A palavra ministrada neste domingo, pautada na passagem de Mt. 12:33-37, trouxe o ensinamento do Senhor Jesus a respeito de dois tipos de árvores: a boa, que produz frutos bons, e a má, que produz frutos maus. Cristo advertiu que pelo fruto conheceremos a árvore.
João Batista, quando anunciava a vinda do reino dos céus, pregou uma mensagem parecida com esta. Observe o texto de Mt. 3: 1-10, onde ele apontou que o machado está posto à raiz das árvores e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada no fogo.
Claramente vemos as advertências a respeito de dois tipos de pessoas e que, pelo que elas produzirem saberemos discernir se são ou não de Cristo e, consequentemente, se serão salvas ou lançadas no fogo. Aproveite para refletir qual tipo de árvore você é e, a partir de hoje, trabalhe para produzir frutos dignos de arrependimento.
Estudaremos com cuidado os dois tipos e encerraremos com o terceiro tipo de árvore, apontada em outras passagens bíblicas.
A árvore má: O crente carnal
Antes de exemplificarmos sobre a árvore má precisamos partir do ponto de que ninguém nasce mau. Todos vieram de Deus e foram feitos à Sua imagem e semelhança. O ser humano foi criado para adorar ao Senhor e com o intuito de produzir bons frutos, mas muitos se deixam contaminar pelo mundo e perdem a essência de sua criação. Então, o que torna um crente carnal?
1º O veneno que ele adquire no decorrer da vida
“Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração” Mt. 12:34.
Jesus chama o crente carnal de “víbora”. Observe três características desse tipo de serpente: Ela é traiçoeira, se arrasta e só vive em lugares com margem a muitos esconderijos.
Em Israel, por exemplo, existem muitas espécies de cobras devido a seu clima variável e por possuir muitas montanhas, vales e desertos, lugares propensos a bons esconderijos.
Uma pessoa pode ser “envenenada” dependendo do lugar que dá para as coisas do mundo. Nas novelas sempre vemos dois tipos de personagens, a mocinha, que é boa e sempre faz o bem, e a vilã, que trabalha o tempo todo para destruir o outro. Tem gente que se deixa influenciar pelos personagens e se contamina com este modo deturpado de viver. Se suas companhias praticam o mal, você tende a concordar com suas práticas e a fazê-las também.
Leia o que Jesus falou em Mt. 15: 18-20 sobre o que contamina o homem:
“… O que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem”.
Lute para retirar o veneno de dentro do seu coração e saiba que o antídoto para isto é a injeção da Palavra de Deus!
2º O viver de aparência
Quando Jesus fala que uma pessoa má não pode fazer coisas boas, Ele está questionando a falsidade dos que tentam mostrar para aos outros aquilo que não são. Tome cuidado para não viver com o intuito de agradar ao homem, é melhor ser criticado por renunciar as coisas do mundo do que ser apontado como desonesto, falso e hipócrita.
Preste atenção também em seu modo de agir dentro da igreja e na companhia dos irmãos. Talvez a hipocrisia esteja em tentar mostrar aos outros o seu grau de espiritualidade, sendo que seu coração está vazio da presença de Deus.
Jesus ainda continua falando a respeito das palavras ociosas. Na epístola de Tiago temos muitos versículos sobre a língua e o capítulo 3 inteiro frisa a importância de refreá-la.
Tiago aponta que a língua se gaba de muitas coisas, é mundo de iniqüidade e contamina o corpo inteiro. Nenhum homem consegue domá-la e está carregada de veneno mortífero, pois ao mesmo tempo em que bendiz ao Senhor, amaldiçoa os homens, procedendo da mesma boca benção e maldição. O texto ensina que o homem que consegue não tropeçar no falar é um varão perfeito, capaz de refrear também todo o corpo. Cuidado com as palavras, porque quando mal colocadas estragam qualquer pessoa.
3º A murmuração de si mesmo
Aprenda a amar aquilo que você é e o que Deus te deu. É necessário este ensinamento, pois o sentimento de inveja é motivado por este fator e, consequentemente traz a produção de maus frutos.
Leia isso, mas tome cuidado para não se colocar em uma posição superior aos outros, pois a Bíblia nos apresenta uma base para o amor completamente diferente daquilo que a psicologia humanista anuncia. Ame aquilo que você é, mas cuide para não menosprezar os outros.
A árvore boa: O crente fiel
A árvore boa possui uma raiz sólida, firmada na Rocha da Salvação, que é o Senhor Jesus, e na Sua Palavra. Ela é regada pela leitura da Bíblica, em busca de uma adoração incessante a Deus, e produz bons frutos através de uma vida cristã reta diante dos olhos do Pai e dos homens. A árvore boa vigia em oração para se afastar da iniqüidade e estar atuante de bom grado na obra, guardando os seus mandamentos.
Para se tornar uma árvore boa é necessário:
1º Ter um bom tesouro
“O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más”. Mt. 12:35.
Para possuir um bom tesouro é preciso acumular princípios bons: Obediência (1 Pe 1:22), santidade (1 Pe. 1: 14-15), bondade (Gl. 5:22), amor (1 Co. 13)… Não pare de agregar valores. Se você é bom em algo, procure ser em outras coisas também. Acumule, substituindo os pecados pelas virtudes. Seja caçador de valores.
2º Ser uma ovelha de Jesus
“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e elas conhecem a mim”. Jo 10:14.
Como a ovelha depende de seu pastor e ouve a sua voz, seja dependente de Cristo. Aquele que seguir a Jesus e atender ao Seu chamado será salvo, pois Ele deu a vida pelas Suas ovelhas. Dê o seu melhor para Deus e peça para Ele usar a sua lã para a propagação do Seu reino nesta Terra.
Se você não for ainda ovelha de Cristo não se desespere, pois Jesus veio a esse mundo por você!
“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor”. Jo. 10: 16.
O fruto do crente é símbolo de uma comunhão vivida com Cristo, onde a conduta cristã é conhecida pelo testemunho de fé, quando o cristão não testifica estas coisas em sua vida, ele se encaixa em um outro tipo de árvore, apontada por Jesus em outras passagens. Veja:
A árvore infrutífera: O crente inútil
O crente inútil é aquele que leva uma vida cristã sem nenhuma expressão espiritual. É apático, indiferente, sem compromisso com Deus e a Sua palavra. Não possui prazer em estar na casa do Pai e entusiasmo para a obra.
Jesus abomina árvores que não dão frutos. Exemplo disto está em Mt. 21:18, quando se deparou com uma figueira que possuía apenas folhas e, pela falta de frutos a amaldiçoou. Em outras passagens também constatamos isto, confira em Mc 11:12 e Lc. 13: 6-7.
O crente inútil não produz nada, possui apenas aparência e acaba prejudicando o crescimento da obra de Deus. Não seja esse tipo de árvore, pois o seu final Cristo já falou: “Eu sou o a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der frutos, ele o corta”. Jo. 15: 1-2. E como já vimos em Mt. 3:10, será cortado e lançado no fogo.
Sejamos a árvore boa e frutífera para a honra de Deus e o crescimento de Sua obra.