Nesta terça-feira (5), o presidente Trump voltou a tocar em um assunto delicado, uma promessa dele na campanha eleitoral: o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
Donald Trump deu a notícia em uma série de telefonemas. Falou com o presidente da França, Emmanuel Macron; com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu; com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas; e com o rei da Jordânia, Abdullah II.
Os líderes árabes tiveram uma reação imediata e negativa à notícia de que os Estados Unidos vão reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e transferir a embaixada americana de Tel Aviv para lá.
Israel considera Jerusalém a capital do país. O lado oeste pertence a Israel desde que o país foi criado em 1948. Mas a parte leste, onde a população é predominantemente árabe, foi ocupada por tropas israelenses durante a guerra de 1967. E os palestinos querem estabelecer ali a futura capital do país que pretendem criar.
O porta-voz do presidente da Autoridade Palestina disse que a decisão fere a lei internacional e pode significar o fim do processo de paz na região. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou que o país pode romper relações diplomáticas com Israel se os Estados Unidos reconhecerem Jerusalém como capital israelense.
A representante da União Europeia para Relações Exteriores afirmou que qualquer ação que ameace a criação de dois estados independentes para israelenses e palestinos deve ser completamente evitada.
Trump deve anunciar a decisão na quarta-feira (6). Grupos militantes palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia convocaram protestos que chamaram de “Dia de Fúria”.
Mudar a embaixada americana foi uma promessa de campanha feita por Donald Trump, principalmente para agradar grandes doadores políticos americanos. Para esses doadores, o risco de alienar os palestinos ou provocar novos conflitos, como tantos no passado, é menos importante do que promover a expansão territorial de Israel.
A embaixada americana deve permanecer em Tel Aviv pelo menos por mais seis meses. A porta-voz da Casa Branca disse que Trump vai fazer o que for melhor para os Estados Unidos.
“O presidente está bem confiante nesta decisão”, afirmou Sarah Sanders.
Nenhum comentário:
Postar um comentário