segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mudança de comportamento: E a Bíblia com isso?



correndo-atras-dinheiro_thumb[1] 1. O problema aparente
Thiago é um adolescente cristão, filho de um pastor evangélico. Foi criado segundo os princípios bíblicos e teve uma excelente formação cristã. Sempre foi atuante na igreja, e em seu lar estava acostumado com a rotina dos cultos domésticos. Costumava ser frequentemente citado por aqueles que o conheciam como um bom modelo a ser imitado, contudo, nos últimos tempos, depois de mudar de escola e fazer uma nova turma de amigos, Thiago não parecia mais o mesmo. Aquele que sempre foi um moço bem-educado agora vivia xingando. Os palavrões saiam de seus lábios com tanta naturalidade e frequência que era impossível não ficar incomodado e, tudo isso, já estava começando a “pegar mal” para o seu pai, afinal, filho de pastor não xinga.
Jair é diácono da igreja. Sempre foi muito responsável com o seu trabalho e, geralmente, era bastante polido no seu modo de falar. Porém, algumas pessoas da igreja já tiveram o desprazer de vê-lo irritado e, quando isso acontecia, aquela linguagem polida dava lugar aos mais terríveis palavrões. Em casa, sua esposa e filhos eram também, muitas vezes, insultados com xingamentos, o que levava a brigas ainda maiores.
O pastor Enoque, que já vinha se sentindo envergonhado por causa do linguajar do seu filho Thiago, começou a receber reclamações por parte dos membros ofendidos pelo diácono Jair. Além disso, a esposa do diácono também procurou o pastor para queixar-se do modo como o marido muitas vezes a tratava e de como estavam brigando em decorrência disso, estavam a ponto de separar-se.
Aparentemente o problema era o mesmo, um adolescente e um diácono que pecavam falando palavrões, e foi com esse entendimento que o pastor Enoque tentou tratar os dois casos.
2. Deus não é um mero extintor de incêndio
Primeiro o pastor chamou o filho e falou que por causa do seu linguajar, ele, como pastor da igreja, estava sendo envergonhado e sendo motivo de chacotas: “o pastor não sabe cuidar nem do filho...”. Abriu a Bíblia e, citando os textos de Efésios 4.29 e Tito 2.8, afirmou que dizer palavras torpes é pecado e que Deus puniria o seu pecado. Não haveria como fugir do juízo de Deus porque o homem colhe o que planta, esbravejou citando Gálatas 6.7. Se não quisesse experimentar o peso da mão do Senhor, Thiago deveria imediatamente parar de falar palavrões.
Com o “sermão” pronto, ficou fácil. O pastor convocou o diácono Jair, repetiu as mesmas palavras, incluiu alguns versículos que falam sobre o cuidado do marido em relação à esposa e afirmou que, caso acontecesse o divórcio, a culpa seria toda do diácono. Se não quisesse sentir o peso da mão do Senhor e perder a esposa, Jair deveria parar de xingar as pessoas.
Isso me faz lembrar de um programa a que assisti com o “Dr. Pet”, adestrador de animais. Nesse programa ele foi chamado para resolver um problema com alguns cachorros que viviam brigando. Eram uns cinco ou seis cachorros de porte grande que, ao serem soltos pelo dono, começavam a se morder, mesmo com o dono gritando para que parassem. A solução do Dr. Pet foi fantástica. Instruiu o dono dos animais de que, munido de um extintor de incêndios, se aproximasse dos cachorros no momento da briga. Ele teria de dar a ordem: pare!, e em seguida acionar o extintor em direção aos cães que dispersariam com medo daquele jato de pó. Isso deveria se repetir algumas vezes, até que os cães cessassem a briga simplesmente ouvindo o comando para parar. E foi o que, de fato, aconteceu. Ao ouvir a ordem “pare!”, os cães associavam ao extintor e, por medo de levar mais um jato, obedeciam.
Apesar de os personagens citados nos exemplos acima serem fictícios, as situações descritas não são diferentes daquelas que podemos perceber todos os dias no cotidiano de muitos cristãos. Pior ainda é saber que a forma como têm sido tratadas essas questões assemelha-se mais ao método do Dr. Pet para adestrar os cães que com a perspectiva bíblica para a mudança de comportamento. Muitos crentes têm evitado o pecado somente por medo da consequência e não por causa do entendimento de que devem viver para a glória de Deus (1Co 10.31; Rm 11.36). Para eles, a ideia de Deus é simplesmente a de um extintor de incêndio pronto para ser acionado. O pecado é então evitado por causa da consequência que se sofre e não por causa da ofensa ao Senhor.
O problema na abordagem descrita é que ela se limita a “tratar” os sintomas sem descobrir a causa. É como alguém que constantemente sente dor de cabeça e simplesmente toma um analgésico. Várias são as causas que podem levar alguém a sofrer com isso, mas, somente como exemplo, pense na hipertensão. Alguém que tenha “pressão alta” pode frequentemente sentir dor de cabeça e o analgésico será um simples paliativo, servindo para mascarar o verdadeiro problema, pois, se não há dores não há o que se verificar e o problema continuará lá até o momento de se manifestar de forma mais grave, como um AVC.
Conquanto os princípios bíblicos citados pelo pastor Enoque sejam verdadeiros, para que a mudança de comportamento honre ao Senhor ela deve ir além de regras cumpridas por medo da punição. Não é simplesmente parar de xingar, mas fazer isso por causa de uma motivação correta. Como então proceder de forma bíblica a fim de que a mudança seja duradoura e honre ao Senhor?
3. Um caminho bíblico: tratando o problema na raiz
A perspectiva bíblica quanto à mudança de comportamento está ligada à santificação. Como afirma Booth: “A Santificação é um processo contínuo pelo qual Deus, por sua misericórdia, muda os hábitos e o comportamento do crente, levando-o a praticar obras piedosas.”[1] Sabendo que “a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta par discernir os pensamentos e propósitos do coração (Hb 4.12), precisamos recorrer a ela para entender não só como agimos, mas por que agimos como agimos.
É muito importante entender que, na dinâmica da igreja, somos responsáveis por “admoestar uns aos outros” (cf. Rm 15.14). Como indica o excelente livro do Dr. Paul Tripp, somos “Instrumentos nas mãos do Redentor – pessoas que precisam ser transformadas ajudando pessoas que precisam de transformação”[2]. Para isso precisamos entender três princípios:
1. O homem é governado pelo coração – Ao advertir os discípulos que não procurassem ajuntar tesouros na terra, mas no céu, Jesus afirmou: “porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19-21). O ensino aqui é evidente. Buscamos aquilo ao qual damos maior valor em nosso coração. Se os discípulos tivessem como “tesouro” os bens, era isso que governaria seus corações e motivaria as suas ações, mas se o “tesouro” fosse o Reino de Deus e sua justiça, agiriam em conformidade com a justiça do Senhor. Foi também o Senhor Jesus quem afirmou que do coração procedem os maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, falsos testemunhos, blasfêmias (Mt 15.19) e que a boca fala do que está cheio o coração (Mt 12.34).
Por causa de tudo isso é que o livro de Provérbios orienta: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23).
Se o pastor Enoque tivesse esse entendimento conseguiria verificar que o problema do seu filho e do diácono não era simplesmente o linguajar torpe, mas aquilo que estava governando seus corações em lugar do Senhor. No caso do filho o desejo de ser aceito no novo grupo de amigos, no caso do diácono, o desejo de ser ouvido e respeitado.
Mas como o pastor Enoque chegaria a essa conclusão? Observando o próximo princípio.
2. Pessoas e circunstâncias revelam o nosso coração – De um modo geral a tendência do homem, ao pecar, é colocar a culpa em outras pessoas ou nas circunstâncias. Porém, diante da verdade bíblica de que somos dirigidos pelo nosso coração, devemos entender que pessoas e circunstâncias simplesmente revelam o que está em nosso coração, elas servem como a antiga pomada de basilicão, usada em pessoas com furúnculos. Ao ser aplicada a pomada “trazia para fora” o carnegão[3] e, é lógico, isso só acontecia porque ele já estava lá. A pomada não produzia o carnegão, simplesmente o revelava.
Ao analisar os casos sob essa ótica, o pastor veria que a razão de o seu filho estar xingando constantemente era o medo de ser rejeitado pelo novo grupo de amigos. Ser aceito era tão “importante e necessário” que, nessa ânsia, ele deixava de lado todos os princípios bíblicos aprendidos outrora demonstrando, ao contrário da atitude dos discípulos em Atos 5.29, que importava obedecer aos homens que a Deus.
No caso do diácono, o pastor Enoque perceberia que o xingamento era a forma de “punir” aqueles que não o respeitavam como ele achava que merecia. Como diácono da igreja, entendia que não podia ser contestado e como chefe do lar, nunca questionado. Seu desejo por respeito passou a ser uma “necessidade” que ele agora exigia e qualquer um que o privasse daquilo que ele tanto queria logo era julgado e punido, no caso, com xingamentos.
Ao observar o princípio de que as pessoas e circunstâncias revelam o coração, o pastor Enoque teria condições de avaliar também a postura da esposa do diácono. Ao ameaçar deixá-lo, o que ela tentava fazer era manipulá-lo para que ele a tratasse melhor. Ela também, por causa do seu desejo, tentava mudar o comportamento do marido infligindo medo.
Mais ainda, o pastor poderia avaliar seu próprio coração e descobrir que sua motivação para corrigir o filho não estava sendo a glória de Deus, mas a vergonha a que ele estava sendo submetido por causa do seu mau comportamento.
Pessoas e circunstâncias são usadas por Deus para revelar o que controla o nosso coração e, com os desejos do coração expostos, podemos, com o auxílio do Espírito do Senhor, abandonar a nossa vontade e nos submeter à vontade do Senhor. Isso nos leva ao terceiro princípio.
3. Os ídolos do coração devem ser abandonados – No primeiro mandamento o Senhor ordena: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Costumamos pensar em idolatria somente no que diz respeito a imagens de escultura, mas a Bíblia nos adverte contra os “ídolos do coração” (Ez 14.1-9). Incorremos em idolatria todas as vezes que buscamos alegria, prazer, satisfação e realização fora do Senhor. Se pecamos para conseguir o que desejamos, ou pecamos quando não conseguimos o que desejamos, é porque esse desejo já se tornou um ídolo, um falso deus que faz promessas vãs acerca daquilo que achamos que nos trará satisfação.
O caminho bíblico é o de identificar a idolatria, arrepender-se por confiar em falsos deuses e voltar-se de todo o coração ao Senhor (Ez 14.6) buscando de coração fazer a sua vontade.
O adolescente Thiago deve rejeitar o ídolo da “aprovação dos homens” e entender que a alegria não é encontrada num grupo de amigos, mas no Senhor e, por isso, é a ele que precisamos agradar. O diácono Jair tem de abandonar o ídolo do “respeito” e entender que o pecado de outros ao não respeitá-lo não autoriza o seu pecado ao revidar as afrontas. Ao invés de revidar ele deve entregar tudo àquele que julga retamente (1Pe 2.23). De igual modo a sua esposa deveria abandonar o ídolo do “controle” e, ao invés de tentar mudar o marido manipulando-o pelo medo, deveria ganhá-lo sem palavra alguma, por meio de um honesto comportamento (sobre isso, veja o post do Samuel “A Reforma começa em casa II”). Por último, o Pastor Enoque deveria entender que a motivação para corrigir o filho deveria ser exclusivamente a glória de Deus, abandonando o ídolo da “reputação”.
Conclusão
Entender os motivos do coração é essencial para uma mudança de comportamento que seja duradoura. Qualquer mudança externa, que não leve em conta a raiz do problema, será mero paliativo e servirá unicamente para produzir fariseus que não se preocupam com a glória do Senhor, mas com seus próprios desejos.
É bom salientar que os desejos não são maus em si mesmos. Pensando nos casos citados, não há mal em querer ser aprovado, ser respeitado ou ter uma boa reputação. O problema é quando essas coisas tomam uma importância tão grande que passam a governar o coração e nos levam a pecar.
Que o governo de nossa vida seja exclusivamente de Cristo Jesus, aquele que já nos redimiu e nos santificará para ele mesmo, até o dia final. Vivamos para sua glória e louvor.

Congresso vota em tempo recorde leis de interesse do STF

Congresso vota em tempo recorde leis de interesse do STF

Propostas do Supremo levam, em média, 274 dias entre chegada ao Legislativo e sanção do presidente
Responsável por julgar acusações contra congressistas, o STF (Supremo Tribunal Federal) consegue aprovar no Congresso, em tempo recorde, projetos de lei de interesse do Judiciário.

Levantamento feito pela assessoria técnica da Câmara mostra que, nos últimos 15 anos, propostas do Supremo levam, em média, 274 dias entre a chegada ao Legislativo e a sanção do presidente da República.

Já um projeto de lei ordinária de um deputado demora, em média, cinco vezes mais.

No período pesquisado, a alta Corte viu aprovadas 20 propostas. E a rapidez na tramitação desses projetos não se justifica pelo fato de o STF ter apresentado um número menor de iniciativas que outros órgãos e Poderes.

O TCU (Tribunal de Contas da União), por exemplo, apresentou no mesmo período nove projetos e demorou quase o triplo do tempo para vê-los transformados em lei.

Nos últimos dois anos, a proposta de lei ordinária que tramitou mais rápido no Congresso foi a de reajuste do salário dos ministros do STF: em 38 dias passou pelas duas Casas e foi sancionada.

As propostas do Supremo sempre tratam de salários e da estrutura do Judiciário.

Segundo dados do site Congresso em Foco, existem no Supremo 397 processos contra deputados e senadores. Essas ações atingem 148 deputados e 21 senadores.

O atual presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), diz que a celeridade na apreciação nas matérias do Judiciário se deve ao fato de a maioria ser de teor simples.

"Elas não estabelecem novas regras, na maioria atualizam as existentes. Ao mesmo tempo, a relação de tribunais com a Câmara é muito boa."
Mas o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) vê relação direta entre a rapidez nos projetos do STF e o julgamento dos congressistas.

"Não dá pra dissociar essa tramitação rápida dos projetos do fato de haver foro privilegiado de julgamento. Há sempre um certo temor ou reverência àqueles que podem ser os nossos julgadores."

Raking de agilidade

Na rapidez de tramitação de propostas, o STF é seguido pela Procuradoria-Geral da República, pelo Tribunal de Justiça do DF e pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Iniciativas de deputados e senadores ocupam as últimas colocações da fila (média de 1.300 e 1.600 dias).

Para o presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Nelson Calandra, os projetos tramitam rápido porque já chegam com "consenso" na Casa.

O ministro do Supremo Marco Aurélio Mello refuta a tese de "agrado" aos magistrados. "Prefiro acreditar que eles [congressistas] atuam com independência."

Já o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União vê diferença de tratamento no Congresso para magistrados e funcionários.

"Quando se trata de reajuste para os ministros, a atenção que é dada é maior", afirma Roberto Policarpo, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União.

Fonte: Folha.com

Jornalistas fazem manifestação de apoio a Assange Manifestantes distribuíram máscaras com rosto do ciberativista em praias da Zona Sul

Jornalistas fazem manifestação de apoio a Assange
Jornalistas do Rio de Janeiro realizaram neste domingo (19) uma manifestação de apoio ao australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks. De forma descontraída, os manifestantes distribuíram máscaras com o rosto do ciberativista aos banhistas nas praias de Ipanema e Leblon, na zona sul.

"Ele conseguiu tornar públicas informações que eram cifradas e escondidas. Virou nossa referência. Quem sabe não aprendemos e criamos um Wikileaks no
Brasil?", defendeu o jornalista Marcos Almeida. Através do Wikileaks, Assange publicou centenas de telegramas secretos da diplomacia americana.

Cem máscaras foram distribuídas. Os banhistas, que lotaram as praias e enfrentaram forte calor, demonstraram apoio à manifestação.

Assange se entregou à polícia sueca no início do mês, mas foi libertado na última semana. Ele também é acusado de cometer crimes sexuais. Ele nega as denúncias e diz que está sendo alvo de uma campanha "difamatória".
 

Simão, o mágico, e os “Simões” modernos


negocio bencao a parte
O livro de Atos narra, no capítulo 8, a história de Simão, um mágico da cidade de Samaria que era um grande “sucesso” entre o povo. Ele iludia a população com mágicas, o que lhe rendeu grande fama. O texto diz que todos lhe davam ouvidos chamando-o, inclusive, de “Grande Poder”.
Quando a mensagem salvadora do Evangelho chegou a Samaria por meio de Filipe, diácono da Igreja primitiva, que anunciava a Cristo e realizava sinais e prodígios (8.4-8), a multidão que andava após Simão creu no Senhor. Aparentemente o próprio Simão abraçou a fé, sendo até batizado. Digo aparentemente porque o texto sugere que o que despertou o interesse de Simão não foi propriamente a Palavra pregada, mas os sinais realizados. O versículo 13 diz que ele “acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado, os sinais e grandes milagres praticados.
Notamos, porém, que Simão não estava preocupado com a glória de Deus, mas com a sua própria, queria mesmo era voltar a ser visto como o “Grande Poder”. Cristo Jesus não era o Deus digno de adoração, mas simplesmente aquele que poderia conceder o que ele realmente queria, voltar a ser notado pelo povo.
A evidência disso está nos versículos subsequentes. Quando os apóstolos tomam conhecimento da conversão de samaritanos, enviam para lá Pedro e João. Lucas narra que, quando Simão viu que mediante a imposição de mãos dos apóstolos os que creram recebiam o Espírito Santo, tratou de tentar “comprar a bênção”, ofereceu dinheiro aos apóstolos para que lhe fosse concedido o mesmo poder, e isso rendeu a ele uma dura repreensão por parte de Pedro, que afirmou: “o teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus” (8.20). Pedro afirmou ainda que Simão não tinha parte naquele ministério, que seu coração não era reto e que ele deveria se arrepender, o que não sabemos se, de fato, ocorreu.
Mudando o que tem de ser mudado, notamos que quase dois mil anos depois do ocorrido com Simão e devidamente registrado nas Escrituras para o nosso ensino, o evangelicalismo brasileiro, sobretudo no meio neopentecostal, padece do mesmo pecado. A grande diferença é que no caso bíblico foi Simão que tentou comprar dos apóstolos a bênção, enquanto hoje são os “apóstolos”, “pastores” e “missionários” que tentam vender os favores divinos aos milhares de incautos “Simões” hodiernos.
Não é preciso pesquisar muito para verificar. Basta perder (esse é o termo exato) tempo assistindo à maioria dos programas evangélicos ou navegar um pouco pela internet para encontrar “pastor” chamando de trouxa aqueles que ofertam simplesmente porque amam a Deus, sem esperar nada em troca, “apóstolo” pedindo o trízimo (pasme! 10% para cada pessoa da Trindade.) e garantindo que após isso os ofertantes terão um bom ano, e “missionário” pedindo “contribuição” a fim de orar pela salvação dos que foram indicados pelos associados.
Se vivesse hoje, Simão, o mágico, teria como escolher o melhor investimento, pechinchar e ficaria até indeciso de quem comprar devido à grande quantidade de oferta no vergonhoso mercado “da fé”.
A triste ironia é que tudo isso tem acontecido em igrejas que são tidas por muitos como “herdeiras” da Reforma Protestante, mas que desconhecem, ou fingem não saber, que um dos grandes problemas atacados por Lutero em suas 95 teses foi justamente a simonia, nome dado à compra ou venda ilícitas das coisas espirituais, que tem origem na história de Simão, o mágico.
Na verdade, tanto os estelionatários da fé, que têm vendido bênçãos, como os que têm comprado cometem o mesmo pecado de Simão, tentam usar Deus para os seus próprios interesses. Estes pensando que conseguirão o favor divino com ofertas, aqueles querendo faturar com a fé alheia, contudo, sempre com a mesma motivação egoísta.
Como se vê, não é de hoje que os homens querem se aproximar de Deus para os seus próprios benefícios. Cuidemos para não cair nessa mesma cilada e entendamos que o Senhor deve ser adorado não por aquilo que ele pode nos dar, mas por quem ele é como afirma o salmista: “grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, temível mais que todos os deuses” (Sl 96.4).

FONTE .  Milton Jr.
www.mentecativa.blogspot.com

"Vão e Façam Discípulos de Todas as Nações"

O Rei estava subindo ao seu trono. Seu plano de governo foi bem definido. Seu direito a reinar foi inegavelmente estabelecido. Seus embaixadores já foram escolhidos. Agora, a hora de governar chegou. Mateus 28:18-20 apresenta claramente a mensagem fundamental do reino messiânico, dada quando o Soberano Salvador enviou representantes ao mundo. Vamos examinar este texto e suas implicações para os discípulos de Cristo nos dias de hoje.
O Fundamento Montanhoso: Toda a Autoridade (18)
A afirmação feita por Jesus aos apóstolos é absoluta. Toda a autoridade que seria dada ao descendente de Davi, o mesmo que estabeleceria seu reino eterno, está agora nas mãos de Jesus. Ele venceu o pecado e o diabo na cruz, e agora assume seu papel como Rei dos reis. A coroação deste Rei foi pre-ordenada por Deus e comunicada pelo salmista 1.000 anos antes da vinda de Jesus: "Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião" (Salmo 2:6). A afirmação do Cristo de ter recebido autoridade absoluta se encaixa perfeitamente na imagem de Daniel de uma pedra, cortada sem auxílio de mãos, que esmaga as autoridades menores e se transforma numa montanha que enche a terra (Daniel 2:35,44-45). Agora, afirma Jesus, "o monte da casa do Senhor" está sendo estabelecido acima dos montes e colinas de autoridade humana. Agora, a palavra do Senhor sairá de Jerusalém espiritual para todas as nações (Isaías 2:2-4; Gálatas 4:26; Hebreus 12:22-23).
Ninguém jamais pode realmente chegar a Jesus sem reconhecer a autoridade absoluta que pertence exclusivamente a ele. Ele é o Salvador, mas ele também é o Senhor. Ele manda embora os nossos pecados, mas ele também manda que nós o obedeçamos. Entramos numa relação especial e pessoal com aquele que nos chama de irmãos; mas entramos também numa relação de submissão àquele que nos governa como seus sujeitos e servos. O reino dele não é uma democracia que faz leis sujeitas a aprovação popular; é uma monarquia com um Rei benevolente que exerce autoridade absoluta.
No mundo atual, com sua ênfase em liberdade, independência e satisfação egoísta, a mensagem da autoridade absoluta do Rei espiritual não agrada a muitos. Homens e mulheres gostariam de moldar uma nova imagem de Jesus, destacando as características que acham mais agradáveis. Falam sobre amor, bondade, generosidade, bênçãos e amizade do Salvador, mas negligenciam questões de autoridade, regras e obediência ao Senhor.
Ide, Portanto...(19)
O fato da autoridade de Cristo exige ação. Jesus não é apenas uma figura histórica interessante. Não aprendemos dele de uma maneira puramente acadêmica. Quando encontrarmos o Cristo, nossas vidas mudarão. Ou nós o rejeitaremos ou seremos impelidos a agir pelos mandamentos dele. A conjunção conclusiva "portanto" sugere tal motivação. Quando ele olhou para os onze galileus ao seu redor, Jesus lhes disse como este "portanto" determinaria o curso de suas vidas: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações". Esta incumbência apostólica, cumprida por um punhado de homens convictos de que o Messias estivesse com eles, mudaria o mundo. Jesus mandou que levassem a mensagem ao mundo inteiro, e pretendia que a sua ordem fosse plenamente obedecida. Ele não perdeu tempo ouvindo desculpas, e nada no texto sugere que eles oferecessem argumento algum. O Rei enviou os seus embaixadores, e já tinha dito que o evangelho seria pregado ao mundo inteiro naquela geração (Mateus 24:14.34). Uns 30 anos depois, o apóstolo Paulo disse que esta missão fora cumprida quando falou "do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu" (Colossenses 1:23).
Fazei Discípulos (19-20)
A ordem de fazer discípulos é descrita por dois gerúndios que mostram o que é necessário para fazer discípulos de Cristo: batizando (19) e ensinando (20). Algumas pessoas têm interpretado mal este texto, sugerindo uma lista de três passos sucessivos (Fazer discípulos - batizar - ensinar). Certamente devemos continuar ensinando depois do batismo do novo discípulo, mas não é o ponto fundamental deste texto. Para se tornar discípulo de Cristo, a pessoa precisa ser batizada para remissão dos pecados e precisa ser ensinada "a guardar todas as coisas" que Jesus tem ordenado. Vamos pausar para considerar esses dois requisitos do processo de fazer discípulos.
Batizar em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Devemos destacar dois fatos aqui:
Jesus deu importância ao batismo. Muitas doutrinas hoje tratam o batismo como ato de pouca importância, até sugerindo que ele não tem lugar no plano de Deus para a nossa salvação. Tais idéias não vêm de Jesus. Aqui ele apresenta o batismo como necessário para ser discípulo dele, e sabemos que ninguém será salvo sem ser seguidor de Jesus (Atos 4:12). Em Marcos 16:16, Jesus disse que precisamos crer e ser batizados para sermos salvos. Ele mandou que os apóstolos pregassem a mesma mensagem, e eles foram obedientes ao Senhor. Pedro disse em Atos 2:38: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo." Em Atos 10:48, ele "ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo". O apóstolo Paulo tratou o batismo com urgência no seu trabalho (veja Atos 16:32-33; 18:8; 19:5). Outros pregadores do Novo Testamento proclamaram a mesma mensagem, afirmando a necessidade do batismo para a salvação do pecador. Filipe ensinou a necessidade da fé e do batismo (Atos 8:12-13; 36-38). Ananias perguntou a Saulo: "E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele" (Atos 22:16).
Devemos ser batizados em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. No batismo, entramos em comunhão com Deus. Aqui, como em várias outras passagens, Deus se apresenta como três pessoas eternas e perfeitamente unidas. Entramos em Cristo no batismo (Gálatas 3:27). Assim obedecendo à palavra dele, somos privilegiados, também, por entrar em comunhão com o Pai (João 14:23) e com o Espírito Santo (1 Coríntios 6:19-20). A linguagem de Jesus descreve a grande bênção de ser primogênitos, membros da família de Deus (Hebreus 12:23). Algumas igrejas têm inventado novas doutrinas sobre o batismo, usando versículos como Mateus 28:19 ou Atos 10:48 para defender algum tipo de fórmula de batismo. Algumas dizem que, no momento do batismo, é necessário falar as palavras exatas de Mateus 28:19: "em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". Outras insistem que o batismo só tem validade se falar as palavras de Atos 10:48: "em nome de Jesus Cristo". Mas estes trechos não se contradizem. Quando os apóstolos batizaram em nome de Jesus, eles obedeceram à palavra dele e agiram pela autorização que ele deu. O resultado foi exatamente o que ele prometeu: comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É ridículo sugerir algum tipo de conflito entre Mateus 28 e os batismos realizados pelos apóstolos.
Ensinar a guardar todas as coisas que Jesus ordenou. Depois de ser convertido, o servo de Cristo continuará a vida toda crescendo na compreensão da vontade de Cristo, mas o ponto que Jesus frisa em Mateus 28:20 é um de compromisso. No momento de sua conversão, ninguém entende tudo. De fato, cada cristão deve se esforçar para crescer no conhecimento da palavra durante toda a sua vida (2 Pedro 3:18). Algumas igrejas até exigem cursos de meses ou anos de duração antes de uma pessoa se batizar, certamente tentando diminuir a possibilidade dela desistir depois. Qualquer pessoa deve estudar o bastante para entender quem é Jesus e como obedecer a vontade dele. Mas encontramos casos nas Escrituras nos quais as pessoas ouviram o evangelho e tomaram suas decisões até no mesmo dia (Atos 2:37-41; 8:35-38; 16:32-33). Devemos ter cuidado para ensinar tudo que é necessário, mas nossa cautela não deve chegar ao extremo de dificultar ou impedir a salvação de ninguém.
O ponto de ensinar as pessoas "a guardar todas as coisas" que Jesus ordena é mostrar-lhes como se deve assumir um compromisso solene com o Senhor. Uma ilustração ajuda. Quando a minha mulher se casou comigo, ela prometeu me "amar, honrar e obedecer". Será que ela, naquele dia, já sabia tudo que eu pediria durante toda a nossa vida juntos? Claro que não! Ela não sabia o conteúdo de todos os pedidos do marido, mas assumiu um compromisso de submissão à pessoa. Quando olhamos para Cristo, o cabeça da igreja, devemos prontamente assumir um compromisso de obediência absoluta a ele. A pessoa que recusa fazer isso não está pronta para seguir a Jesus.
O Processo Continua
As palavras de Jesus em Mateus 28:18-20 foram dirigidas aos apóstolos, e não diretamente a nós. Mas o mesmo fato que exigia ação deles exige a mesma de nós. Em primeiro lugar, temos que nos tornar discípulos, voltando para Cristo, aceitando o perdão que ele oferece por meio do batismo e prometendo nossa plena obediência a ele. Então, devemos comunicar as boas novas de Jesus aos outros. Nossa incumbência de evangelizar vem de passagens como 2 Timóteo 2:2, onde o evangelho é transmitido de uma geração para outra, e de Hebreus 5:12, onde o autor introduz um sentido de "dever" na vida de cada discípulo. Da mesma maneira que o trabalho de Paulo preenchia o que resta das aflições de Cristo (Colossenses 1:24), temos um papel essencial na evangelização de almas carentes da nossa geração. Como os cristãos de hoje, somos a Jerusalém donde a palavra precisa sair.
Como ou Por Quê?
É fácil se preocupar com questões de como evangelizar, mas isso não é o ponto que Jesus enfatizou. Ele começou com o porquê, e nós devemos começar no mesmo lugar. Se verdadeiramente compreendermos e apreciarmos o porquê do nosso trabalho, teremos a motivação necessária para ensinar bem aos outros. Tudo começa com a pessoa e a posição do Cristo.

Programa Nacional de Controle da Dengue

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A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.

Em nosso país, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da doença. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por vetores em nosso país e no continente. Programas essencialmente centrados no combate químico, com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração intersetorial e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos.

Nos primeiros seis meses deste ano, 84.535 pessoas tiveram dengue, enquanto que, em 2003, as notificações chegaram a 299.764. Saiba qual é a situação atual da dengue no Brasil e o que tem sido feito para sua erradicação.

NOVAS AÇÕES
O controle proposto pelo Programa Nacional de Controle da Dengue trouxe mudanças efetivas em relação aos modelos anteriores. Veja o que tem sido prioritário. O controle da transmissão do vírus da dengue se dá essencialmente no âmbito coletivo e exige um esforço de toda a sociedade. Por isso, é prioritário para o PNCD:

1. a elaboração de programas permanentes, uma vez que não existe nenhuma evidência técnica de que a erradicação do mosquito seja possível, a curto prazo;
2. o desenvolvimento de campanhas de informação e mobilização das pessoas, de maneira a se criar o envolvimento da sociedade na manutenção do ambiente doméstico livre de potenciais criadouros do vetor;
3. fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica para ampliar a capacidade de predição e de detecção precoce de surtos da doença;
4. melhoria da qualidade do trabalho de campo de combate ao vetor;
5. integração das ações de controle da dengue na atenção básica, com a mobilização dos Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programas de Saúde da Família (PSF);
6. utilização de instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na eliminação de criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas etc;
7. atuação multissetorial por meio do fomento à destinação adequada de resíduos sólidos e a utilização de recursos seguros para armazenagem de água;
8. desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, estados e municípios.

PROGRAMA NACIONAL
Com as dificuldades enfrentadas nas diversas tentativas de erradicação da doença, a idéia é garantir uma forte campanha de mobilização social, em 2002 o objetivo passa a ser a redução do dano causado pela doença. A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.

Em nosso país, as condições socio-ambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da doença. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por vetores. Programas com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração intersetorial e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos.

Em 1996, o Ministério da Saúde decidiu rever sua estratégia e propôs o Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa). Ao longo do processo de implantação desse programa observou-se a inviabilidade técnica de erradicação do mosquito a curto e médio prazos. O PEAa, mesmo não atingindo seus objetivos, teve méritos ao propor a necessidade de atuação multissetorial e prever um modelo descentralizado de combate à doença, com a participação das três esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal.

A implantação do PEAa resultou em um fortalecimento das ações de combate ao vetor, com um significativo aumento dos recursos utilizados para essas atividades, mas ainda com as ações de prevenção centradas quase que exclusivamente nas atividades de campo de combate ao Aedes aegypti. Essa estratégia, comum aos programas de controle de doenças transmitidas por vetor em todo o mundo, mostrou-se absolutamente incapaz de responder à complexidade epidemiológica da dengue.

Os resultados obtidos no Brasil e o próprio panorama internacional, onde inexistem evidências da viabilidade de uma política de erradicação do vetor, a curto prazo, levaram o Ministério da Saúde a fazer uma nova avaliação dos avanços e das limitações, com o objetivo de estabelecer um novo programa que incorporasse elementos como a mobilização social e a participação comunitária, indispensáveis para responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado.

Diante da tendência de aumento da incidência verificada no final da década de 90 e da introdução de um novo sorotipo (Dengue 3) que prenunciava um elevado risco de epidemias de dengue e de aumento nos casos de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD), o Ministério da Saúde, com a parceria da Organização Pan-Americana de Saúde, realizou um Seminário Internacional, em junho de 2001, para avaliar as diversas experiências bem sucedidas no controle da doença e elaborar um Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue (PIACD).

A introdução do sorotipo 3 e sua rápida disseminação para oito estados, em apenas três meses, evidenciou a facilidade para a circulação de novos sorotipos ou cepas do vírus com as multidões que se deslocam diariamente. Estes eventos ressaltaram a possibilidade de ocorrência de novas epidemias de dengue e de FHD. Neste cenário epidemiológico, tornou-se imperioso que o conjunto de ações que vinham sendo realizadas e outras a serem implantadas fossem intensificadas, permitindo um melhor enfrentamento do problema e a redução do impacto da dengue no Brasil. Com esse objetivo, o Ministério da Saúde implantou em 2002 o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD).

Muito embora outras causas tenham influenciado, considera-se que as ações do PNCD, desenvolvidas em parceria com Estados e Municípios, tenham contribuído na redução de 73,3% dos casos da doença no primeiro semestre de 2004 em relação ao mesmo período do ano anterior. Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde mostram que, nos primeiros seis meses de 2004, 84.535 pessoas tiveram dengue, enquanto que, em 2003, as notificações chegaram a 299.764.

O que realmente está por trás do WikiLeaks?

Se o WikiLeaks é sinônimo de liberdade de expressão, por que então aqueles que o defendem querem que a ONU censure a internet?

Julio Severo
A nível de curiosidade, foi muito legal conhecer as conversas e comunicações das embaixadas americanas, assim como também seria muito interessante ver o que dizem às ocultas os embaixadores do Brasil. Infelizmente, ainda não houve um vazamento de tais comunicações secretas do Brasil.
Fora alguns fatos exóticos, o WikiLeaks revelou informações realmente confidenciais? Num dos vazamentos tratando de setores cruciais para a segurança dos EUA, menciona-se uma fábrica australiana que produz antídoto contra veneno de cobra. Dá para crer que se os terroristas islâmicos atacarem a fábrica australiana, os EUA estarão vulneráveis ao maior ataque de cobras da história humana?
O cenário seria terrível: cobras mordendo Obama e seus ministros. Milhares de cobras venenosas deslizando nas ruas e atacando milhares de participantes das paradas gays de San Francisco a Nova Iorque. Cobras em escolas, hospitais e estádios de futebol, com milhões de pessoas caídas por mordidas envenenadas.
Pobres cobras do mundo! Estão servindo como bodes expiatórios de algum grande esquema. E há outros absurdos na lista vazada de possíveis alvos terroristas.
Duvido muito que os terroristas islâmicos tenham caído nessa estória de que a fábrica australiana é vital para a segurança dos EUA. Mas não duvido de que por trás do WikiLeaks haja “cobras” e “serpentes”, mas não do tipo que conhecemos na natureza. São depravadas mentes humanas com natureza de cobras astutas e malignas.
Desgraçadamente, o WikiLeaks não revelou nenhum segredo realmente importante do governo dos EUA. Se tivesse tentado revelar, o governo americano tem agentes secretos suficientes e poder suficiente para “resolver” esse problema. Aliás, a CIA tem durante décadas assassinado pessoas, matando homens realmente maus, mas também eliminando pessoas inocentes, inclusive no caso célebre onde foi abatido um avião com uma família de missionários evangélicos.
O livro “Target: Patton, The Plot to Assassinate General George S. Patton” (Alvo: Patton, o Complô para Assassinar o General George S. Patton), de Robert Wilcox, conta como o nascimento do serviço secreto americano, infiltrado por marxistas, foi acompanhado de assassinatos secretos de criminosos e inocentes.
Nada impede a CIA de neutralizar os inimigos dos interesses dos EUA. Contudo, Julian Assange está vivo, e recebendo apoio em massa de esquerdistas famosos, até mesmo dos EUA, que defendem o controle da internet — um controle que mantenha o domínio absoluto das ideias deles e extermine as ideias conservadoras.
Recentemente, Assange obteve apoio financeiro de Michael Moore, produtor de um documentário sobre “homofobia”. No que depender de Moore, supremo bufão do marxismo hollywoodiano, liberdade de expressão é direito que deve ser outorgado apenas aos que prestaram juramento de fidelidade à sodomia.
O presidente Lula da Silva é uma das figuras internacionais que protestou contra a “perseguição” a Assange e, aos olhos do público, defendeu o direito de livre expressão do WikiLeaks. Ué? Onde está o Lula cujo governo sempre quis censurar a internet no Brasil?
Entretanto, os diplomatas do Brasil na ONU, sob a orientação de Lula, estão liderando uma iniciativa para criar um órgão da ONU para policiar a internet, com o pretexto de evitar vazamentos semelhantes aos do WikiLeaks. O mesmo Lula que defende a liberdade de expressão do WikiLeaks o está usando para restringir a liberdade de expressão dos internautas no mundo inteiro.
Se o caso do WikiLeaks fosse tão sério, por que Assange está vivo? Por que o WikiLeaks continua na internet? Por que Lula o apoia? E há outros fatos estranhos. Quem repassou ao WikiLeaks as informações suspostamente confidenciais dos EUA foi um soldado homossexual americano. Então por que o governo americano está tão determinado e obcecado em garantir que homossexuais assumidos atuem nas forças armadas?
Se o WikiLeaks representasse perigo para a segurança dos EUA, então quem deveria sofrer banimento, repressão e exclusão: a homossexualidade ou o direito de livre expressão das pessoas que usam a internet? Como explicar que a nação mais poderosa do mundo “deixou” vazar milhares de informações supostamente confidenciais? No espetáculo que se criou em volta do WikiLeaks, quem será a vítima real?
Logo depois dos recentes vazamentos do WikiLeaks, o Ministério de Segurança Nacional dos EUA, sem nenhuma notificação, assumiu o controle de dezenas de sites considerados “perigosos”, mas sem nenhum vínculo com WikiLeaks. Foi censura sumária sem direito de resposta. Mas, com todo o seu imenso poderio, o governo americano e seus milhares de agentes secretos no mundo inteiro fingem ter poucos poderes para encerrar definitivamente o WikiLeaks, cuja existência se tornou mera desculpa para silenciar quem nada tem a ver com Assange, que está cotado para ser o “Homem do Ano” pela revista esquerdista americana Time.
O WikiLeaks, ao pretender revelar segredos, acabou deixando uma espessa nuvem de dúvidas sobre as reais intenções ocultas dos que o estão usando, ou contra ou a favor, para impor patrulhamento no ciberespaço e uma era de trevas em que a internet seja uma fechada zona de segurança contra os que discordam do Governo Mundial e suas políticas de intrusão e controle sobre as pessoas, famílias e crianças.
Versão em inglês deste artigo: What is really behind WikiLeaks?
Fonte: www.juliosevero.com

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...