Sargento evangélico é condenado por intolerância religiosa
O Superior Tribunal Militar (STM) condenou o terceiro-sargento José Ricardo Mitidieri a dois meses de prisão por ter constrangido um soldado. O sargento é pastor evangélico e teria apontado uma arma para a cabeça de Dhiego Cardoso Fernandes dos Santos que é praticante do candomblé.
O Ministério Público Militar (MPM) denunciou o caso que aconteceu no Exército do Rio de Janeiro em abril de 2010 alegando intolerância religiosa, pois pastor da igreja evangélica Comunidade Cristã Ministério da Salvação tentou “testar” a convicção religiosa do subordinado.
Os relatos do processos contam que após ouvir outros militares comentando que o soldado Cardoso dizia que tinha o “corpo fechado” (isto é, protegido de qualquer mal), o sargento Mitidieri se dirigiu até o subordinado com uma pistola 9 milímetros em punho e apontou para a cabeça do soldado.
Os relatos da MPM dizem que por duas vezes o evangélico questionou se o soldado realmente tinha o corpo fechado e todas as respostas foram afirmativas. Então o sargento pediu para que o soldado contasse até três, mas antes de terminar a contagem o Mitidieri abaixou a arma e disse: “Não é para você brincar com coisa séria. Você tem que aceitar Jesus!”
O sargento disse em depoimento que chegou a pedir desculpas e que não tinha a intenção de humilhar o soldado, “mas defendê-lo de brincadeiras posteriores”, além disso a arma apontada não estava com munição letal.
Mas para o Ministério Público o soldado Cardoso foi submetido “a um verdadeiro teste de fé religiosa” e “apostou sua vida ao responder afirmativamente à pergunta que lhe foi feita pelo réu, sendo certo que não há previsão legal no sentido de que alguém seja obrigado a testar ou provar sua fé religiosa, independentemente da crença que possui ou da doutrina que segue. Ao contrário, a Carta Magna assegura a inviolabilidade da liberdade de consciência e crença”.
O ministro do STM, Francisco Fernandes, relator do processo, também acredita que a atitude do pastor constrangeu o subordinado e se caracteriza como intolerância religiosa. Até o Centro de Comunicação Social do Exército condenou, através de uma nota, a atitude do cristão e disse que não aceita nenhuma forma de intolerância dentro de seus quartéis. O réu pode recorrer ao processo em liberdade.
Com informações Extra
"Vamos querer viver juntos para sempre?", provocou a especialista
Foto: Getty ImagesVIA GRITOS DE ALERTA.INF. TERRA
Foto: Getty ImagesVIA GRITOS DE ALERTA.INF. TERRA
Os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgados em novembro de 2010, apontaram que o número de casamentos no Brasil caiu 2,3% em relação ao ano anterior e, segundo a especialista norte-americana em sexo e relacionamentos, Tammy Nelson, a tendência é mundial, pois "o casamento está obsoleto". A declaração foi dada ao site YourTango.
Segundo Tammy, menos da metade dos norte-americanos ainda acreditam no casamento e a maioria afirma que o matrimônio está fora de moda, embora muitos ainda insistam em continuar casados. "Sabemos que os casamentos são bons para a economia porque os casais gastam mais quando estão juntos e com filhos; a união também cria bons pais; os homens vivem mais quando têm uma boa esposa e viver com alguém traz muitos outros benefícios emocionais e pessoais que não poderiam ser descritos em pesquisas", ponderou. Mas a especialista parece não ver um futuro longo para o casamento como o conhecemos hoje.
Tammy disse ao site YourTango que talvez a forma como as pessoas se relacionam se transforme futuramente, pois ainda não se sabe dizer se a monogamia está obsoleta ou se seria a instituição matrimonial que faliu. "Vamos querer viver juntos pra sempre?", provocou, deixando a resposta no ar.