quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Após beijo gay, bancada evangélica prepara reação


Após o beijo gay em culto com Marco Feliciano, a bancada evangélica da Câmara quer colocar em votação um projeto de lei que torna crime tumultuar ou impedir cerimônia religiosa.

Incomodada com a ação de duas jovens que se beijaram em culto comandado pelo deputado federal e pastor Marcos Feliciano (PSC-SP), a bancada evangélica da Câmara prepara uma reação.

A ideia é colocar em votação na Comissão de Direitos Humanos, presidida por Feliciano, um projeto de lei que torna crime tumultuar ou impedir cerimônia religiosa.

A proposta está parada na Câmara desde 2007 e deve ser retomada nas próximas semanas. O texto final ainda está sendo costurado, mas prevê a equiparação dessas ações ao crime de racismo.

O projeto retira o artigo 208 do código penal que prevê detenção de um mês até um ano para quem "escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso".

Pela proposta, quem tumultuar um culto pode ser punido com até três anos de prisão. A ofensiva foi discutida pela bancada em uma reunião realizada na noite de hoje. Ao abrir os trabalhos da Comissão de Direitos Humanos na tarde de hoje, Feliciano exibiu o vídeo que mostra o beijo de duas jovens em seu culto.

O caso ocorreu no fim de semana durante evento evangélico que reuniu cerca de 2.000 pessoas em São Sebastião, litoral norte paulista.

Joana Palheiros, 18, e Yunka Mihura, 20, foram levadas para prestar depoimento por guardas municipais, que agiram a pedido do deputado.

Um vídeo da confusão foi divulgado na internet. Feliciano pede ao público que ignore as jovens, que são namoradas. "Cachorrinho que está latindo é assim, você ignora e ele para de latir", disse ele, sob aplausos do público.


As duas jovens participavam de um protesto contra o pastor, que reuniu cerca de 20 pessoas. Segundo elas, o clima estava pacífico até Feliciano subir ao palco.

Divulgado vídeo de beijo gay durante culto

A assessoria do deputado federal, pastor Marco Feliciano, divulgou em seu canal do Youtube o exato momento em que duas jovens são presas no domingo (15), durante o Glorifica Litoral, depois de se beijarem. Ao contrário do que foi mostrado pela imprensa, as jovens foram erguidas por seus amigos e começaram a se beijar com a intenção de provocar o pastor.

O locutor do evento chegou a alertar aos presentes que pela lei o local de culto é protegido e que a polícia estava ali para intervir em qualquer manifestação que tivesse o objetivo de prejudicar a reunião religiosa.

Para o colunista da Veja, Rodrigo Constantino, o episódio mostra que os homossexuais são os mais intolerantes. O jornalista também afirma que o beijo não foi inocente, mas que as garotas foram até o local de culto com a intenção de “chocar”, “prejudicar” e “avacalhar” o culto evangélico.

Rodrigo afirma que muitos do movimento gay se julgam acima da lei e que se a situação fosse contrária, se Feliciano fosse para uma parada gay se manifestar contra a homossexualidade, certamente seria hostilizado.

“Infelizmente, o movimento gay não parece mais lutar por direitos, e sim por uma agenda coletivista, autoritária e intolerante. São os “fascistas do bem”. Julgam-se detentores de uma causa tão nobre que não enxerga mais indivíduos do outro lado, e não quer saber de limites, nem mesmo os legais”, escreveu Rodrigo.

O colunista também afirma que Feliciano representa milhares de eleitores e milhões de crentes evangélicos e que estes merecem respeito. “O movimento gay precisa entender isso. Caso contrário, vai apenas prejudicar os gays que querem apenas preservar sua liberdade individual, sem, todavia, impor essa agenda política de intolerância”, escreveu.

O pastor Marco Feliciano desabafou no Twitter dizendo que só “fazem isso contra evangélicos porque somos pacatos, de paz…”. Silas Malafaia também criticou a atitude das ativistas e disse que as jovens mereciam ser presas.

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