Uma organização pró-família, admitiu esta semana que está perdendo a batalha do casamento homossexual, sobretudo entre os jovens.
Em entrevista ao World Magazine, o Chefe Executivo e Presidente da Focus on the Family, Jim Daly, disse que as pessoas em seus 20 e 30 anos eram especialmente suscetíveis de apoiar o casamento do mesmo sexo.
Daly foi perguntada pela revista como os evangélicos estavam fazendo em seus esforços de apoiar o casamento tradicional, em comparação com o sucesso que eles tiveram defendendo contra o aborto.
Ele respondeu: "Nós estamos perdendo nesse sentido, especialmente entre as pessoas entre 20 e 30 e poucos anos: 65 a 70 por cento deles são a favor do casamento homossexual. Eu não sei se isso vai mudar com um pouco mais de idade - demógrafos diriam provavelmente não.
"Nós provavelmente já perdemos esta. Eu não quero ser extremista aqui, mas eu acho que nós precisamos começar a calcular onde estamos na cultura."
Uma pesquisa Gallup divulgada na semana passada revelou que pela primeira vez, a maioria dos americanos (53 por cento) pensa que o casamento homossexual deve ser reconhecido por lei como válido. Quarenta e cinco por cento são contra. Gallup tinha seguido o assunto desde 1996 e cada ano até este ano, mais americanos estavam no lado oposto da legalização do casamento gay.
Uma pesquisa recente da Human Rights Campaign também constatou que a maioria dos Cristãos (68 por cento) apoiam a proteção à comunidade LGBT contra a discriminação e uma pequena maioria (52 por cento) se opõe à Lei de Defesa do Casamento, que proíbe o casamento homossexual em um nível federal e dá aos estados o direito de não reconhecer as uniões realizadas em outros estados.
Daly sugere que a Igreja use a tendência emergente como uma oportunidade de colocar a sua própria casa em ordem.
"Temos que olhar o que Deus está fazendo em todo este processo," disse ele.
"Fizemos um trabalho tão pobre com o casamento, está Ele tão chateado com o nosso mau uso do mesmo na comunidade cristã, juntamente com a nossa concupiscência da carne como uma nação, que Ele está nos entregando à situação de poligamia e mesmo sexo a fim de, talvez, conduzir a comunidade cristã, remanescente, a dizer 'OK, não há divórcio sem culpa em nossa Igreja?'"
Daly disse que conheceu um ativista gay que lhe perguntou por que os Cristãos estavam tão contrariados com os homossexuais terem uma chance no casamento, quando eles próprios não tinham feito tão bem isso.
"Temos de olhar para a nossa própria casa, certificar-nos que os nossos casamentos são saudáveis, que nós estamos sendo um bom testemunho para o mundo," disse Daly.
"Então nós podemos continuar a trabalhar para defender o casamento da melhor maneira que pudermos."
CRISTIAN POST
Intimidações começaram quando o casal denunciou madeireiros que avançavam em sua comunidade para extrair espécies nobres de madeireira
Foto: Divulgação
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Dois líderes do Projeto Agroextrativista (Paex) Praialta-Piranheira foram assassinados na manhã desta terça feira, na comunidade de Maçaranduba, a 50 km do município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará. Maria do Espírito Santo da Silva e José Claudio Ribeiro da Silva vinham sendo ameaçados desde 2008. Segundo familiares, pessoas desconhecidas rondavam a residência do casal, geralmente à noite, disparando tiros para o alto. Algumas vezes, até alvejaram animais da propriedade.
As intimidações teriam começado com a denúncia dos líderes extrativistas contra madeireiros da região, que constantemente avançam na área do Paex para extrair espécies madeireiras nobres, como castanheira, angelim e jatobá. Para Atanagildo Matos, diretor da regional Belém do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), a morte de José Cláudio e Maria é uma perda irreparável. "Eles nos deixam uma lição, que é o ideal dos extrativistas da Amazônia: permitir que o 'povo da floresta' possa viver com qualidade, de forma sustentável com o meio ambiente", disse. Ele revelou que a entidade contatou o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e outras instituições. "Apoiaremos fortemente as investigações, para que esse crime não fique impune."
Trabalho
O casal vivia há 24 anos em Nova Ipixuna e integravam do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), ONG fundada por Chico Mendes. Desde que começaram a viver juntos, tentavam mostrar que era possível viver em harmonia com a floresta, de forma sustentável. "O terreno deles tinha aproximadamente 20 hectares, mas 80% era área verde preservada", afirma Clara Santos, sobrinha de José Cláudio. "Eles extraíam principalmente óleos de andiroba e castanha, além de outros produtos da floresta para sua subsistência."
O Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAEX) Praialta-Piranheira situa-se à margem do lago da hidrelétrica de Tucuruí. Foi criado em 1997 e possui atualmente uma área de 22 mil hectares, onde encontram-se aproximadamente 500 famílias. Além dos óleos vegetais, o açaí e o cupuaçu, frutas típicas da região, garantem a renda na comunidade.
Fórum da Amazônia Oriental
O Fórum da Amazônia Oriental (Faor) divulgou nota manifestando "sua indignação com o assassinato das lideranças do Conselho Nacional das Populações Extrativistas". Antidade apontou que "José Cláudio, a muito estava marcado para morrer, desde que começou a denunciar o desmatamento e a extração ilegal de madeira na região". "O Faor exige publicamente que as autoridades competentes, investiguem esse crime com seriedade e prendam os criminosos (mandantes e executores) para que esse não seja mais um crime a fazer parte da imensa lista de impunidade que assola o nosso Estado. O Faor aproveita para declarar a sua solidariedade aos familiares das vítimas, ao CNS e reafirmar aqui o nosso compromisso em defesa da vida, da justiça e das populações tradicionais da Amazônia", diz o texto.
As intimidações teriam começado com a denúncia dos líderes extrativistas contra madeireiros da região, que constantemente avançam na área do Paex para extrair espécies madeireiras nobres, como castanheira, angelim e jatobá. Para Atanagildo Matos, diretor da regional Belém do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), a morte de José Cláudio e Maria é uma perda irreparável. "Eles nos deixam uma lição, que é o ideal dos extrativistas da Amazônia: permitir que o 'povo da floresta' possa viver com qualidade, de forma sustentável com o meio ambiente", disse. Ele revelou que a entidade contatou o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e outras instituições. "Apoiaremos fortemente as investigações, para que esse crime não fique impune."
Trabalho
O casal vivia há 24 anos em Nova Ipixuna e integravam do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), ONG fundada por Chico Mendes. Desde que começaram a viver juntos, tentavam mostrar que era possível viver em harmonia com a floresta, de forma sustentável. "O terreno deles tinha aproximadamente 20 hectares, mas 80% era área verde preservada", afirma Clara Santos, sobrinha de José Cláudio. "Eles extraíam principalmente óleos de andiroba e castanha, além de outros produtos da floresta para sua subsistência."
O Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAEX) Praialta-Piranheira situa-se à margem do lago da hidrelétrica de Tucuruí. Foi criado em 1997 e possui atualmente uma área de 22 mil hectares, onde encontram-se aproximadamente 500 famílias. Além dos óleos vegetais, o açaí e o cupuaçu, frutas típicas da região, garantem a renda na comunidade.
Fórum da Amazônia Oriental
O Fórum da Amazônia Oriental (Faor) divulgou nota manifestando "sua indignação com o assassinato das lideranças do Conselho Nacional das Populações Extrativistas". Antidade apontou que "José Cláudio, a muito estava marcado para morrer, desde que começou a denunciar o desmatamento e a extração ilegal de madeira na região". "O Faor exige publicamente que as autoridades competentes, investiguem esse crime com seriedade e prendam os criminosos (mandantes e executores) para que esse não seja mais um crime a fazer parte da imensa lista de impunidade que assola o nosso Estado. O Faor aproveita para declarar a sua solidariedade aos familiares das vítimas, ao CNS e reafirmar aqui o nosso compromisso em defesa da vida, da justiça e das populações tradicionais da Amazônia", diz o texto.
- Terra