O comediante e dublê de autor Gregorio Duvivier ficou conhecido no país por fazer parte do grupo Porta dos Fundos. Ateu confesso, ele já escreveu – e interpretou – vários esquetes no canal do grupo na Youtube zombando da fé cristã.
No Natal de 2017 ele decidiu atacar o cristianismo em dose dupla. Primeiramente, em sua coluna na Folha de São Paulo. Em um texto panfletário e malicioso sobre os relatos do Novo Testamento, repetiu a narrativa de esquerda e tentou retratar Jesus como “baderneiro” e “comunista. Já em vídeo, retratou Deus como um velho bêbado e sádico.
“Só mesmo no Brasil que o país para pra celebrar o aniversário de um líder comunista. Pior que isso: um baderneiro terrorista bolivariano sem-terra defensor de bandido e da prostituição… O sujeito perdoava até o roubo, mas não perdoava a riqueza”, escreveu Duvivier no início da coluna.
Tentando recriar passagens dos evangelhos de forma grotesca, pediu “Olhem pra vida do rapaz: não acumulou riqueza, não se formou, ao invés disso vivia descalço cercado de leprosos defendendo bandido. Isso não significa, no entanto, que ele fosse paz e amor. O sujeito tava mais pra Marighella que pra Gandhi”.
Ignorando qualquer sensatez em uma leitura honesta das Escrituras, travestiu Jesus de uma ideologia alheia aos seus ensinos. A imagem usada para ilustrar sua coluna no jornal era de um homem negro, com o arco-íris em volta da cabeça e uma faixa que dizia “100% comuna”. Isso pretensamente, associaria Jesus a minorias (negros, homossexuais) e aos demagogos com discurso de esquerda (comunista).
“Quando entrou no templo e viu que tava cheio de caixa eletrônico… O jovem black bloc bicou pro alto tudo quanto era maquininha da Cielo”, insistiu o ator, tentando associar a Cristo o caráter duvidoso de quem diz lutar contra o capitalismo destruindo propriedade privada.
Abusando das pautas que ele, como militante do PSOL, defende, assegurou: “Perdoou as prostitutas e, pior, garantiu que elas vão entrar no céu antes de você. “Elas e os cobradores de imposto”, disse o comuna, provando que, se tem uma coisa que comunista gosta mais ainda do que de putaria, é de imposto”. Em seguida, comparou as curas realizadas pelo Salvador com o “programa Mais Médicos” e assegurou que “Ao transformar água em vinho, nada mais fez do que dar drogas à juventude —como bom comunista”.
A intenção de Duvivier em publicar esse tipo de texto no dia de Natal não é outra senão a de tentar ridicularizar a imagem de alguém que, em outras ocasiões, ele já disse que não existe.
Curiosamente, a mesma Folha de São Paulo por diversas vezes deu destaque às questões de intolerância religiosa no país, agora promove a Cristofobia.
Ao mesmo tempo, no vídeo lançado pelo Porta dos Fundos hoje (25) chamado “Especial de Natal”, Gregorio Duvivier interpreta Noé. Nos 20 minutos da produção – que não tem uma piada minimamente engraçada com a maioria dos trabalhos mais recentes do PDF – Deus (Fábio Porchat) é retratado como um velho bêbado e gagá.
O Noé de Duvivier é um pobre coitado, que fuma maconha, e serve de saco de pancada para um Deus sádico. Ele constrói a arca e todo o processo é retratado de maneira a mostrar que a fé é inútil e o Criador, um sádico que tem prazer em fazer o mal.
Cabe lembrar que o Porta dos Fundos responde a um processo por vilipêndio à fé, movido por uma organização católica. No mês passado, eles receberam muitas críticas por terem apresentado um “Jesus pornô“. Mesmo assim, insistem na zombaria.
O Especial de Natal do Porta dos Fundos ficou o dia todo entre os cinco mais assistidos do Youtube no Brasil e passa de 500 mil visualizações. Isso mostra que a tentativa constante de se fazer do cristianismo uma piada ainda tem público no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário