terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Jovem turca foi enterrada viva


Uma adolescente de 16 anos foi morta pela família por esta considerar que tinha sido ofendida pelo comportamento daquela.
Uma jovem turca foi enterrada viva num buraco junto à sua casa, onde acabou por morrer asfixiada de acordo com a autópsia que revelou grandes quantidades de terra nos pulmões e estômago de Medine Memi, de 16 anos.
O pai e o avô foram presos sob suspeita de mais um “crime de honra”, prática corrente na Turquia em que as famílias pretendem punir desta forma brutal as filhas que mancham a honra familiar por adoptarem um estilo de vida ocidental ou terem namorados não aprovados pelos pais.
O corpo de Medine foi encontrado em Dezembro pela polícia enterrado no jardim da casa de família em Katha, localidade no sudeste da Turquia, numa região de maioria curda. A polícia investigou o caso depois de um vizinho ter denunciado o facto da adolescente não ser vista há mais de um mês.
Medine foi encontrada com as mãos atadas atrás das costas, sem sinais de agressão física, apenas uma pequena equimose. A autópsia também não encontrou sinais da adolescente ter sido drogada.
A jovem era uma de dez filhos do casal e tinha apresentado queixa três vezes na polícia de ser agredida pelos homens da família, em especial o pai e o avô.
Medine nunca frequentou a escola e a sua família integra uma comunidade muçulmana muito fechada, que obedece aos princípios da seita Naksibendi, banida após a fundação da república por Kemal Ataturk, nos anos 20, mas que tem conhecido renovadas adesões nos últimos tempos.
Segundo uma ONG que denuncia este tipo de crimes, basta uma jovem ser vista a falar com um rapaz, a família considera que a sua honra foi ofendida e deve ser vingada. A vingança passa invariavelmente pela morte da “ofensora”, em geral por um elemento masculino jovem.
O Governo turco tem procurado combater esta prática, mas sem grandes resultados. Os números oficiais destes crimes, na ordem das dezenas por períodos de vários anos, são considerados falsos por ONG que se ocupam do tema.
A prática dos “crimes de honra” está também consolidada nas comunidades turcas residentes na Grã-Bretanha e na Alemanha.

DN/Notícias Cristãs

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