terça-feira, 19 de dezembro de 2017

CRISE HÍDRICA - QUANDO FALTA PLANEJAMENTO .

Resultado de imagem para politico e a falta de águaO crescimento populacional, a industrialização, a expansão da agricultura e as mudanças climáticas, fenômenos inerentes ao desenvolvimento do país, vêm, constante e inevitavelmente contribuindo para o processo de degradação e escassez dos recursos hídricos. Não é necessário maiores entendimentos técnicos para compreender que, do fenômeno da intensa urbanização fatalmente decorrerá aumento da demanda - seja para seu consumo, seja com relação à descarrega de recursos hídricos contaminados, sendo fundamental que a infraestrutura de abastecimento acompanhe este fenômeno.
Dessa forma, a atual crise hídrica brasileira encara, fundamentalmente, dois obstáculos: a escassez e a qualidade do recurso hídrico.
A escassez das águas relaciona-se às políticas públicas, e aos instrumentos de gestão desses recursos, enquanto que a qualidade dos corpos hídricos relaciona-se às questões de saneamento e gestão de resíduos sólidos e líquidos.
A análise desses obstáculos deverá ser feita de forma holística. Em outras palavras, as Políticas de Recursos Hídricos, de Saneamento Básico e de Resíduos devem ser implementadas de maneira integrada. Infelizmente não é o que ocorre na atualidade, devido à incapacidade do Estado brasileiro de atuar de forma planejada e sistêmica em suas esferas de governo, A título de ilustração, veja-se o exemplo da Lei de Saneamento Básico, que possui caráter voltado à atividade empresarial, tratando de questões relacionadas ao serviço prestado, deixando de integrá-la ao tratamento jurídico dos recursos hídricos.
Para melhor compreender a atual crise, é importante conhecer a estrutura gerencial dos recursos hídricos no Brasil. A gestão hídrica no Brasil é dividida entre rios Federais, rios estaduais e águas subterrâneas. Até a publicação da lei 9433/97, a gestão das águas no Brasil se restringia à emissão de outorgas de uso pelos estados sem nenhum planejamento. Os cadastros eram praticamente inexistentes e tampouco havia informações sobre as bacias hidrográficas, sem falar na ausência de planos estaduais de recursos hídricos. Fato é que, em matéria de recursos hídricos, a legislação tradicionalmente a tratava como uma mera pauta do setor elétrico.
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Foi apenas com a Constituição de 1988, que a questão dos recursos hídricos passou a compor a pauta política, graças aos seus mandamentos, como a extinção da propriedade privada sobre a água, entregando-a à União e aos Estados, e a criação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
A lei 9433/97 instituidora da Política Nacional de Recursos Hídricos reconheceu a natureza difusa dos recursos hídricos ao estabelecer a sua dominialidade pública. Com a introdução de ferramentas de gerenciamento integrado e descentralizado dos recursos hídricos, a lei inaugurou no ordenamento brasileiro um novo paradigma, passando-se a reconhecer a finitude dos recursos e seu enorme valor econômico e social, devendo por isso serem preservados para presentes e futuras gerações.
A importância de uma gestão eficaz agiganta-se, quando se tem em vista a distribuição dos recursos hídricos no planeta. Até mesmo no Brasil, que detém aproximadamente 14% da água utilizável do mundo, a desigualdade da distribuição interna de água exige um adequado gerenciamento, com o intuito de mitigar problemas relacionados à escassez hídrica. Isto porque, a distribuição regional dos recursos hídricos é de 70% para a região Norte, onde vivem somente cerca de 5% da população brasileira, enquanto que os 30% restantes abastecem aproximadamente 95% da população.
Ao implementar instrumentos de planejamento, a lei 9433/97 inspirou-se no modelo francês. A característica marcante e definidora de referido modelo, é a implementação da gestão descentralizada e compartilhada. Para tanto, as unidades administrativas não coincidem com a divisão federativa clássica, mas a partir das bacias hidrográficas existentes.
O modelo é eficiente e funciona bem na França, porque os seus instrumentos de gestão territorial estão muito bem implementados, tanto nas organizações institucionais quanto nos valores de sua sociedade civil. Em outras palavras, o modelo de gestão descentralizada francês possui fundamento numa experiência histórica que vem sendo aprimorada ao longo das últimas décadas, com a institucionalização da democracia local, através de uma série de dispositivos jurídicos.
Dessa forma, quando a lei francesa define que, em matéria de política de água potável e saneamento, o papel preponderante é assegurado pelas comunas e seus grupamentos, em cooperação com os departamentos e as regiões, o modelo de fato funciona. Lá há como diretriz a ampla participação dos usuários de água, e como principal instrumento, a cobrança pelo uso do recurso (o que não ocorre em quase nenhum dos estados da federação brasileira), delegando aos comitês a responsabilidade tanto pela arrecadação quanto pela destinação dos recursos. Além disso, vale destacar que a matriz energética francesa é nuclear, diferente da brasileira, que é hidráulica envolvendo pois uma enorme alocação das águas.
Assim, apesar de se tratar de um modelo exitoso na França, é factível a conclusão de que no Brasil o modelo da gestão descentralizada não alcançou o mesmo nível de êxito, principalmente devido à incapacidade generalizada do Estado brasileiro de implementar instrumentos de planejamento em sua estrutura. Sem planejamento, não há modelo que vingue.
Por outro lado, o ordenamento jurídico brasileiro, por meio da lei 9.984/00, criou a Agência Nacional da Águas, centralizando a regulação dos sistema de gestão das águas. A criação da ANA aproximou o modelo de gestão brasileira ao sistema norte-americano.
De acordo com o autor César Nunes de Castro , nos Estados Unidos a lei federal referente ao planejamento dos recursos hídricos foi instituída em 1965. Devido ao grau de autonomia dos estados norte-americanos, existem barreiras para a utilização das bacias hidrográficas como unidades de gerenciamento dos recursos hídricos. Os Estados Unidos adotam, conforme a escassez de água da região, a aplicação do direito ribeirinho ou de antiguidade.
A partir dessa multiplicidade de sistemas de gerenciamento dos recursos hídricos, em 1965, foi publicada lei federal relativa ao planejamento destes recursos. Após a publicação desta lei, e de acordo com seus dispositivos, todos os estados elaboraram e publicaram leis próprias sobre este assunto.
Nota-se que o modelo de gestão brasileira inspirou-se em dois contextos opostos e que, principalmente, distinguem-se flagrantemente da realidade política e geográfica brasileira. É que, o sistema hídrico francês em nada se assemelha às bacias hidrográficas brasileiras, assim como, o sistema de gestão adotado na América do Norte diverge da concepção brasileira de gerenciamento hídrico.
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Decorrência desse mistifório traduz-se na dificuldade de se implementar o marco legal, além de inúmeros conflitos referentes aos usos dos recursos hídricos entre os entes da federação, obstaculizando o processo de planejamento territorial.
Apesar dos avanços trazidos pela Constituição e pela Política Nacional de Recursos Hídricos percebe-se que essas evoluções não tiveram o condão de eliminar a centralização legislativa, sem falar que, muito embora privilegie o uso múltiplo das águas, a CR/88 ainda mantém seu foco no aproveitamento energético dos recursos hídricos.

Não se pode apontar o dedo ao aumento populacional e às mudanças climáticas, fenômenos que vêm evoluindo a olhos vistos ao longo dos anos. É certo que: se os instrumentos de gestão e planejamento previstos em lei tivessem sido observados, se a avaliação ambiental do recurso hídrico fosse feita de forma holística, contemplando as políticas de saneamento e de resíduos nos empreendimentos hidrointensivos como os hidroelétricos e de irrigação, talvez fosse possível combater com maior eficiência os conflitos de uso e de dominialidade que hoje existem, e, principalmente, talvez não estivéssemos vivendo a atual crise hídrica na intensidade e gravidade com que ela se impõe.


POR  GRITOS DE ALERTA 

Jesus é socialista?

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Quando é feita a pergunta: “Jesus é socialista?” a resposta clara é: “Não, evidentemente!” A afirmação de que Jesus era socialista foi recentemente feita no Washington Post, por Gregory Paul, que tenta argumentar em favor de um socialismo ordenado biblicamente a partir dos primeiros capítulos de Atos.[1] As afirmações de Paul não têm nada de novo e provavelmente surgiram de um debate abrangente que está sendo travado nos EUA em relação a socialismo versus mercados livres. O presidente Obama e seu grupo querem o socialismo, enquanto o restante da nação quer se mover para longe do controle governamental da economia.

O que é socialismo?

Precisamos primeiramente iniciar este exame com uma definição exata de socialismo. The Oxford English Dictionary define socialismo como “uma teoria política e econômica de organização social que defende que os meios de produção, distribuição e troca devem ser de posse da comunidade como um todo e regulados por ela”.[2] O fato de ser uma teoria política e econômica sempre significa que, na realidade, o governo possui ou regula a economia. Quando o governo regula, mas não possui os meios de produção, isso é chamado de fascismo, como na Alemanha nazista. Quando o governo possui e controla os meios de produção, isso é chamado de comunismo, como na antiga União Soviética. As duas versões se encaixam na idéia mais ampla de socialismo.
Onde é que a Bíblia fala sobre uma teoria política e econômica? De acordo com Gregory Paul, a idéia é abordada nos primeiros capítulos de Atos. Paul diz que Atos 2 e 4 mostram o socialismo:
Bem, amigos, esta é uma afirmação direta do socialismo do tipo descrito milênios mais tarde por Marx, que provavelmente obteve a idéia geral a partir dos evangelhos.[3]
Paul também declara que “a Bíblia contém a primeira descrição de socialismo da história”. Não satisfeito por ter massacrado a Palavra de Deus em Atos 2 e 4, Paul segue adiante para Atos 5, dizendo:
O capítulo 5 detalha a ocasião em que um membro da igreja não entrega toda a sua propriedade à igreja e “cai morto”. Mais tarde, quando sua mulher fez o mesmo, “cai morta”.[4]
E Paul ainda continua com suas barbaridades:
Prezados leitores, isto não se parece com uma forma de comunismo imposta pelo terror por um Deus que acha que os cristãos que não se juntam à coletividade merecem morrer? Não apenas o socialismo é uma invenção cristã, mas também sua variação extrema, o comunismo. A afirmação de muitos cristãos, de que Cristo odeia o socialismo, não é verdadeira, uma vez que nenhuma descrição explícita do capitalismo pode ser encontrada na Bíblia – o que não é surpresa, já que o capitalismo ainda não havia se desenvolvido.[5]

Propriedades privadas em Atos

Onde é que, em Atos, o governo estava envolvido, exceto na tentativa de suprimir a pregação do Evangelho?
Não existe sequer uma sombra de socialismo no livro de Atos pelos seguintes motivos: primeiro, se o socialismo estivesse em Atos, não poderia ter havido nenhuma propriedade privada porque a posse de todas as propriedades pelo governo está no coração do socialismo. Onde é que, em Atos, o governo estava envolvido, exceto na tentativa de suprimir a pregação do Evangelho? Não eram funcionários do governo que estavam tratando com a Igreja Primitiva; eram os Apóstolos. Visto que o Deus do Antigo Testamento é o mesmo do Novo Testamento, deve haver continuidade em qualquer que seja o assunto. Wayne Grudem observa: “A Bíblia pressupõe e reforça um sistema no qual as propriedades pertencem aos indivíduos, não ao governo ou à sociedade como um todo”.[6] Mais adiante, Grudem observa que o direito à propriedade privada está pressuposto no oitavo e no décimo mandamentos e por toda a Lei dada por meio de Moisés. Como alguém poderia roubar ou cobiçar as posses de seu próximo se não houvesse propriedades pessoais? No livro de Atos, como seria possível que alguém vendesse suas propriedades pessoais e desse o dinheiro aos Apóstolos se não houvesse propriedades individuais? Se não existissem propriedades pessoais, então o governo possuiria tudo e as pessoas não teriam propriedades para vender. Se os Apóstolos eram de alguma forma os cabeças de um ajuntamento comunitário, então eles é que teriam tido controle sobre as propriedades de todos os demais e não os indivíduos que venderam suas propriedades.
Segundo, Paul argumenta em favor do socialismo baseado na afirmação que está em Atos 2.44-45: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade”. Como é que isto, de alguma maneira, modo ou forma, apóia o socialismo? O contexto é claro: por causa da fé comum que esses convertidos tinham em Cristo (ver versículos 41-43), eles estavam unidos em seu objetivo de espalhar a nova fé entre outros. Entretanto, sabemos, a partir do contexto anterior (At 2.5-11) que muitos dos novos convertidos estavam visitando Jerusalém, vindos de muitos outros países. Portanto, a fim de proporcionar apoio para as necessidades físicas dos que eram de outras localidades enquanto estes estavam sendo instruídos na nova fé, o grupo todo cooperava para ajudar a pagar pelas necessidades deles. A afirmação de que os crentes “tinham tudo em comum” significa que muitos deram suas propriedades privadas para a causa de sustentar a nova congregação. Essa afirmativa demonstra o fruto do Espírito em operação na vida deles, de forma que davam espontaneamente de suas riquezas materiais da mesma forma que hoje fazem muitos cristãos com suas propriedades pessoais.
Ananias e Safira não foram mortos por não serem bons socialistas.
Terceiro, Paul diz que o motivo pelo qual Ananias e Safira foram mortos pelo Espírito Santo em Atos 5 foi que eles se recusaram a entregar o preço de toda a sua propriedade às autoridades porque a comunidade deveria possuir tudo. Tal visão, à luz do contexto, é ridícula! Paul ignora o versículo 4, no qual Pedro diz ao casal: “Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder?” Tais palavras ditas por Pedro não dão suporte à noção de Paul de que Ananias e Safira foram mortos por não serem bons socialistas. Pelo contrário, o que Pedro diz se encaixa perfeitamente com o ponto de vista do restante da Bíblia, de que o campo do casal era propriedade do casal. Bem como o dinheiro recebido da venda de sua terra. O problema foi que eles mentiram sobre a quantia que estavam doando à Igreja Primitiva. Ananias e Safira fizeram com que parecesse que eles haviam ofertado todo o valor obtido com a venda de sua propriedade, quando, na verdade, haviam ficado com parte do dinheiro para eles mesmos. Tal enganação não era fruto do Espírito Santo, e o Senhor demonstrou logo que, de fato, o Espírito de Deus estava no meio deles porque apenas Ananias e Safira sabiam que estavam mentindo aos Apóstolos.
O que Jesus faria?
A afirmação de que Jesus é socialista é uma afirmação inverídica. Essa afirmação e outras semelhantes a ela têm sido feitas comumente por progressistas por, pelo menos, os últimos cento e cinqüenta anos. Os progressistas não acreditam que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada e infalível e, portanto, tentam tomar partes da narrativa do Novo Testamento (Mateus, Marcos, Lucas, João e Atos) e manipular o significado desses textos a fim de defender suas idéias pré-concebidas. Aparentemente eles acham que tal abordagem atrairá aqueles que estão dentro da Igreja que, de outra forma, não estariam abertos a seus pontos de vista. Portanto, quando Jesus faz afirmações sobre os pobres e contra os ricos, eles não conseguem perceber através do contexto qual era a intenção de Jesus. Em vez disso, apelam para sua noção socialista de luta de classes como se os pobres e os ricos não fossem igualmente pecadores e não necessitassem ambos da graciosa provisão de Cristo.
Atualmente, também vemos que muitos dentro do evangelicalismo estão cada vez em maior número adotando visões progressistas (isto é, visões não-bíblicas) a respeito de todas as coisas, especialmente nas áreas políticas e sociais. Os progressistas freqüentemente retiram palavras e frases do contexto das passagens (os progressistas não são os únicos que fazem isto) e as reempacotam dentro da estrutura de suas próprias idéias (isto foi demonstrado no artigo de Gregory Paul). Eles freqüentemente tentam se opor a Jesus através de outras partes da Bíblia, pintando uma figura de Jesus que a Bíblia não apóia. Depois, eles fazem perguntas sobre esse Jesus ridículo, por exemplo: “Que carro Jesus dirigiria?” Eles têm certeza de que não seria uma SUV. O mesmo acontece quando tentam fazer de Jesus um líder do socialismo. Adoram pegar palavras da Bíblia, como “justiça”. Eles a reempacotam com seus padrões de justiça em vez de usarem o padrão de justiça de Deus, ao qual não dão a mínima. Bem, Jesus faria o que a Bíblia diz que Ele faria e o fará no futuro. Parece não haver a menor preocupação com o que Jesus fará em Sua segunda vinda.

Conclusão

Por isso há inúmeros entre os que são chamados “evangélicos” que são defensores do socialismo, como Jim Wallis, dos Sojourners, Brian McLaren, Ron Sider e Tony Campolo, para falar apenas de uns poucos. Essas idéias estão sendo semeadas gradativamente nas denominadas faculdades e universidades “evangélicas” como sendo questões “de justiça social”. Independentemente do que essas idéias possam ser ou de onde elas vêm, uma coisa é certa: a Palavra de Deus não é a fonte delas. De fato, as fontes de tais idéias são claramente satânicas. De acordo com a profecia bíblica, o mundo está sendo preparado para um tempo em que o socialismo realmente virá a dominar sob o governo do Anticristo. Dessa forma, não é Jesus que é socialista; mas será o Anticristo que posará como “anjo de luz” a fim de usar o socialismo como veículo para fazer surgir temporariamente um período no qual o governo tentará possuir todos os bens dos homens, inclusive seus corações. Não, Jesus não é, nem nunca foi e também jamais será socialista. A Bíblia nos diz que Jesus usará toda a eternidade derramando Suas bênçãos ilimitadas e riquezas sobre os crentes. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)

Políticos mentem porque a população se sente melhor assim

O fato de que muitos políticos de carreira são mentirosos descarados e compulsivos não é apenas uma característica inerente à classe política; é também um reflexo do eleitorado. Quando as pessoas querem o impossível, somente os mentirosos demagogos podem satisfazê-las.  
Porém, quando a realidade se impõe e os efeitos econômicos de medidas populistas começam a cobrar seu preço, os eleitores finalmente percebem que foram enganados.  E então começam a reclamar que os demagogos os enganaram e venderam ilusões.
Essas pessoas são as mesmas que, no passado, não apenas acreditaram piamente nas promessas dos demagogos, como também ignoraram rispidamente todos os alertas, feitos pelos mais sensatos, de que determinadas políticas populistas eram insustentáveis e cobrariam um preço caro no futuro. 
Pessoas que se recusam a aceitar verdades desagradáveis quando estas são ditas em épocas de bonança não têm direito de, no futuro, reclamar que os políticos mentiram e que elas foram enganadas.  Afinal, com essa mentalidade, que outro tipo de candidato essas pessoas elegeriam?
Uma das principais mentiras do estado assistencialista é a noção de que o governo pode dar às pessoas coisas que elas desejam, mas que não podem bancar.  Dado que o governo não produz riqueza, não tem renda própria e se mantém por meio do confisco de recursos das pessoas, então, por uma questão de lógica, se as pessoas como um todo não podem bancar algo, tampouco pode o governo.
Se você vota em políticos que prometeram dar a você benesses pagas com o dinheiro confiscado de terceiros, então você não tem nenhum direito de reclamar quando esses mesmos políticos resolverem tomar o seu dinheiro para repassá-lo para terceiros, inclusive para eles próprios.
[N. do E.: e isso é exatamente o que está acontecendo hoje no Brasil: além de reduzir alguns benefícios trabalhistas, o governo está aumentando impostos sobre a folha de pagamento e revertendo isenções fiscais ao mesmo tempo em que se recusa a cortar a mordomia dos políticos, o número de ministérios, de secretarias e de cargos comissionados].
Existe, é claro, a imortal falácia de que o governo pode simplesmente aumentos os impostos sobre "os ricos" e utilizar tal receita adicional para pagar por coisas que a maioria das pessoas não consegue comprar. O que é incrível nesse raciocínio é a sua implícita suposição de que "os ricos" são todos tão idiotas, que não farão nada para evitar que seu dinheiro seja tributado.
[N. do E.: O recente caso francês é ilustrativo.  Após implantar um imposto de 75% para todos aqueles que têm renda superior a um milhão de euros, tal política se revelou um fiasco.  Além de gerar um enorme êxodo fiscal (o ator Gerard Depardieu foi o exemplo mais famoso), tal tributação em praticamente nada elevou a arrecadação do governo. 
A alíquota afetava apenas mil pessoas e proporcionou somente 250 milhões de euros a mais de arrecadação, ao passo que apenas o déficit orçamentário do governo francês foi de 773 bilhões de euros em 2014.  Ou seja, o adicional arrecadado equivalia a 0,03% do déficit.  O tarifaço foi abolido.
Em nenhum país ocidental os ricos arcam exclusivamente com os impostos; quem realmente fica com o grande fardo é a classe média.  Não há, em nenhuma sociedade, um número grande o bastante de ricos que possam custear sozinhos os gigantescos gastos efetuados pelos estados assistencialistas ocidentais. 
Para entender em mais detalhes por que aumentar a tributação sobre os ricos gera um efeito contrário ao pretendido, veja este artigo.]
Na economia globalizada atual, os ricos podem simplesmente investir seu dinheiro em países onde as alíquotas de impostos são menores.  Basta um toque no computador, e as fortunas vão embora para outros países.
Então, se você não pode confiar que "os ricos" irão pagar a conta, em que você pode confiar?  Nas mentiras.
Nada é mais fácil para um político do que prometer benefícios governamentais que não poderão ser cumpridos.
A Previdência Social é perfeita para essa função. As promessas são feitas com base em um dinheiro que só será pago daqui a várias décadas — sendo que, até lá, outra pessoa estará no poder com a tarefa de descobrir o que dizer e fazer quando descobrir que nunca existiu tal dinheiro e a convulsão social começar.
Haverá o calote, sim, mas existem, no entanto, várias formas de postergar o dia do acerto final. O governo pode, por exemplo, começar a restringir vários benefícios previdenciários daqueles grupos que são menos influentes politicamente.  Ele irá começar dando pequenos calotes naqueles grupos que têm menos poder político e pouco poder eleitoral. E daí vai começar a aprofundar.
Nos EUA, o governo vai começar a cortar o Medicare (programa de responsabilidade da Previdência Social americana que reembolsa hospitais e médicos por tratamentos fornecidos a indivíduos acima de 65 anos de idade) e o Medicaid (programa financiado conjuntamente por estados e pelo governo federal, que reembolsa hospitais e médicos que fornecem tratamento a pessoas que não podem financiar suas próprias despesas médicas)
[N. do E.: aqui no Brasil, as vítimas serão alguns pensionistas, que irão se aposentar recebendo proporcionalmente menos do que contribuíram.  Depois, os cortes provavelmente irão para alguns setores da saúde pública.  A faca começará sempre sobre os menos influentes. Haverá gritaria, mas será feito.]
É apenas uma questão de tempo. O fato é que todos esses problemas de longo prazo irão, eventualmente, desafiar as belas e sonoras mentiras que são a força vital das políticas de bem-estar social. Mas ainda irão ocorrer muitas eleições entre hoje e o dia do acerto final — e aqueles que são profissionais na arte da mentira ainda irão vencer muitas dessas eleições.
E, enquanto o dia do ajuste de contas não chega, há diversas maneiras de aparentemente superar esses problemas.  Se a arrecadação do governo não estiver conseguindo acompanhar o ritmo do seu aumento de gastos — como é o caso —, ele pode imprimir mais dinheiro.  Isso não torna nenhum país mais rico, mas insidiosamente transfere parte do poder de compra da população — bem como a poupança e a renda das pessoas — para o governo e seus protegidos, gerando uma redistribuição de renda às avessas.
Imprimir mais dinheiro significa inflação — e a inflação é uma mentira discreta, por meio da qual o governo pode manter suas promessas no papel, mas com um dinheiro cujo poder de compra é muito menor do que aquele que vigorava quando as promessas foram feitas.
Será que é realmente tão surpreendente que eleitores com expectativas fantasiosas e irreais elejam políticos que mentem descaradamente sobre serem capazes de cumprir tais fantasias? 
Promessas sublimes sobre "justiça social" e "igualdade" não passam de estratagemas feitos para aumentar o poder de políticos, uma vez que tais belas palavras não possuem nenhuma definição concreta.  Elas nada mais são do que um cheque em branco para criar uma gigantesca disparidade de poder que, em comparação, ofusca completamente as disparidades de renda — e é muito mais perigosa.
Quem não entende o completo cinismo que existe na política não entende nada de política.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2129

domingo, 17 de dezembro de 2017

Por que pastores se suicidam? pastor Wesley Carvalho responde

Pastor Ricardo Moisés de Cornélio Procópio, e pastor Júlio César Silva de Araruama que cometeram suicídio nos últimos dias – Foto: Divulgação
Antes de qualquer coisa, não é justificativa; o suicídio é injustificável.
Em primeiro lugar, meu objetivo aqui é atingir dois públicos; a igreja e os pastores.
Ser pastor não é profissão, embora muitos pensam que é. Mas há pesquisas que afirmam que é uma das profissões mais tensas que existe.
Os que estão de fora do nosso universo pensam que vida de pastor é regalia, luxo, ou coisas do tipo. Não, não é.
Pastor é ser humano, mas um ser humano travestido de “Chapolim Colorado”, ou seja, salva a todos sem ter ninguém que o defenda. Gente, pastor chora, peca, erra, precisa de carinho, precisa de visita, depende de oração, necessita de ajuda. Mas a igreja, a sociedade, nunca espera que esse pastor exista, ela quer um pastor como um herói das “estórias” de quadrinho, ESSE PASTOR NÃO EXISTE.
Na verdade, somos heróis mesmo, porque somente heróis amam sem esperar serem amados, trabalham sem esperar recompensa, sacrificam a família, o tempo, a vida, em prol de vidas.
Os conflitos da vida de um pastor são inúmeros; imaginem vocês trabalharem a vida toda, sem direito a aposentadoria, alguns poucos “privilegiados” tem direito à jubilação, a maioria não.
Pastor não tem amigos, se ele se abre com alguém, amanhã esse alguém abre a sua vida o expondo, e a reação da igreja é essa; ” nossa nunca pensei que o pastor fosse essa pessoa”! Ou seja, nós não podemos ter defeitos, fraquezas ou coisas do tipo.
Pastor não pode envolver a família com os problemas da igreja… E diga- se de passagem, a maioria das esposas de pastor são depressivas ou tem problemas com insônia, síndrome do pânico ou coisas afins.
Pastor não tem direito a plano de saúde, apenas alguns. Pastor não se aposenta como pastor, apenas alguns jubilam pela igreja. Filhos de pastor não podem errar, afinal de contas, são filhos de pastores. Pastor não vive, vejeta.
Se sorrir é moleque, se não, é carrancudo. Se acorda cedo, não fez vigília, se acorda tarde, é preguiçoso. Se tem pulso é carrasco, se é manso é relapso.
Os filhos de todo mundo peca, mas se os do pastor pecar…
Vou falar algo que muita gente não irá acreditar, mas falarei mesmo assim; a milhares e milhares de pastores que vivem de cesta básica, pagam para dirigir igreja, não tem uma remuneração adequada. Esperar o que de um homem desse? Que ele seja um super homem, um mapa da mina para a vida de milhares de pessoas? Não, pastor precisa ser amado, compreendido.
Sou pastor, pai de família, tenho uma esposa linda, duas filhas maravilhosas, mas decidi me humanizar. Não serei mais um. Choro na frente delas, desabafo com minha companheira, ouço elas.
Por que pastores se suicidam? pastor Wesley Carvalho responde
Pastores do Brasil, vocês são gente, seres humanos. Viagem com a família, a igreja não fechará as portas porque você saiu. Procurem ajuda de psicólogos se for preciso. Tirem férias. Tenham mentores espirituais. Sejam humanos.
Igreja, socorra seus pastores!
Oro a Deus pelos companheiros que estão vivos, porque esses que se mataram, a conversa que ouviremos é que eles são fracos, covardes, porque tiraram a própria vida, ou seja, tudo o que fizeram caiu no esquecimento, afinal de contas, são pastores!


http://www.jmnoticia.com.br/2017/12/14/por-que-pastores-se-suicidam-pastor-wesley-carvalho-responde/

ARARUAMA DE LUTO - Pastor comete suicídio no bairro Ponte dos Leites


O pastor Júlio César Silva, ex-presidente do ministério de Madureira em Araruama, foi encontrado morto na manhã desta terça-feira (12) em sua casa, localizada no Condomínio Lagoa Azul, que fica no Residencial Sonho De Vida, no bairro Ponte dos Leites.

De acordo com o registro policial, Júlio César tirou a própria vida se enforcando com uma corda na varanda da residência. 

O corpo foi levado para o IML de Araruama, e ainda não há informações sobre o velório e sepultamento do pastor. O caso foi registrado na 118ª DP.

Nas redes sociais, fiéis e moradores do município lamentaram o ocorrido, e observaram que outros casos semelhantes de suicídio foram registrados em Araruama nos últimos meses.

A síndrome de Burnout em pastores e líderes



O esgotamento das pessoas, causado por sua ocupação ou atividade é uma situação cada vez mais comum, e vem recebendo da psicologia e medicina o nome de Síndrome de Burnout (do inglês: to burn out , significando combustão completa).
foto-sindrome-burnout-saraVocê se sente estressado? Nada do que faz traz realmente a mesma satisfação que sentia? Está irritado, desanimado, com problemas relacionais e não consegue mais dar a atenção que dava às atividades diárias? Está com fadiga, dores generalizadas e evita o contato social? Talvez você esteja com a síndrome de Burnout.
Burnout é uma das consequências mais marcantes do estresse profissional, caracterizando-se geralmente por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional).
Buscando informações seguras sobre a síndrome é que entrevistamos a psicóloga Roseli de Oliveira.
Roseli Kühnrich de Oliveira é graduada em Psicologia pela Universidade Paulista (UNIP) de São Paulo, Especialista em Terapia Familiar e com Mestrado em Teologia pela Escola Superior de Teologia (EST), no Rio Grande do Sul.  Vice-presidente do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC Sul), e membro da Associação de Assessoramento e Pastoral da Família (EIRENE).
Autora do livro “Cuidando de quem Cuida: um olhar de Cuidados aos que ministram a Palavra de Deus”, Editora Sinodal e co-autora em De Bençãos e Traições, a história das famílias de Abraão, Isaque e Jacó, Ed. Ultimato/ Esperança.
Como identificar se uma pessoa está estressada ou com a síndrome de burnout? Quais as diferenças entre eles?
Roseli – Uma síndrome se caracteriza por alguns componentes, no caso do burnout, são os três que explicaremos a seguir. Esta síndrome é uma doença do trabalho, ou seja, começou a ser pesquisada justamente por envolver um adoecimento ligado ao labor ocupacional. Os sinais e sintomas nos estágios iniciais são praticamente os mesmos do estresse e da depressão.  Esta só se efetiva nos estágios mais avançados da doença, apresentando características próprias.  No 1º estágio, há um  crescente e gradual desânimo ou desprazer em relação às atividades laborais. No 2º estágio, surgem dificuldades relacionais no local de trabalho, tensão, mal estar, faltas, dores generalizadas. No 3º, os lapsos de memória e a atenção difusa comprometem a qualidade do trabalho, gerando erros incomuns à pratica anterior. Aparecem as doenças psicossomáticas, com consequente automedicação e/ou uso de drogas e álcool.
Os sinais e sintomas aqui apresentados não representam, necessariamente, que a pessoa esteja em burnout, podendo ocorrer variações diversas entre pessoas com mesmo quadro sintomático. Entretanto, se você apresenta vários destes sintomas, procure ajuda, é sinal que algo não vai bem! Entre os sintomas físicos destaco: Exaustão (esgotamento físico temporário); fadiga (capacidade física ou mental decrescente); dores de cabeça; dores generalizadas; alterações digestivas, do sono e sexuais, alergias.
Os sintomas psicológicos podem indicar depressão, irritabilidade; ansiedade; inflexibilidade; perda de interesse; descrédito na instituição e nas pessoas.
Sintomas comportamentais: Evita os irmãos e o contato social; usa críticas, reclamações, adjetivos depreciativos; resiste à mudanças, transfere responsabilidades; descuida de si mesmo, do lazer, faz auto medicação ou uso de bebidas alcoólicas, ou estimulantes, apresenta comportamentos de fuga (jogos, celular, internet, pornografia, etc.) e recusa ajuda.
O termo “burnout” foi utilizado nos anos 70, para a chamada síndrome da desistência, de exaustão ou de consumição. Em 1986 Malasch e Jackson desenvolveram uma definição multidimensional que inclui três componentes: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. Poderia falar sobre cada um destes componentes?
Roseli – A exaustão emocional deixa a pessoa sem lastro, irritada, hipersensível, sem forças para fazer o que anteriormente fazia. É um cansaço maior que o cansaço físico, pois envolve lapsos de memória, ausências – brancos ou desconcentração. Uma enfermeira comentou: preparar uma injeção se tornou uma tarefa pesada demais e eu antes fazia dezenas por dia, como pode?
A despersonalização no trato se refere a dificuldade de relacionamento com colegas de trabalho, familiares ou com as pessoas que seriam as que deveriam receber seus cuidados! Um médica que estava em Burnout disse: Quando eu dei por mim, estava gritando com a mãe de um paciente! Me  desconheci e me assustei comigo mesma!
A redução da realização pessoal – lembremos que estamos falando de uma síndrome ligada ao trabalho – faz a pessoa pensar em largar a profissão, mesmo depois de anos de estudo e investimento. Aparentemente há uma saturação que rouba a alegria. O trabalho antes prazeiroso se torna um fardo, uma obrigação desagradável. Um pastor relatou: eu chegava perto da igreja, antes do culto e chorava de desespero, até que um dia disse pra minha mulher: nunca mais eu entro lá, nunca mais quero fazer isso!
Você acredita que tem aumentado o descuido do cuidador com ele próprio?
Roseli – Sem dúvida! Quase sempre se trabalha muito com a cabeça; e pouco com o corpo! Cada vez mais o acesso à Internet torna as pessoas ainda mais sedentárias, isoladas e cansadas! Passamos por cima das necessidades básicas e dos ritmos do nosso próprio corpo. Pulamos refeições, comemos mal e apressadamente, não mantemos exercícios físicos regulares, dormimos pouco e mal, e não nos divertimos. Isso é escravidão, estamos no Egito.
Quais os fatores desencadeantes da síndrome? Quais são os candidatos potenciais para desenvolver a síndrome?
Roseli – Confundida normalmente com o estresse, a síndrome é uma doença ainda pouco conhecida que provoca esgotamento físico e mental e atinge profissionais que trabalham diretamente com situações de conflito, principalmente nas áreas de segurança, saúde e educação, e com pessoas em sofrimento. Os fatores desencadeantes são em geral, sobrecarga de trabalho e, ou, frustração por não atingir as metas propostas, dedicação excessiva ao trabalho (com dificuldade para ter um lazer ou ócio e estar com a família), e falta de autonomia em situações de grande responsabilidade. Na síndrome de Burnout, há um componente relacionado com o ambiente de trabalho, pois o fator gerador da síndrome está não apenas no volume, mas principalmente no ambiente de trabalho. Assim, o paciente que tem o estresse clássico pode se recuperar depois de um período de férias, mas não o portador de Burnout, porque os problemas voltam quando ele retorna ao trabalho.
O que fazer se o pastor/líder está com a síndrome? No que consiste o tratamento?
Roseli – Em geral, tratamento medicamentoso além da psicoterapia. Trabalha-se dentro de uma visão multidisciplinar, que pode incluir outras ajudas, como a fisioterapia, nutrição e avaliação de personal trainer, mentoria, etc. Busque auxílio médico para proceder à avaliação e intervenção adequadas.
Você acredita que todos os pastores e líderes precisam de um Jonatas (amigo verdadeiro), um Barnabé (que simboliza o apoio necessário à atividade pastoral) e um Moisés (autonomia imprescindível para o desempenho das funções), e que é neste tripé de amizade, apoio e autonomia que se encontram recursos de estruturação psíquica para o desempenho das funções pastorais e de liderança?
Roseli – Bons amigos ou a interação prazerosa com outras pessoas estimadas liberam a  ocitocina, conhecido popularmente como hormônio da amizade, que ajuda a diminuir  o cortisol, que é  o hormônio do estresse. Costumo dizer que nossa saúde não vem atrelada a grandes gastos, na verdade, amigos e caminhadas são grátis! Investir em amizades e gente competente para dividir tarefas é primordial.  Um pastor relatou: A exposição de fraquezas e limitações abre a ferida narcísica deste líder, fragiliza a imagem onipotente que tanto ele como a congregação idealizou e ameaça o exercício do poder, onde muitos lêem, ameaça o exercício do ministério. A realidade, no entanto é implacável e sempre nos lembrará de nossas limitações, se o ministro não puder vivenciar o seu lado humano, ele certamente ficará enfermo.
Em sua pesquisa de campo, para sua dissertação de mestrado em Teologia, você verificou que a síndrome de burnout está justamente nos primeiros anos de pastorado. Este é um dado que continua igual ou foi alterado? Há outras pesquisas e dados sobre o burnout em ministros religiosos? Por que ela é mais comum em pastores recém-formados?
Roseli – Uma pesquisa nos EUA, em 2001, entre mais de 2.500 lideranças religiosas cristãs, realizado pela Duke Divinity School, mostrou que 76% do clero cristão estava acima do peso ou obesos. E outra pesquisa mostrou que o clero de todas as religiões apresenta taxas mais elevadas de obesidade, hipertensão, diabetes e outras doenças do que os seus fiéis. Em alguns países, os seguros de vida para pastores são mais caros, sendo o pastorado considerado profissão de perigo!
Em geral, os jovens pastores são avaliados quantitativamente e isto é um erro.
Penso que pastores/as jubilados/aposentados poderiam ser mentores dos jovens. Isso ajudaria a todos/as, os novatos/as se sentiriam mais seguros e os mais experientes não se sentiriam descartados. As instituições e igrejas economizariam e mais que isso, preservariam o potencial humano.
Como as Faculdades de Teologia podem auxiliar na prevenção da síndrome de Burnout?
Roseli – A princípio, a formação integral dos pastores é um dos objetivos a buscar! Sou professora em diversos seminários e percebo que o enfoque continua sendo o "pensar teológico" apenas! Poucas escolas de profetas se preocupam com a saúde física e emocional dos futuros obreiros. Na verdade, penso que os seminários são um reflexo das denominações e igrejas. Pouco se investe na pessoa do pastor/a. A cada dia escuto histórias de dores,angústias, adoecimentos na esfera pastoral. Muitos fazendo bobagens por conta do cansaço, desamparo e falta de preparo integral. E que preço pagam pelos erros! Durante muito tempo, o sacrifício pessoal e a falta de cuidado de si mesmo entre os pastores foi considerado uma espécie de virtude. Penso que se pode ajudar os futuros pastores a enxergar o homem com um todo (e não só as necessidades espirituais) e os seminários podem sugerir um mentor ou capelão, para ajudá-los a enxergar a própria finitude e limitação.
Quais os seus conselhos para pastores e líderes?
Roseli – Cuide-se ! Ninguém, fará isso por você! O seu corpo é Templo do Espírito! Zele por ele! Dicas: programe seu dia e semana com intervalos. Chegue primeiro na sua agenda, antes que os outros cheguem. Marque seus dias de descanso na agenda e priorize -os. Preserve seu dia de descanso, mantenha SUA comunhão com Deus. Pastores/as em geral caem em ativismo, não priorizam tempo de oração e meditação da Palavra. A Bíblia se torna instrumento de trabalho e não de comunhão pessoal com o Senhor. Na minha pesquisa, vários afirmaram ter pouco ou nenhum tempo de oração e leitura pessoal da Palavra, sempre que liam a Bíblia era com objetivo de preparar um sermão ou palestra. Pratique atividade física regular, pois ela libera hormônios essenciais para a saúde do corpo e da mente. Procure não se medir pelo desempenho dos colegas ou estatísticas de igrejas vencedoras. Isso é pornografia eclesial: gera cobiça e desdém pelo que se tem em mãos. Procure a competência e excelência no seu trabalho, não competição


http://www.sara.org.br/a-sindrome-de-burnout-em-pastores-e-lideres/

sábado, 16 de dezembro de 2017

Mais de 1.300 crianças foram vítimas de abusos sexuais na Austrália

PedofiliaPedofilia
A Comissão Real para Respostas Institucionais ao Abuso Sexual Infantil, na Austrália, lançou, esta quinta-feira, um relatório que reúne mais de 1300 relatos de vítimas.
O grupo, criado em 2013 com o intuito de investigar casos de pedofilia, realizou mais de 8000 sessões privadas com as vítimas e recolheu testemunhos reais, numa investigação que durou cinco anos.
Depois de revelarem as experiências, os sobreviventes de abusos sexuais foram convidados a escrever sobre isso. Para muitos deles, esta foi a primeira vez que falaram, ainda que de forma anónima.
Ao relatório deram o título “Mensagem para a Austrália”.
Ao longo dos últimos anos, a comissão analisou situações de abuso sexual e violência contra crianças em várias instituições da Austrália, desde escolas e clubes desportivos até grupos religiosos.
O relatório contém notas escritas, muitas delas à mão, com a descrição do trauma e do sofrimento das vítimas. No entanto, os temas com uma presença mais forte em todas elas são o alívio e a gratidão pelo processo, que está atribuindo a todos os abusados uma voz.
Muitas das mensagens deixadas são agradecimentos aos membros da comissão por terem ouvido as histórias, com empatia e sem julgamento. Outras tantas ajudaram a encerrar este período de vida.
O presidente da comissão, Peter McClellan, agradeceu às vítimas por terem contado a sua experiência.
“Os sobreviventes são pessoas notáveis, com uma preocupação em comum de garantir que mais nenhuma criança é abusada. Eles merecem o agradecimento de todo o país”, disse McClellan, citado pela BBC.
A comissão recomenda à Igreja Católica que considere a exigência de celibato ao clero, de acordo com o relatório final.
O mesmo documento, com 189 recomendações e 17 volumes, indicou que deve também ser esclarecido até onde vai o segredo da confissão quando estão em causa provas de crimes contra menores.
A comissão real australiana sobre respostas institucionais ao abuso sexual de crianças está investigando desde 2012 como é que a Igreja Católica e outras instituições no país responderam a estes crimes ao longo de mais de 90 anos.
Na investigação da comissão, a mais alta forma de inquérito no país, foram ouvidos os testemunhos de mais de oito mil vítimas de abuso sexual em instituições religiosas. Dos testemunhos recolhidos, 62% eram católicos.
Vaticano promete estudar recomendações
O Vaticano reconheceu nesta sexta-feira que as medidas propostas no relatório da Real Comissão australiana para lutar contra a pedofilia “merecem ser estudadas em profundidade”, entre elas eliminar o segredo da confissão.
“O relatório final da Real Comissão sobre as respostas institucionais frente ao abuso sexual de crianças na Austrália é resultado de grandes esforços realizados pela mesma comissão nos últimos anos e merecem ser estudadas em profundidade”, escreveu o Vaticano em um comunicado oficial.
“A Santa Sé está com a Igreja Católica da Austrália – com seus fiéis, tanto laicos como religiosos – e escuta e acompanha as vítimas e os sobreviventes em um esforço pela cura e Justiça”, acrescentou.
O comunicado recorda que Francisco em um recente encontro com a Comissão Pontifícia para Proteção de Menores chamou a Igreja a ficar perto “dos que sofreram” e “garantir a proteção de todas as crianças e os adultos vulneráveis”.
O relatório indicou que 7% dos religiosos católicos australianos foram acusados de abusos sexuais de crianças entre 1950 e 2010 sem que as suspeitas desembocassem em investigações. Era de costume ignorar, ou até castigar, as crianças que denunciavam as agressões.
Fonte: TVI – Portugal

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...