruas, desenvolvendo a pregação das boas novas e estudos bíblicos nas casas, às vezes é uma opção, se bem coordenada.
14-Restaurar o conceito de “Igreja” ou “Congregação” e “Israel”. A palavra igreja, no hebraico, kahal, é a mesma usada em Atos 2. A Igreja de Deus começou no Sinai e foi solidificada em Atos:

a) No Monte Sinai no dia de Shavuot foi entregue a Torá como contrato de casamento entre Deus e os “chamados para fora”= Igreja (Kahal), ou no grego, “ekklesia”, com o mesmo sentido. É o remanescente justo de Israel (Ex19:3), a oliveira do Senhor (Rm11);

b) Esta igreja (Kahal) formada no Sinai é chamada de nação santa, reino sacerdotal (Ex19:5);

c) Esta igreja (kahal) foi formada pela descendência natural de Abraão, mas extensiva aos estrangeiros que creram no Deus de Israel e quiseram sair do Egito(Ex12:38);

d) Mas, esta igreja (Kahal) quebrou o contrato de casamento (Torá) por causa do coração de pedra ( Jr 31:32; Zc7:11-12);

e) Com o estabelecimento da Nova Aliança no sangue do Cordeiro Yeshua (profecia de Jr 31:33), o Espírito Santo, como em Shavuot (pentecostes), foi renovado neste contrato do Sinai com sua igreja a fim de que todos agora (judeus e não judeus) possam obedecer a Torá e o Evangelho de Yeshua.(Ez 36:26-27).
15- É necessário contextualizar o evangelho, biblicamente, conforme os princípios vividos e proclamados pelos apóstolos no primeiro século; por outro lado, os judeus crentes que foram descontextualizados para várias denominações precisam agora resgatar sua identidade judaica, vivendo e testemunho como judeus crentes, messiânicos;
16- Querendo ou não o cristianismo é judaico em sua essência (Rm1:16; Jo1:11)

17-O antissemitismo é anticristão (o judaísmo bíblico é a base do cristianismo; há promessas para Israel e o povo judeu ser salvo; A oliveira, a família de Deus, é constituída de judeus e gentios- Ef 2; Rm11;

18-Deixar de levar as boas novas aos judeus é uma forma de antissemitismo. Porém, não se evangeliza Israel com panfletos jogados em sua janela. É necessário amá-los e aproximar-se deles, não impondo dogmas, porque na verdade a fé genuinamente cristã é uma fé de origem judaica. Mas, deve-se mostrar com base no “Tanach
[4]a pessoa do Messias Yeshua judeu. Nunca devemos desconectar o judeu do judaísmo bíblico para transformá-lo em um membro de uma congregação evangélica. Ele é judeu, crê na mesma Bíblia (antigo Testamento) que você crê, então, basta apresentar a ele a Pessoa do Messias Yeshua que veio ao mundo para ISRAEL e também todos os que através dele desejem compartilhar da aliança que o Deus criador tem com esse Israel. São inúmeras também as passagens bíblicas no Antigo Testamento que nos ensinam diferenciar o Jesus como Ben José (filho de José – que veio morrer no madeiro se fazendo maldição pelos nossos pecados) e Jesus como filho de David, quando voltará para estabelecer um reino de paz e poder;

19-Como será abençoada a Igreja?

- “Abençoarei os que te abençoarem (bênçãos espirituais e materiais)”- (Gen 12:3; Rm 15:27);

- Como já dito acima, levando as Boas Novas aos judeus você estará colaborando para a vinda do Messias em Glória.(Rm11:15)

- “Orai pela paz de Jerusalém; prosperem aquele que te amam”. A Igreja se esquece muitas vezes que o inferno não prevalece contra ela, e por isso, ela pode gerar a salvação de Israel orando por Jerusalém. Orar por Jerusalém nos traz prosperidade. Por que não podemos ter o hábito de orar por Jerusalém em todos os cultos e encontros que se tem na igreja? Por que não?!

20-Como será abençoado o povo judeu?

- Pela igreja gentílica enxertada na verdadeira oliveira, levando para eles a seiva de Yeshua;

- A igreja irá colocar ciúmes no coração de Israel e nos judeus não crentes. Pelo amor e misericórdia para com eles todos serão alcançados (Rm 9:11,26).

21 - D-us concluirá seu plano de salvação para com os judeus e nação de Israel (Rm11:26) e implantará seu reino (Ap 20:2) com seus eleitos judeus e gentios justificados pela pessoa do messias Yeshua Há Mashiach;

22 - ...” Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus. (Marah n´atá!). A graça do Senhor Jesus seja com todos.”[5]

Estamos apenas no começo de uma nova visão para a Igreja. A Reforma foi boa, mas agora queremos algo mais genuíno e original. Queremos nossas raízes da fé de volta. Queremos nosso messias judeu que foi ao longo dos tempos descaracterizado de Israel e de Seu o povo. Queremos ver a família de Deus unida, judeus e gentios em Cristo (Ef 2:19). Queremos receber uma nova unção de cura, milagres e maravilhas como na época da igreja do primeiro século. Por outro lado, se queremos o poder da Igreja do primeiro século, com certeza também virá sobre nós a perseguição da Igreja daquela época. Mas, o que queremos é cumprir o propósito do Senhor e orar para que Ele abrevie o seu retorno. Amém.


VIA GRITOS DE ALERTA.
INF. ENSINANDO DE SIÃO

PARA GLÓRIA DO SENHOR JESUS CRISTO - GRITOS DE ALERTA PRESENTE EM 119 NAÇÕES - DEUS É FIÉL A SEUS PROPÓSITOS.

A psicóloga Marisa Lobo acusa presidente do conselho federal de psicologia de perseguição religiosa.

 



Comunidade terapeutica é um lugar de segregação e isolamento. de tortura de morte de violação de direitos humano diz presidente do conselho de psicologia.



Se já não bastasse apoio aos kit gay nas escolas,com cenas obscenas em minha opinião como mãe de família e psicóloga. Agora mais esse absurdo,

O Presidente do Conselho Federal de Psicologia senhor Humberto Verona, com seu estilo de militância política induzindo orientações políticas, de orientação sexual, agora o tema é perseguição religiosa travestido de preocupação com usuários de drogas.oCFP com suas atitudes tem perseguido as únicos ferramentas eficientes que temos no combate ao Crack em todos nossos pais, as comunidades terapêuticas.
O Governo tem reconhecido o esforço das comunidades terapêuticas e está pela primeira vez colocando em seu plano nacional de combate ao crak e outras drogas, o que já não era sem tempo.Pesquisas comprovam que o índice de recuperação em clínicas, em C.A.P. S não passam de 2 a 6 % no máximo enquanto que em comunidades terapêuticas( religiosas) esse índice sobe para 32 a 42%%. Fato que o conselho não quer aceitar e muito menos pesquisar sobre, pois isso seria decretar que o trabalho religioso funciona, pois leva o indivíduo a um encontro com algo além dele capaz de levá-lo a sanidade.

O que me assusta, é um Conselho de Psicologia com total desconhecimento de tratamento e prevenção às drogas, profissionais que não deve ter tido nenhuma experiência concreta e real com tratamento além de teorias falíveis, que podem com a morosidade de seu tratamento ajudar o individuo encontrar a morte, pois em se tratando de crack, oxi, cristal esta morte está muito próxima, e talvez somente o tratamento em consultório de psicologia, sem um internamento compulsório pode não chegar a tempo.

No jornal do mês de outubro, o Conselho Federal de Psicologia comandado por este cidadão, que se diz presidente, usou o termo “usuário é cidadão, não é monstro”, acusando as comunidades terapêuticas de tratar o seu interno como monstros com total falta de compaixão e ética profissional. Critica veemente o governo por estar apoiando as comunidades terapêuticas. por reconhecer o trabalho árduo que as mesmo a vem fazendo desde sempre, pois antes mesmo da formalização da psicologia já existiam trabalhos religiosos no tratamento da dependência química e dos doentes mentais.

Em um movimento político que aconteceu em Brasília, promovido pelo Conselho Federal de Psicologia, o presidente faz duras críticas ao governo, o chamando de confuso ”O governo mistura o suposto cuidado com as pessoas que usam drogas, em entidades privadas que não tem história nenhuma dentro das políticas brasileiras que são as comunidades terapêuticas, diz presidente Humberto Verona.

Afirma também uma comunidade terapeutica pratica , segregação e isolamento de tortura de morte e violação de direitos humanos, tentando desqualificar as comunidades terapêuticas, tudo isso por não concordar que o governo venha de forma justa e legal beneficiar esta que tem sido maior auxiliadora social no tratamento de vícios por drogas principalmente por crack.

O conselho fáz marchas e duras críticas seus jornais e rede sociais. está denegrindo e tirando direito de tratamento as famílias e ao usuário que sofre, como também, está desmoralizando este governo e esta casa que tem se empenhado em buscar alternativas, em elaborar políticas sérias de combate de prevenção e de tratamento às drogas, ou seja, de elaborar as políticas sérias sobre drogas.

É lamentável, que um conselho de psicologia mais uma vez, com uma minoria de psicólogos, estejam empurrando goela abaixo de uma população e de profissionais tais decisões que não expressam, de forma alguma com a opinião de centenas de profissionais que trabalham e voluntariam na área e em comunidades terapêuticas.
Como psicóloga atuante dentro de comunidades terapêuticas e como coordenadora de curso que ensina programas terapêuticos, sei que temos abusos em situações isoladas que estas são a minoria. Não podemos generalizar a maioria dos internos são acolhidos de forma humanizada ao contrário do que diz o CFP .O que talvez incomode este cidadão seja o fato de que estes usuários tem a oportunidade de entender que não está só, que há um poder superior a eles capaz de devolver a sanidade e isso tem feito a diferença na recuperação.
É inadmissível, que um conselho venha criticar sem ao menos ter um prenúncio de solução, ter apenas falácias, palavras ao vento, sem conhecimento real de vida, é que o presidente deste conselho falido tem tido em relação às drogas principalmente para mim este senhor não passa de um militante político, legislando em causa própria.
O mais grave é que com o meu dinheiro, como o nosso dinheiro de nossa mensalidade, este cidadão, lidera pessoas, um grupo pequeno por sinal e dita regras no jornal do conselho o texto termina afirmando:

“O CFP reforçou sua opinião contrária as comunidades terapêuticas, no manifesto “droga s pelo tratamento pelo tratamento sem segregação.

Criticando o apoio do governo, dizendo que esses recursos, devem ser destinados a criação e ampliação de redes de serviços substitutivos.e não a lugares e instituições com princípios e formas de atuação contrários á ética que os sustenta: a defesa dos direitos humanos, a liberdade e a inclusão dos usuários no território. Jornal CFP pg 7-outubro 2011.
Fazendo campanha ostensiva, abrindo guerra mesmo, desrespeitando as comunidades terapêuticas, seus usuários, suas famílias e o próprio Governo que as apóiam.

Marisa Lobo Psicóloga , Cristã
VIA GRITOS DE ALERTA

O pastor Renato Vargens enlouqueceu!

 Uma PROMOÇÃO que todo pastor, seminarista ou líder de ministério vai amar!

Prezados, essa é uma promoção especial de final de ano para pastores, seminaristas ou líderes de ministério que seguem o BLOG do pr. Renato Vargens.

O Negócio é o seguinte:  Você poderá  comprar (10 unidades ) de qualquer um dos titulosabaixo (só vale os livros abaixo) por apenas R$ 60,00.  Poderá ser 10 de um título só, ou se preferir, você poderá mesclar com outros titulos.  O frete? Deixa que eu pago.  É por minha conta!

Se voce estiver interessado escreva para renato.vargens@gmail.com e eu lhe darei as coordenadas necessárias. Os livros participantes desta promoção encontram-se abaixo: 

Promoção  por tempo limitadíssimo! Aproveite! 
Esse livro é uma gota no oceano, mas uma válida tentativa de trazer um alerta coerente acerca do problema. É um manual para pais de adolescentes e jovens. E um livro de cabeceira para aqueles jovens e adolescentes que, por amarem Jesus, querem caminhar de forma plena, santa e de boa consciência no que tange à vida amorosa. Mais do que a teoria e o conhecimento bíblico, Renato é pai de uma família apaixonada por Deus e pelas Escrituras. Vive uma vida conjugal sólida, e criou filhos que hoje, como ele, tem caráter cristão e veia missionária. Tudo isso o credencia a escrever o presente livro. A glória é de Deus.





Este livro foi escrito para aqueles que há muito desistiram de sonhar ou estão com seus sonhos adormecidos, para encorajá-los a crêr que Deus intervém extraordinariamente, transformando vales secos em mananciais, noites escuras de desespero em manhã ensolaradas de esperança. Quando a Esperança Ressuscita é um livro essencial para quem entrou em um túnel escuro e não consegue vislumbrar saída. Um livro que enche a nossa alma de esperança.
Esse livro é para ser lido com o coração enxargado de esperança. O Pastor Renato Vargens nos leva a refletir sobre a importante missão dos pais em desenvolver para com os seus filhos uma relação íntima e amiga à luz da Bíblia. "Meu filho, meu amigo" é um livro gostoso de ler. Seus capítulos ampliam perspectivas, motivam aitudes e  promovem relacionamentos sólidos que glorificam a Deus.



O Pastor Renato Vargens sugere algumas alternativas maravilhosas às muitas desarmonias e indiferenças as quais  - sem sombra de dúvidas - vêm causando uma verdadeira erosão em milhares de corações. "Começar de novo" é uma leitura indispensavel, com conteúdo precioso, prático e essencialmente relevante para os dias que vivemos, onde a segurança tende a nos desencorajar diante do nebuloso cenário mundial.
"Sua Família pode ser mais feliz"  não se trata de uma receita de bolo sobre a vida familiar, ante pelo contrário, é um resgate sério consistente de princípios bíblicos que devem nortear os nossos relacionamentos familiares. Através da leitura deste livro temos a nítida impressão de sentirmos a presença do autor na sala de nossas casas ministrando o culto doméstico.










Quando o Milagre Acontece nos faz entender, à luz da Palavra de Deus que milagres e intervenções divinas podem fazer parte do nosso cotidiano. Nos faz observar também, exemplos de homens de Deus que experimentaram, nas situações mais adversas a concretização dos seus sonhos. O Pastor Renato Vargens de clara forma e dinâmica, nos mostra a existência de um Deus presente que intervém na vida de milhões de pessoas, transformando caos em bênçãos e gritos de agonia em brados de vitória.







Cada capítulo deste livro representa um passo que deve ser dado por você. Mais que um livro, esse é um manual que, uma vez seguido, pode trazer maravilhosas mudanças em sua casa. Você duvida? sim é possível ser um agente transformador da família. É ver para crêr? Não. É ler e crêr. Você vai ver!

Senado ignora regra interna para pedido de passaporte diplomático

Na semana passada, a pedido do senador Marcelo Crivella, o Ministério de Relações Exteriores renovou o passaporte de R. R. Soares, e de sua mulher.

O Senado abriu uma brecha para que parlamentares possam requerer diretamente ao Itamaraty passaportes diplomáticos.

Na semana passada, a pedido do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), o Ministério de Relações Exteriores renovou o passaporte diplomático do líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, R. R. Soares, e de sua mulher, Maria Magdalena B. R. Soares.

A renovação foi solicitada sem respeitar a praxe da Casa. Normalmente, a requisição de passaporte diplomático é feita pela Coordenação de Atividades Externas. Crivella fez o ofício diretamente sem passar pelo aval do comando do Senado. Ele afirmou que a medida foi tomada porque se tratava de uma renovação e que já teve anteriormente autorização para pedir o documento.

Segundo o senador, não há exigência legal para que a Coordenação de Atividades Externas seja acionada nesses casos. Crivella disse que tomou a iniciativa para garantir isonomia de tratamento as lideranças religiosas, uma vez que bispos católicos também podem requerer o documento especial.

O senador disse que o pedido tem relevância social. "Ele [bispo] atende a milhares de brasileiros evangélicos que vivem no exterior. Considero um relevante serviço e também uma questão de isonomia, pois os bispos católicos possuem passaporte diplomático."

Crivella reconhece que abre um precedente para que os demais parlamentares também peçam em nome do Senado a emissão de passaportes diplomáticos. "Mas tudo vai depender do mérito. O Itamaraty vai analisar a relevância e o mérito. Eu mesmo já pedi passaportes que foram negados. Eu não estou pecando", disse.

Na Câmara, essa documentação é liberada pela Segunda-Secretaria. O Senado argumenta que como não há uma proibição legal, não pode tomar nenhuma medida.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), reclama da medida. "Isso começa a farra do passaporte. A proibição está implícita. Essa é uma atribuição da instituição", afirmou.

O passaporte diplomático de caráter excepcional facilita a entrada e saída nos aeroportos internacionais e só deve ser emitido para atender a "interesses do país".

O decreto 5.978/ 2006 prevê a concessão de passaporte especial a presidentes, vices, ministros de Estado, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, ministros dos tribunais superiores e ex-presidentes.

Tradicionalmente, o documento é dado a cardeais da Igreja Católica. Por isso, o Itamaraty também o concede a líderes de outras religiões.

A polêmica sobre os superpassaportes surgiu após a Folha revelar em janeiro que dois filhos do ex-presidente Lula conseguiram o documento: Marcos Cláudio Lula da Silva, 39, e Luís Cláudio Lula da Silva, 25. Outros três filhos e três netos de Lula também receberam o benefício. O pedido foi feito pelo então presidente Lula.

Após a revelação do caso, o Itamaraty resolveu alterar as regras da entrega desses documentos: só pode ser feita por meio de uma "solicitação formal fundamentada" e com a divulgação da concessão no "Diário Oficial". Cerca de 90 documentos foram cancelados desde então.

Fonte: O Documento

Igreja promove adoção de embriões para tirar 'vidas do freezer'

A Igreja Cedar Park Assembly of God, no Estado americano de Washington, oferece um serviço incomum para uma instituição religiosa: o de agência de adoção de embriões congelados.

A ideia de criar um programa para unir casais que têm embriões no freezer e outros que não conseguem ter filhos foi inspirada na história de Maria Lancaster.

Aos 46 anos de idade, após várias tentativas de engravidar e inúmeros abortos espontâneos, Maria achava que o sonho de ser mãe nunca seria realizado.

"Os médicos já haviam desistido de mim", disse ela à BBC Brasil.

Hoje, nove anos depois, ela e o marido, Jeff, são pais de Elisha, 8 anos.

A história dos Lancaster começou a mudar quando Jeff ouviu em um programa de rádio uma entrevista com uma mulher que havia adotado um embrião.

"Nunca havíamos ouvido falar disso", lembra Maria. "Resolvemos tentar, adotamos um embrião, e hoje eu tenho uma filha linda."

Há três anos, Maria sugeriu a um amigo, pastor da igreja, que eles fundassem uma agência de adoção de embriões congelados para ajudar outros casais com problemas de fertilidade a também realizar esse sonho e foi criado o Serviço de Adoção de Embriões de Cedar Park (Embryo Adoption Services of Cedar Park).

OPÇÕES

Nos tratamentos de fertilização, muitos dos embriões gerados não são utilizados, o que deixa o casal proprietário com a opção de mantê-los congelados indefinidamente, descartá-los, doá-los para pesquisas ou para outro casal.

Calcula-se que existam cerca de 500 mil embriões congelados nos Estados Unidos.

O serviço de adoção desses embriões não é novo e é oferecido por várias outras agências no país, entre elas a Nightlight, pioneira no ramo e que foi de quem Maria adotou o embrião.

Muitas, inclusive, são alvo de controvérsia. Segundo opositores da ideia, ao definir "adoção" em vez de "doação", dá-se ao embrião o status de pessoa, o que poderia ser usado como justificativa para a defesa, por exemplo, da criminalização do aborto.

Alguns líderes católicos também criticam o procedimento, questionando a moralidade de se implantar o embrião de um casal, concebido artificialmente, em outra mulher.

Autodenominada a "primeira agência de adoção de embriões baseada em uma igreja", a iniciativa comandada por Maria Lancaster já contabiliza oito bebês nascidos, vários a caminho, e cerca de 25 famílias já inscritas e ainda passando pelos trâmites burocráticos antes de concretizar a adoção.

Maria explica que, na maioria dos Estados americanos, os embriões são tratados legalmente como "propriedade", mas que para a agência "a vida começa na concepção".

"Ao cuidarmos da papelada, é uma transferência de propriedade, mas nós os tratamos socialmente como se fossem crianças nascidas."

REGRAS

As regras para os candidatos a adotar um embrião na agência comandada por Maria exigem que os pais sejam casados há pelo menos três anos e que apresentem cartas de referência de amigos e familiares, além de uma taxa de inscrição de US$ 250 e outra no valor de US$ 3.500.

Um agente do serviço social contratado pela própria agência faz uma avaliação do lar que irá abrigar o embrião, inclusive consultando arquivos do FBI e de outros Estados onde os candidatos tenham morado para garantir que o casal não tenha tido envolvimento com negligência ou abuso de menores.

Diferentemente do processo de adoção de uma criança, que pode ser longo, o prazo para a adoção de embriões varia de dois a seis meses, segundo Maria.

Ela conta que tenta achar casais doadores e receptores compatíveis, para aumentar a chance de que a criança possa conviver com as duas famílias, e considera esta uma das vantagens da adoção aberta de embriões.

"As famílias que doam os embriões para adoção têm a oportunidade de conhecer essas crianças quando nascerem. E seus filhos têm a oportunidade de conviver com essas crianças, que são seus irmãos", diz.

"Uma doação anônima de embriões não permite isso."

Fonte: Folha.com

Ex-BBB Bruna Tavares se converte e vira pastora

Após namorar “bad boys” e posar nua, Bruna Tavares, que participou do Big Brother Brasil 7, se converteu para a igreja evangélica e diz que foi “resgatada das trevas”.

Em entrevista a uma rádio do Rio de Janeiro, a moça disse que agora é de Jesus. "Aquela outra Bruna que vocês conheceram tinha um enorme vazio".

A catarinense de 25 anos tornou-se modelo ainda jovem e, com a participação no reality show, viu sua carreira dar uma guinada. Apesar disso, ela resolveu seguir outro caminho.

Agora de cabelos escuros, ela se diz renovada após entrar para a igreja Assembléia de Deus. Sua conversão começou em 2008, após o término de um relacionamento.

Em seu site, chamado de "Ministério Bruna Tavares", a ex-modelo divulga suas experiências com o evangelho e suas viagens pelo Brasil pregando crenças. "Para as pessoas que não me conhecem, realmente é de se espantar como uma pessoa que obteve fama, abandona tudo e se deixa moldar pelo sobrenatural do Senhor Deus", declarou a loira que, durante o tempo em que ficou confinada, protagonizou cenas românticas com um colega.

Um texto em seu site oficial explica como Bruna decidiu se tornar missionária: "Ao sair e ver o que havia acontecido aqui fora, frustrou-se e a infelicidade tomou conta de sua vida. Em março de 2008, terminou um relacionamento, se converteu e segurou firme em Jesus para não soltar nunca mais (...) Com o seminário de teologia concluído em dezembro de 2010, Bruna é Missionária e ministra da Palavra do Senhor em tempo integral desde outubro de 2008".

Desilusão amorosa?
Quem pensa que Bruna Tavares entrou para a igreja por causa de desilusão amorosa se engana. Tabalhando como missionária, a ex-BBB, que já namorou o também ex-bbb 7, Alberto Caubói, revelou ao EGO que sua nova fase religiosa nada tem a ver com problemas relacionados ao coração.

"Quando entrei para o BBB, em 2007, eu era uma desviada. E depois que saí do programa, sofri muita pressão porque mostravam meu estereótipo como gorda e eu nunca fui gorda. Essa questão do peso me incomodou muito. Tudo isso se tornou uma grande desilusão, porque meu sonho era ser uma modelo famosa, e tudo que uma modelo não pode ser é gorda", contou ela.

O também ex-BBB Alberto Caubói, com quem namorou por cerca de um ano, não teve a ver com a decisão de Bruna. "Não sofri desilusão amorosa. Alberto não foi o motivo para eu me dedicar à igreja. Eu terminei porque me converti, foi a decisão mais acertada para o meu momento. Ele foi o grande amor da minha vida e, desde que terminei, não fiquei com mais ninguém, nem de mãozinha dada."

Atualmente, Bruna se sustenta com a renda de doações que arrecada nas igrejas. "Minha fonte de renda é a oferta de amor. Não estipulamos valor nenhum, as pessoas doam aquilo que podem. Trabalho levando meu testemunho, falo sobre família, minha trajetória, o que passei no BBB e não cobro cachê nenhum para ir às igrejas", disse.

Sobre o "resgate das trevas", da qual Bruna fala durante um de seus cultos, ela afirma se tratar do período em que vivia sem rumo: "Uma desilusão como ser humano. Não estava feliz. Vivia da fama, tinha tudo, mas sempre com um vazio muito grande dentro de mim. Foi quando decidi me dedicar à igreja, em 2008."





Fonte: EGO e Guia-me

Pastor inverte a ordem e dá US$ 100 a fiéis

Christopher Baldwin deu para as 85 famílias que participaram do culto do último domingo (20), US$ 100 dentro de um envelope.

A gente se acostumou a ver igreja pedindo dinheiro para fiéis na televisão, vendendo toalhinha abençoada, livrinho da cura e um monte de outras lembrancinhas para lucrar um pouco mais. Por isso, quando o contrário acontece, chega a ser um pouco difícil de acreditar.

Mas, em Lancaster, no Estado de Nova York (EUA), os fiéis da igreja Vine Wesleyan Church ganharam um presentão do pastor local.

Christopher Baldwin deu para as 85 famílias que participaram do culto do último domingo (20), US$ 100 dentro de um envelope. As famílias só foram descobrir o presente quando já estavam em casa.

"Quando demos o dinheiro, dissemos que aqueles que precisam podem ficar com ele. Mas, queremos que cada um ore e pergunte a Deus onde que o dinheiro deve ser direcionado", explicou Baldwin.

A ideia veio após a festa de Halloween organizada pela igreja no último mês. O pastor notou que muitas pessoas não tinham casaco e estavam passando frio. Por isso, ele decidiu dar o dinheiro para inspirar a congregação a dar de si para os outros.

Fonte: UOL

Paquistão proíbe termos como ‘Jesus’ e ‘absorvente’ em SMS: são considerados ofensivos

Paquistão proíbe termos como ‘Jesus’ e ‘absorvente’ em SMS: são considerados ofensivosQuem manda mensagem de texto no Paquistão vai precisar moderar suas palavras. A agência de telecomunicações do país enviou uma carta às operadoras de celular ordenando o bloqueio de mensagens de texto (SMS) contendo o que a agência considera serem obscenidades, disse a porta-voz da operadora Telenor Pakistan, Anjum Nida Rahman, nesta sexta-feira, 18. A agência também enviou uma lista de 1.500 palavras em inglês e urdu que deverão ser bloqueadas pelas operadoras.
A ordem faz parte de uma tentativa da agência reguladora de bloquear mensagens de spam enviadas aos celulares, disse Rahman. A Autoridade de Telecomunicações do Paquistão se recusou a comentar a iniciativa.
Muitas das palavras que serão bloqueadas são termos sexualmente explícitos e xingamentos, de acordo com uma cópia da lista obtida pela agência de notícias Associated Press. Ela também inclui termos relativamente mais brandos, como “soltar pum” e “idiota”.
Mas as razões para bloquear algumas palavras, incluindo “Jesus Cristo”, “faróis dianteiros” e “absorvente”, eram menos claras, levantando questões sobre liberdade religiosa e praticidade. Qualquer palavra pode fazer parte de uma mensagem de spam.
A carta, que também foi obtida pela AP, tem data de 14 de novembro e dá às empresas sete dias para garantir o cumprimento.
Rahman, porta-voz da Telenor, disse que a empresa recebeu a carta na quinta-feira, 17, e estava discutindo como proceder. ”É uma grande questão, então está sendo examinada com cuidado por todos os pontos de vista”, disse Rahman.
A carta diz que a ordem era baseada em uma lei de 1996 que impede que as pessoas enviem informações “falsas, fabricadas, indecentes ou obscenas” por meio de sistemas de telecomunicações.
Ela também diz que a liberdade de expressão pode ser restringida “pelo interesse da glória do Islã”.
Sob pressão de islamitas, o Paquistão já bloqueou sites de conteúdo pornográfico e páginas consideradas anti-islâmicas. No ano passado, o país baniu temporariamente o acesso ao Facebook por causa de conteúdo considerado ofensivo ao Islã.

VIA GRITOS DE ALERTA
(Com OVERBO  Época e Associated Press)

No Recife, ex-mecânico morre depois de saber que ganharia indenização

Preso por engano em 1976, Marcos Mariano passou 19 anos preso.
STJ anunciou que ele ganhou causa contra o Governo de Pernambuco.
Morreu no Recife, na noite desta terça-feira (22), o ex-mecânico Marcos Mariano da Silva, 63 anos. Ele foi, segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), vítima do “maior e mais grave atentado à violação humana já visto na sociedade brasileira”. Preso por engano, Marcos passou 19 anos na cadeia, de onde saiu cego e tuberculoso. Faleceu apenas algumas horas depois de saber que havia ganhado na Justiça – por unanimidade – a causa que movia contra o Governo de Pernambuco. O valor inicial do processo estava avaliado em R$ 2 milhões, mas aproximadamente metade do valor foi pago em 2008. Hoje ele soube que receberia o restante.

“A vitória só não foi mais completa porque ele não chegou a receber o dinheiro. Ele sempre acreditou na justiça que só tornou-se concreta hoje”, afirma o advogado de Marcos, Afonso Bragança. O processo concluído nesta terça – um Agravo de Recurso Especial – dá ganho de causa a Marcos Mariano por danos morais e materiais. O valor definitivo da indenização ainda vai ser calculado. “Com a primeira parte, ele ajudou a família, comprou uma casa. Teve momentos nesses três últimos anos de ter uma vida digna, com condições de ter um mínimo de conforto”, conta o advogado.

O advogado afirma que deu a notícia ao cliente por volta das 15h. Em torno das 16h ele foi tirar o cochilo habitual e não acordou mais. Segundo Bragança, Marcos não estava doente. O corpo ainda está na residência dele, no bairro de Afogados, e ainda será liberado pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). “Já era esperada essa decisão, é a segunda. O estado recorreu de novo e ganhamos de novo”, explica o advogado. Segundo ele, a parcela de hoje vai requerer “outra guerra. O valor ainda vai ser calculado e deve ser revertido para a esposa dele”, afirma.

Entenda o caso
Marcos Mariano da Silva foi preso, em 1976, porque tinha o mesmo nome de um homem que cometeu um homicídio – o verdadeiro culpado só apareceu seis anos depois. Posto em liberdade, passou por um novo pesadelo três anos depois: foi parado por uma blitz, quando dirigia um caminhão, e detido pelo policial que o reconheceu. O juiz que analisou a causa o mandou, sem consultar o prontuário, de volta para a prisão por violação de liberdade condicional.

Marcos Mariano da Silva (Foto: Reprodução/TV Globo)Nos 13 anos em que passou preso, além da tuberculose e cegueira, Marcos foi abandonado pela primeira mulher. A liberdade definitiva só veio durante um mutirão judiciário. O julgamento em primeiro grau demorou quase seis anos. O Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou que o governo deveria pagar R$ 2 milhões. O governo recorreu da decisão, mas se propôs a pagar uma pensão vitalícia de R$ 1.200 ao homem. O caso chegou ao STJ em 2006.

Marcos Mariano da Silva brigou na justiça por 19 anos e morreu no dia em que ganhou a causa. (Foto: Reprodução/TV Globo)
VIA GRITOS DE ALERTA
INF. G1

Abuso infantil é o maior obstáculo para a fé cristã, revela pesquisa

Casos de pedofilia associados ao cristianismo são apontados como grande empecilho por não cristãos.

Uma pesquisa sobre casos de abuso na igreja é o principal obstáculo para que as pessoas acreditem no cristianismo, segundo mostra uma pesquisa online feita por um grupo de mídia cristã que entrevistou mais de 1000 pessoas.

O relatório divulgado na Austrália mostra que mais de três quartos dos entrevistados (76%) os não cristãos acredita que o abuso de menores por sacerdotes são uma influência “definitiva” ou “significativa” na maneira negativa como veem a igreja.

A lista dos 10 maiores “empecilhos para a crença” em relação ao cristianismo, independentemente da denominação, foram:

O abuso
A hipocrisia
O hábito de “julgar os outros”
As guerras religiosas
O sofrimento do mundo
O constante apelo por dinheiro
A ameaça de um inferno
A condenação da homossexualidade
O sentimento de exclusividade dos membros das igrejas

O relatório também mostra que as doutrinas sobre a prática da homossexualidade foram apontadas por 69% dos entrevistados, enquanto os discursos sobre o inferno e a condenação eterna por 66%.
O papel secundário das mulheres é mencionado por 60%, numero similar aos que discordam das posições cristãs sobre ciência e evolução (57%).

O estudo mostrou várias outras questões relevantes, como:
51% dos entrevistados “não estão abertos” a mudar sua visão sobre a religião;

Pais e as famílias foram, de longe, a maior influência sobre as percepções sobre os cristãos e o cristianismo (67%).

Outros fatores que influenciam sua opinião sobre a igreja são os veículos de comunicação e (25%) e redes de relacionamentos (24%);
42% dos entrevistados disseram que Jesus era um homem comum que não tinha poderes divinos e 17% disse que nunca existiu;

80% acredita que Jesus morreu numa cruz, mas apenas 52% aceita que ele ressuscitou dos mortos,
Mais da metade dos entrevistados foi capaz de identificar os ensinamentos fundamentais de Jesus: “Eu vim para que tenham vida…” (62%); “Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você” (62%) e “Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros… “(51%).

A pesquisa foi encomendada pelo grupo Olive Tree [Oliveira], liderado pelo pastor batista Sydney Karl Faase, e executado pelo Centro de Pesquisas McCrindle em outubro deste ano.

Foram selecionados 1.094 pessoas de três grupos separados por sexo, renda e educação formal, a grande maioria se identificou como “não cristão”. Um dos objetivos desse estudo é apontar os assuntos que devem ser tratados pela nova série “Apologética” produzida pelo grupo de mídia Olive Tree no ano que vem

O arcebispo anglicano de Sydney, Peter Jensen, fez o lançamento da publicação dos resultados no início de novembro e comentou: “O cristianismo, como vocês sabem, é uma religião de comunicação”.

“Nós cremos na Palavra e na propagação dessa Palavra… Traduzir o texto para a língua do povo é parte essencial do Evangelho cristão. Mas a primeira coisa que notei como comunicador é como desconhecemos nossa audiência. Minha suspeita sobre o que as pessoas pensam é muito diferente do que essa pesquisa indicou”, concluiu.

Jensen disse ainda que os discursos de celebridade defendendo o cristianismo não empolgam grande parte das pessoas. “Eu acho que é um fator cultural. Acho que dá certo apenas entre os norte-americanos. Posso entender isso.”

Um dos destaques do arcebispo foi que a transmissão da fé dentro das famílias é um fator determinante. O testemunho dos amigos também foram significativos, destacou. “Minha visão é que a fé cristã sofreu um colapso intelectual monumental nos últimos 40 anos”. Mas ressaltou:

“Amigos, a situação agora não é tão ruim quanto era no primeiro século… Estamos muito melhor agora. Cerca de 30% das pessoas do mundo dizem que são cristãos. Não estou desanimado com estes números, prefiro vê-los como um desafio. Acredito que temos possibilidades imensas de levantar recursos para espalhar a mensagem do Evangelho. Creio no poder transformador do Evangelho e que Deus é o grande evangelista… Eles irão nos ajudar a pensar como podemos melhor traduzir a fé de uma forma que será ouvida por pessoas reais, com dúvidas reais”.

O relatório mostra que mesmo sem se identificar com um grupo religioso ou crença espiritual, muitos se consideravam “espirituais, mas sem religião”.

Traduzido e Adaptado por Gospel Prime de Melbourne Anglican

MEDITAÇÃO DO DIA

Perdoar Faz Bem à Saúde

Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Colossenses 3:13


Estudos mostram a relação entre o rancor, o perdão e a saúde física. Numa terapia de grupo sobre o perdão, a Dra. Charlotte Witvliet pediu aos participantes que pensassem em alguém que os havia prejudicado no passado. Ao começarem a pensar no que tinha acontecido, os participantes perceberam que a pressão sanguínea subiu, as batidas do coração se tornaram mais frequentes, houve suor nas mãos e tensão muscular na testa. Além da influência do rancor sobre a saúde, há também manifestações de indigestão ou irritação no estômago; dor de cabeça ou enxaqueca, cansaço e insônia.


Procure em um dicionário a definição de perdão e verá que uma delas descreve um sentimento que não gostaríamos de admitir: “Deixar de lado o ressentimento contra alguém ou pretender vingança.” Quem já não lutou para deixar de lado o rancor, a raiva e a amargura? Quem não fica remoendo a maldade de outras pessoas?


Mas o que você faz quando alguém se aproveita maldosamente de você ao fazer um negócio? Ou o difama inventando histórias a seu respeito? Ou quando um colega de trabalho o faz perder a função? As primeiras reações são de indignação e revide. “Ele vai me pagar!” “Tomara que caia nas mãos da justiça!” “Que receba um castigo de Deus!” Caso queira comprovar qualquer alteração de sua pressão sanguínea, faça a medição nesse momento e verá.


A atitude de não perdoar, com todo o seu peso de rancor, pode depois de algum tempo comprometer o funcionamento saudável do corpo, enquanto a disposição e o ato de perdoar podem curar não apenas a mente, mas o corpo.


Como posso me livrar do rancor e do ressentimento? Como posso deixar de lado a dor que me causaram? Tenho que perdoar realmente ou simplesmente ignorar?


Quando Jesus orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34, ARA), Ele não estava dizendo que aquelas pessoas eram inocentes. Não! Ele simplesmente estava dizendo que não tinha nenhum ressentimento contra elas, que não tinha nenhum sentimento de amargura. Não guardava nenhum sentimento de vingança.


Perdoar: muito simples falar, mas difícil fazer. Nossa oração pode ser: “Senhor, coloca a paz de Jesus em meu coração. Aumenta cada vez mais meu sentimento de perdão a quem me feriu.”

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Especialista americano adverte: o terror islâmico já está no Brasil

Em entrevista ao jornalista Leonardo Coutinho publicada pela edição de VEJA que deixa hoje as bancas, o embaixador Roger Noriega, americano neto de imigrantes mexicanos nascido em Kansas e especialista em América Latina, descreve como o terrorismo islâmico está infiltrado no continente e chega ao Brasil: ”Rezo para que as autoridades brasileiras deixem de cometer o erro de ignorar o terrorismo”, diz ele. “O risco para o país é real e iminente”.
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O Brasil não é imune a atentados

Nas últimas duas décadas, o embaixador americano Roger Noriega, de 51 anos, atuou na linha de frente na elaboração da política externa dos Estados Unidos em relação à América Latina. Trabalhou como consultor do Congresso americano e, no governo de George W. Bush, foi chefe da delegação dos EUA junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) por dois anos.

Em 2003, assumiu o cargo de secretário adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, do Departamento de Estado. Ficou no posto até 2005, quando deixou a vida pública para atuar no American Enterprise Institute for Public Policy Research, um centro de estudos em Washington que reúne pesquisadores das mais diversas áreas, principalmente as de segurança e políticas públicas.

Em outubro, uma semana antes da prisão do iraniano acusado de planejar um atentado contra o embaixador da Arábia Saudita em Washington, Noriega divulgou um artigo sobre as atividades do Irã e do grupo libanês Hezbollah na fronteira mexicana. Na entrevista a seguir, ele conta como foi capaz de antecipar a presença dos terroristas nas franjas do território americano e denuncia a escalada do terror na América Latina.

Como o senhor sabia que o Irã e o Hezbollah atuavam em consórcio com traficantes mexicanos?

Nossa investigação foi baseada em meses de estudos realizados por uma equipe de quatro pessoas que percorreu, além do México, muitos países vizinhos. Essa equipe entrevistou autoridades e fontes secretas nos grupos comandados pelo libanês Hezbollah na região. Nós juntamos os nomes, ligamos os pontos e revelamos uma realidade perigosa.

O Irã e o Hezbollah têm expandido suas bases na América Latina com o objetivo de promover atentados terroristas. Eles construíram uma estrutura operacional de recrutamento, treinamento e captação de recursos. Os fatos observados indicam que os terroristas compartilharam suas experiências com os cartéis do tráfico no México.

Além do relatório publicado a respeito no site do American Enterprise Institute for Public Policy Research, que antecipou as informações sobre essas ações extremistas, nós produzimos um documento confidencial compartilhado com autoridades e vários governos da região.

Por que os Estados Unidos demoraram a detectar essa movimentação em sua fronteira sul?

Gasto grande parte do meu tempo explicando aos políticos americanos que negligenciamos a América Latina.
Recentemente, apresentei no Congresso provas consistentes das atividades desses grupos terroristas no continente. Nossos investigadores identificaram pelo menos duas redes paralelas que colaboram entre si e crescem de forma alarmante na América Latina.

Essas redes são compostas de mais de oitenta extremistas instalados em doze países, concentrados sobretudo no Brasil, na Venezuela, na Argentina e no Chile. Nós não podemos enfrentar as ameaças transnacionais do tráfico de drogas e do terrorismo sem a cooperação de nossos amigos na região.
Por isso, os Estados Unidos precisam prestar mais atenção na região, estabelecer relações econômicas fortes e saudáveis para estimular o crescimento, a prosperidade e a estabilidade entre nossos vizinhos.

O embaixador saudita em Washington, Adel Al-Jubeir: alvo de complô falido de traficantes mexicanos e Quds iranianos

Qual tem sido o papel da CIA, a agência de inteligência americana, em relação a esse problema?

Praticamente, nenhum. Em paralelo com o nosso trabalho, que tornou pública a presença do Irã e do Hezbollah no México, o DEA (a agência antidrogas americana) já vinha investigando as ligações entre extremistas islâmicos e traficantes de drogas.

E eu acho que isso foi uma sorte, porque os integrantes do DEA estão acostumados a pensar além do que diz o manual. Eles não foram constrangidos pelo raciocínio convencional dos especialistas da CIA em Forças Quds (a unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã).

Na agência de inteligência, eles poderiam ter concluído que o modus operandi dos iranianos de contratação do cartel mexicano Zetas para executar o embaixador saudita em Washington era incomum demais para ser realidade — o que poderia ter sido fatal. Em vez disso, o DEA, extremamente ativo em investigações de vários tipos no continente, seguiu em frente e descobriu o plano para matar o embaixador Adel al Jubeir.

Quais são exatamente as conexões do Irã e do Hezbollah na América Latina?

Em 2007, um terrorista que tentou cometer um atentado no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, foi preso em Trinidad e Tobago quando se preparava para viajar a Caracas. Da capital venezuelana, ele seguiria para Teerã, onde, segundo alegou, faria um curso de religião.

Ele sabia para onde fugir em segurança. A Venezuela é uma base avançada do terrorismo islâmico na América Latina. Na Ilha Margarita, na costa venezuelana, funciona um dos mais movimentados centros de treinamento de terroristas fora do Líbano.

A Tríplice Fronteira, região entre a Argentina, o Brasil e o Paraguai, ainda preocupa por ser um centro de operações financeiras das mais diversas organizações terroristas. Mas é na Venezuela que esses grupos terroristas têm permissão oficial para adestrar-se e planejar ataques contra os Estados Unidos.

O senhor, então, acusa o governo venezuelano de dar suporte a terroristas?

Não resta dúvida de que o presidente Hugo Chávez usa a riqueza petrolífera de seu país para fortalecer o terrorismo islâmico, cujo alvo principal é o território americano. Isso é um escândalo.

Sinceramente, em qualquer lugar em que exista uma embaixada iraniana ou mesquita ou centro islâmico patrocinado pelo Irã, e na Venezuela praticamente todos o são, pode haver uma célula do grupo libanês Hezbollah.

Não estou sugerindo que toda mesquita seja um centro de terrorismo. Essa é uma suposição ridícula e perigosa. Entretanto, quando agentes iranianos patrocinam mesquitas e centros islâmicos nas Américas, eles o fazem com a finalidade explícita de radicalizar a comunidade muçulmana local. A missão básica desses emissários do terror é identificar alguns indivíduos com potencial para ingressar no Hezbollah ou nas Forças Quds.

Como esses extremistas islâmicos atuam na Venezuela?

Há uma rede que administra a captação de recursos, o recrutamento, o treinamento e a coordenação dos agentes do Hezbollah no país. Essa rede leva o nome de seu chefe, Ghazi Nassereddine. Ele é um venezuelano nascido no Líbano que exerce um cargo diplomático na Síria.

Em 2008, Nassereddine foi identificado pelo governo dos Estados Unidos como um dos fornecedores de suporte logístico e financeiro ao Hezbollah. Apesar de sua relevância, eu o considero menos perigoso que seus comparsas. Esses atuam mais discretamente em suas atividades de treinamento. Nossas fontes confidenciais nos trouxeram evidências de que, no ano passado, ativistas iranianos e do Hezbollah realizaram, na Ilha Margarita, um curso de técnicas terroristas para alunos de países da América Latina.

Como se não bastasse, a Venezuela foi utilizada como sede de uma reunião de líderes terroristas do Hamas, do Hezbollah e da organização palestina Jihad Islâmica. Esse encontro ocorreu em Caracas em 22 de agosto de 2010, com o aval de Hugo Chávez.

Na Bolívia de Evo Morales há "uma academia de treinamento de milicianos patrocinada pelos iranianos" (Foto: Jorge Bernal / AFP)

O presidente venezuelano é o único governante da região a apoiar terroristas?

O presidente da Bolívia, Evo Morales, hospeda uma academia de treinamento de milicianos patrocinada pelos iranianos. Essa escola foi inaugurada recentemente pelo infame ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, identificado como um dos arquitetos dos atentados contra alvos judaicos em Buenos Aires, nos anos 90.

Tanto a Bolívia quanto o Equador estão permitindo que o Irã realize movimentações supostamente comerciais em seus territórios. A mais preocupante delas é a exploração de minérios estratégicos, como urânio.

Essas operações suspeitas podem ser úteis para acelerar o programa nuclear iraniano. Além disso, o comércio entre a Argentina e o Irã aumentou dramaticamente nos últimos anos. Temo que, com o crescimento dos interesses comerciais, exista a possibilidade de que as preocupações com segurança esmoreçam.

A Justiça argentina ainda tenta prender e julgar os diplomatas iranianos autores de dois atentados no país. O senhor acha que esse comportamento pode mudar?

Os argentinos estão totalmente cientes das atividades do Irã em seu território. Os atentados contra a Embaixada de Israel e contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em 1992 e 1994, são prova disso.

Por isso, o Judiciário da Argentina pediu a emissão de um mandado internacional de prisão pela Interpol. Mas, francamente, algumas operações do governo argentino com o Irã são muito suspeitas. A principal delas é o acordo de cooperação na área nuclear assinado entre os dois países.

Espero que a descoberta pelo DEA de que poderia haver também outro ataque em Buenos Aires coloque a Casa Rosada em alerta.

O atentado terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina, em Buenos Aires, em 1994: a mão do Irã, e 85 mortos


Por que o Irã e o Hezbollah escolheram a América Latina como campo de operações?

A proximidade com os Estados Unidos torna a região atraente. O presidente Hugo Chávez, como já disse, também vem construindo uma aliança estreita com o Irã, como forma de fortalecer sua agenda antiamericana. Além disso, ele usou os petrodólares de seu país para abrir as portas da Bolívia e do Equador para o Irã.
Como se não bastasse, os serviços de inteligência locais são ineficientes e a América Latina tem baixa capacidade de aplicação das leis. Essa combinação transforma os países latino-americanos em solo fértil para terroristas globais. Diante dessas circunstâncias, o governo dos Estados Unidos precisa empenhar-se mais na cooperação com nossos vizinhos amigos e, desse modo, fortalecê-los.

Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadineyad: laços estreitos (Foto: Atta Kenare - AFP)

O que o senhor pode dizer sobre o Brasil?

Há evidências claras de que Mohsen Rabbani, um agente das Forças Quds envolvido nos atentados perpetrados em 1992 e 1994, esteve no Brasil duas vezes nos últimos dois anos.
Embora proibido de sair do Irã, por causa de um mandado de prisão expedido contra ele pela Interpol, Rabbani se vale de documentos falsos para entrar no Brasil pela fronteira venezuelana. Isso tem de ser motivo de preocupação.

Relatórios oficiais dizem que Rabbani e seu irmão, Mohammad Baquer Rabbani Razavi, com residência fixa no Brasil, recrutaram dezenas de jovens pobres brasileiros para sua causa extremista. Sabemos que Razavi, apesar de ser xiita, uniu-se a líderes sunitas para dar suporte às operações do Hezbollah na Tríplice Fronteira.

Eu espero que as autoridades brasileiras parem de negar a existência de extremistas no país e passem a considerar a crescente atuação de organizações terroristas na América Latina. A própria segurança de cidadãos brasileiros está em jogo. O governo do Brasil não pode ignorar essa ameaça.

Qual é o risco para o Brasil?

Dentro em breve, o país será palco da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Obviamente, isso transforma o Brasil em alvo tentador. É um erro subestimar esse fato.

A presença de redes terroristas em território brasileiro obriga as autoridades responsáveis pela segurança a aumentar sua atenção. O Brasil, ou qualquer outra nação, não está imune a atentados. A comunidade internacional deu um voto de confiança ao Brasil e espera que o país não falhe em garantir a integridade física dos atletas e do público da Copa e dos Jogos Olímpicos.

Rezo para que as autoridades brasileiras deixem de cometer o erro de ignorar o terrorismo. O risco para o país é real e iminente.

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Fonte: Revista Veja