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domingo, 3 de novembro de 2013
Thalles Roberto responde as críticas por não ter falado sobre Jesus no Programa do Jô
De acordo com o cantor Thalles Roberto, a opção por falar sobre sua história de vida, cotidiano e manias foi uma estratégia para abrir as portas da emissora para ele.
O cantor Thalles Roberto comentou em sua fanpage no Facebook a entrevista concedida por ele ao apresentador Jô Soares, veiculada pela TV Globo no último dia 30 de outubro, e respondeu as críticas de não ter falado sobre Jesus no programa. De acordo com o cantor, a opção por falar sobre sua história de vida, cotidiano e manias foi uma estratégia para que ele fosse identificado como um artista e assim, mantivesse as portas abertas na emissora para então, falar mais sobre sua fé. “O meu objetivo estratégico no Programa do Jô foi abrir as portas! Precisamos muito ter oportunidades em programas como esses, que alcançam um público diferenciado, que gosta da noite e aprecia conhecer histórias de pessoas e aprender com as experiências. Como evangelista que somos, temos que ser extremamente estratégicos, se quisermos alcançar corações que não têm acesso ao Evangelho. Esse programa foi o primeiro passo para que esse público específico soubesse o meu passado de drogas, álcool, noitadas, etc”, justificou-se. Thalles ainda argumentou que da forma como fez, sem agressividade, há chance de atrair o público pela admiração: “As perguntas que ficam na cabeça daqueles que assistem a um programa como esse são: ‘Esse cara não foi apresentado pelo Jô no início como cantor gospel? Mas ele fazia xixi nas pessoas no passado? Nossa! Ele mudou hein?’. A semente foi plantada e, a partir daí, é só uma questão de tempo, pois Deus está trabalhando!”. Fonte: Gospel+ |
Países Declaram que Não Existe Direito ao Aborto e à Homossexualidade
NOVA IORQUE, EUA, 1 de novembro (C-FAM) A Rússia, a Etiópia, a Polônia e outros pegaram os microfones numa reunião — transmitida ao vivo da sede da ONU — para deixar claro que o aborto e a homossexualidade não são direitos humanos internacionais.
Os diplomatas repreenderam de forma especial o escritório de direitos humanos da ONU por sua obsessão por direitos gays, bissexuais e transgêneros (LGBT).
A Rússia mirou um livreto produzido pelo Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos (EACDH), o epicentro do ativismo LGBT na ONU. O livreto de 60 páginas “Born Free and Equal” (Nascemos Livres e Iguais) tem como objetivo dar as “principais obrigações legais” com relação à homossexualidade, tais como criar categorias de asilo para indivíduos LGBT e estender o casamento a duplas de mesmo sexo.
A implementação das recomendações “inevitavelmente levaria a uma violação dos direitos das crianças,” disse a Rússia.
Navi Pillay recebeu desaprovação de forma especial. A quantidade de atenção que a diretora do escritório de direitos humanos da ONU gasta em orientação sexual “é desproporcionalmente elevada,” comentou a Rússia. “Há questões mais relevantes no mundo com as quais devemos lidar.”
A declaração da Rússia sinalizou que as críticas à sua lei que protege as crianças da propaganda homossexual não amoleceram sua determinação. Alguns ativistas LGBT estão pedindo boicotes aos Jogos Olímpicos em Sochi, na Rússia.
O assunto da homossexualidade é ainda delicado para alguns. O diplomata da Nigéria se referiu a ela como “a questão dos direitos de certos indivíduos com certas tendências que estão em desacordo” com as leis, tradições, religiões e costumes de seu país.
Esses são “assuntos de preferência e estilo de vida pessoais,” disse ele. “Eles não deveriam ter espaço algum no discurso da ONU no que se refere à proteção de direitos humanos.”
A senhorita Pillay respondeu que a Declaração Universal dos Direitos Humanos e vários tratados protegem a todos, não “todos, menos LGBT.”
Vários diplomatas aparentemente estavam antecipando isso. Falando em nome de nações africanas, a Etiópia frisou seu compromisso de respeitar para todos liberdades e direitos humanos universalmente reconhecidos.
Mas eles estão “preocupados com a crescente tendência” de “criar novos direitos, conceitos e categorias, e padrões que não são reconhecidos” em acordos internacionais nem por todos os países.
O tom cortês era um contraste total com a acusação rude de “ódio” feita contra aqueles que não concordam com os ativistas LGBT. O grupo africano educadamente pediu “pleno respeito da soberania nacional e valores culturais,” e pela “capacidade de todos os estados fazerem escolhas de um modo democrático pelo que é aceitável a eles.”
Outros países confrontaram a linguagem usada para promover o aborto. A Polônia descreveu suas iniciativas que melhoraram as áreas de saúde sexual e reprodutiva, uma noção definida por sua lei de respeitar o direito à vida dos bebês em gestação. Numa referência de subtítulo às táticas autoritárias usadas por governos pró-aborto, a Polônia disse que não “busca influenciar decisões tomadas por outros governos nacionais” nessas questões.
Vários países frisaram que suas posições se aplicam para todo o grupo, a todo o trabalho da ONU.
A Polônia fez questão de registrar para essa e todas as reuniões futuras que objeta a qualquer interpretação de serviços de direitos ou saúde sexual e reprodutiva como incluindo aborto legal. Esses termos não foram definidos em nenhum acordo internacional, observou.
Qualquer coisa na dominante agenda de desenvolvimento da ONU “não deveria de forma alguma criar uma obrigação em qualquer parte de considerar o aborto como uma forma legítima de saúde ou direitos ou produtos reprodutivos,” declarou Malta, membro da União Europeia.
Embora muitos na ONU foquem em direitos, a Santa Sé muitas vezes explica a razão. O aborto nunca é seguro para o bebê ou para a mãe, disse o arcebispo Chullikatt.
“Sem vida, todos os outros direitos não têm sentido.”
Tradução: www.juliosevero.com
Fonte: Friday Fax
sábado, 2 de novembro de 2013
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VEJA ESSA MATÉRIA DO UOL . Lanna e Rosania: Alices no país das maravilhas
O pedido já estava fazendo bodas de cobre: faz dez anos que Lanna Holder, 38, perguntou se Rosania Rocha, 40, se casaria com ela. É que à época a lei brasileira não deixava pessoas do mesmo sexo se casarem e as duas faziam parte de uma igreja que nada simpatizava com a ideia.
Mas agora sai. Em 19 de dezembro as duas pastoras que fundaram a igreja evangélica Comunidade Cidade de Refúgio, no centro de São Paulo, sobem ao altar.
Em grande estilo: elas vão se casar num bufê em formato de castelo em Mauá, cidade no interior de São Paulo. “Minha mulher é uma rainha, então nada mais adequado”, justifica Lanna, que teve a ideia de cenário quando voltava do aeroporto e viu um outdoor perguntando “Você já pensou em se casar num castelo?”. Ela levou como um sinal. E essa história é cheia deles.
A começar pelo momento em que as duas se viram pela primeira vez. Rosania era uma cantora gospel radicada nos EUA que se vestia com roupas descoladas e não tinha medo de maquiagem. Já Lanna era uma missionária em ascenção no Brasil que foi convidada a propagar sua fé em solo americano. “Ela chegou com uma saia rodada, jeans, e um cabelão preso no coque. Achei estranho”, diz Rosania, “mas senti vontade de me aproximar”.
A vontade se concretizou e as duas ficaram amigas. “Ensinei ela a usar um pouco de maquiagem, usar uns terninhos em vez das roupas muito conservadoras de então”, diz Rosania, que era casada, tinha um filho e nunca se sentira atraída por outra mulher.
Já Lanna sabia bem o que sentia. “Sempre tive esse desejo, e tentava lutar contra. Por isso, tinha um discurso ainda mais anti-gay do que o Silas Malafaia tem hoje em dia.”
A atração pela amiga venceu. Seis meses depois de se conhecerem, durante uma viagem a Nova York, Lanna aproveitou que as irmãs de igreja estavam dormindo ou no banho e roubou uma bitoca de Rosania.
Já Rosania lutou para salvar seu matrimônio. “Passamos quatro meses em batalha contra nosso amor”, conta ela. Durante esse período, chegaram a ficar nove meses sem se falar.
O silêncio foi rompido por uma notícia triste: Lanna havia sofrido um acidente de carro e estava na UTI, com quatro costelas quebradas e um coração que mal batia. “Foi nessa hora que me dei conta: o que seria de mim se perdesse ela?”, lembra Rosania, que passou a fazer visitas contra os conselhos dos pares da igreja. “Eles diziam que o acidente tinha sido providência divina, que cada vez que eu fosse vê-la ela ia piorar um pouco, até morrer.”
“Diziam que o acidente era a providência de Deus, para mostrar que estávamos errando. Mas Ele falou comigo, para eu ir. E eu ia”, relembra Rosania. “E a cada vez que ela ia, eu melhorava”, diz Lanna.
Decidiram ficar juntas de vez quando Lanna recebeu alta, mesmo que isso significasse se afastar da igreja. “A gente só se aproximou mais e mais.”
Durante o namoro, outro sinal brilhou. Um dia, conversando, Rosania disse que adorava margaridas. Na mesma semana, as duas viajavam por uma auto-estrada quando Lanna Viu um campo de margaridas sobre o morro, no acostamento. Parou o carro sem pensar duas vezes, subiu a ladeira e voltou com os braços cheios de margaridas, que entregou de joelhos. “Foi o começo do pedido”, diz.
A proposta em si foi durante uma conversa séria sobre como havia impedimentos ao amor. “Perguntei se ela queria superar todas elas comigo”, diz Lanna. A resposta foi sim.
E como duas pastoras com o dom da oratória definiriam seu amor? “É sair do preto e branco e ir para o colorido, como a Alice no país das maravilhas, sabe?”, diz Lanna. Uma terceira pastora amiga casa as duas em 19 de dezembro, com 500 membros da comunidade assistindo.
A lua de mel será em Paris, como previu um outro sinal, diz Lanna: “Fui convidada a ministrar na França uns anos atrás. Comprei uma torre Eiffel de cristal e dei para ela, com a promessa de que iríamos juntas depois de nos casar, o que era impossível na época. Foi um ato profético”. Felicidade às noivas.
Mas agora sai. Em 19 de dezembro as duas pastoras que fundaram a igreja evangélica Comunidade Cidade de Refúgio, no centro de São Paulo, sobem ao altar.
Em grande estilo: elas vão se casar num bufê em formato de castelo em Mauá, cidade no interior de São Paulo. “Minha mulher é uma rainha, então nada mais adequado”, justifica Lanna, que teve a ideia de cenário quando voltava do aeroporto e viu um outdoor perguntando “Você já pensou em se casar num castelo?”. Ela levou como um sinal. E essa história é cheia deles.
A começar pelo momento em que as duas se viram pela primeira vez. Rosania era uma cantora gospel radicada nos EUA que se vestia com roupas descoladas e não tinha medo de maquiagem. Já Lanna era uma missionária em ascenção no Brasil que foi convidada a propagar sua fé em solo americano. “Ela chegou com uma saia rodada, jeans, e um cabelão preso no coque. Achei estranho”, diz Rosania, “mas senti vontade de me aproximar”.
A vontade se concretizou e as duas ficaram amigas. “Ensinei ela a usar um pouco de maquiagem, usar uns terninhos em vez das roupas muito conservadoras de então”, diz Rosania, que era casada, tinha um filho e nunca se sentira atraída por outra mulher.
Já Lanna sabia bem o que sentia. “Sempre tive esse desejo, e tentava lutar contra. Por isso, tinha um discurso ainda mais anti-gay do que o Silas Malafaia tem hoje em dia.”
A atração pela amiga venceu. Seis meses depois de se conhecerem, durante uma viagem a Nova York, Lanna aproveitou que as irmãs de igreja estavam dormindo ou no banho e roubou uma bitoca de Rosania.
Rosania se casará com um vestido de luxo, enquanto Lanna optará “por algo simples, sem ser masculinizado”
E começou um namoro escondido e cheio de culpa. “Era duro. Pedíamos para Deus nos matar durante esse período”, diz Rosania. Não matou. Então as duas acharam por bem se sentarem com os dois maridos e, juntas, pôr às claras o que acontecia. Três meses depois, Lanna estava divorciada.Já Rosania lutou para salvar seu matrimônio. “Passamos quatro meses em batalha contra nosso amor”, conta ela. Durante esse período, chegaram a ficar nove meses sem se falar.
O silêncio foi rompido por uma notícia triste: Lanna havia sofrido um acidente de carro e estava na UTI, com quatro costelas quebradas e um coração que mal batia. “Foi nessa hora que me dei conta: o que seria de mim se perdesse ela?”, lembra Rosania, que passou a fazer visitas contra os conselhos dos pares da igreja. “Eles diziam que o acidente tinha sido providência divina, que cada vez que eu fosse vê-la ela ia piorar um pouco, até morrer.”
“Diziam que o acidente era a providência de Deus, para mostrar que estávamos errando. Mas Ele falou comigo, para eu ir. E eu ia”, relembra Rosania. “E a cada vez que ela ia, eu melhorava”, diz Lanna.
Decidiram ficar juntas de vez quando Lanna recebeu alta, mesmo que isso significasse se afastar da igreja. “A gente só se aproximou mais e mais.”
Durante o namoro, outro sinal brilhou. Um dia, conversando, Rosania disse que adorava margaridas. Na mesma semana, as duas viajavam por uma auto-estrada quando Lanna Viu um campo de margaridas sobre o morro, no acostamento. Parou o carro sem pensar duas vezes, subiu a ladeira e voltou com os braços cheios de margaridas, que entregou de joelhos. “Foi o começo do pedido”, diz.
A proposta em si foi durante uma conversa séria sobre como havia impedimentos ao amor. “Perguntei se ela queria superar todas elas comigo”, diz Lanna. A resposta foi sim.
O castelo em Mauá (SP) onde as pastoras se casarão em 19 de dezembro
Desde então, tornaram ao Brasil e construíram sua própria igreja, que chega em 2014 ao quarto templo. “É uma igreja para Jesus, não só para gays”, explica Lanna. Têm hoje 500 seguidores e celebraram mais de dez casamentos homossexuais de maio para cá.E como duas pastoras com o dom da oratória definiriam seu amor? “É sair do preto e branco e ir para o colorido, como a Alice no país das maravilhas, sabe?”, diz Lanna. Uma terceira pastora amiga casa as duas em 19 de dezembro, com 500 membros da comunidade assistindo.
A lua de mel será em Paris, como previu um outro sinal, diz Lanna: “Fui convidada a ministrar na França uns anos atrás. Comprei uma torre Eiffel de cristal e dei para ela, com a promessa de que iríamos juntas depois de nos casar, o que era impossível na época. Foi um ato profético”. Felicidade às noivas.
EU SÓ POSSO FALAR UMA COISA . O FINAL DOS TEMPOS ESTA MAIS PERTO QUE PENSAMOS OU PREGAMOS .
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Ministério Público denuncia oração de Silas Malafaia por Lindbergh Farias
31A participação do senador Lindbergh Farias no culto do pastor Silas Malafaia rendeu críticas de outros políticos e agora um processo. O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro está denunciando os dois por “propaganda eleitoral antecipada”.
Lindbergh é candidato do PT ao governo do Rio de Janeiro, e por este motivo sua participação no culto do dia 23 de outubro da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo foi interpretada como um apoio político.
No vídeo postado pelo jornalista Lauro Jardim, na coluna Radar On-line, o pastor Silas Malafaia interrompe o culto e chama o senador para fazer uma oração por ele e por sua família. Em nenhum momento o pastor menciona que Lindbergh é candidato ao governo e ainda diz que os evangélicos são livres para votar em quem quiser.
“Nós oramos pelas autoridades, não importa quem seja”, disse ele fazendo uma piada de orar até mesmo por Sérgio Cabral, atual governador do Rio, desafeto de Malafaia.
O pastor evangélico também falou aos seus fiéis que o senador petista o defendeu diante dos ativistas gays que o acusavam de “homofobia”. “Tirando Magno Malta somente o senador Lindbergh Farias subiu na tribuna em minha defesa”, lembrou.
Mas antes de iniciar a oração Malafaia disse: “Quem sabe não estou orando pelo futuro governador”, disse o líder religioso fazendo os fiéis darem risada.
No vídeo postado pelo jornalista Lauro Jardim, na coluna Radar On-line, o pastor Silas Malafaia interrompe o culto e chama o senador para fazer uma oração por ele e por sua família. Em nenhum momento o pastor menciona que Lindbergh é candidato ao governo e ainda diz que os evangélicos são livres para votar em quem quiser.
“Nós oramos pelas autoridades, não importa quem seja”, disse ele fazendo uma piada de orar até mesmo por Sérgio Cabral, atual governador do Rio, desafeto de Malafaia.
O pastor evangélico também falou aos seus fiéis que o senador petista o defendeu diante dos ativistas gays que o acusavam de “homofobia”. “Tirando Magno Malta somente o senador Lindbergh Farias subiu na tribuna em minha defesa”, lembrou.
Mas antes de iniciar a oração Malafaia disse: “Quem sabe não estou orando pelo futuro governador”, disse o líder religioso fazendo os fiéis darem risada.
revista . Crente Pentecostal
Cristãos são obrigados a abandonar a Síria
"Alguns dias depois de ter fugido da Síria para a Turquia, uma colega enviou-me a seguinte mensagem:
‘Querido Nuri, foi instaurado, hoje, um tribunal composto por extremistas em minha cidade, Lattakia, na aldeia [síria] de Kansabba. Este tribunal islâmico faz uso da Lei de acordo com a religião. Todas as pessoas são obrigadas a adotar o islamismo. Veja a imagem na foto que lhe envio.’
Agora, minha colega está esperando por contrabandistas que a levarão, clandestinamente, para a Suécia.
No mesmo dia, no qual ela me enviou a mensagem, a luta entre facções rivais da oposição síria e 12 grupos islâmicos que haviam deixado o Exército Sírio Livre se intensificou. Esse fato assustou todos os não-muçulmanos.
As notícias eram de fato assustadoras. Ao abrir minha conta no Facebook, vi que um amigo, Nicholas Al-Jeloo, havia postado notícias sobre o assassinato de um jovem de 26 anos, chamado Ninar Odisho – em 21 de setembro em Tabqa, na província de al-Raqqah na Síria.
Peguei o telefone e liguei para Al-Jeloo. Ele é um assírio nascido na Austrália com Ph.D. em estudos sobre a Assíria atual e tem visitado o Oriente Médio desde 2002, em pesquisas de campo entre os assírios. Meu amigo fôra para a Síria muitas vezes para se conectar com outros membros da família em Jazira, uma ilha entre dois rios no norte da Síria, e na província de al-Raqqah.
Eu queria saber mais sobre o assassinato. Por que a morte daquele jovem era tão importante? É uma guerra e muitas pessoas morrem todos os dias na Síria.
‘É sobre o futuro dos cristãos que, tal como está, parece sombrio se nada for feito para proteger as minorias vulneráveis do país’, disse ele para mim, em assírio. "Por isso, os assassinatos que estão relacionados com religião e etnia precisam ser divulgados.
Antes da guerra civil da Síria, mais de 200 famílias cristãs assírias, 1.000 pessoas, viviam em Tabqa. Hoje, quase todos eles deixaram o país e agora vivem no Líbano. Alguns foram para a Alemanha. Outros estão espalhados em todo o mundo, abandonados por traficantes que não conseguiram levá-los para a Europa.
Três famílias permaneceram em Tabqa. Os rebeldes disseram que eles não seriam prejudicados. Eles não tinham mais para onde ir e estavam com muito medo de sair porque há muito perigo nas estradas. Eles eram pobres e estavam tentando manter o pouco que tinham. Um membro destas famílias era Ninar Odisho.
Ninar foi morto pelos rebeldes, porque ele era um cristão. Eles ainda queimaram uma cruz em seu rosto. Aparentemente, os rebeldes não queriam mostrar abertamente que são contra não-muçulmanos, para que seus patrocinadores não parassem de enviar armas e ajuda. Assim, eles permitiram que alguns cristãos permanecessem em áreas que eles assumiram, depois matavam um a um, fazendo com que o resto fugisse voluntariamente, assim não parecia que eles estavam cometendo um massacre. As últimas três famílias em Tabqa, desde então, fugiram, gravemente traumatizadas’. Al-Jeloo falara com alguns deles.
Minha amiga jornalista, esperando na Turquia para ir para a Suécia, confirmou o que Al-Jeloo me dissera. Ela contou que nos lugares onde os fundamentalistas estabeleceram tribunais islâmicos, não há futuro para os cristãos - ou quaisquer outros que não queiram viver de acordo com a lei islâmica. Ela disse que eu iria até encontrar jihadistas no YouTube, pregando a Sharia na Síria, em sueco. Levei apenas dois minutos para encontrar vários.
Com a ajuda de um palestino que vive na Suécia, cujo caso de asilo eu acompanhei há 10 anos, eu entrei em contato com um dos jihadistas suecos.
‘Todos que queiram viver na Síria, e que concordem em viver de acordo com as leis da Sharia e do Corão, são bem-vindos ao país’, diz ele. ‘Todos os outros têm de ir embora. É nosso dever pregar a palavra do profeta Maomé. Se não fizermos isso e não forçarmos as pessoas a seguir suas palavras, nós mesmos seremos punidos.’ Pedi ao jihadista se ele podia me dar o seu nome.’Eu não posso’, disse ele, não querendo expor sua família na Suécia, revelando sua identidade.
No dia seguinte, percorrendo o Facebook, vi que minha amiga jornalista síria também estava on-line. Eu enviei- lhe uma mensagem sobre a entrevista que fiz com o jihadista. ‘Eu encontrei centenas de jovens barbudos como ele, de todo o mundo, nas ruas de minha cidade natal', ela me respondeu. ‘Foi por esta razão que fui embora’."
Foto: Tribunal da Sharia instalado em um edifício em Kansabba, Síria. O texto à esquerda diz: "Julgue as pessoas de acordo com as palavras de Allah; ao centro: "Tribunal da Sharia"; à direita: "Não há deus senão Alá". Foto cedida por Nuri Kino.
Redação: Nuri Kino é sueco, escritor, cineasta. Atualmente trabalha como repórter investigativo independente. Ele é também um analista de direitos humanos no Oriente Médio. Seu relatório, intitulado ‘The Camp’, que examinou o funcionamento de um campo de refugiados em massa, para cristãos sírios, dentro da Turquia, foi divulgado, em 5 de maio, pela World Watch Monitor.
Redação: Nuri Kino é sueco, escritor, cineasta. Atualmente trabalha como repórter investigativo independente. Ele é também um analista de direitos humanos no Oriente Médio. Seu relatório, intitulado ‘The Camp’, que examinou o funcionamento de um campo de refugiados em massa, para cristãos sírios, dentro da Turquia, foi divulgado, em 5 de maio, pela World Watch Monitor.
FonteWorld Watch Monitor
TraduçãoCláudia Veloso
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