segunda-feira, 14 de março de 2016

VERGONHA EM PRESBITERIANOS - Igreja Presbiteriana Unida defende Lula e ataca Moro

A Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU) emitiu uma nota onde condena os desdobramentos da Lava Jato. “A IPU condena, veementemente, o caráter midiático e teatral que os coordenadores da chamada força tarefa da Lava Jato têm dado antes, durante e após o cumprimento de cada fase da Lava Jato”, diz o comunicado.
Como lhe é peculiar, emitiu um parecer onde o princípio norteador não é a Bíblia, mas a ideologia simpática ao socialismo que permeia seus ensinos. Para os membros do Conselho da denominação, “caso não haja cautela da parte daqueles que conduzem tais investigações e da elite política deste país, poderá se degenerar e transformar nossas ruas em palcos de banhos de sangue”.

Aparentemente, a IPU abraçou definitivamente a linha de pensamento do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil), do qual é membro e está a serviço do Partido dos Trabalhadores. Dois aspectos contribuem para essa conclusão.

Primeiramente, o fato de essa nota ter sido divulgada através dos sites Diário do Centro do Mundo e Vermelho, ambos reconhecidamente de linha abertamente comunista e pró-PT. A falta de coerência é tanta que o site usou o logotipo de outra denominação (A Igreja Presbiteriana do Brasil), para ilustrar a nota. O site oficial da IPU está “em reforma” e não traz a nota na íntegra.

O outro aspecto determinante é o fato de membros do CONIC terem se manifestado abertamente contra o impeachment da presidente Dilma. No início deste ano, aceitaram fazer parte do “Conselhão”, manobra midiática do governo atual, que não tem poder real, mas vende a ilusão de um governo que ouve a todos os segmentos da sociedade.

Outro aspecto que mostra como o documento de 10 pontos segue uma pauta pré-agendada pelo governo é o ponto 7.

“A IPU alerta que os delatores da Operação Lava Jato são os mesmos que, na surdina e nos arranjos inescrupulosos deste e de governos de épocas anteriores, se locupletaram às custas do país e não tiveram escrúpulos e, mais uma vez, como os ratos que abandonam o navio prestes a submergir, buscam salvar a sua própria pele”.

Em suma, a Igreja condena os delatores, mas ignora que a maioria dos políticos presos são do PT e de partidos aliados (PP, PMDB). Convenientemente, em nenhum momento cita Dilma ou Lula.

Contudo, fica clara sua posição pró-ex-presidente no ponto 9: “não há nenhuma diferença entre levar qualquer investigado preso, mediante condução coercitiva, sem a devida intimação judicial prévia, quanto linchar um pobre jovem negro transgressor e amarrá-lo em um poste, em praça pública, buscando fazer “justiça com as próprias mãos”.

No caso, além de defender Lula, ataca o juiz Sérgio Moro com os mesmos argumentos dos sites pagos pelo PT para disseminar a contrainformação na internet.

Leia a íntegra da nota abaixo:

Da Igreja Presbiteriana:

O Conselho Coordenador da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil – CC-IPU, tendo em vista o agravamento da crise política do país cujo ápice se deu com as recentes ações realizadas pela Operação Lava Jato, responsável pela investigação de políticos e empresários supostamente envolvidos em prática de crimes de corrupção, dirige-se aos presbitérios e igrejas a ela jurisdicionados e à sociedade brasileira em geral, em especial à classe política e aos operadores da justiça (Judiciário, Polícia Federal, OAB e Ministério Público) e faz o seguinte

PRONUNCIAMENTO:

1 – A IPU, igreja herdeira da Reforma Protestante, sempre pautará sua conduta pelos padrões de ética e justiça bíblicos e defende que a sociedade brasileira – sejam cristãos, seguidores de tradições religiosas não cristãs e os sem religião – tenha direito a viver em um país sob o império do estado de Direito, da justiça e da ética, sem distinção de classes, credos, raças ou qualquer outro padrão social convencionado;

2 – A IPU, igreja fundada em 1978, período obscuro da recente história brasileira, oriunda de um presbiterianismo que, de um lado, se aliou à ditadura militar e abraçou o estado autoritário, para dele também tirar proveito, negando o Pronunciamento Social da Igreja Presbiteriana de 1962, mas que, de outro lado, ofereceu mártires em defesa da causa dos pobres e das liberdades políticas, sempre será fiel às suas raízes e fará ecoar a voz profética da Justiça que deve correr como os ribeiros (Amós 5.24);

3 – A IPU defende o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato, que elas sejam simétricas, sem privilegiar ou discriminar quaisquer partidos políticos, buscando-se o alcance da justiça, aplicando-a a quem quer que seja (doa a quem doer), leve o tempo que levar, sempre sob os auspícios do estado de Direito, da lei e da serenidade que devem pautar os agentes públicos, em especial os operadores da justiça;

4 – A IPU condena, veementemente, o caráter midiático e teatral que os coordenadores da chamada Força Tarefa da Lava Jato têm dado antes, durante e após o cumprimento de cada fase da Lava Jato. Essa espetacularização de atividades meramente investigativas tem criado um caldo de cultura pernicioso, permeado pelo ódio ao que pensa diferente e que, caso não haja cautela da parte daqueles que conduzem tais investigações e da elite política deste país, poderá se degenerar e transformar nossas ruas em palcos de banhos de sangue;

5 – A IPU condena o vazamento seletivo de trechos de depoimentos, sejam de acusados, investigados ou delatores, sempre dirigidos, previamente, a alguns órgãos de comunicação que entregam um produto de conteúdo nem sempre imparcial e justo;

6 – A IPU coloca sob suspeição e alerta os membros de suas igrejas a verem com espirito crítico e com ceticismo conteúdos de delações premiadas que passam a ser tomados como sentenças condenatórias de agentes públicos, sem que tenha havido o devido processo penal, a produção de provas e o direito ao contraditório dos acusados;

7 – A IPU alerta que os delatores da Operação Lava Jato são os mesmos que, na surdina e nos arranjos inescrupulosos deste e de governos de épocas anteriores, se locupletaram às custas do país e não tiveram escrúpulos e, mais uma vez, como os ratos que abandonam o navio prestes a submergir, buscam salvar a sua própria pele;

8 – A IPU, com base no Pronunciamento das Igrejas Históricas contra a corrupção, por ela e por outras igrejas assinado e publicado em setembro de 2014, reitera que a corrupção que grassa em nosso pais vem de longa data e é filha de um sistema político mal articulado que sempre se pautou pela busca de financiamento privado de campanhas, transformando o Congresso Nacional em verdadeiro representante do poder econômico e não do povo, sendo que cerca de 70% de seus membros são representantes diretos de grandes grupos econômicos e financeiros, nacionais e estrangeiros, sediados no país;

9 – A IPU reitera que a verdadeira Justiça provém de Deus e que toda justiça humana é incompleta e imperfeita, mas deve ser permanentemente buscada, no entanto, não deve ser almejada a qualquer preço. Justiça a qualquer preço é justiçamento e, como tal, não há nenhuma diferença entre levar qualquer investigado preso, mediante condução coercitiva, sem a devida intimação judicial prévia, quanto linchar um pobre jovem negro transgressor e amarrá-lo em um poste, em praça pública, buscando fazer “justiça com as próprias mãos”;

10 – Como bem supremo, a justiça deve ser buscada, mas a IPU alerta o povo de Deus que nela se reúne: fuja da justiça dos hipócritas escribas e fariseus dos dias atuais (Mateus 5.20). Muitos desses são políticos que respondem a processos criminais e igualmente estão sob suspeição por práticas delituosas. Para buscar a justiça, desconfiem daqueles que, em nome dela, defendem a pena de morte, a redução da maioridade penal, a volta da ditadura militar e desrespeitam o direito das minorias, em especial negros, índios, homossexuais e adeptos de religiões não cristãs ou sem religião;

A IPU conclama o povo de Deus que nela se reúne para se colocar, permanentemente, em oração pela nossa pátria. Que ela seja, verdadeiramente, pátria de todos e de todas, onde o direito e a justiça corram como rio perene.


Fonte: Gospel Prime e Diário do Centro do Mundo

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