Reynaldo Porto, dono da Recon Eventos, passou boa parte dos últimos dias esperando para receber pela montagem de 427 tendas de saúde e de alimentação de diferentes missas e eventos da Jornada. O montante do contrato é 3 milhões de reais.
“A igreja, infelizmente, não está acostumada a realizar grandes eventos. Entreguei tudo o que foi contratado e não consigo receber por isso. Tenho uma série de compromissos e 220 funcionários que dependem dos salários. A igreja pagou uma parte, mas ainda deve mais de 850 mil que deveriam ter sido pagos no fim do mês passado”, reclama Reynaldo.
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Muitos dos empresários credores também têm queixas, já que indignados a mudança de local, também gerou a eles custos adicionais, incluindo o pagamento de horas extras a funcionários que precisaram refazer algumas estruturas montadas anteriormente.
A Dream Factory, empresa contratada para organizar a JMJ, explica que alertou os responsáveis pelos problemas de orçamento. O principal causador dos problemas financeiros foram as obras do Campus Fidei, pois por falta de dinheiro não foi possível colocar a quantidade de terra planejada antes do início da Jornada.
A chuva que caiu antes da chegada do público transformou a área em um grande lamaçal. Com isso o local não pôde ser usado. Mas o terreno já havia sido entregue pela Dream Factory à Igreja. No entanto, cada um dos 22 lotes estava montado, com banheiros, praça de alimentação e posto de saúde. Tudo teve de ser desmontado e levado para outros locais.
A Arquidiocese não informou o montante da dívida pendente nem quando pretende finalizar os pagamentos aos credores. Antes e durante o evento foi muito criticado os investimentos de R$118 milhões dos cofres públicos. Foram fundos do governo federal, municipal e estadual. O Federal gastou R$62 milhões, quase metade desse valor apenas para ações de segurança. O governo estadual investiu R$28 milhões e o municipal desembolsou R$28 milhões para receber o pontífice.
GP
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