terça-feira, 23 de agosto de 2016

Oração por pacientes dentro dos hospitais é proibida na China


Hospitais públicos da China estão proibindo todos os tipos de atividades religiosas dentro de suas propriedades, incluindo a visita de pastores e as orações pelos enfermos. A informação é da agência de notícias Asia News.
No Hospital Central de Wenzhou, na província de Zhejiang, cartazes foram espalhados para informar pacientes e visitantes sobre a nova proibição. Além disso, médicos, enfermeiros e outros funcionários também foram orientados a repassar a regra para as pessoas atendidas.
A cidade de Wenzhou já foi apelidada de "Jerusalém da China” por causa da intensa atividade missionária que recebia no passado. Hoje, mais de um milhão de cristãos vivem na região.
"As atividades religiosas no hospital nunca foram apoiadas", revelou à agência de notícias um funcionário do hospital, que preferiu não ser identificado. "Todos nós estamos aqui para apoiar os pacientes. Alguns oram em silêncio, o que é compreensível, mas outros faziam barulho, liam a Bíblia e oravam em voz alta. E isso não é bom".
O governo chinês vem dando respostas duras à religião, em particular o cristianismo, que experimenta um intenso crescimento no país. Ao longo dos últimos três anos, mais de 1.500 igrejas foram demolidas e tiveram suas cruzes removidas na província de Zhejiang. Pastores e advogados que se opuseram à campanha do governo foram presos.
De acordo com Bob Fu, representante da organização cristã China Aid, a repressão em Zhejiang está se espalhando para as províncias vizinhas, incluindo Anhui e a Mongólia Interior.
"O governo chinês está levando a perseguição contra cristãos a outro nível", disse Fu à rádio Free Asia. "A comunidade internacional deve estar ciente de que estão intensificando a pressão sobre a prática religiosa, de modo que existe cada vez menos liberdade".
Para a organização International Christian Concern, a ação que proíbe a religião dentro dos hospitais é mais uma forma que o Partido Comunista da China encontrou para eliminar o cristianismo no país.
"Após a retirada das cruzes e demolição das igrejas na província de Zhejiang, o governo chinês decidiu direcionar a perseguição aos hospitais. A maioria dos hospitais da região, basicamente, foram operados por organizações religiosas", afirma a entidade.
Repressões do governo
Recentemente, o governo da China tomou outras medidas para barrar o crescimento do cristianismo no país. Cristãos que vivem na província de Guizhou foram informados que poderão perder seus benefícios sociais, caso não parem de frequentar a igreja.
Autoridades também anunciaram aos pais cristãos da província de Guizhou que seus filhos não poderiam ter acesso à faculdade ou uma academia militar, caso as famílias insistissem em frequentas igrejas.
O governo também estabeleceu que qualquer pessoa que levasse uma pessoa menor de idade para a igreja, responderia a um processo judicial. A legislação chinesa proíbe crianças menores de 18 anos a receberem qualquer tipo de educação religiosa.

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