sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Jornalista chama televangelistas brasileiros de espertalhões da fé

Jornalista chama televangelistas brasileiros de espertalhões da fé
O jornalista Luiz Cláudio Cunha do jornal Sul 21 escreveu um artigo criticando a quantidade de programas religiosos que ocupam a grade de TV aberta. Para ele era necessário frear essas compras de horário a qual considera ilegal.
“A submissão das instâncias do Estado secular ao poder cada vez maior das igrejas pode ser medida pela intrusão cada vez mais descarada da fé nos meios eletrônicos do Brasil, que deturpam a concessão pública pelo proselitismo religioso vetado pela Constituição”, escreve o profissional.
Cunha ainda pontua que a Igreja Católica possui mais de 200 rádios e quase 50 emissoras de TV. Já os evangélicos possuem 80 rádios e 280 emissoras de TV, mostrando que os telepastores estão fortalecendo seus domínios usando o que o jornalista chama de “fórmulas agressivas e despudoradas” no que se refere aos pedidos de ofertas e dízimos.
“É um domínio que se fortalece cada vez mais, embora adaptando seu perfil para fórmulas mais agressivas e despudoradas de avanço sobre o bolso das populações mais pobres, mais desesperadas, menos instruídas”.
Fazendo um resumo da história da Reforma Protestante, Cunha diz que os evangélicos pentecostais são hoje a “facção mais agressiva e endinheirada”, pois possui cerca de 600 milhões de adeptos no mundo divididos em 11 mil subgrupos que ele chama de “seitas”.
“Ali viceja sua parcela mais faustosa: a corrente neopentecostal, a que pertencem o abonado bispo R.R. Soares e seus parceiros mais ricos, os também bispos Edir Macedo, Silas Malafaia e Valdemiro Santiago, cada um chefiando sua própria seita, sempre na condição suprema de ‘apóstolos’”.
Os quatro televangelistas mais famosos
Os pastores Silas Malafaia, Valdemiro Santiago, R.R. Soares e Edir Macedo são chamados pelo jornalista de “os quatro chefes”, pois eles são os líderes religiosos que mais investem em programas de rádio e TV, sempre pedindo contribuições financeiras para seus fiéis.
“Na tela da TV de seus animados cultos, sempre se oferece o número das contas bancárias, a bandeira dos cartões de crédito ou o telefone para informações extras que permitam a oferta, rápida e facilitada”.
Sobre cada uma dos televangelistas Luiz Cláudio Cunha conta um caso, como a campanha do Martelo da Justiça promovida por Valdemiro Santiago e as constantes discussões que Silas Malafaia trava com a comunidade LGBT. “Malafaia é figura fácil no Congresso Nacional, em Brasília, onde veste a armadura de sua santa cruzada contra a proposta de lei que combate a homofobia”, cita o jornalista.
Cunha também protesta contra aliança firmada entre a Rede Globo e artistas evangélicos e afirma que assim como os pastores a emissora carioca está interessada nos valores que pode arrecadar ao aumentar sua audiência com o público cristão.
Leia na íntegra aqui

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