quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Inocentes condenados




O dia nem amanheceu e o alvoroço no portão da penitenciária já é grande. Carregadas com sacolas cheias de comida,centenas de mulheres - esposas ou parentes dos presos – dão os últimos retoques no visual antes de passar pela revista.Dezenas de crianças brincam na calçada, ao lado das barracas que serviram de abrigo na noite anterior. É dia de visita no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. A excitação daquele momento esconde a dura realidade das mulheres e filhos dos mais de 1,8 mil detentos do local. Vítimas de um crime que não cometeram, as crianças mal sabem por que os pais estão naquele lugar, mas conhecem bem o estigma que carregam. Quando o domingo acaba, a maioria acha melhor mentir para os amigos da escola sobre a situação do pai. Ninguém gosta de ser apontado como “filho de bandido”.Juliana*, de 8 anos, diz para os colegas e professoras que o pai está viajando.

“Tenho vergonha de dizer que ele está preso e não quero que tirem sarro de mim”, conta baixinho,deitada no colo da mãe. O pai dela aguarda julgamento há 5 meses por assalto. Ivone*, a mãe da garota, conta que o marido era muito presente na comunidade e que todos estranharam quando ele sumiu.“Tem discriminação, por isso não contei pra quase ninguém.Não quero que minha filha sofra”,lamenta.

Silvana*, de 29 anos, trabalha com panificação e afirma não esconder no trabalho que o marido está preso. Já na escola da filha Luiza*, de 4 anos, ninguém sabe. “Não quero que as crianças debochem dela e nem que os professores olhem diferente”, conta. Luiza não sabe o motivo pelo qual o pai está na penitenciária – assalto, segundo a mãe –, mas conta que gosta de ir visitá-lo porque sente saudades. “Não pode fazer coisa errada, senão vem
parar aqui”, diz a menina.

Filhos de detentos criam em torno de si uma espécie de proteção contra o preconceito, e a mentira faz parte disso, segundo a psicóloga Ada Morgenstern, supervisora do curso Psicanálise da Criança, do Instituto Sedes Sapientiae. “Além de ser um mecanismo de autodefesa, é também uma forma de proteger a imagem do pai”, explica.

O centro de detenção de Pinheiros também é o programa de fim de semana dos irmãos Pedro*, Felipe*, Rodrigo* e Fernanda*. A mãe deles, Andréa*, de 29 anos, foi a única das pessoas ouvidas pela Folha Universal a assumir a condição do marido. “Eu e meus filhos não escondemos nada. Para que mentir? Tem que falar a verdade sempre”, diz, sem hesitar.

Sueli*, de 39 anos, mãe de Larissa*, de 8, leva a filha para visitar o pai a cada 2 meses, para evitar o ambiente hostil da penitenciária. “Digo na escola que meu pai está viajando. Não quero que as meninas falem ‘teu pai tá preso e o meu não’”, diz a garota, envergonhada. “Nós não contamos, ou o tratamento muda. Ninguém convida filho de assaltante pra festinha de aniversário”, destaca Sueli.

Segundo Eduardo Luis Couto, assistente social da Penitenciária de Pracinha (SP), apesar do ambiente pesado os presos não vêem com receio a visita dos filhos e da mulher. “Para eles é muito positivo e serve como alívio. A visita é a ideia da ligação com o mundo exterior”, explica.

Abrigos
O preconceito fica ainda mais evidente e cruel com as crianças que, depois da prisão dos pais, são levadas a abrigos mantidos pelo Estado. A professora Maria José Abrão constatou, em pesquisa pela Faculdade de Educação da USP realizada em abrigos públicos de São Paulo, que os filhos de detentos sofrem abusos e ameaças, inclusive de funcionários. “A discriminação existe. Os funcionários falam para as crianças ‘você vai ser igual ao seu pai e a sua mãe’ ou ‘vocês são filhos de ninguém’”, relata.
Segundo ela, os filhos de presos são estigmatizados pelo crime dos pais. “A prisão do pai ou da mãe é extensiva à família”, diz. Segundo a professora, os familiares dos detentos não são pensados pelo sistema jurídico e carcerário. Ela relembra o caso de um adolescente de 14 anos que relatou diversas situações de preconceito na escola. “Se algo de errado acontecia, o suspeito era sempre ele”, diz.

A professora destaca que nenhuma das crianças dos abrigos pesquisados possuía noção de família ou mantinha contato com os pais presos. “Os abrigos e presídios não dialogam. Os filhos de presos são invisíveis e ficam abandonados. Ninguém sabe quantos são e onde estão”, conclui.

O Brasil tem hoje mais de 494 mil presos no sistema penitenciário e nenhum projeto exclusivo que dê assistência psicológica aos filhos e mulheres de detentos. Em todo o País, há apenas seis creches ou berçários em presídios masculinos, que abrigam 145 crianças.

Marcus Alvez Rito, coordenador de Reintegração Social e Ensino do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), reconhece que a área é carente.

“Cada estado mantém seus programas independentes. Os projetos de reintegração social do preso incluem a família, mas não temos nada específico para esta finalidade”, explica. Rito acredita que a sensibilização da sociedade é importante para que a discriminação diminua. “São necessárias atividades que aproximem a comunidade do sistema penitenciário. Projetos para reintegrar os presos aos poucos diminuem esse preconceito”, acredita.

Segundo o assistente social Eduardo Couto, os problemas no auxílio psicológico e social começam com quem está do lado de dentro dos presídios. “Na penitenciária onde eu trabalho há três assistentes sociais para atender 1,2 mil presos. Isso significa que cada profissional é responsável por 400 detentos”, conta. “Tem preso que entra e sai e nós nem conhecemos”, completa.


Por Talita Boros
talita.boros@folhauniversal.com.br
 

WIKILEAKS - Documentos vazados revelam preocupação com crescimento evangelico

Sobre a perda de fiéis para evangélicos, dom Odilo diz que a Igreja Católica falhou em sua missão de aprofundar a fé das pessoas.

     Para dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, o Bolsa Família ajuda as famílias pobres, mas transformou-se numa ferramenta eleitoral que distorce o sistema político.

    Essa avaliação, feita em outubro de 2007 ao então cônsul-geral dos EUA em São Paulo, Thomas White, consta de telegrama diplomático obtido pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch).

    A organização teve acesso a milhares de despachos.

    A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado à divulgação no site do WikiLeaks.

    Quando questionado sobre o Bolsa Família, dom Odilo afirmou que o programa tem efeitos contraditórios.

    Do lado positivo, ajuda concretamente os pobres e faz com que mais dinheiro circule nas comunidades. Se as famílias observarem as regras, mantendo as crianças na escola e as vacinando, o programa pode trazer benefícios de longo prazo.

   Do lado negativo, o cardeal ressalta o risco de os beneficiários desenvolverem dependência da bolsa e diz que a associação do programa com o governo federal e o PT o transformou num instrumento eleitoral que distorce o sistema político.

   Na mesma conversa, dom Odilo afirma que a Teologia da Libertação perdeu força nos últimos anos, deixando de ser um "problema sério".

Ao referir-se à perda de fiéis para evangélicos, dom Odilo diz que a Igreja Católica falhou em sua missão de aprofundar a fé das pessoas.

    O desafio agora é fazer com que a igreja seja ouvida, mas, segundo ele, isso é difícil, pois a mídia tradicional não dá muita atenção a mensagens de caráter moral.

    Elas não vendem, diz o cardeal, que aproveitou para fazer críticas à Record, do líder evangélico Edir Macedo.

    Para dom Odilo, a televisão opera como uma empresa comercial, mas também serve aos interesses dos evangélicos pentecostais.

    Num outro despacho, este de março de 2006, o então cônsul-geral em São Paulo, Christopher McMullen, relata a conversa que teve com o então arcebispo da região metropolitana, dom Cláudio cardeal Hummes.

    Nela, o religioso avalia a gestão de Lula, a quem conhece desde a ditadura.

    Dom Cláudio diz que o governo foi bem na macroeconomia. Ele vê o Bolsa Família com mais simpatia do que dom Odilo. Para ele, porém, o que faltava até 2006 era crescimento econômico.

    Em relação ao escândalo do mensalão, dom Cláudio diz que Lula "não o merecia". Para o religioso, o presidente foi mal servido por pessoas de seu entorno. Nomeia especificamente o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Homossexual “casado” abusou sexualmente de dezenas de crianças em creche na Holanda, diz a polícia

Matthew Cullinan Hoffman
BRUXELAS, Bélgica, 14 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Um funcionário homossexual de creche foi acusado de abusar sexualmente de dezenas de crianças que estavam sob sua responsabilidade. Ele e seu “cônjuge” do sexo masculino estão também sendo acusados de posse de pornografia infantil produzida a partir dos abusos, a qual, de acordo com a imprensa, era distribuída internacionalmente por meio de redes pedófilas na internet.
“Robert M.”, conforme ele é identificado pela polícia, é um lituano de 27 anos que, de acordo com as reportagens, se mudou para a Holanda em 2004 e “casou” com seu parceiro homossexual, um cidadão holandês, em 2008, recebendo sua própria cidadania holandesa como resultado.
Ele trabalhou pelo menos em duas creches holandesas de 2007 a 2010, e ofereceu seus serviços particulares pela internet, afirmando que ele era uma babá “com treinamento e experiência”. A polícia diz que está continuando a investigar os contatos de M com crianças, os quais também se estendiam a um trabalho como voluntário num orfanato africano. O total estimado de crianças vitimadas está atualmente em 53.
Igualmente preso está o “marido” de M, “Richard Van O”, de 37 anos, que conforme a imprensa foi encontrado com pornografia infantil em sua posse. A mídia divulgou que a dupla estava no processo de adotar uma criança.
 por Julio Severo

Preso usará tornozeleira para saída de fim de ano em SP

Os 2.600 presos do regime semiaberto da cidade de São Paulo devem usar tornozeleiras eletrônicas para visitar suas famílias na saída temporária de fim de ano. A determinação foi dada na quarta-feira pelo juiz-corregedor dos presídios da capital, Ulysses de Oliveira Gonçalves Junior. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
A decisão está de acordo com a lei que instituiu o monitoramento eletrônico de presos do regime semiaberto. O governo assinou em agosto o contrato com a empresa que vai fornecer as tornozeleiras.

Governante angolano reconhece importância da religião

O vice-governador do Kuando Kubango para a área Social e Política, Pedro Camelo, reconheceu domingo o papel importante que as igrelas jogam, sobretudo na pacificação espiritual dos cristãos.
O responsável, que falava no culto de encerramento do Dia da Bíblia em Angola, realizado no campo gimnodesportivo de Menongue, que congregou várias igrejas, disse que a religião evangeliza, ensina, instrui e corrige o mau comportamento.
Segundo ele, o Estado angolano hoje mais do que nunca, sendo laico, não só consagra na actual Constituição da República a liberdade de consciência e de crença, reconhecendo a liberdade de culto, como também garante a protecção dos lugares e o respectivo exercício religioso.
Assim, assegurou, uma série e cuidada intervenção nesta matéria impõe-se para que não se perturbe a tendência da religiosidade dos angolanos, de modo que a acção das igrejas reconhecidas em Angola contribua de facto para os esforços do governo na coesão social.
Apontou a violência, a violação de menores, o consumo abusivo do álcool, o desrespeito às leis, às instituições do Estado e aos bens públicos, aos idosos e pessoas portadoras de deficiência e o descaminho de menores como práticas que devem ser banidas do seio das populações.
“Desta forma, julgamos ser este o momento mais indicado para que tão depressa quanto possível encontremos a via mais apropriada que nos conduza à consecução deste desiderato”, acrescentou Pedro Camelo.
No culto, no qual participaram membros do governo, representantes dos partidos políticos locais e outros convidados, foram entregues bíblias aos atletas de Menongue e a outros presentes.
Fonte: Angola Press

Assembleia de Deus: Morre aos 64 anos pastor José Flôr da Silva

Partiu para estar com o Senhor, o pastor José Flôr da Silva, 1º vice-presidente da Convenção de Ministros da Assembleia de Deus em Abreu e Lima (COMADALPE), Pernambuco.
O obreiro presidia atualmente a AD em Goiana (PE), e faleceu em virtude de complicações pós-operatórias. Durante toda a sua trajetória ministerial prestou relevante serviço à causa do Evangelho. O velório é realizado no Templo Central da AD em Abreu e Lima-PE, e a cerimônia fúnebre marcada para as 15h00.
Pastor José Flôr tinha 64 anos, deixa esposa (Eliza) e oito filhos.

Com informações de pastor Altair Germano
Redação CPADNews

Menina curada de lepra surpreende e emociona Ap. Valdemiro Santiago

“Todas as feridas do corpo de Ana foram curadas da noite para o dia”, diz a mãe, Debora
 
“Quando eu soube no dia, achei extraordinário”, narra o apóstolo Valdemiro Santiago sobre a vida da pequena Ana Carolina Bonifácio Ribeiro, de cinco anos, filha dos hoteleiros Debora Cristina Bonifácio Ribeiro, 38 anos, e Emanuel Ribeiro Sobrinho, 44 anos. “Na quinta feira, três dias atrás, eu saí na porta da sede, no Brás, e algumas pessoas vieram me agarrar e pedir oração.
 
Entre elas, veio este casal, com a menina pequena sofrendo com aquela enfermidade na pele que para mim é um tipo de lepra. A criança se arranhando, sangrando, partia meu coração olhar. Investido de fé, declarei a cura e disse para que a trouxessem depois para dar o testemunho. Imaginei uns quinze dias comigo, pelo estado em que a pele da menina estava, até a recuperação. Para minha surpresa, na sexta feira eu ia saindo da sede novamente e a mãe chorando, me esperava e veio correndo na minha direção dizer para que eu visse a menina, completamente curada. Glória de Deus”.

Membros da Igreja Mundial do Poder de Deus há dois anos, Debora conta que a situação de sua filha, Ana, era uma recaída. “Quando ela nasceu, a pele dela era frágil e com um aninho de idade, as feridas começaram a aparecer. Fizemos tratamentos, pomadas, e ela cresceu, trocou a pele e a doença sarou.

Esses dias, as feridas reapareceram e na quinta feira, minha filha acordou desesperada, com muitas dores, se coçando. Veio me mostrar e quando olhei o corpo dela, estava todo coberto de feridas, sangue escorrendo pelo corpo e nos dedinhos dela, bateu um desespero, pensamos que a doença havia voltado com tudo, que o sofrimento da minha filha recomeçaria”.
 
Debora e o esposo, Emanuel, tentaram acalmar a filha enquanto se prepararam e a trouxeram até a sede da Igreja Mundial do Poder de Deus no Brás. “A esperança dela estava aqui. Sei disso porque a minha vida é um testemunho do poder de Deus. Dois anos atrás, vim para esta obra sofrendo com um câncer terminal no intestino, contra a vontade de todos. Passei um sufoco tremendo para poder chegar à reunião, usando fraudas e pesando 40 kg. Consegui atravessar pela multidão e passar doze horas com o rosto colado no altar, clamando, suplicando para que Deus me deixasse viver. O apóstolo naquele dia orou por mim e dezoito dias depois, eu estava curada. A médica que cuidava do meu caso dizia que mesmo que eu me recuperasse, as cordas que ligam o meu intestino nunca mais seriam restauradas, mas nos exames, ela mesma viu que Deus me curou. Nada é impossível para Deus”.
 
“Pai, eu vou ficar toda pipocada? Ela me disse, com o sangue nos dedos e a pele toda cortada”, conta o pai Emanuel. “Meu coração apertado, mas disse para ela: ‘Calma, filha, que hoje mesmo vamos ao apóstolo Valdemiro Santiago para clamar a Deus por sua vida’. Chegávamos na rua em frente a igreja quando vimos o apóstolo rodeado de pessoas, do lado de fora do templo. Corremos para mostrar a menina a ele e minha esposa disse ‘Olha o que está nela’ e ele nos respondeu ‘olha o que saiu dela’. Voltamos mais tranquilos para casa depois disso”.
 
“Acordei no dia seguinte determinada a bater fotos da pele da minha filha para mostrar depois quando viéssemos dar testemunho da cura na vida de Ana”, diz Debora. “Peguei a câmera, chamei meu esposoe juntos entramos no quarto dela, mas quando chegamos para olha-la, Ana não tinha mais nada, nenhuma marca, sequer um sinal da doença ou das feridas”.

Emocionado, o apóstolo Valdemiro Santiago recitava que “o poder de Deus nesta obra supera nossa fé. Os pais e eu sabíamos que a criança seria curada, mas nenhum de nós imaginou que Jesus chegaria na frente tão rápido. Este é um casal de fé, uma família abençoada”. No seu braço, a pequena Ana testificava. “Coçava muito, filhinha?” – pergunta o apóstolo. “Coçava”, respondeu. “E sabe quem te curou?” A resposta da menina provocava o grito de exaltação da boca do apóstolo: “Jesus”.
 
Fonte: Igreja Mundial

Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) Prende Indivíduo por Receptação e Adulteração de Sinal Identificador de Veículo

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