Um supervisor de vendas assassinou a esposa, uma advogada, o chefe dele e padrinho do casal, e depois se matou com um tiro na testa, na madrugada deste sábado (18). O irmão da noiva também ficou ferido.
O desfecho trágico da cerimônia de casamento foi provocada pelo próprio noivo, Rogério Damacena, 29 anos, que estava se casando com Renata Alexandre, 25 anos. O noivo disparou vários tiros com uma pistola 380 contra ela e o seu chefe e convidado da festa, Marcelo Guimarães, de 40 anos. Renata e Marcelo morreram no local. Os tiros ainda feriram Tiago Guerra, irmão da noiva, que foi levado para o hospital Santa Joana.
Após assassinar a noiva e Marcelo, Rogério disparou contra a própria cabeça, mas não morreu no local. Ele foi levado para o Hospital da Restauração, onde teve morte cerebral decretada na manhã deste domingo. O casal havia se casado no civil na última sexta-feira. O irmão da noiva foi atendido em um hospital e já teve alta.
Segundo testemunhas, a festa transcorria normalmente até o momento em que o noivo dirigiu-se à caminhonete do pai, onde supostamente estaria a arma.
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e segundo o delegado responsável pelo caso, João Brito, ainda não é possível afirmar se Renata e Marcelo eram amantes. "Instauramos o inquérito. Vai haver a extinção da punibilidade por morte do autor. A família não soube adiantar o que provocou o crime. Vamos ouvir pessoas que estavam na festa, amigos deles. Todos ainda estão muito abalados. Vamos fazer as investigações necessárias para saber o que ocorreu. Por enquanto, não temos nenhum indício de motivação", disse o delegado.
Mas João Brito acredita que o crime possa ter sido premeditado. "Ele já tinha um cenário armado na cabeça. É cedo para afirmar, mas analisando as circunstâncias, podemos dizer que ele premeditou o crime, pois simulou uma festa e avisou aos convidados que eles teriam uma surpresa", disse.
A polícia avalia que houve premeditação, pois o noivo teria anunciado que todos teriam uma surpresa.
Até o momento, a única pessoa ouvida foi o pai do noivo, segundo a polícia. Todas as demais testemunhas estão sem condições de prestar depoimento e a polícia aguardará mais alguns dias para dar início às investigações. A arma do crime segue desaparecida.
A polícia informou que já solicitou à administração do condomínio onde estava sendo realizado o casamento as imagens das câmeras de segurança, mas acrescentou que ainda é muito cedo para falar na motivação do crime. O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias.
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