sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Funk gospel atrai fãs e fiéis com o 'Passinho do abençoado' no Rio

A batida é a mesma. As letras que são diferentes. A dança é uma forma de evangelizar”, conta Tonzão. “Eu não saí dos Hawaianos com a ideia de seguir uma carreira gospel. Eu queria fazer um trabalho social, com jovens de periferia, de ressocialização. E nos Hawaianos eu não tinha tempo para isso", explica.
Assim como ele, outros músicos passaram a dedicar as suas carreiras ao chamado funk gospel (ou gospel funk), que leva para a música evangélica um ritmo que parecia incompatível, com tradição de letras que fazem apologia à violência e ao sexo.
Na transição, o funk passou por adaptações. As roupas curtas, as letras maliciosas e as danças sensuais são trocadas por figurinos comportados, temas religiosos e coreografias animadas, mas bem menos provocantes.
Tonzão fez sucesso na internet com o 'Passinho do Abençoado' (Foto: Divulgação/ Tonzão Chagas)
Para Tonzão, a ideia de que poderia adaptar sua antiga carreira à sua nova vida surgiu de uma brincadeira com jovens recém-convertidos, como ele, e que o conheciam como funkeiro. Começaram a dançar na igreja e foram chamados pelo pastor, que os viu dançando por uma câmera de segurança e pediu explicações. Contou que estavam dançando como uma forma de louvor.
O vídeo no qual Tonzão canta o “Passinho do Abençoado” pela primeira vez, dançando funk de terno e gravata com companheiros de igreja, tem quase 2 milhões de visualizações em apenas uma das inúmeras cópias que se espalharam pela web.
Sobre o retorno financeiro, Tonzão afirma que ganha bem menos do que quando fazia sucesso no funk “secular” (tradicional), mas afirma que seu dinheiro é melhor empregado.
“Nos Hawaianos eu ganhava mais. Mas hoje eu tenho tempo para ver a minha família. As pessoas diziam que a minha mulher ia me largar. E hoje estamos casados e com dois filhos. O dinheiro não é igual, mas rende melhor. Porque eu não gasto com um monte de mulheres, com baladas e drogas, que eu cheguei a usar por curtição”, afirma Tonzão. Há um ano, ele e sua esposa fazem parte do Ministério Flordelis.
Os MCs Tiago e Diogo voltaram a cantar após um hiato de nove anos na carreira (Foto: MCs Tiago e Diogo/ Divulgação)Os MCs Tiago e Diogo voltaram a cantar após um
hiato de nove anos na carreira
(Foto: MCs Tiago e Diogo/ Divulgação)
Unindo paixões
Quem também fez uma conversão para o gospel funk foram os irmãos Tiago e Diogo, que começaram a cantar funk ainda adolescentes, em 1995. Eles fizeram parte da primeira geração do ritmo a se destacar no Brasil, ao lado de nomes como Latino, Catra e a dupla Claudinho e Buchecha.
Fizeram shows em todo o país com músicas como “Pegação”, “Palco” e o “Rap do Pombal”. Em 1998, se converteram e decidiram largar tudo. Como a renda da família vinha das apresentações e da execução das músicas, depois de um tempo começaram a enfrentar dificuldades financeiras.
Para sobreviver, fizeram de tudo um pouco: trabalharam como barbeiros, venderam hambúrgeres e se tornaram ambulantes. Mas, ao longo do tempo, a saudade dos palcos começou a bater. Em 2007, juntaram dinheiro e pagaram a gravação de um CD com letras de temática cristã. “Nós gravamos o CD e deu certo. Para divulgar, começamos a colocar caixas de som nas ruas para vender cópias. Assim, vendemos 40 mil CDs”, afirma Diogo.
Em 2011, Tiago e Diogo voltaram a fazer sucesso com a música “Brasileirinhos”, em homenagem às crianças mortas no massacre da Escola Tasso da Silveira, em Realengo. Outras músicas começaram a tocar nas rádios especializadas para o público evangélico e eles assinaram contrato com uma grande gravadora em 2013. Entre as músicas da dupla estão “Telefone do Céu”, “Atravessei a Poça” e “Missionário do Funk”.
A dupla atualmente não canta mais músicas seculares, mas Diogo ressalta a importância cultural do gênero na sociedade e na vida dele e do irmão, que se consideram evangelizadores. “Eu consegui unir as minhas duas paixões. Eu vivenciei o funk, que é bacana e não sou contra. Faz parte da cultura. E resolvemos cantar o gospel funk. A mensagem é a diferença. A nossa mensagem é uma mensagem espiritual, para o coração dos jovens”.
Operário do gospel funk
A trajetória de Tonzão e dos MCs Tiago e Diogo se parece com a do MC Henrique H7, de Volta Redonda, no Sul Fluminense. Ele começou a cantar funk aos 13 anos. “No início, eu cantava letras sobre apologia ao crime, sensualidade, sobre a realidade. Aí eu fui para a igreja e transformei a minha vida. Eu vi que o crime não compensa e a música é para alegrar”.
Autor de “Ai, que benção”, ele concorda que hoje ganha menos do que ganharia se seguisse carreira no funk tradicional, mas acredita que a sua música cumpre uma função social. Ele tenta conciliar a carreira de shows com as folgas do trabalho em uma indústria, como operário. “Eu vivia em um mundo de coisas fáceis. Talvez estivesse em uma situação financeira melhor, mas com o meu som eu ajudo pessoas”.
Sobre o preconceito contra o ritmo, Henrique H7 afirma que o seu papel é cumprido como o de qualquer outro cantor gospel. “Eu louvo a Deus, só altera o ritmo. Canto funk da mesma maneira que poderia ser um pop ou um rock”.
Mc Henrique H7 é de Volta Redonda, no interior do estado do Rio de Janeiro (Foto: MC Henrique H7/ Divulgação)
Nova geração
O sucesso do gospel funk já inspira uma nova geração de MCs, que desde o começo de suas carreiras já trabalham exclusivamente com letras de louvor, sem terem passado por uma fase na vertente tradicional do ritmo. Este é o caso da MC Thaísa Soares, de 18 anos, de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Evangélica de berço, canta funk há dois anos e conheceu o gênero musical no Baile dos Cocadas, que tem temática gospel e acontece em Bangu, também na Zona Oeste.
MC Thaísa é de família evangélica e canta gospel funk há dois anos (Foto: MC Thaísa/ Divulgação)MC Thaísa é de família evangélica e canta
gospel funk há dois anos
(Foto: MC Thaísa/ Divulgação)
Ela acredita que a música é uma forma de expor suas ideias e evangelizar os jovens. “Desde que eu comecei, o gospel funk cresceu. Era mais difícil e éramos mais criticados. Mas o trabalho segue fluindo”.
Bonita, seus figurinos passam longe do que seria esperado para uma cantora de funk da sua idade. Com calças compridas e camisas com manga, ela entoa canções como “Olha aí ó” e “Vigia para não passar peleja”.
“Como a roupa permitida depende da doutrina da igreja, eu me visto com roupas mais comportadas”, conta a jovem, que paralelamente à carreira musical, planeja fazer faculdade de Engenharia.
Todos os intérpretes ressaltam que o trabalho que fazem é uma maneira de evangelizar os jovens a partir de um ritmo que faz parte da vida deles. Tonzão RESUME  o caso destacando que cantar funk é uma forma de mostrar ao mundo a sua nova realidade, mas sem alterar as suas raízes. “Eu já cantei funk nas maiores igrejas do Brasil. Tudo sem perder a essência. Porque eu sou isso. Eu sou funk, sou favela, sou periferia”.


G1

SERIE ESTUDO - SERIE : OS PROFETAS DO VELHO TESTAMENTO - JACO - MOISÉS -...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Edir Macedo afirma que Jesus não seria contra os gays

O líder da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, usou o seu programa diário “Palavra Amiga”, para externar a sua opinião sobre a prática gay.
Aos 70 anos de idade, o dono da TV Record e idealizador do Templo de Salomão em São Paulo, disse que não tem nada contra os homossexuais e afirmou que “nem Deus faria isso“.
Edir Macedo, também criticou a postura de outros pastores evangélicos, sem citar nomes, mais que indiretamente dá a entender que estes pastores são Marco Feliciano e Silas Malafaia, que são conhecidos por suas oposições a pratica homossexual.
“…no tempo de Jesus, já haviam homossexuais e que ele não disse nada e muito menos levantou uma bandeira contra o movimento“, disse o líder da IURD.

“Nós da Igreja Universal do Reino de Deus, não impomos nada contra ninguém. Há muitos crentes, pastores e igrejas levantando uma bandeira contra o movimento gay, contra o casamento homossexual, contra lésbicas, etc, etc, etc. Eu me pergunto: Jesus faria isso se estivesse vivendo no nosso tempo? Eu não creio que ele faria, porque no tempo dele já havia homossexuais, lésbicas e etc.”, disse Edir Macedo.
Macedo não é o único líder religioso que tem se mostrado a favor da prática gay, mais recentemente um pastor batista mudou seu posicionamento sobre a homossexualidade após o seu filho assumir ser gay, além disso, muitas igrejas evangélicas tem apoiado o casamento gay.
Já em meados de 2013, o papa Francisco manifestou tolerância à relação homossexual na Igreja Católica dizendo aos jornalistas “Quem sou eu para julgar os gays? Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?”

PADOM

terça-feira, 18 de agosto de 2015

RankBrasil: chega às livrarias a primeira edição do “Guinness brasileiro”

000711Marcos Motolo, 42 anos, é o brasileiro com maior número de tatuagens com referências à banda inglesa Iron Maiden. São 173 no total. Só que agora ele não quer mais saber de heavy metal e se tornou pastor. Curioso? A conversão do paranaense aconteceu às 4h da manhã do dia 10 de abril de 2005, depois de ter tido uma visão de Jesus Cristo na sala de sua casa. “Havia recebido uma proposta de uma empresa japonesa para vender minha pele após a minha morte”, conta. “Estava tudo certo: eles me pagariam 100 milhões de reais”. Para fechar o contrato oficialmente, continua narrando Motolo, era preciso tatuar mais dois locais: debaixo das unhas e na pálpebra dos olhos. “Tomei uma injeção que me prepararia para as sessões, que seriam muito doloridas”, diz. “Dormi e, ao acordar, tive a visão. Jesus disse que iria mudar a minha vida”. As tattoos, feitas ao longo de 6 anos, em sessões que chegaram a durar 18 horas, colocaram Motolo no RankBrasil em 2013. Ele é um dos destaques do recém-lançado RankBrasil – O livro dos recordes brasileiros, a primeira versão impressa do site de recordes nacionais criado pelo empresário Luciano Cadari.
As 173 tattoos, feitas em 6 anos, inseriram Marcos no RankBrasil
0101“O livro vem consolidar uma história de sucesso”, festeja Cadari. Pelas 256 páginas desse “Guinness brasileiro”desfilam 1300 recordes, divididos em 14 categorias (ciência e tecnologia, coleção, corpo humano, cultura, engenharia, esporte, gastronomia, geografia, natureza, negócios, objetos incríveis, pioneirismo, política e superação humana). Sobram casos inusitados, como o menor casal brasileiro, o guitarrista mais rápido e o único castelo em estilo medieval do país.
Pelas 256 páginas desfilam 1300 recordistas, divididos em 14 categorias
Tudo começou como um hobby. Cadari, paranaense de Altônia, iniciou sua caça aos recordistas em 1997, quando o site RankBrasil ainda não existia. Até então, seus achados eram hospedados no domínio de sua empresa, a Cadari Informática. “Minha intenção era mostrar ao povo brasileiro que nós temos motivos de sobra para nos orgulharmos de nosso país”.  A obstinação e otimismo de Cadari frutificaram e, dois anos mais tarde, em 1999, ele criou o endereço virtual exclusivo dos recordistas e pioneiros.
paula eduarda missA primeira recordista registrada pelo RankBrasil foi Paula Eduarda. Com apenas 3 anos e cinco meses, a menina catarinense conquistou o título de Miss Brasil Mirim 2001 e aparece como a mais jovem miss já eleita. Para entrar no Rank Brasil, o candidato precisa provar seu feito. Isso pode ser feito à distância, com o envio de fotos e vídeos, ou de maneira presencial, com a participação de um dos 8 funcionários da empresa. “Se o material é enviado à distancia acaba sendo muito mais difícil confirmar a veracidade, já que não podemos contar, medir ou pesar”, pontua Cadari. “A grande maioria dos recordes aprovados são os presenciais”. O interessado também fica responsável pelas despesas da equipe que vai se locomover, como estadia e passagem aérea, além de pagar uma quantia à empresa referente ao prêmio dado. O valor varia.
A primeira recordista registrada pelo RankBrasil foi a catarinense Paula Eduarda, a mais jovem miss do país
“Tudo o que chega aqui é muito maluco e curioso”, chama a atenção Cadari. “Mas quando eu penso em coisas bizarras, sempre me lembro de um menino que decorou a sequência do ‘pi’. Fomos até uma sala com uma tonelada de papeis impressos com os números e ficamos 3 horas sentados ouvindo ele falar, de olhos fechados, a sequencia de 16 mil dígitos. Ele não errou um número sequer”, relembra, impressionado.

Blog do curioso

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...