As pessoas ao longo do tempo têm tentado mudar o Evangelho por várias razões. Mas um evangelho ajustado é um evangelho falso, declarou o presidente da capitânia do seminário da Convenção Batista do Sul em uma conferência recentemente celebrada por pastores e líderes da Igreja.
"Não há apenas um evangelho, mas é o evangelho", disse o proeminente teólogo Dr. R. Albert Mohler Jr. na conferência Together for the Gospel (T4G) (Juntos pelo Evangelho) na terça-feira, citando Gálatas 1."O evangelho certo que nos diz que a salvação vem através de Jesus Cristo."
A conferência da T4G deste ano, realizada entre 13 a15 de abril em Louisville, Kentucky, reuniu mais de 7.000 pessoas sob o tema "O Evangelho (não Ajustável)”.
Na noite de abertura, Mohler fez uma apresentação intitulada "Como isso acontece? Rumo a trajetórias de um evangelho ajustado". Ele listou e explicou oito trajetórias que levam os Cristãos a ajustarem o evangelho.
Mohler observou que "quase sempre" as pessoas que tentavam alterar o evangelho alegavam que estão fazendo isso para salvar o Cristianismo.
Durante o período do Iluminismo, observou ele, houve uma grande discussão que o evangelho tinha que mudar para ser relevante para o pensamento da época, ou desapareceria. Já teologia liberal moderna diz que se os Cristãos continuarem pregando e reivindicando todos estes casos sobrenaturais, então ninguém vai levar a religião a sério ou dar crédito.
"Nós vamos ter que resgatar o Cristianismo", disse Mohler, vocalizando a alegação daqueles que querem mudar a mensagem da Bíblia. "E é claro que eles realmente querem dizer é resgatar o Cristianismo de si mesmo".
"A tentação é sempre lançar uma operação de resgate para o Cristianismo", disse ele, "para salvar o Cristianismo a partir da pá de lixo da história para salvar a Igreja, para salvar a teologia, para resgatar a relevância do evangelho".
No entanto, embora a trajetória moderna seja perigosa - porque rejeita acontecimentos sobrenaturais na Bíblia, muitos das quais são cruciais para o evangelho - Mohler sustentou que é ainda mais perigoso a trajetória pós-moderna. O pós-modernismo abraça a relatividade e o pensar de que algo pode ser verdade, às vezes. Então, um pastor com o pensamento pós-moderno pode se levantar e pregar no que acredita.
"A diferença entre o pós-modernista e modernista é que o modernista acha que tem que dizer que ele não acredita que algo aconteceu", disse Mohler. "O pós-modernista está pronto para deixá-lo sorrindo após dizer que não acredita em algo".
Os pós-modernistas, prossegue Mohler, são mais "sedutores" do que os modernistas, pois a teologia liberal não é apresentada como teologia liberal.
Outras maneiras que levam as pessoas a ajustar o evangelho são pelas trajetórias terapêuticas ou emocionais.
Na trajetória terapêutica, a mensagem Bíblica é transformada em técnicas de auto-ajuda. E através do uso emocional, as pessoas inclinam-se mais para as mensagens que são emocionalmente gratificantes e se afastam daquelas que têm um custo emocional, como, por exemplo, no pecado original, inferno e depravação humana
“Eu me importo como vocês sentem sobre esses (ensinamentos emocionalmente duros), mas como vocês se sentem em relação a esses ensinamentos não tem nada a ver se são verdadeiros ou não", disse Mohler. "E isso não tem absolutamente nada a ver com o fato ou não, de sermos obrigados a ensinar-lhes, a pregar-lhes ou deixar claro que são verdadeiros".
O líder Batista do Sul também falou sobre os efeitos do materialismo sobre o evangelho. A Bíblia ensina aos seguidores de Jesus para juntar os seus tesouros no céu, e não na terra, mas o evangelho da prosperidade falsamente ensina que Deus abençoa materialmente quem tem fé suficiente, ressaltou.
“Muito Cristãos que viveram e morreram na pobreza mais que na riqueza ou qualquer indício de riqueza", enfatizou Mohler. "[A trajetória do materialismo] não é apenas falsa, mas faz de Deus um mentiroso, porque não produz prosperidade. é um falso evangelho que apresenta uma falsa esperança de que é uma promessa vazia e enganadora... “
Embora existam muitas trajetórias diferentes, todos eles levam a um evangelho adaptado ou "falso evangelho", disse Mohler. Ele chamou todos os pastores presentes para defender o evangelho não ajustável.
Por Michelle A. Vu
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sábado, 1 de janeiro de 2011
Nota de repudio do Pastor Roberto Torrecilhas ao Bispo Macedo por querer usar a Bíblia sagrada para apoiar o aborto.
Ultimamente o senhor tem se equivocado em suas posições e por isso eu não concordo e desaprovo totalmente essa sua conduta de apoiar o aborto e ainda querer usar a bíblia para suporte de uma incoerência de sua parte.
O mesmo DEUS que mandou matar , uma virgula.
Pois todas as atitudes de Deus tinha um objectivo claro e muito bem definido .
O porque Deus mandou matar ? Responda .
Qual culpa tem a criança que esta sendo gerada no ventre da mãe?
Será a mãe dona daquele ser gerado dentro dela , para definir entre morte e vida ?
Agora mostre me onde esta escrito que Deus quer o aborto , que se interrompa a gravidez ?
Somente se seu Deus for outro e não o qual eu sirvo , sendo meu Deus, Pai de meu Senhor Jesus Cristo.
Pense bem antes de ficar falando besteira , levando o povo a ficar tenso e confundido,pois Deus te colocou como um grande líder , mas Ele pode lhe tirar dessa posição caso faça algo que o desagrade.
Eu sempre o respeitei e tenho em sua pessoa um bom exemplo e quero manter assim , mas pelo jeito ta difícil.
Pastor Roberto Torrecilhas
ubpes@yahoo.com.br
www.gritosdealerta.blogspot.com
VOCÊ ACHA QUE DEUS QUER ISSO ?
OLHE AS FOTOS E TIRE SUAS CONCLUSÕES.
Aborto? NÃO!
Drama do crack cresce sem controle, mas missões evangélicas mostram que saída é possível
Sexta-feira, dez horas da noite. Em ruas semidesertas da maior cidade brasileira, homens, mulheres e crianças disputam as sarjetas e calçadas com ratos e sacos de lixo. O movimento é intenso e a variedade de tipos humanos, também; vestidos com farrapos ou roupas da moda, dezenas de pessoas negociam freneticamente cigarros, cachimbos, estiletes, comida com validade já vencida e, principalmente, pedrinhas de crack. A cena se passa na região da Luz e Santa Ifigênia, em São Paulo, mas se repete todas as noites – e à luz do dia, também – tanto nas grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Brasília e Salvador, como em pequeninas localidades. Sim, o crack é hoje problema de saúde pública de dimensão nacional, uma chaga que assusta a sociedade, preocupa o governo e destrói mentes e corações.
Droga de preço acessível mesmo a miseráveis – pode-se conseguir uma dose por um ou dois reais –, o crack é feito de sobras do refino da cocaína misturadas com outras substâncias químicas como bicarbonato de sódio e amônia. Chegou ao Brasil no final da década de 1980 e nos últimos cinco anos tem feito um verdadeiro arrastão pelo país. O Ministério da Saúde já o considera problema de saúde pública. De acordo com dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), quase 200 mil brasileiros estão viciados. A maioria deles começou a consumir “a pedra”, como é chamado o crack, entre os 13 e 26 anos. Enquanto se lê esta reportagem, boa parte deles estará consumindo o entorpecente ou tentando arranjar algum dinheiro para comprá-lo, seja vendendo alguma coisa de casa, endividando-se com traficantes ou simplesmente roubando.
Se o quadro já parece alarmante, as imagens e histórias de quem é dependente só reforçam a dramaticidade da situação. Tatiele não aparenta ter 29 anos. É miúda e magrinha, tem o cabelo curtinho, mãos trêmulas e fala acelerada. Há quatro meses, saiu de Campinas, no interior de São Paulo, deixou os dois filhos com a mãe e está morando na Cracolândia paulistana. “Não queria estar nessa vida, mas a pedra prende a gente de tal forma que, depois de uma semana usando, você já está completamente dependente”, desabafa a moça. Aos 12 anos, ela começou a fumar maconha, e logo partiu para a cocaína. “Isso não é vida”, faz coro Érica, que desde os 16 mora nas ruas do centro de São Paulo. Hoje, tem 28 anos, seis passagens pela polícia por furto, hematomas pelo corpo todo e uma cortante solidão. “Minha mãe e irmã morreram”, conta. “Não tenho amigos, nem sequer uma pessoa em que possa confiar”, diz, deixando as lágrimas escorrerem pelo rosto.
Farrapos humanos como Érica perderam completamente a esperança em determinado momento da vida. Mas enquanto aguarda para tomar banho nas dependências de uma instituição mantida por evangélicos, ela tem ao menos algum alento. “Deus nos faz nova criatura”, brada o pastor Humberto Machado para um público de mais ou menos 50 pessoas, entre dependentes químicos, homossexuais, sem-tetos e também obreiros, em sua maioria ex-viciados. Três cachorros alertas até parecem também entender a mensagem. O culto é o primeiro dos três que acontecem diariamente na igreja, que oferece também alimentação, banho e roupas, e foi montada em um salão da Rua Barão de Piracicaba, um dos braços da Cracolândia. “Começamos esse projeto na Primeira Igreja Batista, mas Deus colocou em nosso coração que era preciso estar mais perto para transformar essa realidade” conta Ricardo, o obreiro responsável pelo espaço. Ele deixou as drogas em 2008, e a fé teve papel fundamental em sua recuperação. “Eu quero que as pessoas tenham acesso a essa liberdade e paz que eu sinto hoje”, diz.
Envolvimento – A Cristolândia, como é chamado o projeto, em um mês de funcionamento enviou 30 pessoas para casas de reabilitação. O número parece pequeno perto do tamanho do problema, mas, só para ter uma idéia, a Prefeitura de São Paulo, após mais de oito meses de atuação intensiva na região – com a Ação Integrada Centro Legal –, conseguiu encaminhar apenas 190 pessoas para internação. “Não adianta colocar agente de saúde, polícia ou assistente social, gente que só está aqui para cumprir protocolo. É preciso envolvimento”, afirma a missionária Nildes Nery, que há cinco anos saiu de Salvador (BA) com marido e duas filhas para morar e resgatar vidas na Cracolândia, através do Projeto Retorno. Distribuindo lanches duas noites por semana e oferecendo, além de auxílios básicos, carinho, a pastora do Ministério Quadrangular conquistou o afeto e confiança dos moradores de rua, prostitutas e viciados da região. “Não há nenhuma novidade no que faço”, minimiza. “Só sigo aquilo que Jesus mandou. O mais importante dessa obra sempre será o amor”, frisa.
Pioneira na região, a Comunidade Evangélica Nova Aurora (Missão Cena) compartilha o amor de Deus com os excluídos desde 1987. Tudo começou em uma borracharia da Rua Aurora, conhecida zona de prostituição do centro ca capital paulista, onde o pastor Nivaldo Nassif fazia cultos às sexta-feiras. “Era a chamada Noite de Paz’” conta o missionário João Antonio, o Jota. Com a chegada de voluntários americanos, suíços e alemães, o projeto foi crescendo e ganhando novas áreas de atuação, junto a crianças e adolescentes em situação de risco e prostitutas. E, em 1991, a missão foi fundada oficialmente, contando com uma sede na Avenida General Osório, a conhecida Casa Amarela, e um terreno em Juquitiba, onde funciona o centro de reabilitação Fazenda Nova Aurora.
Na Casa Amarela, prostitutas, travestis, meninos de rua e viciados recebem atendimento médico e odontológico, assistência jurídica, comida, banho e roupa. E também ouvem a palavra transformadora do Evangelho. Os dependentes químicos têm a oportunidade de serem encaminhados para atendimento especializado e, se assim desejarem, receber a Cristo como Senhor e Salvador. À noite, os missionários saem pelas ruas para conversar com os usuários de crack e lembrar-lhes que é possível mudar. “É preciso cuidar daqueles que já caíram no vício, mas também de quem corre o risco de entrar nessa. Por isso, na Casa, temos atividades com jovens e crianças que moram nos prédios da região”, diz Jota.
Adrenalina fatal – Essas iniciativas mostram que, se há muitas pedras no caminho, há também cada vez mais mãos dispostas a remove-las e a cuidar das feridas de quem foi machucado pela vida. “Primeiro, precisamos oferecer esperança, para depois construir o conceito de fé”, defende o pastor Junior Souza, da Vineyard, igreja focada em missões urbanas. E é preciso admitir que o processo de libertação nem sempre é rápido ou sem recaídas. “E isso muitas vezes acontece porque a igreja e as famílias não estão preparadas para receber essas pessoas, mesmo quando já não consomem drogas”, diz Ricardo. Uma estatística impressiona: segundo levantamentos das entidades cristãs que atuam com este segmento, cerca de 70% das vítimas do crack já frequentaram ou ao menos tiveram algum envolvimento com igrejas evangélicas.
Benedito, homem na casa dos 30 anos, de estatura média e extremamente amável, sentiu isso na pele. “Fui internado três vezes. Numa delas, fui batizado e arrumei um emprego. Mas, quando saí da casa de reabilitação, não tinha ninguém realmente ao meu lado, toda a minha história estava vinculada à droga”, relata. “Acabei usando o meu primeiro salário, de R$ 700, para ficar durante meses na Cracolândia”. Na quarta internação, parou para pensar no que havia ganho durante os sete anos em que viveu de maneira praticamente exclusiva para o vício. “Percebi que só perdi emprego, família e dignidade”, conta, com a voz embargada. “Com a ajuda dos irmãos e com força de vontade, decidi que não iria mais cair nessa armadilha do diabo. Hoje posso passar no meio das pessoas consumindo crack sem me entregar à vontade de usar. Deus trabalhou no meu espírito, o que supera qualquer desejo físico.”
Não é fácil ignorar as seqüelas da droga no corpo, mesmo quando ela não está mais presente na vida do ex-viciado. “Dizem que o efeito do crack é como o de oito orgasmos em, no máximo, doze segundos” conta Ricardo, que atua na Missão Cena. Isso pode é biologicamente explicado porque o conjunto de substâncias contidas na pedra atua com a dopamina, neurotransmissor químico responsável pelas respostas do corpo ao prazer. Com isso, ao usar a droga, o viciado fica mais agitado e, consequentemente, libera mais adrenalina, o que, em alguns, casos pode se fatal, levando a um infarto. Como o prazer e agitação são extremamente efêmeros e passageiros, em poucos segundos o usuário está desanimado, depressivo e com náusea, o que desperta a “fissura”, ou seja, a busca incessante pela próxima dose.
Apesar das consequências nocivas ao corpo, a questão principal não é essa. “A maioria das pessoas que usam drogas, sejam lícitas ou ilícitas, não tem problemas de saúde e nem precisam ser tratadas por conta disso”, diz o médico Raul Gorayeb, ex-coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Centro de São Paulo. Gorayeb foi afastado do cargo em fevereiro deste ano por discordar dos métodos do órgão oficial. “Para cuidar dessas pessoas, nós não temos que internar, mas sim ganhar a confiança delas, levar para um abrigo e verificar a existência de vínculos familiares”, explica.
É nessa lacuna que os obreiros evangélicos atuam: “Ganhamos muito respeito por parte dos órgãos públicos que trabalham na região, porque nos relacionamos com os usuários e não apenas os ‘atendemos’ ou ‘abordamos’, como se diz”, aponta a pastora Neldecy. Em todas as missões, a base da atuação é o diálogo e a aproximação com os dependentes, que, depois de pouco tempo, reconhecem nos missionários pessoas em que podem confiar. “A igreja, muitas vezes, tem que fazer o papel da família, cuidar das ovelhas”, defende Ricardo, da Cristolândia. E em uma coisa todos concordam: é preciso de fato ver essas pessoas, e não simplesmente encará-las como parte de um cenário triste.
Para saber mais sobre o trabalho evangélico na Cracolândia, você pode entrar no site da Missão Cena (www.missaocena.com.br), acompanhar o twitter do projeto Retorno (@projetoretorno) ou ligar para lá (11/3371-1264) e visitar a Cristolândia (Alameda Barão de Piracicaba, 509, Luz; aberta todos os dias das 9h às 21h). Há campanhas muito interessantes contra o crack encabeçadas pela Secretária da Saúde (www.nuncaexperimenteocrack.com.br) e pelo Grupo RBS (www.cracknempensar.com.br) também.
Droga de preço acessível mesmo a miseráveis – pode-se conseguir uma dose por um ou dois reais –, o crack é feito de sobras do refino da cocaína misturadas com outras substâncias químicas como bicarbonato de sódio e amônia. Chegou ao Brasil no final da década de 1980 e nos últimos cinco anos tem feito um verdadeiro arrastão pelo país. O Ministério da Saúde já o considera problema de saúde pública. De acordo com dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), quase 200 mil brasileiros estão viciados. A maioria deles começou a consumir “a pedra”, como é chamado o crack, entre os 13 e 26 anos. Enquanto se lê esta reportagem, boa parte deles estará consumindo o entorpecente ou tentando arranjar algum dinheiro para comprá-lo, seja vendendo alguma coisa de casa, endividando-se com traficantes ou simplesmente roubando.
Se o quadro já parece alarmante, as imagens e histórias de quem é dependente só reforçam a dramaticidade da situação. Tatiele não aparenta ter 29 anos. É miúda e magrinha, tem o cabelo curtinho, mãos trêmulas e fala acelerada. Há quatro meses, saiu de Campinas, no interior de São Paulo, deixou os dois filhos com a mãe e está morando na Cracolândia paulistana. “Não queria estar nessa vida, mas a pedra prende a gente de tal forma que, depois de uma semana usando, você já está completamente dependente”, desabafa a moça. Aos 12 anos, ela começou a fumar maconha, e logo partiu para a cocaína. “Isso não é vida”, faz coro Érica, que desde os 16 mora nas ruas do centro de São Paulo. Hoje, tem 28 anos, seis passagens pela polícia por furto, hematomas pelo corpo todo e uma cortante solidão. “Minha mãe e irmã morreram”, conta. “Não tenho amigos, nem sequer uma pessoa em que possa confiar”, diz, deixando as lágrimas escorrerem pelo rosto.
Farrapos humanos como Érica perderam completamente a esperança em determinado momento da vida. Mas enquanto aguarda para tomar banho nas dependências de uma instituição mantida por evangélicos, ela tem ao menos algum alento. “Deus nos faz nova criatura”, brada o pastor Humberto Machado para um público de mais ou menos 50 pessoas, entre dependentes químicos, homossexuais, sem-tetos e também obreiros, em sua maioria ex-viciados. Três cachorros alertas até parecem também entender a mensagem. O culto é o primeiro dos três que acontecem diariamente na igreja, que oferece também alimentação, banho e roupas, e foi montada em um salão da Rua Barão de Piracicaba, um dos braços da Cracolândia. “Começamos esse projeto na Primeira Igreja Batista, mas Deus colocou em nosso coração que era preciso estar mais perto para transformar essa realidade” conta Ricardo, o obreiro responsável pelo espaço. Ele deixou as drogas em 2008, e a fé teve papel fundamental em sua recuperação. “Eu quero que as pessoas tenham acesso a essa liberdade e paz que eu sinto hoje”, diz.
Envolvimento – A Cristolândia, como é chamado o projeto, em um mês de funcionamento enviou 30 pessoas para casas de reabilitação. O número parece pequeno perto do tamanho do problema, mas, só para ter uma idéia, a Prefeitura de São Paulo, após mais de oito meses de atuação intensiva na região – com a Ação Integrada Centro Legal –, conseguiu encaminhar apenas 190 pessoas para internação. “Não adianta colocar agente de saúde, polícia ou assistente social, gente que só está aqui para cumprir protocolo. É preciso envolvimento”, afirma a missionária Nildes Nery, que há cinco anos saiu de Salvador (BA) com marido e duas filhas para morar e resgatar vidas na Cracolândia, através do Projeto Retorno. Distribuindo lanches duas noites por semana e oferecendo, além de auxílios básicos, carinho, a pastora do Ministério Quadrangular conquistou o afeto e confiança dos moradores de rua, prostitutas e viciados da região. “Não há nenhuma novidade no que faço”, minimiza. “Só sigo aquilo que Jesus mandou. O mais importante dessa obra sempre será o amor”, frisa.
Pioneira na região, a Comunidade Evangélica Nova Aurora (Missão Cena) compartilha o amor de Deus com os excluídos desde 1987. Tudo começou em uma borracharia da Rua Aurora, conhecida zona de prostituição do centro ca capital paulista, onde o pastor Nivaldo Nassif fazia cultos às sexta-feiras. “Era a chamada Noite de Paz’” conta o missionário João Antonio, o Jota. Com a chegada de voluntários americanos, suíços e alemães, o projeto foi crescendo e ganhando novas áreas de atuação, junto a crianças e adolescentes em situação de risco e prostitutas. E, em 1991, a missão foi fundada oficialmente, contando com uma sede na Avenida General Osório, a conhecida Casa Amarela, e um terreno em Juquitiba, onde funciona o centro de reabilitação Fazenda Nova Aurora.
Na Casa Amarela, prostitutas, travestis, meninos de rua e viciados recebem atendimento médico e odontológico, assistência jurídica, comida, banho e roupa. E também ouvem a palavra transformadora do Evangelho. Os dependentes químicos têm a oportunidade de serem encaminhados para atendimento especializado e, se assim desejarem, receber a Cristo como Senhor e Salvador. À noite, os missionários saem pelas ruas para conversar com os usuários de crack e lembrar-lhes que é possível mudar. “É preciso cuidar daqueles que já caíram no vício, mas também de quem corre o risco de entrar nessa. Por isso, na Casa, temos atividades com jovens e crianças que moram nos prédios da região”, diz Jota.
Adrenalina fatal – Essas iniciativas mostram que, se há muitas pedras no caminho, há também cada vez mais mãos dispostas a remove-las e a cuidar das feridas de quem foi machucado pela vida. “Primeiro, precisamos oferecer esperança, para depois construir o conceito de fé”, defende o pastor Junior Souza, da Vineyard, igreja focada em missões urbanas. E é preciso admitir que o processo de libertação nem sempre é rápido ou sem recaídas. “E isso muitas vezes acontece porque a igreja e as famílias não estão preparadas para receber essas pessoas, mesmo quando já não consomem drogas”, diz Ricardo. Uma estatística impressiona: segundo levantamentos das entidades cristãs que atuam com este segmento, cerca de 70% das vítimas do crack já frequentaram ou ao menos tiveram algum envolvimento com igrejas evangélicas.
Benedito, homem na casa dos 30 anos, de estatura média e extremamente amável, sentiu isso na pele. “Fui internado três vezes. Numa delas, fui batizado e arrumei um emprego. Mas, quando saí da casa de reabilitação, não tinha ninguém realmente ao meu lado, toda a minha história estava vinculada à droga”, relata. “Acabei usando o meu primeiro salário, de R$ 700, para ficar durante meses na Cracolândia”. Na quarta internação, parou para pensar no que havia ganho durante os sete anos em que viveu de maneira praticamente exclusiva para o vício. “Percebi que só perdi emprego, família e dignidade”, conta, com a voz embargada. “Com a ajuda dos irmãos e com força de vontade, decidi que não iria mais cair nessa armadilha do diabo. Hoje posso passar no meio das pessoas consumindo crack sem me entregar à vontade de usar. Deus trabalhou no meu espírito, o que supera qualquer desejo físico.”
Não é fácil ignorar as seqüelas da droga no corpo, mesmo quando ela não está mais presente na vida do ex-viciado. “Dizem que o efeito do crack é como o de oito orgasmos em, no máximo, doze segundos” conta Ricardo, que atua na Missão Cena. Isso pode é biologicamente explicado porque o conjunto de substâncias contidas na pedra atua com a dopamina, neurotransmissor químico responsável pelas respostas do corpo ao prazer. Com isso, ao usar a droga, o viciado fica mais agitado e, consequentemente, libera mais adrenalina, o que, em alguns, casos pode se fatal, levando a um infarto. Como o prazer e agitação são extremamente efêmeros e passageiros, em poucos segundos o usuário está desanimado, depressivo e com náusea, o que desperta a “fissura”, ou seja, a busca incessante pela próxima dose.
Apesar das consequências nocivas ao corpo, a questão principal não é essa. “A maioria das pessoas que usam drogas, sejam lícitas ou ilícitas, não tem problemas de saúde e nem precisam ser tratadas por conta disso”, diz o médico Raul Gorayeb, ex-coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Centro de São Paulo. Gorayeb foi afastado do cargo em fevereiro deste ano por discordar dos métodos do órgão oficial. “Para cuidar dessas pessoas, nós não temos que internar, mas sim ganhar a confiança delas, levar para um abrigo e verificar a existência de vínculos familiares”, explica.
É nessa lacuna que os obreiros evangélicos atuam: “Ganhamos muito respeito por parte dos órgãos públicos que trabalham na região, porque nos relacionamos com os usuários e não apenas os ‘atendemos’ ou ‘abordamos’, como se diz”, aponta a pastora Neldecy. Em todas as missões, a base da atuação é o diálogo e a aproximação com os dependentes, que, depois de pouco tempo, reconhecem nos missionários pessoas em que podem confiar. “A igreja, muitas vezes, tem que fazer o papel da família, cuidar das ovelhas”, defende Ricardo, da Cristolândia. E em uma coisa todos concordam: é preciso de fato ver essas pessoas, e não simplesmente encará-las como parte de um cenário triste.
Para saber mais sobre o trabalho evangélico na Cracolândia, você pode entrar no site da Missão Cena (www.missaocena.com.br), acompanhar o twitter do projeto Retorno (@projetoretorno) ou ligar para lá (11/3371-1264) e visitar a Cristolândia (Alameda Barão de Piracicaba, 509, Luz; aberta todos os dias das 9h às 21h). Há campanhas muito interessantes contra o crack encabeçadas pela Secretária da Saúde (www.nuncaexperimenteocrack.com.br) e pelo Grupo RBS (www.cracknempensar.com.br) também.
Islamistas visam cristãos ‘onde quer que possam pegá-los’
É claro que a frase “onde quer que possam pegá-los” é uma indicação de que são os cristãos do mundo muçulmano que serão especialmente visados – pois são os mais fáceis de todos para serem pegos.
Em 2006, quando o Papa Bento XVI citou a História, considerada pouco lisonjeira ao Islã, cristãos por todo o mundo islâmico pagaram o preço: seguiram-se distúrbios anticristãos, igrejas foram queimadas e uma freira foi assassinada na Somália. Isto, naquela ocasião. Dias atrás, quando um cristão egípcio foi acusado de namorar uma muçulmana, vinte e duas casas de cristãos foram incendiadas aos gritos de “Allah Akbar.” Há incontáveis outros exemplos de um grupo de cristãos no mundo muçulmano sendo punidos em resposta a outros cristãos.
Na verdade, o recente massacre em Bagdá, no qual islamistas invadiram uma igreja durante a missa, matando mais de cinqüenta fiéis cristãos, foi uma “resposta” à Igreja Cristã Copta do Egito, que os islamistas acusam de seqüestrar e torturar muçulmanas para que se convertam ao Cristianismo (mesmo que a bem-documentada realidade no Egito seja que os muçulmanos seqüestram regularmente e obrigam as cristãs a se converterem ao Islã). Além disto, os islamistas filiados à al-Qaeda que perpetraram o massacre na igreja de Bagdá ainda ameaçaram os cristãos do mundo todo:
Todos os centros, organizações e instituições, líderes e seguidores cristãos são alvos legítimos para os mujahedeen (combatentes da fé) onde quer que eles possam pegá-los… Estes idólatras [os cristãos do mundo] e, à sua frente, o tirano alucinado do Vaticano [o Papa Bento 16], sabem que a espada assassina não será erguida do pescoço de seus seguidores enquanto eles não declararem sua inocência em relação ao que o cão da Igreja Egípcia está fazendo.
É claro que a frase “onde quer que possam pegá-los” é uma indicação de que são os cristãos do mundo muçulmano que serão especialmente visados – pois são os mais fáceis de todos para serem pegos.
Este fenômeno – atacar um grupo de cristãos ou não-muçulmanos em geral, em resposta a outro – tem suas raízes na lei islâmica. O Pacto de Omar, um texto fundador para o tratamento dos dhimmis (i.e., não-muçulmanos que se recusaram a se converterem depois que suas terras foram tomadas pelo Islã) deixa isto claro. As conseqüências da quebra de qualquer uma das condições debilitantes e humilhantes que os cristãos eram obrigados a aceitar a fim de terem algum grau de compromisso por parte estado muçulmano – incluindo coisas como ceder seus assentos aos muçulmanos, como um sinal de “respeito” – eram claras: “Se violarmos de qualquer forma as promessas das quais nós mesmos somos a fiança, nós abandonamos nossa aliança [dhimma], e nos tornamos sujeitos às penalidades por contumácia e sedição [ou seja, ficam vistos como infiéis "desprotegidos" e assim expostos ao mesmo tratamento, incluindo a escravidão, a rapina e a morte.]“
Além do mais, as ações do indivíduo afetam o grupo inteiro – daí o componente da condição de “refém” (todo mundo está sob ameaça para assegurar que todo mundo se comporte). Como Mark Durie aponta, “Mesmo uma ruptura por parte de um só dhimmi individual pode resultar na jihad sendo empreendida contra toda a comunidade. Os juristas muçulmanos deixam claro este princípio. Por exemplo, o jurista iemenita al-Murtada escreveu que “O fato de que um só indivíduo (ou um só grupo) entre eles quebrou o estatuto é o bastante para invalidá-lo para todos eles.” (A terceira escolha, p.160).
Este princípio, de que as ações de um só afetam a todos, é regularmente posto em prática no Egito. De acordo com o bispo Kyrillos, “toda vez que há um rumor de um relacionamento entre um copta e uma moça muçulmana [o que é proibido, na lei islâmica] toda a comunidade copta tem que pagar o preço: ‘Isto aconteceu em Kom Ahmar (Farshout), onde 86 imóveis da propriedade de coptas foram incendiados; em Nag Hammadi, onde fomos mortos e além de do mais, eles incendiaram 43 casas e lojas; e agora na vila de Al-Nawahed, só porque um rapaz e uma moça estavam caminhando lado a lado na rua, o lugar inteiro é destruído.” [O blog Dextra falou sobre este último caso aqui].
Pior: na medida em que o mundo continua a encolher, os cristãos indígenas do mundo muçulmano passam a se confundir com seus correligionários livres do Ocidente: a percepção que se tem destes afeta o tratamento daqueles; raça ou geografia não importam mais; a religião em comum os torna todos responsáveis uns pelos outros. Um dhimmi é um dhimmi é um dhimmi.
Além do massacre na igreja de Bagdá, por exemplo, os cristãos do Iraque são há muito visados “devido a seus laços religiosos com o Ocidente… os cristãos foram particularmente visados com ataques a bomba a igrejas e tentativas de assassinato devido a uma percepção que havia de uma associação com as intenções das forças de ocupação.” Não surpreende que mais da metade da população dos cristãos do Iraque emigrou do país desde que os Estados Unidos derrubaram o regime de Saddam.
Os precedentes deste fenômeno são abundantes. Enquanto que os coptas de hoje são citados como a razão por trás do massacre dos cristãos iraquianos, há quase um milênio atrás os coptas eram massacrados quando seus correligionários ocidentais – os cruzados – faziam incursões nos domínios do Islã. Mais uma vez, a lógica era clara: “vamos punir estes cristãos porque nós podemos, em resposta àqueles cristãos”.
Deve-se observar que esta atitude aplica-se a todos os grupos não-muçulmanos – judeus, hindus, budistas, etc.- vivendo em meio a maiorias muçulmanas. Entretanto, como os cristãos são a minoria infiel mais visível no mundo islâmico, a maioria dos exemplos modernos os envolve. Os coptas são especialmente visados porque constituem o maior bloco cristão no Oriente Médio. (Séculos antes das conquistas muçulmanas, o Egito era um pilar do Cristianismo e pode-se dizer que Alexandria era igual a Roma em autoridade. O resultado é que, após séculos de perseguição, ainda há uma presença cristã visível no Egito – para grande pesar dos islamistas.)
Tratar as minorias não-muçulmanas como reféns pode até ter conseqüências não-intencionais. De acordo com a autora judia Vera Saeedpour, o governo turco pressionou a diplomacia israelense, inclusive ameaçando “as vidas e os meios de subsistência dos 18 mil judeus” na Turquia:
Na primavera de 1982, quando os judeus planejaram uma Conferência Internacional sobre o Genocídio, em Tel Aviv, eles convidaram os armênios para participarem. Ancara protestou. O governo israelense agiu rapidamente para fazer os organizadores cancelarem o convite, insistindo em que a conferência ameaçaria “o interesse humanitário dos judeus.” O New York Times explicou o que significava “interesse humanitário”. Os organizadores ouviram do governo israelense que a Turquia pretendia cortar relações diplomáticas e tinha ameaçado “as vidas e os meios de subsistência dos 18 000 judeus” no país (NYT, 03/06/82 e 04/06/82). Para fazer a mensagem ser ouvida, Ancara até mandou uma delegação de judeus de Istambul, que alertaram que eles poderiam estar em risco se a conferência incluísse armênios. O responsável pela conferência, Elie Wlesel, foi primeiro citado como tendo dito: “Não vou discriminar os armênios, não vou humilhá-los.” Depois, citando ameaças às vidas dos judeus na Turquia, ele deixou o posto.
Tudo isto é um lembrete de que um outro aspecto ainda da doutrina e história islâmicas – a ser acrescentada à jihad, taqiyya, wala wa bara, etc. – está viva e passa bem no século 21. Tratar um grupo de não-muçulmanos como reféns, para serem maltratados como forma de retaliação a seus correligionários – longe ou perto, individual ou coletivamente – é só mais uma tática para obter poder sobre os infiéis.
Raymond Ibrahim é diretor associado do Middle East Forum, autor de The Al Qaeda Reader, e palestrante convidado junto ao National Defense Intelligence College.
Em 2006, quando o Papa Bento XVI citou a História, considerada pouco lisonjeira ao Islã, cristãos por todo o mundo islâmico pagaram o preço: seguiram-se distúrbios anticristãos, igrejas foram queimadas e uma freira foi assassinada na Somália. Isto, naquela ocasião. Dias atrás, quando um cristão egípcio foi acusado de namorar uma muçulmana, vinte e duas casas de cristãos foram incendiadas aos gritos de “Allah Akbar.” Há incontáveis outros exemplos de um grupo de cristãos no mundo muçulmano sendo punidos em resposta a outros cristãos.
Na verdade, o recente massacre em Bagdá, no qual islamistas invadiram uma igreja durante a missa, matando mais de cinqüenta fiéis cristãos, foi uma “resposta” à Igreja Cristã Copta do Egito, que os islamistas acusam de seqüestrar e torturar muçulmanas para que se convertam ao Cristianismo (mesmo que a bem-documentada realidade no Egito seja que os muçulmanos seqüestram regularmente e obrigam as cristãs a se converterem ao Islã). Além disto, os islamistas filiados à al-Qaeda que perpetraram o massacre na igreja de Bagdá ainda ameaçaram os cristãos do mundo todo:
Todos os centros, organizações e instituições, líderes e seguidores cristãos são alvos legítimos para os mujahedeen (combatentes da fé) onde quer que eles possam pegá-los… Estes idólatras [os cristãos do mundo] e, à sua frente, o tirano alucinado do Vaticano [o Papa Bento 16], sabem que a espada assassina não será erguida do pescoço de seus seguidores enquanto eles não declararem sua inocência em relação ao que o cão da Igreja Egípcia está fazendo.
É claro que a frase “onde quer que possam pegá-los” é uma indicação de que são os cristãos do mundo muçulmano que serão especialmente visados – pois são os mais fáceis de todos para serem pegos.
Este fenômeno – atacar um grupo de cristãos ou não-muçulmanos em geral, em resposta a outro – tem suas raízes na lei islâmica. O Pacto de Omar, um texto fundador para o tratamento dos dhimmis (i.e., não-muçulmanos que se recusaram a se converterem depois que suas terras foram tomadas pelo Islã) deixa isto claro. As conseqüências da quebra de qualquer uma das condições debilitantes e humilhantes que os cristãos eram obrigados a aceitar a fim de terem algum grau de compromisso por parte estado muçulmano – incluindo coisas como ceder seus assentos aos muçulmanos, como um sinal de “respeito” – eram claras: “Se violarmos de qualquer forma as promessas das quais nós mesmos somos a fiança, nós abandonamos nossa aliança [dhimma], e nos tornamos sujeitos às penalidades por contumácia e sedição [ou seja, ficam vistos como infiéis "desprotegidos" e assim expostos ao mesmo tratamento, incluindo a escravidão, a rapina e a morte.]“
Além do mais, as ações do indivíduo afetam o grupo inteiro – daí o componente da condição de “refém” (todo mundo está sob ameaça para assegurar que todo mundo se comporte). Como Mark Durie aponta, “Mesmo uma ruptura por parte de um só dhimmi individual pode resultar na jihad sendo empreendida contra toda a comunidade. Os juristas muçulmanos deixam claro este princípio. Por exemplo, o jurista iemenita al-Murtada escreveu que “O fato de que um só indivíduo (ou um só grupo) entre eles quebrou o estatuto é o bastante para invalidá-lo para todos eles.” (A terceira escolha, p.160).
Este princípio, de que as ações de um só afetam a todos, é regularmente posto em prática no Egito. De acordo com o bispo Kyrillos, “toda vez que há um rumor de um relacionamento entre um copta e uma moça muçulmana [o que é proibido, na lei islâmica] toda a comunidade copta tem que pagar o preço: ‘Isto aconteceu em Kom Ahmar (Farshout), onde 86 imóveis da propriedade de coptas foram incendiados; em Nag Hammadi, onde fomos mortos e além de do mais, eles incendiaram 43 casas e lojas; e agora na vila de Al-Nawahed, só porque um rapaz e uma moça estavam caminhando lado a lado na rua, o lugar inteiro é destruído.” [O blog Dextra falou sobre este último caso aqui].
Pior: na medida em que o mundo continua a encolher, os cristãos indígenas do mundo muçulmano passam a se confundir com seus correligionários livres do Ocidente: a percepção que se tem destes afeta o tratamento daqueles; raça ou geografia não importam mais; a religião em comum os torna todos responsáveis uns pelos outros. Um dhimmi é um dhimmi é um dhimmi.
Além do massacre na igreja de Bagdá, por exemplo, os cristãos do Iraque são há muito visados “devido a seus laços religiosos com o Ocidente… os cristãos foram particularmente visados com ataques a bomba a igrejas e tentativas de assassinato devido a uma percepção que havia de uma associação com as intenções das forças de ocupação.” Não surpreende que mais da metade da população dos cristãos do Iraque emigrou do país desde que os Estados Unidos derrubaram o regime de Saddam.
Os precedentes deste fenômeno são abundantes. Enquanto que os coptas de hoje são citados como a razão por trás do massacre dos cristãos iraquianos, há quase um milênio atrás os coptas eram massacrados quando seus correligionários ocidentais – os cruzados – faziam incursões nos domínios do Islã. Mais uma vez, a lógica era clara: “vamos punir estes cristãos porque nós podemos, em resposta àqueles cristãos”.
Deve-se observar que esta atitude aplica-se a todos os grupos não-muçulmanos – judeus, hindus, budistas, etc.- vivendo em meio a maiorias muçulmanas. Entretanto, como os cristãos são a minoria infiel mais visível no mundo islâmico, a maioria dos exemplos modernos os envolve. Os coptas são especialmente visados porque constituem o maior bloco cristão no Oriente Médio. (Séculos antes das conquistas muçulmanas, o Egito era um pilar do Cristianismo e pode-se dizer que Alexandria era igual a Roma em autoridade. O resultado é que, após séculos de perseguição, ainda há uma presença cristã visível no Egito – para grande pesar dos islamistas.)
Tratar as minorias não-muçulmanas como reféns pode até ter conseqüências não-intencionais. De acordo com a autora judia Vera Saeedpour, o governo turco pressionou a diplomacia israelense, inclusive ameaçando “as vidas e os meios de subsistência dos 18 mil judeus” na Turquia:
Na primavera de 1982, quando os judeus planejaram uma Conferência Internacional sobre o Genocídio, em Tel Aviv, eles convidaram os armênios para participarem. Ancara protestou. O governo israelense agiu rapidamente para fazer os organizadores cancelarem o convite, insistindo em que a conferência ameaçaria “o interesse humanitário dos judeus.” O New York Times explicou o que significava “interesse humanitário”. Os organizadores ouviram do governo israelense que a Turquia pretendia cortar relações diplomáticas e tinha ameaçado “as vidas e os meios de subsistência dos 18 000 judeus” no país (NYT, 03/06/82 e 04/06/82). Para fazer a mensagem ser ouvida, Ancara até mandou uma delegação de judeus de Istambul, que alertaram que eles poderiam estar em risco se a conferência incluísse armênios. O responsável pela conferência, Elie Wlesel, foi primeiro citado como tendo dito: “Não vou discriminar os armênios, não vou humilhá-los.” Depois, citando ameaças às vidas dos judeus na Turquia, ele deixou o posto.
Tudo isto é um lembrete de que um outro aspecto ainda da doutrina e história islâmicas – a ser acrescentada à jihad, taqiyya, wala wa bara, etc. – está viva e passa bem no século 21. Tratar um grupo de não-muçulmanos como reféns, para serem maltratados como forma de retaliação a seus correligionários – longe ou perto, individual ou coletivamente – é só mais uma tática para obter poder sobre os infiéis.
Raymond Ibrahim é diretor associado do Middle East Forum, autor de The Al Qaeda Reader, e palestrante convidado junto ao National Defense Intelligence College.
Grupo terrorista ligado a Bin Laden ameaça cristãos no Iraque
IRAQUE - Dois dias após exigir à Igreja copta informações sobre o paradeiro de várias supostas muçulmanas convertidas, um conglomerado de grupos terroristas liderado pela Al Qaeda no Iraque ameaçou matar os cristãos onde estiverem.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira em um site utilizado habitualmente por grupos radicais, o Estado Islâmico do Iraque ressalta que “acabou o prazo dado à Igreja cristã no Egito muçulmano para que esclareça a situação de nossas irmãs retidas e para que as coloque em liberdade”.
“Por isso, o Ministério da Guerra do Estado Islâmico do Iraque anuncia que todos os centros, organizações e organismos cristãos, com seus dirigentes e seguidores, são alvos legítimos para os mujahedin (combatentes) onde puderem ser alcançados”, assegura a nota.
Na noite de 31 de outubro para 1 de novembro, pelo menos 58 pessoas – a maioria mulheres e crianças – morreram na igreja de Sayida An Nayá (Nossa Senhora do Socorro, em árabe), em Bagdá, em um ataque armado e na posterior operação para libertar os reféns presos por cinco terroristas no interior do templo.
Durante o atentado, os sequestradores divulgaram uma mensagem na qual deram um prazo de 48 horas para que fossem liberadas suas “irmãs na religião, detidas nas prisões dos mosteiros e nas igrejas da infidelidade no Egito”.
O grupo terrorista se referia, entre outras, a Camilia Shehata, uma cristã que segundo vários grupos muçulmanos se converteu ao islã e que a Igreja copta mantém presa em um mosteiro.
Essa versão foi desmentida pela Igreja egípcia e pela própria Camilia em um vídeo postado na internet, cuja veracidade, no entanto, foi questionada pelos grupos muçulmanos.
Após o ultimato, fontes policiais asseguraram que tinham reforçado as medidas de segurança nas igrejas do Iraque, onde os coptas representam cerca de 10% da população.
A mensagem desta quarta-feira também exige que o Vaticano se desvincule da Igreja copta.
“Que saibam estes infiéis e a sua liderança, o Vaticano, que a espada da morte não se erguerá dos pescoços dos seus seguidores até que (o Vaticano) anuncie que não tem nada a ver com o que fazem os cachorros da Igreja egípcia”, diz a nota.
:: Fonte: CREIO / Projeto AMIGOS
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira em um site utilizado habitualmente por grupos radicais, o Estado Islâmico do Iraque ressalta que “acabou o prazo dado à Igreja cristã no Egito muçulmano para que esclareça a situação de nossas irmãs retidas e para que as coloque em liberdade”.
“Por isso, o Ministério da Guerra do Estado Islâmico do Iraque anuncia que todos os centros, organizações e organismos cristãos, com seus dirigentes e seguidores, são alvos legítimos para os mujahedin (combatentes) onde puderem ser alcançados”, assegura a nota.
Na noite de 31 de outubro para 1 de novembro, pelo menos 58 pessoas – a maioria mulheres e crianças – morreram na igreja de Sayida An Nayá (Nossa Senhora do Socorro, em árabe), em Bagdá, em um ataque armado e na posterior operação para libertar os reféns presos por cinco terroristas no interior do templo.
Durante o atentado, os sequestradores divulgaram uma mensagem na qual deram um prazo de 48 horas para que fossem liberadas suas “irmãs na religião, detidas nas prisões dos mosteiros e nas igrejas da infidelidade no Egito”.
O grupo terrorista se referia, entre outras, a Camilia Shehata, uma cristã que segundo vários grupos muçulmanos se converteu ao islã e que a Igreja copta mantém presa em um mosteiro.
Essa versão foi desmentida pela Igreja egípcia e pela própria Camilia em um vídeo postado na internet, cuja veracidade, no entanto, foi questionada pelos grupos muçulmanos.
Após o ultimato, fontes policiais asseguraram que tinham reforçado as medidas de segurança nas igrejas do Iraque, onde os coptas representam cerca de 10% da população.
A mensagem desta quarta-feira também exige que o Vaticano se desvincule da Igreja copta.
“Que saibam estes infiéis e a sua liderança, o Vaticano, que a espada da morte não se erguerá dos pescoços dos seus seguidores até que (o Vaticano) anuncie que não tem nada a ver com o que fazem os cachorros da Igreja egípcia”, diz a nota.
:: Fonte: CREIO / Projeto AMIGOS
ONDE ESTÃO OS LIDERES DO ISLAMISMO QUE NADA FAZEM EM RELAÇÃO A SEUS SEGUIDORES E MENTEM QUANTO AOS ATAQUES CONTRA OS CRISTÃOS ?
Estamos atônitos acompanhando a cada dia noticias sobre os ataques dos terroristas seguidores do Islamismo contra o povo Cristão.
Dizem amar e respeitar o próximo , como mandamento de Ala.
Mas isso tudo não passa de uma grande mentira ,pois mais uma vez nossos irmãos Cristãos foram alvo de ataque terrorista no Egito , em frente a uma igreja , onde muitos Cristãos perderam sua vida , bem na noite da passagem de ano.
É de ficar indignado com esses ataques ,pois os Cristãos estão sendo banidos desses países muçulmanos , tratando nós os Cristãos com muita falta de respeito , mas sabemos que não teremos respeito dos inimigos.
Conclamo o povo de DEUS a orarmos mais , e também colocarmos em pratica um plano contra esses ataque , responsabilizando seus lideres locais por essas atrocidades, colocando os os na cadeia .
Não podemos mais aceitar tais brutalidades em nome de um amor fingido , pois não da mais para ver nossos irmãos Cristãos morrendo em vários países e deixar que esse grupo de matadores fiquem inertes e se espalhando pelo mundo a fora.
Temos que dar um basta , governos comecem a agir , vamos lutar contra esses que usam de sua religião para nos atacar , vamos fazer passeatas , vamos mostrar ao mundo a verdadeira face oculta desse grupo de religiosos radicais , que vivem a querem acabar com os Cristãos.
Respeitamos a todos , desde que nos respeitem e não tentem impor nada pela força, pois dizem que são a religião que mais cresce no mundo , mas assim é fácil.
OU ACEITA OU EXPLODIMOS BOMBAS E ACABAMOS COM TUDO.
Sei que em todos lugares tem os bons e os maus , mas com essas pessoas parece que isso não ocorre.
postei esse desabafo em respeito aos meus irmãos Cristãos mortos em mais um atentado terrorista contra os Cristãos .
ONDE ESTÃO OS LIDERES DO ISLAMISMO QUE NADA FAZEM EM RELAÇÃO A SEUS SEGUIDORES E MENTEM QUANTO AOS ATAQUES CONTRA OS CRISTÃOS ? EU SOU PASTOR E CUIDO DE MINHAS OVELHAS.
CRISTÃOS , MOSTREM AO MUNDO A VERDADEIRA FACE DO ISLAMISMO , POIS EU O FAREI.
Dizem amar e respeitar o próximo , como mandamento de Ala.
Mas isso tudo não passa de uma grande mentira ,pois mais uma vez nossos irmãos Cristãos foram alvo de ataque terrorista no Egito , em frente a uma igreja , onde muitos Cristãos perderam sua vida , bem na noite da passagem de ano.
É de ficar indignado com esses ataques ,pois os Cristãos estão sendo banidos desses países muçulmanos , tratando nós os Cristãos com muita falta de respeito , mas sabemos que não teremos respeito dos inimigos.
Conclamo o povo de DEUS a orarmos mais , e também colocarmos em pratica um plano contra esses ataque , responsabilizando seus lideres locais por essas atrocidades, colocando os os na cadeia .
Não podemos mais aceitar tais brutalidades em nome de um amor fingido , pois não da mais para ver nossos irmãos Cristãos morrendo em vários países e deixar que esse grupo de matadores fiquem inertes e se espalhando pelo mundo a fora.
Temos que dar um basta , governos comecem a agir , vamos lutar contra esses que usam de sua religião para nos atacar , vamos fazer passeatas , vamos mostrar ao mundo a verdadeira face oculta desse grupo de religiosos radicais , que vivem a querem acabar com os Cristãos.
Respeitamos a todos , desde que nos respeitem e não tentem impor nada pela força, pois dizem que são a religião que mais cresce no mundo , mas assim é fácil.
OU ACEITA OU EXPLODIMOS BOMBAS E ACABAMOS COM TUDO.
Sei que em todos lugares tem os bons e os maus , mas com essas pessoas parece que isso não ocorre.
postei esse desabafo em respeito aos meus irmãos Cristãos mortos em mais um atentado terrorista contra os Cristãos .
ONDE ESTÃO OS LIDERES DO ISLAMISMO QUE NADA FAZEM EM RELAÇÃO A SEUS SEGUIDORES E MENTEM QUANTO AOS ATAQUES CONTRA OS CRISTÃOS ? EU SOU PASTOR E CUIDO DE MINHAS OVELHAS.
CRISTÃOS , MOSTREM AO MUNDO A VERDADEIRA FACE DO ISLAMISMO , POIS EU O FAREI.
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