segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Marcha para Jesus de Goiânia deve reunir 200 mil pessoas




Acontece neste sábado a edição de 2013 da Marcha para Jesus de Goiânia. A expectativa dos organizadores é que o evento atraia cerca de 200 mil pessoas.
Marcha para Jesus de Goiânia deve reunir 200 mil pessoasO evento vai começar às 14h saindo da Praça do Avião e os fiéis acompanharão os trios elétricos até a Praça Cívica, onde será realizada uma grande concentração com diversas bandas evangélicas.
Entre os grupos confirmados temos os cantores Thalles Roberto, pastor Antônio Cirilo, Leo Brandão, Lauriete, Ministério Pedras Vidas, Renascer Praise, Leo Fonseca, Discopraise e outros.
Muitos líderes religiosos de outras regiões do país também marcarão presença, entre eles o pastor Silas Malafaia, o apóstolo Estevam Hernandes, o apóstolo César Augusto, apóstolo Sinomar, Pastor Herman Theml, Reverendo João Antonio, Pastor Josué Gouveia, Pastor Jorge Branco,  Pastor Gentil R. Oliveira, Apóstolo Antonio Lisboa, Bispa Rúbia de Souza, Pastor Abigail Carlos e Pastor Oides José.
A Marcha para Jesus de Goiânia tem apoio das principais igrejas evangélicas de Goiás, anualmente o evento consegue atrair milhares de cristãos que saem pelas ruas declaram sua fé, orando pela cidade e declarando que o Brasil é do Senhor Jesus.


Serviço
Evento: Marcha para Jesus
Data: 12/10/13, com saída da Praça do Avião, às 14h, e concentração na Praça Cívica, às 16h
Contato: (62) 3241-2441
Site: www.marchaparajesusgoiania.com.br
Facebook: www.facebook.com/MarchaparaJesusGoiania
Apoio: Igrejas Evangélicas de Goiás
Entrada: franca

Igreja Católica brasileira enfrenta o crescimento evangélico e o desgaste de tradições


Open in new windowPara o presidente da Convenção Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno (foto), o crescimento dos evangélicos impulsionou um despertar da Igreja Católica.

O Brasil que acaba de receber o papa Francisco e uma multidão de católicos que acorreram de várias partes do mundo para a Jornada Mundial da Juventude, realizada no fim do mês passado no Rio de Janeiro, já é um país bem diferente daquele que outro líder católico, João Paulo II, visitou em 1980. Neste curto intervalo histórico de três décadas, a maior nação em número de fiéis declarados da Igreja Romana teve seu perfil religioso significativamente alterado. Agora, na segunda década do século 21, já é muito comum encontrar gente como o analista de suporte técnico José Thadeu Hoffman, mineiro de 33 anos.

Mesmo oriundo de uma linhagem com forte tradição religiosa – seu avô foi curador de templos católicos; o pai, catequista, e duas tias tornaram-se freiras –, hoje ele é evangélico. Do passado, ele se lembra com carinho das missas que frequentava "com a melhor roupa" e das vezes em que, menino, atuou como coroinha, auxiliando o vigário nas celebrações. E só. "Percebi que muita coisa que vi e aprendi ali não tem qualquer base bíblica. Encontrei a verdade da Palavra de Deus", afirma ele, que já foi devoto de São José e pensou seriamente em virar padre.

"Um dia, ouvi uma mensagem evangélica sobre o engano da adoração aos santos e de Maria como mãe de Deus", conta. "Hoje, respeito a fé dos católicos, mas não a compartilho. Encontrei em Jesus, e somente nele, o caminho da salvação". Desde então, José Hoffman frequenta o Ministério Cristo, Luz do Mundo, igreja pentecostal localizada na região metropolitana de Belo Horizonte.

Experiências como a dele explicam, em grande parte, um fenômeno religioso recente e sem paralelo na história do país: o declínio numérico do catolicismo, que ocorre simultaneamente ao avanço das igrejas evangélicas. No intervalo de uma geração, a Igreja Católica Apostólica Romana encolheu quase 25 pontos percentuais. Já os evangélicos avançaram mais de sessenta por cento em apenas dez anos. Por isso mesmo, o Vaticano vem adotando várias medidas para fortalecer sua fé entre os brasileiros nos últimos anos. A visita de Jorge Mario Bergoglio ao país foi a primeira viagem oficial de seu pontificado – e a quinta presença papal no país. Nove bispos brasileiros tornaram-se cardeais e religiosos que nasceram ou viveram no país foram canonizados: o padre José de Anchieta, considerado beato desde 1980; madre Paulina, a primeira santa brasileira, sagrada em 2002; e frei Antônio de Sant'Ana Galvão, santificado em 2007 pelo papa Bento XVI.

É impossível mensurar os resultados, a curto e médio prazos, da passagem de Francisco pelo país. Convém lembrar que outro episódio do gênero com grande repercussão nacional, a participação de João Paulo II no Encontro Mundial com as Famílias – realizado em 1997, também no Rio –, não alterou a tendência de encolhimento. Naquela época, o processo de evasão era ainda mais acelerado, com a estimativa de 600 mil fiéis católicos batizados deixando a Igreja a cada ano. Mas a passagem do simpático Bergoglio pela Terra brasilis foi avaliada como altamente positiva: "Ele gerou muita esperança na Igreja Católica. Mas é difícil quantificar essa mudança no aumento do número de fiéis", sintetiza o cardeal Raymundo Damasceno, presidente da Convenção Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, cidade paulista que abriga o maior santuário católico do país. Em entrevista à Agência France Presse, o religioso confirmou que o crescimento dos evangélicos impulsionou um despertar da Igreja Católica. "Talvez nós tenhamos nos acomodado, e pode ser que o crescimento do movimento neopentecostal tenha nos feito acordar para a nossa verdadeira missão".

Há outra situação, esta apontada pelo padre Pedro Gomes, professor da Universidade do Vale do Rio Sinos, no Rio Grande do Sul. "Os católicos brasileiros, ultimamente, estavam com a autoestima baixa, em muito por causa dos grandes escândalos". Embora os ruidosos casos de pedofilia no clero e desvio de recursos tenham ocorrido no exterior – como a recente descoberta de um esquema milionário de lavagem de dinheiro no Banco do Vaticano –, é evidente que repercutiram e causaram descrédito à Igreja também por aqui.

IDENTIDADE SOCIAL

Consolidada no país, a fé católica é mais do que apenas uma tradição religiosa. Ela influenciou a cultura, interferiu na política, inspirou leis e estabeleceu a ética ao longo de centenas de anos. Nos séculos 16 e 17, enquanto a Reforma Protestante promovia profundas transformações religiosas na Europa, o país viu nascerem em seu território duas colônias reformadas, a França Antártica e a Nova Holanda, surgidas a partir das invasões militares, respectivamente, de franceses e holandeses. Duramente combatidas com apoio da Igreja, então na linha de frente da temida Inquisição, as duas iniciativas duraram pouco. Embora já não seja a religião do Estado há 122 anos, desde a primeira Constituição republicana, o catolicismo jamais abriu mão de seu caráter "oficial". "É muito difícil, para um católico, admitir a legitimidade espiritual de outras igrejas cristãs", observa o pastor batista Paulo Roberto Inácio, que além de exercer o ministério como pregador leciona História na rede particular de ensino em Campinas (SP). "Desde cedo, no catecismo, ele aprende que, fora da Santa Igreja Católica Apostólica Romana e de seus dogmas e ritos, não há salvação". Para Inácio, a mudança do cenário religioso no Brasil é, na maioria das vezes, ignorada pela liderança católica. "Bispos e cardeais agem de maneira monolítica, como se as demais correntes cristãs no país não passassem de grupos sectários. É uma mentalidade de quem se acostumou a pensar em termos de exclusividade."

"Em uma sociedade que era católica por pressão social, é natural que, com o aumento do pluralismo e da liberdade cultural e religiosa, haja a diminuição do número da igreja hegemônica", raciocina o teólogo Jung Mo Sung, diretor da Faculdade de Humanidades e Direito da Universidade Metodista de São Paulo. "Isso aconteceu também em países de maioria protestante, como os da Europa ocidental, que viram o número de seus fiéis diminuírem drasticamente", compara. Ele lembra que a relação entre católicos e evangélicos, no Brasil, já enfrentou momentos difíceis, sobretudo na primeira República. "Havia intolerância e um comportamento hegemônico por parte dos católicos, fortalecidos por um panorama político amplamente favorável à manutenção daquele status quo". Com o tempo, prossegue, isso foi mudando – "E um dos aspectos mais importantes desse processo foi o crescimento do segmento evangélico e a conquista de visibilidade midiática, comportamental e econômica pelos crentes".

Para ele, embora o declínio percentual do catolicismo tenha sido mais acentuado nos papados de Karol Wojtyla e Joseph Ratzinger, o fenômeno não pode ser atribuído à maneira como eles conduziram a Igreja. "Em termos sociológicos, há também um aspecto importante", destaca. "Hoje em dia, o pertencimento a determinada igreja não é o fator fundamental da identidade social. Isto é, no passado, a maioria identificava ser brasileiro com ser católico e acabava se opondo ao surgimento de novas igrejas cristãs. Hoje em dia, a denominação da igreja não tem mais esse papel tão importante na identidade social."

COMPETITIVIDADE

"A recente eleição do papa Francisco, por seu perfil de sacerdote franciscano e teólogo latino-americano que possui sensibilidade em relação aos pobres, e sua prática histórica de aproximação dialética com as igrejas protestantes, gerou inequívoco clima geral de otimismo no que tange às possibilidades de diálogo e aproximação". A análise é do pastor metodista Luís Wesley de Souza, com pós-doutorado em Teologia Prática e Práxis Religiosa e mestre em Missiologia. Considerado amigo dos protestantes em seu país, o pontífice tem bom trânsito entre lideranças evangélicas portenhas e, no tempo em que era arcebispo de Buenos Aires, costumava participar de eventos comuns, inclusive reuniões de oração e estudos bíblicos. Bergoglio também já esteve em encontros do Movimento Lausanne na Europa, junto com líderes evangélicos e reformados.

Por tudo isso, Wesley pensa que Francisco representa certo "desejo maniqueísta" do cristão protestante. "É como se dissessem: 'Ele parece mais simpático, mais próximo e mais parecido com a gente'" – embora, no nível popular, pondera, não fica clara a projeção desse otimismo. "Entre lideranças eclesiásticas, há maior intencionalidade no que tange a procurar caminhos de cooperação. De qualquer forma, hoje a palavra de ordem é 'reconciliação', que se repete tanto em congressos protestantes como em católicos. Discussões ecumênicas são uma constante e se firmam na esperança de se ter sinais mais concretos de uma desejada reconciliação, não necessariamente doutrinária. Tais diálogos ecumênicos ganham certa medida de efetividade, embora sem garantia de sucesso de longo prazo". Para o pastor, as conversações ainda prometem ser longas, difíceis e sem garantias de sucesso – "O que não pode ser usado como justificativa para a desistência", pondera.

Vivendo e trabalhando nos Estados Unidos, onde leciona na Emory University, em Atlanta, Luis Wesley explica que, lá, o relacionamento entre os dois grupos religiosos é diferente daquele observado por aqui. "O fator maioria-minoria, nos EUA, é o oposto do que ocorre no Brasil, onde a dinâmica relacional ganha claras nuances de tensão que acabam por se traduzir em rejeição e alta competitividade". Ele lembra as histórias relativamente recentes de perseguição religiosa aos protestantes no Brasil, o controle religioso do Estado e da sociedade, o preconceito e, sobretudo, as diferenças doutrinárias e de simbolismo. "Entre os brasileiros, no nível mais popular, quando protestantes e católicos pensam uns nos outros, ainda se projetam como rivais religiosos. Porém, essa relação na América do Norte, de esmagadora maioria protestante – a exemplo do que ocorre em outras partes do mundo –, é extremamente mais tolerante do que no Brasil. É, portanto, menos conflituosa e de natureza doutrinária, não política".

Porém, Wesley reconhece que muitas questões não resolvidas, como as enormes diferenças de teologia e doutrina, permanecerão como impasse – "A menos que haja um mal ou um bem muito maior que deva ser valorizado e force os dois segmentos do Cristianismo à unidade", especula. Entre os pontos de discórdia, o pastor destaca a crença católica na transubstanciação, na ressurreição corpórea de Maria, nas legiões de santos intercessores e outros, além do papado e da própria Reforma. "Por essas razões, penso que, se há qualquer futuro promissor no esforço de aproximação, este será no campo da teologia prática e da ação missionária, isto é, através da identificação de uma variedade de áreas em torno das quais se pode somar esforços comuns e agir em conjunto."

Embora a palavra "ecumenismo" costume causar arrepios nos crentes, o sociólogo e doutor em Ciências da Religião Gedeon Freire de Alencar, diretor do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos, destaca a existência da Comissão de Diálogo Católico-Pentecostal, promovida pelo Vaticano: "O organismo tem até a presença de pastores da Assembleia de Deus americanos, mas isso é desconhecido no Brasil". Segundo ele, também na América Latina ocorrem diálogos ecumênicos envolvendo líderes pentecostais e clérigos católicos. "O pentecostalismo brasileiro é quase totalmente anti-ecumênico, mas isso é uma característica típica do país", destaca o estudioso, que é presbítero da Igreja Betesda.

O abismo, no Brasil, tende a se manter. "Violência é quase intrínseca à religião – às vezes de forma concreta; outras, simbólica", continua. "Outrora hegemônico, o catolicismo se sentia livre para fazer o que bem queria. Agora, outros grupos, ricos e poderosos, querem repetir o modelo". Segundo Alencar, a aproximação, quando existe no Brasil, é como um abraço de afogados. "Acuados pela pressão social e pelas demandas modernas, como direitos reprodutivos e novas formas de sexualidade, católicos e evangélicos fazem acordos táticos e somente se unem em defesa do moralismo", critica.

RENOVAÇÃO X CONSERVADORISMO

Estão, de fato, ultrapassados os tempos em que a Igreja Católica brasileira assumiu uma face marcadamente progressista – revolucionária, até. Sacerdotes como Leonardo Boff e Frei Betto tiveram papel de destaque na implantação da teologia da libertação, de caráter esquerdista, no país, e justamente no período do regime militar. Em um mundo polarizado entre capitalistas e comunistas, o papa João Paulo II, conservador de carteirinha, era inimigo declarado do socialismo. O pontífice teve papel ideológico destacado na derrocada dos regimes do Leste europeu, inclusive na sua Polônia natal. Duramente sufocada pelo Vaticano, o movimento da libertação perdeu força em toda a América Latina. Censurado por seus superiores eclesiásticos no Vaticano, como o então cardeal Ratzinger, Boff acabou desligando-se do sacerdócio.

Ao mesmo tempo, uma mudança perceptível acontecia no seio do catolicismo brasileiro. Passado o tempo das missas rezadas em latim e dos sacerdotes distantes dos fiéis, sempre enclausurados nas sacristias, outro tipo de clérigo ganhou espaço. Religiosos da nova geração deixaram a batina para usar na igreja e passaram a andar de jeans, camiseta e tênis de marca. Padres com perfil de popstar, como Zezinho, Marcelo Rossi e Jorjão, começaram a celebrar missas animadas, onde o povo participava ativamente cantando hits, levantando as mãos e acompanhando orações proferidas em meio a lágrimas. A mudança de panorama começou a se delinear a partir da eclosão da Renovação Carismática Católica (RCC), movimento nascido nos EUA e que ganhou corpo por aqui a partir dos anos 1970. Com práticas litúrgicas despojadas, forte incentivo ao envolvimento dos fiéis e linguagem atraente para o jovem, a RCC mudou a face da Igreja e já tem, hoje, cerca de 10 milhões de seguidores.

É gente como a jovem Thaynara Bianco, de 19 anos. Frequentadora assídua da igreja, ela comunga regularmente e participa dos encontrões do grupo jovem. "É uma bênção ser católico", declara a estudante de Direito, que carrega um terço na mochila, junto com o iPod onde mantém gravadas músicas de artistas como Dunga, Rosa de Saron e padre Fábio de Melo. Entre os planos para a vida, ela segue o figurino família: "Quero me formar, casar e ter meus filhos". Por enquanto, ela mora com os pais, também católicos, e enxerga a fé por um viés bastante conectado ao dia a dia. "Ser católico não nos torna diferentes de ninguém. O jovem cristão é normal, se diverte, vai à balada. Apenas carrego a minha fé comigo para onde for". Thaynara diz que é dever de todo católico levar a mensagem de amor de Cristo ao mundo. "Só assim as coisas vão melhorar. No meio dessa loucura toda, tenho encontrado na igreja uma segurança muito grande."

Uma crescente e bem montada estrutura de mídia se encarrega de levar a mensagem católica adiante. São centenas de rádios e quatro redes de TV com abrangência nacional, com destaque para a Canção Nova – instalada num complexo católico no interior de São Paulo – e Rede Vida. Antes criticada pelos setores mais tradicionais da Igreja Católica, a Renovação Carismática tem ganhado aceitação. "Pela sua própria natureza, a Igreja é plural", analisa o padre jesuíta Jesus Hortal, consultor da Comissão Pontifícia que trata do diálogo inter-religioso. "Já o Vaticano II, na sua Constituição Sacrosanctum Concilium, previa a adaptação da liturgia às idiossincrasias das diversas comunidades". Mas ele observa que isso deve ser feito de modo a englobar na unidade católica os diversos modos de expressão. "Aqueles que pretendem adotar formas novas devem estar abertos a críticas, especialmente da hierarquia, a fim de permanecerem dentro dos limites da comunhão católica. Mas, também, todos os outros devem estar preparados para acolher as legítimas inovações, sem condenações desnecessárias."

A Renovação Carismática, para o sociólogo Paul Freston, tem sido um dos catalisadores da força católica. Inglês radicado no Brasil e estudioso da conjuntura religiosa nacional, ele entende que a redescoberta da espiritualidade por esse grupo tende a robustecer a Igreja. "Passamos a ter um núcleo católico praticante de sua fé, diferente daquela maioria nominal que sempre existiu", aponta o professor colaborador da Universidade Federal de São Carlos (SP) e catedrático em Religião e Política em Contexto Global na Wilfrid Laurier University, no Canadá. "A evasão de fiéis se deu e se dá, basicamente, entre as pessoas com pouco vínculo com sua Igreja". Para Freston, mesmo essa perda numérica das últimas décadas tende a ser compensada em qualidade, neste sentido, pelo ingresso de novos fiéis, sobretudo jovens. "Ou seja, ser católico passa a ser uma questão de escolha pessoal, e não tanto mais por tradição familiar ou influência cultural."

O pesquisador não acredita que o número de evangélicos possa vir a superar o de católicos, como alardeiam muitos pastores. "A tendência, nas próximas décadas, é de haver uma acomodação. O catolicismo tem peso e tradição. O legado de centenas de anos, além do comando central – ao contrário do pulverizado movimento evangélico –, lhe conferem estabilidade". Por outro lado, assevera, regras como a do celibato sacerdotal são um empecilho ao seu futuro. "A capacidade de renovação do corpo sacerdotal esbarra nisso. Se a Igreja amanhã deixasse a questão para escolha pessoal do religioso, isso teria um efeito grande em novas vocações". Outra dificuldade, prossegue Freston, é o clericalismo – "Muita funções são exclusivas dos sacerdotes, e as instâncias decisórias, que têm poder de mudar as coisas, são conservadoras e centralizadoras. A Igreja Católica é como um enorme porta-aviões, cujas manobras são lentas e difíceis. Enquanto isso, as igrejas evangélicas têm a agilidade de carrinhos", compara.

Embora envolva seus fiéis em reuniões de oração e estudos bíblicos – práticas outrora tipicamente evangélicas –, a RCC está fortemente ligada a pilares clássicos da fé romana rechaçados pelos crentes. Além disso, a corrente representa pouca ou nenhuma ruptura com dogmas considerados anacrônicos em plena pós-modernidade. "O catolicismo tem uma dificuldade enorme de adaptar a sua mensagem às transformações sociais", aponta o pastor Paulo Romeiro, especialista em apologética e integrante da Igreja Cristã da Trindade. "Ela ainda combate o controle de natalidade por meios artificiais e não abre espaço para as pessoas que se divorciaram."
Romeiro lembra que o catolicismo, no Brasil, adotou um perfil próprio, de forte influência popular. "Muito do que se crê entre grande parte dos católicos nada tem a ver com as doutrinas oficiais da Igreja e nem com a Bíblia Sagrada. Há uma enorme quantidade de católicos aberta para todo tipo de crenças, superstições e crendices". No país onde o sincretismo religioso é marca registrada, figuras místicas como os padres Cícero Romão e Damião de Bozzano, que marcaram época no interior do Nordeste, recebem intensa veneração popular, embora não sejam reconhecidos pelo Vaticano. "Muitos católicos não têm dificuldade de crer em reencarnação e abraçar muitas formas de simpatias e superstições."

"INSTITUIÇÃO NÃO SALVA"

Pastor da Convenção Batista Nacional e professor de Teologia do Novo Testamento e História das Religiões no Seminário Teológico Evangélico Peniel, no Rio, Eber Jamil entende que a teologia e práticas católicas são equivocadas quanto à doutrina da salvação. "Para os católicos, Jesus não é o único mediador para o homem se chegar a Deus. Os sacerdotes, os santos e Maria também são intermediários, ou medianeiros, como eles chamam. Outra questão é que o catolicismo prega a essencialidade dos sacramentos, e estes são ministrados por sacerdotes. Portanto, a salvação é pela via sacerdotal".

Ex-católico praticante, o pastor Flávio Magalhães diz que conheceu a Cristo na Igreja Romana. "Eu me converti genuinamente sendo católico. Não tenho dúvida disso. É possível um católico adorar somente a Deus", afirma. Mais tarde, contudo, afastou-se da Igreja Romana. A idolatria o incomodava. "Há uma ordem expressa do Senhor nos Dez Mandamentos, de que só a ele devemos render culto. Creio que o descumprimento desse princípio é suficiente para comprometer a salvação de qualquer pessoa". Outro motivo que Flávio aponta para seu rompimento é que a doutrina católica, em sua opinião, se assemelha ao espiritismo na consulta aos mortos. "A simples reza da Ave Maria é uma forma de comunicação com uma pessoa morta. Essa prática, segundo a Bíblia, é abominável".

O pastor lembra um dos princípios da Reforma, que é o sacerdócio universal dos crentes, para apontar o que considera outro erro. "A confissão de pecados ao padre não chega a ser um pecado em si, pois a Bíblia nos recomenda confessarmos nossas falhas uns aos outros. Porém, a partir do momento em que isso se torna obrigatório, com o fiel se confessando exclusivamente ao padre, se torna uma doutrina extrabíblica". Depois de um longo período na Igreja Missionária Evangélica Maranata, na qual chegou a diácono, Flávio, que é casado e tem dois filhos, foi ordenado ao ministério pastoral e agora lidera a Igreja do Evangelho Simples, congregação instalada na zona norte do Rio de Janeiro. Mas ele critica o pertencimento religioso meramente nominal , que na sua opinião tem sido uma realidade tanto para evangélicos como para católicos. "Qual a diferença entre o domingueiro que vai à missa e o domingueiro que vai ao culto? Instituição não salva ninguém. Salvação não é questão meritória, mas sim, obtida pela graça do Senhor.

Fonte: Site da Revista Cristianismo Hoje

Pastor consultor cobra R$ 300/mês para abrir uma igreja


Pastor que diz ter saído do crime para uma carreira em grandes empresas ensina a abrir a própria igreja: “Com R$ 20 mil não dá para abrir uma para 100 pessoas”

Eu poderia ser rico, mas quando Jesus voltar, eu faço o que com essa riqueza?

"Para entregar tudo pronto, cobro R$ 300 por mês. É nada. Ofereço trabalho de engenharia, advocacia e faço todo o acompanhamento. Eu poderia ser rico, mas quando Jesus voltar, eu faço o que com essa riqueza?”, questiona. Hoje Henriques diz morar de aluguel. Mas conta que já teve uma vida abastada, com direito a restaurantes caros, carros do ano e a melhor casa no bairro da Vila Maria, zona norte de São Paulo.

O pastor se declara um homem desprendido. “Quem está rico não tem a fé que eu tenho em Cristo”, apregoa. Toda a família trabalha no Tabernáculo dos Profetas, fundado há 13 anos pelo autointitulado apóstolo na Vila Maria. O filho mais velho é evangelista e líder de louvor, o do meio é sonoplasta da igreja e o mais novo é baterista da banda. “Minha esposa é bispa e administradora de tudo isso”, complementa.
Quando recebeu o chamado divino, o apóstolo Gilson Henriques deixou tudo para trás para se dedicar ao Evangelho.

Trajetória

Mas essa é apenas uma parte da história. Em seu currículo, Gilson afirma ter 19 anos de serviços prestados na área de engenharia, com passagens por grandes empresas como a Petrobras*, e 16 anos vividos para o crime, período que marcou o início de sua vida - ele conta que viveu para o tráfico de drogas dos 8 aos 24 anos. “Matei muita gente, foi a perdição. No tráfico, nasce e morre gente todo dia”, diz.

Nos 12 anos seguintes à conversão, ele ainda lidava com o passado. “Não era uma abstinência da droga, mas abstinência das ações, dos tiros, das faces, dos olhos, da dor. Você não dorme com isso no coração, você vegeta”, relembra, sobre a emoção dos atos criminosos. Apesar do passado pecador, não sente culpa. “Consigo lidar com tudo aquilo que fiz na época em que o diabo me usou, porque hoje Cristo habita em mim”, justifica.

Eu poderia ser rico, mas quando Jesus voltar, eu faço o que com essa riqueza?

Faz 25 anos que ele foi “liberto por Jesus”. “Foi o pastor Arlen Vilcinskas, da Igreja Cristã Época da Graça, quem me tirou do crime. Esse homem, através da palavra de Deus, me conduziu ao caminho da salvação”.** Desde então, Gilson redefiniu suas metas. “O maior objetivo aqui é ganhar almas para o reino de Deus”. Isso inclui fundar, formar e entregar ministérios. Segundo ele, há igrejas evangélicas legais, clandestinas e as que só visam o lucro. “Tem gente que busca uma melhora de nível financeiro, então abre o negócio, contrata pastores e nem aparece na igreja. Só quer saber o quanto deu”, diz.
Edu Cesar
Henriques: 'Há pessoas que fazem coisas aqui dentro porque Jesus fez algo muito importante por elas'

Para abrir um templo de acordo com a lei e "a graça de Deus", o pastor Gilson Henriques não dá entrada no CNPJ enquanto o salão não estiver montado corretamente com cadeiras ergométricas, iluminação e extintores de incêndio adequados.

Ele checa o nível de decibéis de olho na lei do Psiu , que pode aplicar multas substanciais. “Sempre trabalhei no departamento de qualidade nas empresas em que passei”, diz ele, fazendo um paralelo com o trabalho atual.

No dia da entrevista, percorremos o salão com capacidade para 700 pessoas e acompanhamos um culto -- que, no Tabernáculo dos Profetas, ganha contornos de espetáculo. Luzes, coreografias e som estéreo confirmam o investimento em infraestrutura. “Eu consegui colocar o ISO 9002, 9003, 9004, funcionando dentro da nossa igreja. Isso é uma empresa. Tenho brigada de incêndio e pessoas formadas em primeiros socorros”, lista Gilson. Também há dois irmãos na cozinha da lanchonete e outros dois na recepção, assim como gente cuidando da porta de entrada e da loja de livros e DVDs.

Sem salário
Segundo Gilson, a manutenção de uma igreja do tamanho do Tabernáculo exigiria 30 funcionários. Mas não há empregados registrados no local. “Há pessoas que fazem coisas aqui dentro porque Jesus fez algo muito importante por elas. Elas vêm e doam o seu dia para limpar e fazer almoço para a gente. É doação”, conta. Henriques também diz não receber salário e viver da venda de seus livros e DVDs. “E daquilo que pessoas que estão preocupadas comigo sabem que preciso, e mantêm a minha família”, salienta.

De acordo com pesquisa do IBGE divulgada no último mês, quase um milhão de evangélicos deixam os templos por ano no Brasil. “70% dos evangélicos estão dentro de casa por causa da inadequação das igrejas. Essa informação do IBGE caiu como um filé mignon no prato”, ele declara, com ar satisfeito.

A necessidade de trazer esses fiéis de volta é o que posiciona Henriques no mercado. “Um salão para 100 pessoas sai em torno de R$ 2 mil, cada cadeira custa R$ 40. 100 cadeiras, R$ 4 mil. Um aparelho de som, R$ 10 mil. Então já são R$ 14 mil. Não consigo abrir uma empresa hoje com menos de R$ 20 mil”. Isso sem falar na formação do pastor, profissão ainda não regulamentada no Brasil. “Se for fazer um bacharelado, com R$ 5 mil se consegue”, diz ele, sobre o curso de Teologia, ainda não reconhecido pelo MEC. “O consultor de uma igreja vai caminhar com você, com seus problemas, com aconselhamento, treinamento. Não é só abrir a igreja, receber o dinheiro e acabou”.
Edu Cesar Henriques: '70% dos evangélicos estão dentro de casa por causa da inadequação das igrejas. Essa informação do IBGE caiu como um filé mignon no prato'

Sinal de Deus
O dízimo e a oferta funcionam como um capital de giro para a empresa. Mas, segundo Henriques, circulam rigorosamente dentro da legalidade. “As pessoas que frequentam e sustentam a igreja não são ricas. Pagam dízimos de R$ 60. São essas pessoas que mantêm essa estrutura”. Os mesmos fiéis que, no final do ano, podem pedir uma listagem dos seus dízimos para declarar no imposto de renda como doação. “Se ele coloca lá e eu não coloco aqui, eu estou na malha fina”.

Orar por contratos de grandes empresas também gera renda para a igreja. “Se o empresário estiver com um problema com um contrato de R$ 5 milhões e me chamar, só nessa paulada foi R$ 1 milhão para dentro da igreja. Mas essa igreja talvez não receba R$ 1 milhão em seis meses de dízimo de R$ 60”, compara.

Apesar dos grandes montantes que eventualmente entram na conta de seu Tabernáculo, Henriques não se vê como outros pastores conhecidos do grande público. “ Edir Macedo e Valdemiro Santiago não são chamados para orar por pessoas da favela. São os pastores deles que têm que manter a igreja. Esses caras vão orar por senadores da República, por empresários como o Abílio Diniz ”.

Será possível dizer que abrir uma igreja seja um negócio da China? Talvez de outras localidades: em dezembro, Henriques e a família aterrissam em Angola, na África, para uma obra. “Conforme a receptividade do povo angolano, vamos nos evadir para Joanesburgo e subir para a costa do Congo. Já estamos sentindo este sinal de Deus”, conclui.

* Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras afirma que o nome do apóstolo não foi localizado no cadastro de empregados.

Fonte: Cenário MT

Criminoso rouba dízimo e mata tesoureira de igreja evangélica no ES

Vítima guardava R$ 10 mil em casa devido à greve dos bancos. Filha de 11 anos encontrou o corpo da mãe.

A tesoureira de uma igreja evangélica foi morta a facadas na noite desta sexta-feira (11) dentro da própria casa, em Itapoã, Vila Velha, na Grande Vitória. O criminoso fugiu levando R$ 10 mil em dinheiro e um notebook.

Segundo a polícia, o dinheiro era fruto do dízimo da igreja e a vítima, de 34 anos, estava com o valor em casa devido à greve dos bancos. Além de ser tesoureira da igreja, a mulher também trabalhava como manicure.

De acordo com a polícia, testemunhas contaram que a tesoureira havia levado as filhas para um acampamento, mas percebeu que havia esquecido um cobertor e voltou sozinha à residência para buscar. Uma das filhas da vítima, de 11 anos, teria estranhado a demora e retornou para procurar a mãe. Em casa, a criança a encontrou já sem vida.

Ainda segundo a polícia, o quarto da mulher estava bastante revirado e há indícios de que a vítima tenha entrado em luta corporal com o criminoso. A casa não apresentava sinais de arrombamento.

Fonte: G1

Morre o pastor João Lundgren, pioneiro das Assembleias de Deus no Brasil

Open in new windowNascido em 1926 ele dedicou toda a sua vida à Obra, acompanhando os primeiros missionários da igreja no Brasil e implantando novas igrejas.

A CPAD comunicou nesta quinta-feira (10) o falecimento do pastor Ruben Johannes Lundgren, da Assembleia de Deus em Caxias do Sul (RS). Mais conhecido como João Lundgren, o pastor estava com 87 anos e a causa da morte não foi anunciada.

Ruben nasceu na cidade de Santos (SP) quando seu pai, Simon Lundgren, havia assumido a igreja da cidade substituindo o missionário Daniel Berg que voltou para a Suécia para passar por um tratamento de saúde.

Sua vida sempre esteve ligada à igreja, aos 8 anos ele resolveu aceitar Jesus como único salvador, dois anos depois ele entra para a primeira banda musical da Assembleia de Deus de São Paulo tocando instrumentos de sopro ao lado de seu irmão Simon Rube e sob coordenação do missionário norueguês Jahn Sörheim.

Ao longo de sua vida ele passou por muitos cargos dentro da igreja, servindo como secretário do pastor Samuel Nyström na década de 1940 quando o missionário sueco dirigia a igreja de São Cristóvão (RJ), se tornando o maestro da orquestra da AD em Curitiba em 1945, foi consagrado a evangelista em 1952 e em 1954 foi ordenado a pastor.

A primeira igreja de João Lundgren assumiu foi a Assembleia de Deus em Londrina (PR) até que com a morte do missionário Nels Nelson, em 1963, ele foi enviado pela Igreja Filadélfia de Estocolmo (Suécia) para substituí-lo na igreja de Porto Alegre (RS).

Três anos mais tarde o pastor João foi para a cidade de Caxias do Sul (RS) assumir a igreja e com sua família, a esposa Maria de Lourdes Malinoski e seus quatro filhos realizaram uma grande obra naquele ministério, iniciando os trabalhos da Escola Bíblia Dominical e a criação de uma orquestra.

Fonte: Gospel Prime

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

EMAGREÇA COM SAÚDE - FAÇA SEU PEDIDO DA MELHOR FARINHA DE BERINJELA.



A farinha de berinjela é um alimento rico em fibras que a reduzir a glicose e colesterol do sangue
A berinjela é um dos vegetais mais ligados ao emagrecimento. E além de ser usado in natura em saladas ou inteiro em preparações, como camada de lasanhas, por exemplo, ele ainda pode ser apresentado no formato de suco, chá e farinha. Mas entre esses derivados, acredita-se que a farinha da berinjela seja a que mais mantenha suas propriedades originais. Tanto que alguns estudos indicam que a ingestão regular da farinha seja mais eficaz no emagrecimento e diminuição dos níveis de gorduras sanguíneas, como o colesterol e os triglicerídeos. 

Principais nutrientes da farinha de berinjela

Não existe uma tabela nutricional oficial da farinha de berinjela e sua composição pode variar muito de acordo com a marca ou a forma como ela é produzida. Um estudo brasileiro, porém, mapeou a quantidade alguns nutrientes, que listamos na tabela abaixo: 
Farinha de berinjela - Por 15 g (uma porção)
Carboidratos 3,8 g
Proteínas1,2 g
Gorduras0,3 g
Fibras6,8 g
Fonte: Estudo Produção, composição centesimal e qualidade microbiológica de farinha de berinjela. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011. ? Convertido para 15 g
Acredita-se que a farinha de berinjela contenha os nutrientes em que o vegetal é rico, como vitamina B3 (niacina) e vitamina C, por exemplo. Porém isso ainda não foi estudado e estabelecido. 
A maior vantagem da farinha de berinjela está na sua alta composição de fibras. Para se ter uma ideia, são indicadas 55 gramas de fibras ao dia em uma dieta de 2 mil calorias diárias. A farinha de berinjela apresenta 6,8 gramas em uma porção de uma colher de sopa (15 g), ou seja, equivale a 27% desse valor.
Por outro lado ela é bem pobre em gorduras, contendo apenas 0,3 g a cada 15 g. Como precisamos consumir no máximo 55 gramas de gordura ao dia, uma porção supre apenas 0,5% da quantidade desse macronutriente que precisamos ao dia. Veja qual porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes que esse alimento carrega:
  • 27% de fibras
  • 2,4% de proteínas
  • 1,2% de carboidratos
  • 0,5% de gorduras.
* Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

Benefícios da farinha de berinjela

Ajuda a emagrecer Uma pesquisa feita na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) colocou um grupo de mulheres obesas em um programa de reeducação alimentar. Porém, enquanto metade consumia 14 gramas de farinha de berinjela por dia, a outra simplesmente não consumia o vegetal. Após 60 dias, o primeiro grupo perdeu em média 60 quilos, enquanto o segundo perdeu apenas 30 kg. Existem três propriedades da farinha de berinjela que explicam essa potencialização na perda de gordura e peso: 
1. Aumenta a saciedade: As fibras são velhas conhecidas de quem se interessa pela perda de peso, e estão em alta concentração na farinha de berinjela. A vantagem é que quando as consumimos com a quantidade adequada de água, elas se transformam em um gel em nosso estômago, tornando a digestão mais lenta e aumentando a distensão da parede do órgão, dois mecanismos que informam ao nosso corpo que estamos satisfeitos. Com isso, nos alimentamos menos e consequentemente ingerimos menos calorias do que antes, provocando o emagrecimento. 
2. Reduz a gordura corporal: Esse gel formado no bolo alimentar faz com que a glicose dos alimentos ingerido junto com a farinha seja liberada lentamente na corrente sanguínea. O hormônio responsável por colocar esse nutriente para dentro das células é a insulina, mas ele também é culpado pelo acúmulo de gordura no corpo quando circula em altas quantidades no nosso organismo. Se a insulina for liberada lentamente, acumulamos menos gordura no tecido adiposo, o que também resulta em menor ganho de peso.
3. Controla a compulsão por doces: Ao evitar o pico glicêmico, previne-se também a queda brusca de glicose no nosso sangue. O problema dessa baixa é que o corpo sente uma necessidade em repor esse nutriente rapidamente, e o melhor meio para isso é o consumo de carboidratos simples como o açúcar e o trigo. Além disso, a insulina em excesso torna o triptofano mais facilmente absorvido pelo cérebro, causando maior sensação de bem-estar por ser precursor da serotonina. Porém, quando a dose está muito alta, o corpo começa a "pedir" por mais fontes desse aminoácido, como o chocolate - que não é um vilão, desde que consumido na versão meio amarga e em baixas quantidades. De qualquer forma, o resultado é o mesmo: maior produção de insulina, aumento do acúmulo de gordura no tecido adiposo e, por consequência, quilos a mais. 
Ajuda os diabéticos Quanto mais produzimos insulina, mais resistentes alguns órgãos do nosso corpo ficam a sua ação, ou seja, é preciso cada vez maiores quantidades do hormônio para colocar para dentro das células a mesma quantidade de glicose. Isso gera um quadro chamado de resistência a insulina. Com o tempo, se nada for feito para corrigir isso, ou seja, se o individuo continuar tendo picos glicêmicos, o problema evoluirá para o diabetes tipo 2. Por isso que a inclusão de alimentos ricos em fibras, como a farinha de berinjela, é importante, já que elas aumentarão os intervalos de envio da glicose para o nosso sangue, como já explicado. 
Reduz as gorduras no sangue No estudo realizado pela UFRJ, além de maior emagrecimento nas mulheres que consumiam a farinha de berinjela, foi verificada uma redução da gordura no sangue, como o colesterol total, colesterol LDL e triglicérides. Isso pode ser explicado através de alguns mecanismos. O primeiro é que, assim como a absorção da glicose é retardada pelo gel formado pelas fibras, o colesterol também é enviado em quantidades menores para o nosso sangue, reduzindo as quantidades totais desse nutriente. Além disso, acredita-se que as fibras específicas da berinjela atuem nos sais biliares, essenciais para a absorção do colesterol. Por fim, a presença de vitamina B3 (niacina) aumenta o transporte reverso do colesterol, realizado pelo HDL (colesterol bom), ou seja, pode aumentar em até 30% esta taxa.
Melhora o funcionamento do intestino O mesmo gel formado pelas fibras também ajuda o bolo alimentar a transitar melhor, aprimorando o transito intestinal. Além disso, elas têm uma função prebiótica: as fibras sofrem fermentação completa ou parcial no intestino grosso, que é realizada por bactérias benignas, o que estimula o crescimento da microbiota (flora intestinal) e incentiva uma atividade intestinal saudável. 
Aumenta a imunidade Ao estimular as bactérias amigas do intestino, as defesas do nosso corpo também são reforçadas, já que 60% das nossas imunoglobinas estão nele. Além disso os ácidos graxos de cadeia curta resultantes da digestão das fibras impedem com que bactérias ruins do intestino se transportem para a corrente sanguínea, evitando que elas infectem o corpo todo. 
A berinjela é um alimento rico em antioxidantes e acredita-se que eles continuam na farinha
É rica em antioxidantes A casca da berinjela deve sua coloração arroxeada aos flavonoides chamados de antocianinas. Elas protegem nosso organismo de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, infecções virais e obesidade, devido a sua ação antioxidante, que protege o DNA das células e evita inflamações. Ao que tudo indica e alguns estudos comprovam, quando a farinha de berinjela é feita com a casca, ela preserva esses nutrientes, colaborando dessa forma para a nossa saúde. 

Quantidade recomendada da farinha de berinjela

Alguns especialistas divergem nesse ponto, variando a quantidade recomendada entre uma a quatro colheres de sopa por dia. O ideal é conversar com seu nutricionista ou médico nutrólogo, que poderão adequar a quantidade desse alimento a sua ingestão de carboidratos e fibras diárias, computando os outros alimentos. 
O consumo de entre 1,5 e 2 litros de água por dia para quem ingere essa farinha é altamente recomendado, já que as fibras presentes em grande quantidade nesse alimento precisam do líquido para conseguirem cumprir suas funções de forma adequada, não causando constipações e retardo no trânsito intestinal. É importante também aliar a ingestão da farinha a algum alimento fonte de vitamina C, para evitar a formação de radicais livres. 

Como consumir a farinha de berinjela

Ela pode ser consumida no dia a dia, misturada com iogurtes, salada de frutas, cuscuz, arroz, e outras preparações. A farinha de berinjela tem uma quantidade alta de fibras, portanto pode ser muito bem utilizada em pães, bolos, biscoitos e outras massas. Porém, justamente por esse motivo, ela não tem uma boa fermentação, e precisam ser unidas à farinha de trigo refinada nas receitas. 

Compare a farinha de berinjela com outros alimentos

  • Quando falamos em fibras, a farinha de berinjela é rica nelas, ultrapassando, por exemplo, a famosa farinha de banana verde, que contém cerca de 2,66 gramas de fibras em duas colheres de sopa (30 g), contra 6,8 gramas de fibras em uma colher de sopa da farinha de berinjela, ou seja, 2,5 vezes mais em metade da quantidade! Sem esquecer, porém, que o forte da farinha de banana verde está no seu amido resistente, portanto vale aliar os dois alimentos.

Combinando a farinha de berinjela

Farinha de berinjela + Frutas cítricas Um dos problemas do consumo constante da farinha de berinjela é a formação de radicais livres, que podem prejudicar nosso organismo de diversas formas. E apesar de ela ser rica em antioxidantes, vale a pena aliá-la a outros alimentos fontes de nutrientes com essas propriedades, como a vitamina C. Por isso, vale apostar no consumo da farinha com frutas cítricas.

Contraindicações

Não existem contraindicações específicas ao consumo da farinha de berinjela, a não ser o cuidado de consumi-la com alimentos antioxidantes, para evitar formação de radicais livres.



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AMADOS .



Nesse domingo teremos um culto , onde sera feito a consagração de nossos obreiros .
Esteja lá com a gente , para juntos agradecermos ao DEUS  E PAI por mais essa vitória.
as 18.00 Horas.

Bispo Roberto Torrecilhas