Ninguém exerceu maior influência sobre a humanidade do que o carpinteiro de Nazaré. Ainda assim, poucos aplicam os ensinamentos de Jesus Cristo no seu dia a dia. O mundo ocidental, apesar de se dizer cristão, pouco conhece sobre os fascínios dos ensinamentos do Mestre dos Mestre. Se o homem atual se debruçar sobre as lições deixadas por Cristo, certamente será capaz de por fim as angústias vivenciadas no palco da vida.
Neste artigo o leitor encontrará algumas das principais lições de Jesus Cristo que podem ser muito útil para o homem atual. Nosso propósito é apresentar alguns dos pensamentos mais complexos de Cristo e sua aplicação para a sociedade em que vivemos. Se possível, utilize um exemplar de uma Bíblia e busque ler todo o capítulo dos versículos mencionados.
Conheça agora as 10 lições de Jesus Cristo para o homem atual:
1. ANSIEDADE
“Por isso, vos digo: não andeis ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; em quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir” (Mateus 6.25a)
Os efeitos da ansiedade são danosos à saúde emocional e causa muitos males para a vida das pessoas. Por isso, Jesus Cristo queria que as pessoas valorizassem o que realmente importava na vida. Não raro existem pessoas que vivem correndo ansiosamente para alcançar resultados que consideram importantes para as suas vidas, mas esquecem de cuidar da saúde, de aproveitar os momentos com a família, de estar presente em meio aos diálogos com entes queridos.
Nossas prioridades tem nos causado muitos males. Muitos são ansiosos, irritados, impacientes, insatisfeitos, inquietos, deprimidos. A maioria das pessoas vive uma vida de muito estresse e agitação por conta destas prioridades consideradas de valor absoluto. Poucos percebem que quando o fenômeno do fim da existência tragar o último fôlego de vida que os resta, certamente essas prioridade não terão nenhum valor.
Você tem andado ansioso por conta de alguma prioridade que considera absoluta? Tem se desgastando em busca de objetivos que acredita que sejam fundamentais? Talvez seja melhor você rever as suas prioridades. Faça um alto exame para saber se não está confundindo algumas coisas necessárias por aquelas que são realmente indispensáveis. Não se deixe dominar pela ansiedade.
2. ESTRESSE
“Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas.” (Mateus 6.31 e 32)
Jesus sabia que o estresse pode destruir nossas vidas. Com sintomas muitas vezes indescritíveis, o estresse é capaz de roubar a nossa paz, pois causa medo, desconforto, preocupações, irritação, frustração, nervosismo, etc. Os motivos que causam o estresse podem ser diversos, mas as consequências são sempre desastrosas.
O que tem causado estresse em sua vida? A situação financeira do país? O quadro de corrupção que assola nossa nação? Problemas familiares? Preocupações com o futuro? Bem, você precisa ter em mente que o estresse só nos enfraquece, pois nos impede de ver as oportunidades de Deus. Jesus sabia muito bem disso. Ele sabia que o estresse pode ser um agravante para a falta de fé, prejudicando nosso entendimento sobre Deus.
Planejar o futuro é sempre importante, mas estressar-se com ele é inútil, pois prejudica os nossos esforços para alcançar metas no presente. Jesus acreditava que deveríamos prestar atenção a tudo em nossa volta, pois Deus tem pleno conhecimento de todas as coisas que necessitamos. Cuidado para não desperdiçar sua energia no estresse e perder as oportunidades de Deus.
3. VÍCIO
“Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Lucas 12.34)
Jesus considerava que tudo aquilo que nos escraviza, trazendo males para nós e as pessoas próximas é uma forma de vício. O que elegemos como “deuses” em nossas vidas é sem dúvidas uma forma de escravidão, pois estaremos com o coração centrado naquilo, sem levar em conta as consequências que este vínculo pode causar.
O Mestre dos Mestres acreditava que tudo o que fosse considerado de maior valor, certamente teria maior atenção e possivelmente se tornaria um vício, onde estaria o nosso coração. Ele queria que ficássemos atentos sobre tudo que pode nos tornar dependentes, seja a idolatria, as drogas, o dinheiro, etc.
Cristo queria que colocássemos o que realmente importa em primeiro lugar em nossas vidas, deixando as “coisas” em segundo plano. Além disso, pretendia que buscássemos um crescimento interior, afastando tudo que possa vir a se tornar em um “deus”. Onde está o seu tesouro? No que você tem dedicado a maior parte do seu tempo?
4. SOFRIMENTO
“Não se perturbe o vosso coração. Confiai em Deus; confiai também em mim.” (João 14.1)
Para Jesus a melhor maneira de sobreviver aos momentos de sofrimento estava na confiança que deveríamos depositar n’Ele e em Deus. Quando depositamos nossa esperança em Deus, todo o sofrimento servirá apenas como combustível para o nosso crescimento espiritual. Mesmo que para muitos essa confiança pareça cega, Cristo sabia que este caminho de crescimento conduziria a uma abundância de vida.
Todos estamos sujeitos a enfrentar momentos de crise e sofrimento, mas as pessoas sábias depositam a confiança em Deus, tornando-se mais fortes em meio a crise. Jesus suportou sofrimentos incalculáveis, mas nunca deixou de confiar em Deus e mesmo na hora da morte entregou o seu espírito ao Pai.
Com Jesus podemos aprender a sobreviver aos momentos de dor e sofrimento, pois suas palavras servem de incentivo para que possamos enfrentar todas as dificuldades e crescer em nosso relacionamento com Deus e com Ele. Você sente que está só no momento de sofrimento? Saiba que isso não é verdade, mas que Deus está disposto a acompanhar cada passo que der em meio à crise. Confie em Deus!
5. RELEVÂNCIA
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mateus 5.16)
Jesus Cristo pretendia que seus discípulos fossem relevantes no ambiente em que viviam, exercendo influência sobre o meio social. Para enfatizar essa relevância, durante seu Sermão do Monte, Cristo utilizou-se de dois recursos simbólicos comuns: sal e luz.
Apesar de não ter sido formado nas melhores escolas de sua época, nem ter estudado aos pés dos grandes rabinos, Cristo sabia transmitir seus ensinamentos de forma que os ouvintes fosse m capazes de aplica-los em seu dia a dia. O sal era um dos recursos mais comuns naquela época, como ainda é utilizado até os dias de hoje. Do mesmo modo, a luz continuou sendo um importante recurso para as civilizações ao longo dos séculos.
O carpinteiro de Nazaré não buscava holofotes, mas seus ensinamentos revolucionaram o viver humano. Era essa a relevância que ele pretendia que seus discípulos exercessem no ambiente que viviam. Essa é a relevância que o Mestre quer que sejamos capazes de exercer. Todos nós somos capazes de dar bom testemunho, sendo sal e luz para este mundo.
6. INTEGRIDADE
“Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mateus 7.16)
Pessoas desonestas, que agem de forma fraudulenta, não conseguem prolongar suas ações por muito tempo, pois são desmascaradas quando suas vidas passam por uma avaliação quanto aos frutos que são capazes de produzir. Como diz o ditado: “Nem tudo que reluz é ouro”. Da mesma forma, nem tudo que se apresenta como modelo de conduta pode ser considerado autentico.
Em sua série de ensinamentos no Sermão do Monte, o carpinteiro de Nazaré chamou a atenção para a hipocrisia de alguns religiosos – o que chamou de falsos profetas. Para o Mestre a forma mais eficaz de comprovar a integridade de um indivíduo é através do resultado de suas ações: os frutos.
O Mestre adverte sobre esses falsos profetas que buscam se apresentar com aparente religiosidade, mas o objetivo é iludir as pessoas para oprimir e extorquir. Apresentam-se como verdadeiros santos, com uma ética enganosa, para explorar as mazelas das pessoas e alcançar seus objetivos obscuros.
7. AMOR
“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (João 15.12)
Considero Jesus o maior mentor sobre relacionamentos que já existiu. E ele acreditava que o amor é o melhor regente para os relacionamentos. Cristo utilizava o amor como sendo um dos pontos centrais de seus ensinamentos. O amor tem um significado tão profundo nos ensinamentos cristãos que a própria Bíblia afirma que Deus é amor (1 João 4.8).
Para que possamos demonstrar o amor de Cristo por nós, a ponto de ter entregado a própria vida para nos remir, devemos amar as pessoas que nos cercam. A melhor forma de praticar o amor é dar prestando atenção às necessidades das pessoas. Jesus Cristo concentrou seu ministério nas mazelas sociais, pois queria que todos renovassem a esperança de viver em um mundo melhor.
Ouvir, ajudar, encorajar, atender, abraçar, doar, são algumas das ações que demonstrarão o seu amor pelo próximo. Aplicar seu tempo em confortar as pessoas, estendendo a mão nos momentos de dificuldade, mesmo que em um ato mais singelo, pode ser uma oferta de amor. Jesus espera que sejamos capazes de oferecer uns aos outros uma porção de amor, pois ele nos amor de tal maneira que ofereceu a própria vida por nós.
8. VERDADE
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” (João 14.6)
As palavras de Jesus Cristo eram intrigantes, pois ultrapassavam os limites do conhecimento intelectual e alcançavam a alma das pessoas que o escutavam. O Mestre dos Mestres usava seu próprio exemplo para dar ênfase aos seus ensinamentos. Ele não dizia deter a verdade, mas se apresentava como a própria verdade. Desta forma, as pessoas buscavam ter um relacionamento com ele.
As dúvidas dos seus seguidores eram sanadas à medida que eles buscavam se aprofundar em uma relação de intimidade com o carpinteiro de Nazaré. Portanto, a cada passo que Cristo dava tinha sempre uma multidão o seguindo. Às pessoas queriam aprender com ele através de um relacionamento.
Como Jesus Cristo tinha plena convicção de seus ensinamentos, costumava se apresentar como o modelo destas lições. Desta forma, ele obrigava seus seguidores a lidar com suas emoções, buscando se relacionar com ele, desprezando a lógica do intelecto teórico, pouco prático. Quando conhecemos plenamente a Cristo, então experimentamos a verdade plena.
9. PERFEIÇÃO
“Sede perfeitos, portanto, como o Pai celeste é perfeito.” (Mateus 5.48)
É impossível ser perfeito como Deus. Jesus sabia disso. Ainda assim, ele afirma que deveríamos buscar a perfeição, como a de Deus. Então, qual o verdadeiro significado desta afirmação de Cristo? Primeiro, almejar ter o caráter do Mestre, buscando agir como ele agia. Em segundo, buscar a retidão espiritual através da santidade.
Nesta lição o Mestre nos ensina que a aparência não leva a nada, mas a maturidade nos ajuda a reconhecer nossas imperfeições. É isso que Cristo queria dizer com a ordem “sede perfeitos”. Ele queria que fossemos capazes de reconhecer nossas limitações e buscar o crescimento constante. Nunca seremos como Deus, mas isso não nos impede de continuar buscando o crescimento pessoal dia após dia.
Enquanto vivermos aqui a imperfeição sempre existirá. Ainda assim, Jesus Cristo deseja que tenhamos força para buscar o crescimento espiritual, isso nos fará amadurecer e reconhecer que somente o amor de Deus para nos aceitar como somos. Portanto, quando reconhecemos nossas imperfeições e o amor de Deus por nós, desejamos ser parecido com o Pai celeste, almejamos ser perfeitos e lutamos por este objetivo.
10. HUMILDADE
“Se alguém te ferir na face direita, oferece também a outra.” (Mateus 5.39)
Sabe o que é maravilhoso a respeito de Jesus Cristo? Que seus ensinamentos podem ser aplicados por qualquer pessoa. Ou seja, podemos aprender a agir como o carpinteiro de Nazaré. Um exemplo disso é sua lição a respeito da humildade. Ele não acreditava que pessoas humildes são passivas e cabisbaixas, mas que sabiam ter atitudes dignas mesmo diante dos maiores conflitos.
Jesus tinha uma visão diferente de humildade. Ele acreditava que pessoas humildes deveriam ser suficientemente confiantes para interagir de maneira a demonstrar com exemplos o comportamento amoroso que o Reino dos Céus exige. Ele sabia que mesmo em uma posição de destaque era possível demonstrar humildade. Sabia que o que faz uma pessoa realmente importante é sua capacidade de ser bom exemplo, servindo aos outros.
Ao dizer que devemos oferecer a outra face diante de uma agressão, Jesus não estava sugerindo passividade. O Mestre do Amor não quis dizer que ao sermos agredidos deveríamos dar as costas para o agressor e fugir. O que Jesus realmente queria é que as pessoas tivessem uma atitude de amor diante de uma ofensa ou agressão. Ao invés de contra atacar com agressividade, deveríamos agir com amor, mesmo que discordando da posição do agressor.