segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dilma nega defender aborto e diz que opinião de bispo não é uma posição da CNBB

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse na manhã desta quinta-feira que a opinião do bispo de Guarulhos que prega boicote à sua candidatura não é a posição da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Em artigo publicado no site oficial da CNBB, d. Luiz Gonzaga Bergonzini recomendou a todos que não votem em Dilma e em nenhum candidato petista por considerar o PT favorável ao aborto.

"[O artigo] parte do pressuposto incorreto. Tanto eu quanto o presidente Lula não defendemos o aborto. Defendemos o cumprimento estrito da lei", afirmou Dilma, em entrevista a uma rádio de Garanhuns, cidade em que participará de comício com Lula amanhã.

Dilma, contudo, explicou que aborto é uma questão de "saúde pública". Na entrevista, ela defendeu ainda que não se pode deixar mulheres com melhor poder aquisitivo usarem clínicas e as mais humildes adotarem métodos "pouco saudáveis" para abortarem.

"Não se trata de uma convicção pessoal. Não conheço uma mulher que acha o aborto uma coisa fantástica e maravilhosa. É uma violência e um risco de vida", afirmou, ponderando que o tema não deve ser tratado de forma religiosa.

Dilma mudou o próprio discurso sobre o aborto. Em outubro de 2007, durante sabatina promovida pela Folha, ela se mostrou favorável à descriminalização. No entanto, em suas últimas manifestações públicas sobre o tema, a petista tem defendido o cumprimento da legislação em vigor. Atualmente, o aborto só não é considerado crime no Brasil em duas situações: estupro e risco de vida materno.

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