segunda-feira, 2 de julho de 2012

"O ISLÃO É UMA RELIGIÃO DE GUERRA" - AFIRMA O FILHO DO FUNDADOR DO HAMAS

 

Yousef, ontem, em Jerusalem
Mosab Hassan Yousef - mundialmente conhecido como "Filho do Hamas" - confessou ter tido de rejeitar a sua identidade islâmica para ajudar Israel a combater o terrorismo. E adiantou que se tivesse a oportunidade, diria ao seu pai, um dos fundadores do Hamas: "Deixa o Hamas. Criaste um monstro."
O "Filho do Hamas" encontra-se em Israel pela primeira vez desde que há anos se refugiou nos EUA, conforme noticiámos neste blog há dias atrás, para, segundo as suas próprias palavras: "inspirar uma nova geração de palestinianos."
A história deste ex-muçulmano é dramática e para alguns até controversa. Sendo filho de um dos fundadores do Hamas, o sheikh Hassan Yousef, deixou um futuro "promissor" como líder do movimento terrorista, para passar a trabalhar para os serviços secretos de Israel e converter-se ao cristianismo.
Yousef revelou que está a preparar um filme que não será menos sensacional: uma biografia da vida de Maomé, o profeta do islão.
Yousef, de 33 anos, rompeu as suas ligações com o Hamas em 1997 e começou a trabalhar para os serviços secretos israelitas, o Shin Bet. Dez anos depois, após ter ajudado Israel a impedir dezenas de ataques terroristas e prender muitos membros do seu antigo grupo terrorista, Yousef partiu para os Estados Unidos onde procurou asilo político, tendo-se entretanto convertido ao cristianismo.
"Amo Israel porque amo a democracia" - afirmou Yousef ontem mesmo em Jerusalem, acrescentando: "Estou aqui para protestar contra o controle absoluto da religião sobre as vidas das pessoas."
Posicionado ao lado do seu antigo mentor do Shin Bet, o agora aposentado Gonen Ben-Itzhak, Yousef recusou-se a responder a perguntas em árabe. Ele afirmou estar ali numa missão para educar o público acerca da verdadeira natureza da sua antiga religião.
"O Islão não é uma religião de paz. É uma religião de guerra" - afirmou, acrescentando: "Os muçulmanos nem conhecem a verdadeira natureza da sua própria religião."
Para esse efeito, Yousef decidiu produzir um filme sobre o assunto mais delicado de todos: Maomé, o reverenciado profeta do Islão. Yousef disse que o filme é baseado a biografia tradicional de Maomé escrita pelo historiador muçulmano do 8º século, Ibn Ishaq. Segundo Yousef, o filme é singular, uma vez que será produzidos por muçulmanos, "ou por pessoas de origem muçulmana", ao contrário de tentativas recentes feitas na Europa para lidar com a complexa historiografia de Maomé.
Com um guião já escrito, financiamento garantido, e um actor famoso (cujo nome não quis revelar) no papel principal de Maomé, Yousef disse esperar que as filmagens comecem já no próximo ano.
"Maomé é ainda intocável" - disse Yousef, notando que por muito controverso que pudesse ter sido, o filme realizado em 2004 por Mel Gigson "A Paixão de Cristo" tocou muita gente no mundo inteiro.
O livro está disponível em português
Um outro filme, que se prevê venha a ser realizado antes de "Maomé" é uma adaptação cinematográfica da autobiografia de Yousef escrita em 2010, "Filho do Hamas", na qual ele relata o desenrolar da sua cooperação com os serviços secretos israelitas. Yousef disse que o livro já está traduzido em 25 línguas e está disponível para download gratuito no seu site pessoal.
Quando questionado sobre o que diria ao seu pai se ele se encontrasse na sala, Yousef disse apenas o seguinte: "Deixa o Hamas. Criaste um monstro."
Gonen Ben-Itzhak, o mentor de Yousef que surge no livro sob o pseudónimo operacional "Capitão Luay", disse considerar Yousef um "irmão seu", tendo-se tornado amigo íntimo dele depois que os seus caminhos profissionais se separaram em 2004.
"Ele salvou muitas vidas e parou muitos ataques" - disse Ben-Itzhak ao diário "The Times of Israel", acrescentando: "Penso que nós, como israelitas, devemos mostrar a nossa gratidão a pessoas como ele. Mesmo enquanto trabalhava para nós ele era sempre contra o derramamento de sangue, em ambos os lados."
Ben-Itzhak notou que oficiais israelitas tornaram conhecidas as suas preocupações com a chegada de Yousef a Israel, uma vez que a sua vida ainda está debaixo de ameaças, mas acrescentou que Yousef teve permissão para entrar no país sem visto nem passaporte.
Para acompanhar o blog de Yousef:
Shalom!

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