domingo, 20 de setembro de 2015

Para que servi o Ano do Jubileu e qual o sentido em nossos dias?

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Antigamente, no Yom Kipur do qüinquagésimo ano, tocava-se o shofar na Terra Santa como sinal feliz da libertação dos escravos e o retorno de terrenos a seus donos originais.
A palavra jubileu vem do hebraico, yovel. Refere-se ao carneiro, cujo chifre foi usado para anunciar o ano festivo. Há comentaristas que oferecem mais uma explicação. Dizem que yovel vem do verbo hebraico "trazer de volta", pois os escravos voltavam a seu estado anterior de liberdade, não sendo mais servos de homens e sim apenas do Criador; e os terrenos também voltavam aos proprietários originais.
Além da contagem do ano de shemitá, de sete em sete anos, existe a contagem do yovel - o jubileu, que ocorre a cada cinquenta anos, no ano seguinte ao término de 7 anos sabáticos.
Para um agricultor judeu, é muito difícil não trabalhar os campos e pomares durante um ano inteiro, não podendo dispensar-lhes os cuidados adequados. Que dirá então o quão difícil é para ele não trabalhar a terra por dois anos seguidos! O sétimo ano de Shabat Shemitá e o seguinte, do jubileu.
Na época do Templo Sagrado isto era exatamente o que acontecia a cada cinqüenta anos. Atualmente, não se guarda o Yovel.
O Yovel caracterizava-se por três obrigações, que recaíam sobre a nação inteira:
1. Abstenção de qualquer trabalho agrícola, exatamente como em Shemitá.
2. Liberdade incondicional para todo escravo hebreu.
3. A devolução de todos os campos aos seus proprietários originais.
No Yovel, os escravos judeus são libertados
A cada ano de Yovel, em Yom Kipur, o San'hedrin (Tribunal Superior) tocava o shofar. A seguir os judeus em Israel, tocavam o shofar. O som podia ser ouvido em Israel inteira, anunciando: "Chegou a hora de libertar todos os escravos judeus. Todos os que possuem escravos judeus devem libertá-los e enviá-los à suas casas."
Não importava se o escravo recém começara a servir seu senhor, ou se já havia trabalhado seis anos, todo escravo judeu tinha de ser enviado de volta ao seu lugar de origem. O toque do shofar era um lembrete para ouvir e observar esta mitsvá. Depois de possuir um escravo por um longo período, o amo deve achar difícil mandá-lo embora; assim como o escravo pode ficar relutante em deixar seu amo. De Rosh Hashaná até Yom Kipur do ano de Yovel, um escravo não retorna à sua casa; nem seu amo pode empregá-lo. Em vez disso, senta-se à mesa de seu amo, come, bebe, e relaxa. Quando o shofar é tocado em Yom kipur, ele finalmente parte. Este período de dez dias de transição ajudam-no a readaptar-se à liberdade. D'us disse: "Quando tirei o povo judeu do Egito, tornaram-se Meus escravos. Por isto, nenhum judeu poderá servir a outro por toda a vida, somente Eu posso exigir tal submissão."
O que nos ensinava a mitsvá de tocar o shofar no Yovel?
O toque do shofar no ano de Yovel anunciava a libertação de todos os escravos judeus. Da mesma forma, um dia escutaremos um magnífico toque do shofar, que anunciará a vinda de Mashiach. Este som será o início da verdadeira liberdade para o povo judeu. Mashiach virá e construirá o Terceiro Templo Sagrado. D'us libertará o mundo da morte e da má inclinação. A ressurreição dos mortos será realidade, e viveremos para sempre. Rezamos diariamente na oração da Amidá para que isto aconteça logo: o toque do grande shofar anunciando nossa liberdade.
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