O juiz da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões do TJ do Rio tirou o quadro que acabou acolhido na sala do desembargador Siro Darlan.
O
Órgão Especial do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro)
determinou nesta quarta-feira (4) que o juiz da 1ª Vara de Órfãos e
Sucessões, João Damasceno, retire da parede de seu gabinete um quadro
com uma gravura assinada pelo cartunista Carlos Latuff --a imagem mostra
um policial fardado atirando contra um homem negro crucificado.
O
magistrado não se opôs e retirou a imagem. O quadro, porém, foi
acolhido também nesta quarta pelo desembargador Siro Darlan, que o
afixou na parede de sua sala. E lá ficará, pois o Órgão Especial do TJ
não tem ingerência sobre o gabinete de Darlan.
Em sua página na
Facebook, Damasceno disse que a charge recebeu um "asilo artístico". A
assessoria do tribunal informou estar "verificando" se o desembargador
Siro Darlan acolherá ou não a obra.
A decisão do Órgão Especial
foi tomada a partir de uma solicitação do deputado estadual Flávio
Bolsonaro (PP) encaminhada à presidente do TJ, a desembargadora Leila
Mariano. O deputado contestou o fato de que a charge estava na sala da
1ª Vara de Órfãos e Sucessões durante uma audiência pública realizada
"sob o pretexto da desmilitarização da política de segurança".
Para
ele, a imagem "retrata uma cena de cunho difamatório não somente à
instituição", em referência à Polícia Militar, "mas inclusive à sua
própria honra objetiva e subjetiva".
Em seu site, Bolsonaro
divulgou um modelo de ação indenizatória para os policiais militares do
Rio que eventualmente se sentirem ofendidos com a charge de Latuff. O
parlamentar, que é filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ),
sugere que a ação indenizatória seja protocolada contra artista e
magistrado.
"No quadro vislumbra-se a imagem de um policial
militar sendo autor de um disparo de arma de fogo em um homem preso à
uma cruz, fazendo alusão à crucificação de Jesus Cristo. (...) A obra
pretende fazer crer que todos os policiais militares são pessoas que
vestem suas fardas para cometer os mais perversos crimes contra a
humanidade, em referência, ainda que indireta, à morte de Jesus Cristo",
afirma a petição.
O deputado estadual propõe ainda que o valor a ser pago por uma hipotética condenação dos réus seja de R$ 28 mil.
Em
sua página no Facebook, Latuff defendeu a livre exibição da charge e
relatou supostas ameaças que teriam sido feitas por policiais militares,
também na rede social, contra Damasceno. "Juiz João Batista Damasceno
já recebe ameaças de morte por pendurar quadro com minha charge sobre a
violência policial em seu gabinete", escreveu ele.
Já o
magistrado, em artigo publicado pelo jornal "O Dia", afirmou que "a obra
do cartunista Carlos Latuff, retratando um homem negro pregado numa
cruz e alvejado no peito pelo disparo do fuzil de um policial, colocada
na sala de audiências da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões do Fórum Central,
evoca a violência do Estado contra o povo ao longo da história".
Damasceno
também se disse favorável ao conceito de desmilitarização. "A política
de segurança pública militarizada tem como alvo os pobres e excluídos,
'inimigos eternos' sujeitos ao extermínio", afirmou.
Fonte: UOL
GRITOS DE ALERTA . SEU BLOG SEM CONTRA INDICAÇÕES .PARTE INTEGRANTE DO JORNAL DIGITAL DE JAGUARIÚNA E JORNAL DIGITAL DO BRASIL E JORNAL DIGITAL REGIONAL.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) Prende Indivíduo por Receptação e Adulteração de Sinal Identificador de Veículo
Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) Prende Indivíduo por Receptação e Adulteração de Sinal Identificador de Veículo . . . Na noite de 2 de d...
-
Revista Vigiai e Orai
-
TEXTO COPIADO DA INTERNET . Há tempos muita gente se esforça para denunciar os planos Illuminati para a instauração da Nova Ordem...
-
A Suprema Corte do Irã afirmou que um pastor evangélico acusado de apostasia pode ser executado caso não desista de sua fé, de acordo com a...
Nenhum comentário:
Postar um comentário