quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Igreja Renascer: Para vizinhos campanhas para reconstrução da sede é desculpa para arrecadar dinheiro. Local pode virar museu do cinema

Dia 18 de janeiro completa dois anos do desabamento do teto da Igreja Renascer em Cristo sede localizada na Avenida Lins de Vasconcelos, 1108, Cambuci, bairro histórico de São Paulo. Na ocasião nove pessoas morreram e centenas ficaram feridas.
Segundo informações, até o momento nenhuma das vítimas foi indenizada.
Em setembro do ano passado duas vítimas ganharam o processo indenizatório em segunda instância e receberiam R$10 mil reais cada uma, mas a igreja entrou com recurso que até o momento não foi julgado.
A Renascer já havia recorrido da decisão de primeira instância alegando que sua culpa no incidente não foi comprovada, já que havia contratado profissionais para avaliação da estrutura de sustentação do telhado.
Depois desse incidente os moradores da região se uniram para impedir que outro templo seja erguido no local. A proposta é criar no local uma Praça do Cinema e abrigar o Museu do Cinema do Sr. Antonio Vituzzo, já que, antes de ser templo, o imóvel abrigou durante décadas o Cine Riveira.
“Isso valorizaria o bairro e se transformaria em um espaço turístico”, diz Roberto Casseb, da Associação de Preservação Cambuci e Vila Deodoro (Aclimação). Ele explica que o acervo do Sr. Antonio Vituzzo tem mais de 10 mil peças, sendo o maior Museu particular do mundo.

Reconstrução

Mas para que isso aconteça é necessário que a prefeitura desaproprie o local, pedido já feito pela associação que tem um site na internet pedindo assinaturas de apoio. “Em troca a Prefeitura daria um terreno mais adequado a Renascer para construir sua sede, acabando com os problemas que os cultos causavam aos moradores com o barulho e impacto no trânsito.”, defende Roberto.
Quem frequenta os cultos na nova sede, Renascer Hall, e também quem costuma ouvir a programação da Rede Gospel e da Rádio Gospel FM está acostumado com mensagens sobre a reconstrução do prédio da Lins e até ouve falar em desafios financeiros para a construção do templo. Mas quem mora no Cambuci não acredita na hipótese de voltar a ter cultos no mesmo local.
“Acho difícil a reconstrução da Renascer na Lins. Existe uma resistência grande dos moradores e o desgaste que os líderes da Igreja tiveram nos últimos anos com as acusações de enriquecimento ilícito criam uma dificuldade política também”, confessa Roberto Casseb que também é diretor do jornal do bairro.
A ideia de todos que participam da associação de moradores não é fechar a igreja Renascer, somente que a nova sede seja construída em um local que cause menos transtorno. “O fato dos líderes falarem da Reconstrução é natural para continuarem a arrecadar mais dinheiro e afirmarem sua posição. Acredito que não passa de retórica”, encerra Roberto.
Fonte: Gospel Prime

Presbítero teria sido assassinado por jovens da Assembléia de Deus por ter sido escolhido como líder de juventude

Airton Vargas, de 44 anos, teria discutido com dois integrantes do grupo de jovens da igreja, que são os principais suspeitos de terem matado com uma facada o religioso.
Os suspeitos pela autoria do crime, Adelir Gonçalves e Elias Martins, ainda estão foragidos.
“O corpo já passou pela necropsia e o caso está na Delegacia de Rio das Antas”, explicou o delegado Arilton Zanelatto.
Segundo a polícia, a vítima teria sido nomeada coordenadora do grupo de jovens. E os dois suspeitos, que não aceitaram a decisão, teriam ido até a casa de Vargas para tirar satisfações. Por volta das 19h30min deste domingo, o trio iniciou a discussão e chegou a entrar em luta corporal.
A vítima acabou morta em frente à residência, no bairro Bela Vista, logo após a discussão. Um dos suspeitos teria desferido uma facada nas costas do presbítero. A arma do crime, uma faca artesanal cuja lâmina mede 30 centímetros, foi apreendida pela polícia.
O responsável pela delegacia de Rio das Antas, Cláudio Sanches, revela que um inquérito policial já foi instaurado para investigar o crime.
— Segundo informações prestadas pelas testemunhas em depoimento, o crime teria sido motivado por discussões religiosas.
Até o final de tarde desta segunda-feira, os dois suspeitos continuavam foragidos. Nesta terça, a polícia deve solicitar ao Judiciário um mandado de prisão preventiva da dupla, que deve responder por homicídio qualificado.
Fonte: ClicRBS

Igreja Universal é condenada a pagar R$2,6 milhões a pastor expulso por suposto adultério

Pelo regimento interno da igreja, teria de ser instaurado um procedimento para se provar o adultério, o que não ocorreu. O pastor recorreu à Justiça com a queixa de que sofreu danos morais, além de ter o seu casamento desfeito.
No entendimento do juiz substituto Glener Pimenta Stroppa, da 49ª Vara do Trabalho, a ex-mulher do pastor, quando deu depoimento como testemunha, mostrou-se “pressionada a firmar declarações mentirosas em relação à conduta infiel” do marido. Disse que o pastor foi exposto a “uma situação constrangedora e de vergonha” diante de sua família.
Stroppa reconheceu que a sentença extrapola a competência da Justiça do Trabalho porque considera aspectos (como adultério) que não fazem parte de uma relação trabalhista. Lembrou, contudo, que tal abordagem tem o amparo de uma emenda constitucional.
Há pelo menos outros dois pastores demitidos pelo mesmo motivo, ambos de cidades do interior paulista. Em uma das gravações de videoconferência de 2008 da Universal obtidas pela Folha de S.Paulo, o bispo Romualdo Panceiro, o segundo na hierarquia da igreja, aparece dispensando-os sumariamente.
Um dos pastores foi denunciado à igreja pela própria amante, uma “senhora casada”. Como prova do adultério, ela citou uma particularidade dele. Nas gravações, o bispo questionou o pastor diante de seus colegas: “Como ela vai saber que seu saco é raspado?”



Fonte: Paulopes

Tragédia no Rio: Prefeito evangélico estaria impedindo vítimas católicas de receberem donativos

“Falaram isso sem o menor constrangimento. O prefeito (Jorge Mário Sedlacek) é evangélico e não quer que a ajuda vá para os católicos. As pessoas se cadastraram, mas foram discriminadas. Nessa situação tão grave, não tem confissão religiosa, não pode ter essa competição ideológica. Isso é um pecado mortal, ainda mais vindo de pessoas cristãs”, disse o padre, da igreja do Sagrado Coração de Jesus de Barra do Imbuí, área bastante afetada pelas chuvas.
Ele contou que foi alugado um galpão, na frente da igreja, para onde seriam levados roupas e alimentos que emissários recolheriam do montante estocado no Pedrão. A intenção era fazer do galpão um centro de distribuição para atendimento de moradores de bairros como Posse, Campo Grande e Espanhol, onde famílias inteiras morreram.
Sem querer entrar em detalhes sobre a religião do prefeito, o padre Mario José Coutinho, decano da Diocese de Petrópolis, disse que a situação é de boicote à Igreja Católica. “É surreal, uma ofensa, uma vergonha, uma agressão à humanidade. Transformaram uma questão humanitária em religiosa”, criticou.
Amanhã, antes de rezar uma missa de sétimo dia no Imbuí, o bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro, terá uma reunião com o prefeito para discutir o assunto. Dos 21 abrigos abertos em Teresópolis, metade foi providenciado em igrejas evangélicas.

Fonte: Estadão

ENCHENTE EM JAGUARIÚNA - Aumento de vazão de água tira 70 famílias de casa em Bragança Paulista (SP)

Na cidade de Bragança Paulista (85 km de SP), 70 famílias estão fora de casa por conta do aumento da vazão de água descarregada no rio Jaguari, anunciado pela Sabesp. De acordo com a prefeitura, a medida é preventiva na maior parte dos casos.
Sabesp anuncia aumento na vazão de água na represa Jaguari
O número de imóveis afetados pode chegar a 100, afirma a prefeitura. As casas ficam principalmente na zona rural da cidade, na margem do rio.
O município tem dois abrigos disponíveis para as pessoas que precisarem deixar suas residências. Até as 16h30, entre 15 e 20 famílias estavam nos abrigos. As outras pessoas buscaram ajuda de parentes e amigos.
Na última semana, parte do centro da cidade --com casas e estabelecimentos comerciais-- ficou alagada por conta das fortes chuvas, segundo a prefeitura. A água já baixou no local, mas muitos prédios foram interditados pela Defesa Civil e alguns podem ser demolidos, diz a administração.
OUTRAS CIDADES
O aumento da vazão de água descarregada no rio Jaguari começou às 7h desta terça-feira --a vazão passou de 60 mil litros por segundo para 80 mil litros por segundo.
Além de Bragança Paulista, Jaguariúna (123 km de SP), Pedreira (137 km de SP) e Amparo (133 km de SP) também podem ser afetadas.
A prefeitura de Pedreira informa que a previsão é de que a água chegue à cidade no início da madrugada de amanhã. Até as 16h, nenhuma família precisou sair de casa.
A administração diz ainda que a água do rio baixou cerca de 1,5 metro nos últimos dias, o que diminui as chances de alagamentos. De qualquer forma, a Defesa Civil local está de prontidão.
Em Amparo, a água deve chegar por volta das 19h. As famílias que moram na região que pode ser afetada pela cheia já deixaram seus imóveis desde o dia 11 de janeiro, de acordo com a prefeitura. No total, são 117 famílias, sendo que oito delas estão em abrigos e 109 em casas de parentes ou amigos.
Em Jaguariúna, a administração avisou os moradores sobre o aumento da vazão da água. A cidade registra desde a semana passada trechos de alagamentos devido à cheia do rio Jaguari. Ao menos dez bairros sofreram com a enchente, que atingiu casas de veraneio e chácaras. Em alguns locais, moradores passam o dia à beira d'água e usam pedras para monitorar o nível do rio.
VAZÃO
No último sábado (14), a Sabesp havia alterado o volume de água despejada no rio, passando de 40 mil litros segundos para 60 mil litros por segundo.
A média de vazão da represa no rio é de 1.000 litros por segundo.
A companhia informou que a manobra é necessária para permitir que a represa Jaguari consiga reter as fortes chuvas que atingem a região.
O vazamento da represa causou duas grandes erosões próximas a Pedreira.

PM consegue vínculo de emprego com a Igreja Universal

Não adiantou a alegação da Igreja Universal do Reino de Deus de que a prestação de serviços de uma policial militar era apenas uma forma de “bico”.

A Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro reconheceu o vínculo de emprego entre a trabalhadora e a instituição religiosa e, agora, ao não conhecer do recurso de revista da igreja quanto a esse tema, a Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a sentença. No único assunto examinado com mais profundidade pelo colegiado, o resultado também foi desfavorável à empregadora: ela terá que pagar a multa do artigo 477, parágrafo 8º, da Consolidação das Leis do Trabalho - a multa prevista para a quitação atrasada das verbas rescisórias.

Segundo a instituição, o ônus de provar o vínculo de emprego era da trabalhadora, e não da igreja, como entendeu a decisão do TRT. Afirma, em seu recurso, que a profissional prestava serviços na forma de “bico” como policial militar, cabendo à trabalhadora provar que não se tratava de trabalho esporádico e que estavam presentes os requisitos do vínculo de emprego. Acrescenta que o serviço sempre esteve vinculado aos plantões da corporação (Polícia Militar), que não tinha liberdade para escalar a policial, podendo ser substituída, o que afasta a hipótese de subordinação e pessoalidade.

Segundo o relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, o que se verifica é que a prestação de serviços foi admitida pela Igreja Universal na defesa e que “a prova oral comprovou a subordinação, bastando para se chegar a tal conclusão a leitura dos depoimentos”, conforme registra o TRT/RJ. Quanto ao ônus probatório, o relator concluiu que, ao admitir a prestação de serviços, caberia à instituição “comprovar que tal prestação não se deu de modo a configurar uma relação de emprego”, conforme registrou o TRT. Para o ministro Renato, o ônus da prova foi regularmente distribuído.

De acordo com o relator, não há, no acórdão regional, a violação, alegada pela instituição religiosa, dos artigos 2º, 3º e 818 da CLT e 333, I, do CPC, nem divergência jurisprudencial quanto à questão do vínculo. Além disso, o ministro observou que a decisão está conforme a Súmula 386 do TST, pela qual, ao serem preenchidos os requisitos do artigo 3º da CLT, o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada é legítimo, independentemente do cabimento de penalidade disciplinar do Estatuto do Policial Militar.

Quanto ao pagamento da multa prevista no parágrafo 8º do artigo 477 da CLT, decorrente de relação empregatícia reconhecida por decisão judicial, o tema foi examinado no mérito por apresentar divergência jurisprudencial. Em relação a isso, o relator foi taxativo: “A empregadora, ao não admitir o vínculo de emprego, aguardando a decisão judicial, correu o risco de pagar a multa prevista para a quitação atrasada das verbas rescisórias”. O ministro acrescenta, ainda, que, no caso, trata-se “de fraude levada a efeito pela empregadora, ao tentar mascarar a relação empregatícia com a trabalhadora, alegando tratar-se de policial militar, com o qual não é permitida a configuração do vínculo empregatício”.

Ao final, o relator concluiu ser cabível a condenação ao pagamento da multa do artigo 477da CLT. O voto do relator foi adotado pela Segunda Turma, que negou provimento ao recurso da Igreja Universal.

Fonte: Rondônia Jurídico

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Na Turquia, 187 mil mulheres dividem o marido com outra

Na Turquia, país muçulmano laico que aspira a ingressar na União Europeia, 187.000 mulheres dividem o marido com uma segunda amante através do casamento religioso, mesmo a poligamia sendo considerada ilegal, revelou um informe consultado pela AFP esta terça-feira.
Esta prática ocorre especialmente no sudeste do país, área pobre e com tradições feudais, povoada em sua maioria por curdos, mas também no oeste industrializado, destacou um estudo de dois demógrafos turcos da Universidade de Hacettepe.
O informe foi apresentado na semana passada a uma comissão parlamentar sobre a igualdade de possibilidades para homens e mulheres. A maioria dos homens toma uma segunda mulher quando a primeira não pode ter filhos ou se a primeira não tiver tido filho homem, destacou o estudo.
Mais de sete milhões de mulheres, de uma população de 73 milhões de habitantes, teriam se casado por decisão dos pais, ou seja, através de um um casamento arranjado, e cerca de 5,5 milhões de mulheres se casaram antes da idade legal, que é de 18 anos, acrescentou o estudo.
Quatrocentas e cinquenta mil mulheres, a maioria no sudeste asiático, estão unidas aos seus maridos por meio de um casamento religioso, a princípio proibido na falta de um casamento civil, e não têm os direitos conferidos a uma mulher legítima.
A Turquia multiplicou as reformas a favor das mulheres para reforçar suas chances de aderir um dia à UE. Mas na prática e na cultura ainda resta muito a fazer para reduzir as discriminações de que são vítimas as mulheres, segundo as organizações feministas.
AFP

Governo federal cria blog para divulgar ações no Rio de Janeiro Página foi colocada no ar pela Presidência da República nesta terça (18). No blog, é possível encontrar também número de contas para doação.

Blog enchentes Do G1, em Brasília

Blog criado pelo governo federal foi colocado no ar
nesta terça-feira. (Foto: Reprodução/G1)
O Palácio do Planalto criou um blog que reúne informações sobre as ações do governo federal em auxílio às vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro.
O blog foi colocado no ar nesta terça-feira (18), e reúne informações atualizadas de todos os ministérios envolvidos nos trabalhos de ajuda no estado.
As informações são atualizadas pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).  Quem acessar o blog terá detalhes sobre as ações nas localidades atingidas, números de contas bancárias para doações, endereços para envio de mantimentos, vídeos, fotos e áudios. O blog Mobilização Federal na Região Serrana do RJ pode ser acessado pelo endereço: http://mobilizacaofederal.blogspot.com/

"O Uso que Deus faz das Tragédias Pessoais"

Imagine você, do dia para noite, migrar de filho protegido e predileto do pai, o preferido da mãe, aquele que tem do bom e do melhor, para escravo, desprotegido e desprezado como uma mercadoria qualquer.
Imagine você migrar de administrador mais importante de uma das casas mais importantes de um império, e por uma injustiça se tornar um prisioneiro num lugar fétido e frio.
Imagine você, agora na prisão, revela o que irá acontecer com dois dos prisioneiros da masmorra, um deles será libertado e servirá o grande imperador, e você pede que ele o ajude a sair daquele lugar contando ao grande suserano a injustiça da qual você foi objeto. E ele, o prisioneiro te esquece por dois anos inteiros.
Se tudo isso acontecesse com você, que sentimentos teria? Que palavras você diria ao Senhor? Que tipo de postura teria para com o seu Deus? Essa história é a de José, que em treze anos de sua vida experimenta todas essas sucessivas tragédias. De protegido para serviçal, de chefe para encarcerado, de amigo para esquecido. Que tragédia!
Porém, mal sabia José que Deus faria uso dessas tragédias para torná-lo um grande homem, um grande administrador e um grande senhor no Egito. Certamente essa sucessão de tragédias na vida de José visou seu crescimento, seu amadurecimento e seu preparo para um futuro glorioso e reconhecedor.
O uso que Deus fez das tragédias pessoais de José visavam o seu crescimento como homem. De um rapaz inconveniente,"chato", "dedo duro" e acusador (Gn. 37.2) para um homem respeitoso, agradável e perdoador (Gn. 45.4,5).
O uso que Deus faz das tragédias pessoais de José objetivava o seu amadurecimento de um rapaz protegido e mimado pelo pai para um homem seguro e dependente de Deus Pai (Gn. 45.7).
O uso que Deus faz das tragédias pessoais de José serviram para prepará-lo para um futuro glorioso e reconhecedor migrando de um reles escravo e um marginalizado prisioneiro para o segundo homem mais importante do império da época (Gn. 41.39-44).
Diante de tudo o que José passou, podemos inquirir, por que, algo assim teve que acontecer? A resposta está na própria história de José que nos mostra que Deus está trabalhando, e fará uso de nossas tragédias pessoais para cumprir os seus propósitos em nossas vidas, como foi com Jó, Paulo, e muitos outros servos leais e fieis ao seu Senhor, como você.
Que o Senhor encha o nosso coração de toda a sabedoria para percebermos a história que Ele está escrevendo por meio de nossas tragédias pessoais.
Deus te fortifique.
Do pastor que sofre quando sua ovelha sofre
Pastor Darcy

PASSA DE 690 OS MORTOS NA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO.

Em Friburgo, veículos desceram pela encosta Uma semana após tragédia, RJ tem 21 mil desalojados e desabrigados

Há ao menos 182 pessoas desaparecidas em sete municípios.
Número de mortos chega a 694 em 6 cidades, segundo as prefeituras.

Uma semana depois dos primeiros deslizamentos, na noite do dia 11 de janeiro, na Região Serrana do Rio, mais de 21,5 mil pessoas estão desalojadas e desabrigadas em sete municípios da área, segundo os números das prefeituras de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Areal.O numero de mortos na região já chega a 694 em 6 cidades e ainda há pelo menos 17 localidades em que não é possível chegar a não ser de helicópteros ou carros 4x4.Pelos últimos levantamentos dos municípios, são 325 mortos em Nova Friburgo, 278 em Teresópolis, 62 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim. A prefeitura de São José do Vale do Rio Preto explica que 6 corpos foram encontrados na cidade, mas não há confirmação que eles sejam moradores do município. Segundo a prefeitura, eles podem ser de moradores de outras cidades e chegaram até lá pela correnteza do Rio Preto.O número de desaparecidos segue incerto. Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro já contam com 182 com paradeiro desconhecido. Mas há cidades em que não há lista de desaparecidos.A Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil tem feito um levantamento próprio e informou às 13h10 que são 677 mortos no estado, sendo 320 em Nova Friburgo, 278 em Teresópolis, 59 em Petrópolis e 20 em Sumidouro.Segundo a Polícia Civil, até as 11h45 desta terça-feira (18), 678 corpos já foram resgatados e identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 277 em Teresópolis, 319 em Nova Friburgo, 58 em Petrópolis, 19 em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.
Ainda em Teresópolis, caminhão é atingido
Em Friburgo, veículos desceram pela encosta
(Foto: Tássia Thum / G1)
Nova Friburgo
A Prefeitura de Nova Friburgo registra 325 mortos. A Secretaria de Comunicação da prefeitura diz que não há como separar desabrigados de desalojados, porque muita gente procurou abrigo em casa de parentes, amigos ou vizinhos. A prefeitura calcula que existam na cidade entre 5.200 e 6 mil desalojados e desabrigados, e afirma que não há mais bairros isolados na cidade.
O abastecimento de água e de energia, de acordo com a prefeitura, já foi restabelecido em cerca de 70% de Nova Friburgo. Técnicos voluntários inclusive de outros estados trabalham para restabelecer os serviços de telefonia. O maior problema agora, é a coleta de lixo, já que além de sofás e outros objetos de grande porte, ainda há grande quantidade de troncos de árvores e pedras que precisam ser removidos das ruas da cidade.
Em Teresópolis, caminhão ficou suspenso com a força
das águas (Foto: Thamine Leta/G1)
ponte bom jardim
Teresópolis e PetrópolisEm Teresópolis, segundo a prefeitura, grande parte do 3º Distrito, como é chamada a Zona Rural ainda tem dificuldade de acesso por terra. A área representa 66% do município. O último relatório da Defensoria Pública e da Defesa Civil registrou 278 mortos na cidade. Destes, 235 já foram identificados e sepultados. Segundo a prefeitura, há cerca de 3.000 pessoas abrigadas em um dos 27 locais disponibilizados pela prefeitura e 2.000 em casas de parentes e amigos.

Em Petrópolis, a chuva deixou 62 mortos, 224 desabrigados e 2.805 desalojados. De acordo com a prefeitura, 26 pessoas estão desaparecidas e apenas a localidade de Brejal segue isolada.
A destruição da ponte de Bom Jardim dividiu a cidade
em duas (Foto: Tássia Thum / G1)
Bom Jardim
Em Bom Jardim, segundo a prefeitura, foi encontrado o primeiro corpo na cidade nesta terça, oficialmente, encontrado no distrito de São José do Ribeirão. Quatro pontes caíram na cidade que, por causa disso, está dividida em quatro regiões. Há muitas áreas em que a ajuda só chega de helicóptero. Entre elas: Banquete, São José do Ribeirão, São Miguel, Bem te vi, Bom Destino e Jardim Boa Esperança.
São José do Vale do Rio Preto Toda a frota da prefeitura foi destruída pelas águas, o que dificulta o acesso das equipes de resgate e serviço na cidade e 1.200 pessoas estão desalojadas e 700 estão desabrigadas.
Carro destruído em São José do Vale do Rio Preto
(Foto: Glauco Araújo/G1)
São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro
Em São José do Vale do Rio Preto, segundo a prefeitura, foram encontrados seis corpos que foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Petrópolis. Não há registro de desaparecidos. As chuvas deixaram 2.064 desabrigados e desalojados. Na cidade, as localidades conhecidas como Poço Fundo, Parada Morelli e Areias seguem ilhadas.
Destruição em Areal Em Sumidouro, a prefeitura contabiliza 22 mortos e cinco desaparecidos. Por causa da dificuldade de comunicação, o órgão ainda contabiliza o número de desabrigados e desalojados. Há ainda sete localidades com acesso restrito: Santo André, São Bento, Cascata, Itororó, Fazenda Boa Vista, Fazenda Santa Cruz e Pilões.
Prédio de dois andares destruídos em Areal
(Foto: Arthur Emanuel Vieira da Cruz/VC no G1)
Areal
Em Areal não houve mortos, segundo a prefeitura. Mas a chuva causou estragos, destruindo 50 casas e interditando várias pontes que fazem ligações entre os bairros do município.
Apenas o bairro Amazonas está numa área onde o acesso é muito difícil, mas mesmo assim, a ajuda está chegando aos moradores. A prefeitura calcula que 1.200 pessoas estão desabrigadas e 2.500 desalojadas.

Fonte G1

O que é ser evangélico?

Determinar a identidade do evangélico brasileiro é difícil tanto para estudiosos quanto para líderes do segmento.

Dizem que, para algumas perguntas, não existe resposta. Ou então, há várias, mas que nenhuma pode ser considerada totalmente correta. Parece ser o caso de uma questão com a qual os brasileiros passaram a lidar com maior frequência nos últimos anos, em grande medida por conta das implicações sociais: o que significa ser evangélico em nosso país?

Não vale a pena apressar-se em responder, até porque se trata de um questionamento retórico, que leva a outras indagações. Como definir a pessoa que assim se classifica? E que traços a identificam e distinguem daquela que não se apresenta como tal? Há algumas décadas, uma resposta evidente seria: “Evangélicos são os bíblias, que andam de terno ou saia longa no domingo e vão à igreja de crentes.” Reducionista e pejorativa, tal definição, embora comum no passado, já era incapaz de abranger um conceito tão amplo. Mas servia, ao menos, como forma de distinguir os cristãos protestantes, que também eram notados pelo modo de vida frugal e conduta modelar. Sim, ser “bíblia” era sinônimo de integridade noutros tempos…

Hoje, porém, esse perfil não cabe mais. No que diz respeito a hábitos e estilos, tanto as roupas protocolares quanto a Bíblia de capa austera não constituem mais características dominantes entre os membros e frequentadores de igrejas evangélicas, principalmente no contexto urbano. O estereótipo de que crente é gente pobre caiu por terra há pelo menos uma geração: ao contrário de seus pais, os evangélicos de hoje – ou melhor, parte significativa deles – já não têm pudores em acumular bens materiais e almejar a prosperidade neste mundo. Além disso, escândalos recentes envolvendo líderes e denominações, principalmente nas últimas duas décadas, mancharam a imagem de probidade antes atribuída a todos os protestantes. Até em termos de pesquisa (e vem aí um novo Censo) fica difícil determinar se uma pessoa é ou não evangélica. Isso porque, nas pesquisas sobre pertencimento religioso realizadas pelo Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), o termo é usado para englobar qualquer crença fora do catolicismo que se afirme cristã, o que coloca no mesmo caldo, por exemplo, as testemunhas de Jeová e os mórmons, apesar das profundas diferenças teológicas e doutrinárias desses grupos com o segmento evangélico. Junte-se ainda o fato de várias pessoas se apresentarem como “evangélicas” por motivos nada espirituais, como o artista que precisa virar notícia para sair do ostracismo ou o criminoso – de colarinho branco ou não – instruído a passar uma imagem de “gente de bem” que está sendo injustiçada.

Ser evangélico, hoje, já nem significa necessariamente ter ligação visceral com uma igreja, o que costumava ser uma característica fundamental dos crentes. “O evangélico não praticante já é uma realidade”, opina a pesquisadora Eunice Zillner, do Ministério de Apoio com Informação (MAI). “Em minhas pesquisas, tenho encontrado pessoas que se dizem evangélicas, mas não praticantes.” Ou seja, ser evangélico, no país, tornou-se um conceito extremamente vago. “Não existe uma Igreja Evangélica no Brasil; é simplismo pensar assim”, afirma o pastor Ricardo Gondim, dirigente da Igreja Betesda, em São Paulo. “Não é possível traçar um perfil, pois o termo ‘evangélico’ não possui características que o nomeiem.” Para exemplificar a fragilidade dessa ideia, Gondim cita o próprio movimento social do país: “Sempre se acreditou que, à medida que os evangélicos crescessem no Brasil, o país seria afetado. Isso é um pensamento ingênuo, pois conforme um movimento cresce, a tendência é ficar parecido com o meio que está inserido.”

“Mosaico”
Essa indefinição faz com que a identidade evangélica permaneça à deriva e, portanto, passível de rotulações. Na opinião do sociólogo cristão Paul Freston, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal de São Carlos e professor de sociologia do Calvin College (EUA), esse fenômeno gerou uma imagem pública do evangélico fortemente associada às igrejas neopentecostais – denominações cuja pregação e prática difere frontalmente do protestantismo clássico. “Isso tem implicações negativas nos setores mais intelectualizados da sociedade”, analisa o pesquisador. “A identidade ficou comprometida. Essa ideia começou com os políticos, quando começou a se eleger bancadas evangélicas. A imagem começou a se prejudicar com a corrupção e o despreparo para a função pública”. A forte presença midiática corrobora esta percepção. “O neopentecostalismo não tem essa força toda, mas a imagem da mídia ajuda as pessoas a acharem que são todos ‘farinha do mesmo saco’.”

O pastor presbiteriano, teólogo e escritor Augustus Nicodemus Lopes compartilha a opinião de Freston. “O termo ‘evangélico’ passou a designar mais especificamente os neopentecostais, devido ao fato de eles se apresentarem como tal, o que é questionado por vários ramos protestantes”, avalia. Nicodemus diz que a diferença brutal entre eles e o cristianismo histórico não foi percebida pela mídia, que desconhece o assunto, passando a tratá-los por essa designação. O pastor destaca outro fator importante que não pode ser menosprezado por qualquer pessoa que pretenda chegar a uma definição sobre a identidade do crente nacional. “Sem dúvida, o Brasil é influenciado por outros países. A massa evangélica brasileira pouco tem de original. É moldada por idéias, práticas e costumes oriundos dos Estados Unidos”. A exceção, continua, está justamente no neopentecostalismo.

“A Igreja Universal do Reino de Deus e seus derivados, originalmente, são uma produção brasileira, valendo-se das religiões afrobrasileiras para suas estratégias de crescimento. É aqui que talvez resida a identidade própria dos evangélicos brasileiros, no movimento de batalha espiritual e teologia da prosperidade, que reagem mais ao espiritismo e catolicismo.” Analisado dessa maneira, o fenômeno evangélico nacional – marcado por multiplicação de igrejas e denominações, ocupação de mais espaços públicos e privados e presença marcante nos meios de comunicação – tem tanto a ver com religião quanto com outras dimensões sociais, como a política, o mercado de consumo e a mídia. Portanto, não faria mais sentido responder à pergunta: “O que é ser evangélico?” apenas sob o ponto de vista da adesão à fé protestante.

“Evangélico deveria ser aquele que assume um compromisso ético e moral com o Evangelho, mas não é isso que vemos hoje”, declara Ricardo Bitun, sociólogo e pastor da Igreja Manaim, na capital paulista. “Hoje o segmento evangélico é um leque.” Para ele, não existe mais homogeneidade. “A gente vivencia um corpo multiforme, com variedade de liturgias contraditórias que não combinam. É uma mistura, um mosaico. Isso impossibilita traçar um perfil do evangélico.”

Conjunção de influências
Mário Sérgio Cortella, sociólogo e professor titular da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, associa essa imagem multifacetada a um movimento social bastante conhecido no Brasil: a migração. “O perfil do evangélico baseado nas igrejas neopentecostais é o pertencimento às classes C, D e E, migrante, que trouxe para a cidade grande valores que haviam sido deixados na roça, como a figura do demônio, reformatada pelos neopentecostais para dentro da igreja”, afirma. O estudioso lembra que o Brasil sempre teve uma cultura católica – todavia, nos últimos quarenta anos, a sociedade passou a ver as práticas cristãs sob uma nova perspectiva. “O evangélico hoje é alguém que foi católico ou que nasceu na tradição reformada. Da mesma forma, há um aumento no número de pessoas que circulam por várias práticas religiosas, o que também caracteriza o evangélico no Brasil.”

Por força dessa conjunção de influências, a fidelidade à igreja, antes marca reconhecidamente evangélica, também começou a se perder. Na sua avaliação, a falta de identidade religiosa, antes associada aos fiéis do catolicismo, já é uma característica também do segmento evangélico. O sociólogo credita essa tendência à redução na participação comunitária das pessoas nas igrejas – prática presente nas denominações históricas e que desapareceu nas igrejas de surgimento mais recente: “Essas igrejas, à semelhança da Católica, possuem um clero centralizado, o que leva ao descompromisso por parte dos membros.”

Para líderes da velha guarda, carece de sentido essa história de evangélico não praticante. “Ser evangélico é unir-se a uma igreja chamada evangélica. O perfil do evangélico, de acordo com a Bíblia, é aquele que viveu a experiência da conversão, tem certeza dela e segue os ensinamentos da Bíblia, além do batismo e da vida cristã”, enumera, do alto de seus 97 anos de idade, o pastor batista pentecostal Enéas Tognini. “Para ser evangélico, você deve ser convertido e praticante. O que acontece é que alguns grupos só querem crescer numericamente, mas não ensinam o povo a passar por uma mudança de vida verdadeira”, sentencia.

O pastor Sócrates de Oliveira, diretor executivo da Convenção Batista Brasileira (CBB), também se vale da objetividade para determinar o que seria um perfil dos crentes em Jesus: “São pessoas que tiveram uma experiência pessoal com Deus a partir da leitura da Bíblia. Essa experiência faz com que queiram tornar-se membros de uma igreja, submetendo-se ao batismo, um ato de pública profissão fé espiritual”. Além disso, continua, os evangélicos procuram crescer no conhecimento da vida cristã, buscam anunciar essas verdades a todos “e têm uma conduta espiritual e moral digna dos valores enunciados na Bíblia”, resume. Apesar disso, Sócrates reconhece que houve uma mudança de paradigmas. “Acho que atualmente o termo evangélico está completamente desvinculado do que realmente identificava os crentes há cerca de vinte anos. Hoje, existe um grande número de templos que se identificam como igrejas evangélicas. Entretanto, não passam de organizações sem princípios bíblicos ou doutrinários, o que não permite que possam ser consideradas como tais.”

“Perfil do Senhor”
Há quem não veja motivo para fazer distinção entre o sentido da palavra “evangélico” nos dias atuais e em um suposto passado perdido. É o que pensa, por exemplo, o pastor Jabes Alencar, líder da Assembleia de Deus de Bom Retiro, em São Paulo. “Para mim, ser evangélico é crer no Evangelho, seja em que tempo for”, sintetiza. Jabes reconhece que, atualmente, muitos cristãos, inclusive líderes, evitam dizer-se evangélicos, já que no sistema religioso também esconde-se gente que com seus atos depreciam o Evangelho de Jesus. Mas acha que tal postura não faz sentido. “Daqui a pouco, vão dizer que não são mais brasileiros porque o Brasil tem muita corrupção”, compara. “Portanto, permaneço sendo evangélico, servo de Deus, cristão, assim como todos os homens de Deus se posicionaram ao longo da história.”

Isso talvez resolva a questão semântica, mas não oferece uma resposta definitiva à pergunta fundamental, qual seja: o que define a identidade evangélica nacional? Se os hábitos e as liturgias das igrejas – para o bem ou para o mal – assimilaram e foram assimiladas pelo contexto cultural, o que sobra? Para o pastor Lourenço Stelio Rega, doutor em ciências da religião e diretor geral da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, a ética deveria ser a melhor resposta. “A questão da ética não é só na transmissão do ensino, mas na vivência real e concreta no cotidiano”, aponta. O professor lembra os primórdios da Igreja, quando a fé era tão impregnada no estilo de vida que os cristãos provocaram uma revolução religiosa e social no ambiente em que estavam inseridos. Segundo Rega, o conceito tornou-se vago pelo distanciamento entre a profissão de fé e a prática dos devotos. “Para tirar uma identidade própria dessa mistura é preciso conhecer mais profundamente a identidade do que é ser cristão no Novo
Testamento e assumir incondicionalmente o Evangelho como modo de vida.”

Mesmo assim, na opinião de vários teólogos e líderes de igrejas, é nessa capacidade de refletir o Reino que transforma o indivíduo e, consequentemente, a sociedade que os evangélicos podem encontrar seu maior traço de distinção. “Eu diria que o típico evangélico hoje é alguém que conheceu a Palavra de Deus e seu amor sendo pobre e morando na periferia de uma de nossas grandes cidades”, afirma o escritor Valdir Steuernagel, pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana. “A pessoa evangélica é, muitas vezes, uma mulher sozinha cuidando dos seus vários filhos. Esse perfil me parece significativo porque o encontro dessa pessoa com o Evangelho a transforma e coloca num patamar de dignidade de vida. Ele indica também que o Evangelho de Jesus Cristo tem um jeito fantástico de atingir as pessoas em seus dramas, promovendo-as a cidadãs do amor de Deus.”
Esse perfil, na opinião de Steuernagel, costuma ser contraposto por dois clichês: o do evangélico que quer levar vantagem em tudo que faz e o do crente retrógrado, aquele que nunca está em compasso com a sociedade e sua necessidade por mais justiça, amor e compreensão. “Esses estereótipos, porém, não são dignos do Evangelho de Jesus Cristo, e não devemos deixar que a nossa identidade seja moldada por eles”, frisa o religioso. “O nosso perfil deve ser modelado pelo Senhor. E isso deve acontecer em cada lugar e a cada geração.

Resgate

Foi a partir dessa visão que surgiu um termo alternativo para “evangélico”: o evangelical. Usada com relativa frequência, principalmente em países em que se fala o inglês, a expressão disseminou-se a partir da Conferência de Lausanne, em 1974, ligada a uma abordagem que se tonnou conhecida como Evangelho integral – qual seja, aquele que atende o homem na plenitude de suas necessidades, inclusive as físicas e sociais. A palavra serve para distinguir os cristãos nominais – ou simples frequentadores de igrejas – daqueles que se dispõem a fazer de sua fé motivo para engajamento e interação com a sociedade. “Várias pessoas acham que o evangelicalismo é um caso perdido e que os evangélicos históricos devem buscar um outro termo para se denominarem”, diz o bispo anglicano Robinson Cavalcanti, da diocese de Recife (PE). “Eu não acho. Várias instituições ainda levam o verdadeiro sentido e devemos resgatar o nosso termo.”

Ele sabe, porém, que o trabalho não será fácil. “As igrejas não ensinam mais ética nem enfatizam questões sociais. Elas transmitem moralismo e legalismo. O resultado é que o povo está despreparado, contaminado pelo mundanismo. Há uma crise de propagação da Palavra.” Mesmo assim, ser evangélico ainda significa algo. Ainda que não estejam vivendo totalmente de acordo com os ideais defendidos pelas Sagradas Escrituras, eles – sejam chamados de crentes, bíblias, protestantes ou cristãos – ainda se fazem notar. “Alguma diferença existe”, afirma o pastor presbiteriano Elben Lenz Cesar. “Nem que seja para dizer que o evangélico é menos secularizado, menos blasfemo, menos apático e mais crente, mais leitor da Bíblia, mais cristocêntrico e mais cuidadoso com a sua conduta”, opina.

Fé e prática
Enquanto líderes e teólogos se esforçam para elaborar uma resposta sobre o que significa ser evangélico no Brasil, os próprios – isto é, os evangélicos – preferem não teorizar sobre o que são. Para crentes de diferentes denominações, mais importante do que definir um perfil é identificar a própria fé com a pessoa de Cristo:

“Ser evangélico é ter o Evangelho em si, é seguir as coisas que Jesus ensinou em sua vida. Isso é o puro e simples Evangelho: fazer os outros conhecerem a Jesus.”
Wesley Fiorentini da Silva, 21 anos, estudante, membro da Assembleia de Deus (COM FOTO)

“Acho que ser evangélico é seguir o que diz a Bíblia, ir sempre à igreja, ouvir a Palavra de Deus e fazer o que o Senhor quer que a gente faça”
Mara Cristina Bastos Ferreira da Silva, 50 anos, dona de casa, membro da Igreja Paz e Vida

“Ser evangélico de verdade é viver o Evangelho de Cristo, ter parâmetros e conceitos de vida baseados no que o Senhor nos ensinou. Mas hoje virou uma máscara – ser evangélico virou um título”
Sinara Lopes Mota, 22 anos, crente batista e estudante

“Ser evangélico, no sentido real da palavra, é crer e obedecer ao Evangelho de Jesus. Para mim é ser servo, ser feliz, ser livre e fazer a diferença perante a sociedade cumprindo o mandamento maior que Jesus nos deixou: o amor”
Alexandre Soares, assessor de comunicação e assembleiano

“O evangélico é aquele que frequenta uma igreja e obedece à Bíblia, além ser exemplo de vida para os outros, isto é, influencia as pessoas com a sua fé”
Romina Fernandes Valente, 37 anos, comerciante, integrante do Ministério Coração Adorador

“Para um recém-convertido, igual a mim, e devido à vivência que estou tendo hoje, sei que ser evangélico é viver uma guerra constante. Por isso, é necessário estar sempre orando e louvando a Deus, buscando o caminho e a libertação e seguindo a Palavra de Deus, com o auxílio e a orientação dos pastores.”

Em busca de unidade
Líderes evangélicos discutiram a formação de uma aliança que una o segmento em torno de propostas à sociedade

No fim do ano passado, um grupo de noventa líderes evangélicos reuniu-se para tentar dar forma a algo que parece difícil: reunir os crentes brasileiros em torno de uma associação. Representantes de diversas denominações evangélicas, eles se encontraram na sede da Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo, no dia 14 de dezembro, para discutir a criação de um organismo evangélico que una igrejas, movimentos e entidades ligadas ao segmento protestante. A ideia não é nova: desde 1903, quando foi fundada a Aliança Evangélica Brasileira – mais tarde, transformada na Confederação Evangélica Brasileira (CEB) –, tenta-se algo neste sentido. A iniciativa mais bem sucedida até agora foi a Associação Evangélica Brasileira (AEvB), criada em 1991 e que tinha tudo para dar certo num momento em que os evangélicos voltavam a demonstrar preocupação com seu papel social.

Liderada pelo pastor Caio Fábio D’Araújo Filho, a AEvB conseguiu atrair a adesão de diversos e denominações. O instituição tornou-se referência da Igreja perante setores da imprensa e da política e teve participação destacada em diversos episódios e movimentos sociais, como o Rio, Desarme-se e o Reage, Rio. Contudo, a excessiva personalização da liderança acabou levando a AEvB ao fracasso. Com seu ministério abalado por problemas pessoais, Caio afastou-se da associação, o que provocou seu esvaziamento.

A ideia do novo grupo é justamente mudar esse histórico e consolidar algo mais abrangente e descentralizado. Segundo o pastor Valdir Steuernagel, representante da Visão Mundial Internacional e um dos organizadores do encontro, o propósito da foi o de estabelecer uma aliança. “Queremos buscar a direção de Deus e o discernimento do Corpo de Cristo quanto ao estabelecimento de uma rede por parte de segmentos expressivos da caminhada evangélica brasileira”, afirma. Após mais de quatro horas de reunião, os líderes presentes tomaram várias decisões, como a permanência do grupo de trabalho atuante e sua composição, além da discussão dos principais pontos discutidos na Carta de princípios divulgada publicamente antes do evento. A caminhada é longa: “Reconhecemos a necessidade de continuarmos conversando e de aglutinar mais pessoas em torno da proposta”, encerra Steuernagel.

Fonte: Cristianismo Hoje

Igreja acusa prefeitura de impedir auxílio a vítimas

A prefeitura de Teresópolis está sendo acusada de impedir a distribuição de donativos por parte da Igreja Católica.

Segundo o padre Paulo Botas, integrantes da comunidade católica que foram até o estádio Pedrão ouviram de funcionários municipais que "nenhuma igreja católica de Teresópolis iria receber doações". A prefeitura desmente a informação - diz que não passa de boato e que a religião dos desabrigados não é fator levado em consideração.

"Falaram isso sem o menor constrangimento. O prefeito (Jorge Mário Sedlacek) é evangélico e não quer que a ajuda vá para os católicos. As pessoas se cadastraram, mas foram discriminadas. Nessa situação tão grave, não tem confissão religiosa, não pode ter essa competição ideológica. Isso é um pecado mortal, ainda mais vindo de pessoas cristãs", disse o padre, da igreja do Sagrado Coração de Jesus de Barra do Imbuí, área bastante afetada pelas chuvas.

Ele contou que foi alugado um galpão, na frente da igreja, para onde seriam levados roupas e alimentos que emissários recolheriam do montante estocado no Pedrão. A intenção era fazer do galpão um centro de distribuição para atendimento de moradores de bairros como Posse, Campo Grande e Espanhol, onde famílias inteiras morreram.

Sem querer entrar em detalhes sobre a religião do prefeito, o padre Mario José Coutinho, decano da Diocese de Petrópolis, disse que a situação é de boicote à Igreja Católica. "É surreal, uma ofensa, uma vergonha, uma agressão à humanidade. Transformaram uma questão humanitária em religiosa", criticou.

Hoje, antes de rezar uma missa de sétimo dia no Imbuí, o bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro, terá uma reunião com o prefeito para discutir o assunto. Dos 21 abrigos abertos em Teresópolis, metade foi providenciado em igrejas evangélicas.

Fonte: Estadão

Igreja acusa prefeitura de impedir auxílio a vítimas

A prefeitura de Teresópolis está sendo acusada de impedir a distribuição de donativos por parte da Igreja Católica.

Segundo o padre Paulo Botas, integrantes da comunidade católica que foram até o estádio Pedrão ouviram de funcionários municipais que "nenhuma igreja católica de Teresópolis iria receber doações". A prefeitura desmente a informação - diz que não passa de boato e que a religião dos desabrigados não é fator levado em consideração.

"Falaram isso sem o menor constrangimento. O prefeito (Jorge Mário Sedlacek) é evangélico e não quer que a ajuda vá para os católicos. As pessoas se cadastraram, mas foram discriminadas. Nessa situação tão grave, não tem confissão religiosa, não pode ter essa competição ideológica. Isso é um pecado mortal, ainda mais vindo de pessoas cristãs", disse o padre, da igreja do Sagrado Coração de Jesus de Barra do Imbuí, área bastante afetada pelas chuvas.

Ele contou que foi alugado um galpão, na frente da igreja, para onde seriam levados roupas e alimentos que emissários recolheriam do montante estocado no Pedrão. A intenção era fazer do galpão um centro de distribuição para atendimento de moradores de bairros como Posse, Campo Grande e Espanhol, onde famílias inteiras morreram.

Sem querer entrar em detalhes sobre a religião do prefeito, o padre Mario José Coutinho, decano da Diocese de Petrópolis, disse que a situação é de boicote à Igreja Católica. "É surreal, uma ofensa, uma vergonha, uma agressão à humanidade. Transformaram uma questão humanitária em religiosa", criticou.

Hoje, antes de rezar uma missa de sétimo dia no Imbuí, o bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro, terá uma reunião com o prefeito para discutir o assunto. Dos 21 abrigos abertos em Teresópolis, metade foi providenciado em igrejas evangélicas.

Fonte: Estadão

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...