Quando se houve falar de “jihad” (guerra santa) e imposição da “sharia” (lei religiosa muçulmana) o cenário mais provável é algum país do Oriente Médio ou África, onde isso parece sempre estar na ordem do dia.
Contudo, uma guerra religiosa está ocorrendo no século 21 nas ruas de grandes cidades europeias. Depois de vários conflitos na França e na Alemanha, onde os governos tiveram de estabelecer novas leis para agradar os cidadãos muçulmanos, agora o cenário se repete no Reino Unido.
Existem registros de conflito nas ruas de cidades como Londres, onde verdadeiras “guerrilhas” religiosas lutam pelo direito de dizer como as pessoas devem se comportar. São vários os casos de pessoas embriagadas e mulheres usando roupas curtas que foram abordadas por esta espécie de polícia religiosa muçulmana.
Os defensores do fundamentalismo, que usam o nome de Patrulha Islâmica, lutam politicamente pela adoção da sharia no Reino Unido. Do outro lado, o grupo conhecido como Britain First afirma que vai lutar para “retomar o país” da influência islâmica, causada na maioria das vezes por imigrantes.
As cenas do documentário “London’s Holy Turf War” lançado recentemente, mostram o embate desses grupos cristãos e muçulmanos que decidiram patrulhar as mesmas áreas. Os muçulmanos querem que todos os ingleses sigam a lei islâmica, independentemente de sua religião. Já os cristãos querem impedir que eles tenham sucesso. Muitas vezes a polícia é chamada para intervir nas brigas que em alguns casos acabam em mortes.
Os membros do Britain First alegam que o governo tem se calado e sido conivente com os avanços dos muçulmanos. Nas últimas décadas compraram igrejas que estavam fechando e as transformaram em mesquitas. Elegeram alguns políticos que vem tentando influenciar o governo. Usaram verdadeiras fortunas para comprar empresas e vem investindo no patrocínio de times de futebol para melhorarem sua imagem.
No documentário, são mostrados três membros da patrulha religiosa muçulmana sendo presos em dezembro de 2013. Jordan Horner, 19 anos, que desde sua conversão ao Islã chama-se Jamaal Uddin. Ricardo MacFarlane, 36 anos, e mais um jovem de 23 anos, cujo nome não pode ser revelado por razões legais. Eles cumprirão penas por agressão e ameaças a pedestres.
No documentário é possível ver claramente as opiniões de Anjem Choudary, líder da Patrulha Islâmica e de Paul Golding, que comando o Britain First.
Choudary é investigado por seu envolvimento com diversas organizações que estariam envolvidas com atividades terroristas. Seu depoimento é incisivo “É inevitável que os muçulmanos em breve serão a maioria na Grã-Bretanha e alguma forma de sharia será estabelecida. O Islã não é uma religião de paz. É uma religião de submissão. Precisamos nos submeter à vontade de Alá”.
Do outro lado, Golding afirma que o Reino Unido deve permanecer cristão e que os envolvidos com o radicalismo muçulmano deveriam ser enforcados. Explica que sua organização está “fazendo o trabalho que o governo se recusa a fazer, que é reprimir o extremismo muçulmano”. Afirma ainda que se algo não mudar em 10 anos haverá uma verdadeira guerra religiosa pelo território na Europa. Seu pessoal continuamente distribui materiais anti-islâmicos para os pedestres.
Enquanto isso, a Igreja Anglicana, maior grupo cristão do Reino Unido, não se manifesta. Passa mais tempodebatendo sobre o “fim” do pecado, e a “aposentadoria” do diabo e segue nomeando pastores e bispos gays. Com informações Daily Mail.