quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pastor orienta fiéis a "buscarem a sabedoria do Senhor"

Com base em Provébios 19:2, a mensagem do culto desta terça-feira (11.01), no Palácio Paiaguás, em Várzea Grande (MT) apresentou os riscos da precipitação; de falarmos e agirmos sem antes refletir, sem antes ponderar e analisar as consequências, possibilidades e riscos do julgamento prévio.
"Antes de estabelecermos o julgamento é necessário que tenhamos o conhecimento de causa", orientou o pastor José Drailton da Silva, da Igreja Presbiteriana Independente no bairro do Porto, celebrante desta semana.
Pastor Drailton destacou três áreas de nossas vidas as quais devemos evitar a precipitação: no falar, no julgar e nas decisões, e citou, respectivamente, três passagens bíblicas que ressaltam bem a precipitação no falar (Provérbios 29:20), no julgar - pré-juizo - (Mateus 7:1-3) e nas decisões (Provérbios 19:2) a qual diz que “não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado”. “O justo e soberano juiz é Deus, o Senhor”, lembrou o celebrante do culto.
Para não sermos precipitados, precisamos de sabedoria, disse o pastor Drailton ao lembrar do Rei Salomão, que ao assumir o trono de Israel e na oportunidade de fazer um pedido a Deus pediu que Ele o desse “sabedoria para governar”, segundo a passagem em 1 Reis 3:9: “A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?”.
“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada”, concluiu o pastor citando a passagem em Tiago 1:5,6.
O culto foi acompanhado ainda pelo padre Geraldo José dos Santos, de Vila Bela da Santíssima Trindade, que encerrou a celebração com uma oração final. Participaram da celebração também servidores civis e militares da Governadoria, e convidados.
Fonte: O Documento

Milhares de pessoas se reúnem para clamar pela família

Mais de 5 mil pessoas reuniram-se no Ginásio da Cava do Bosque, em Ribeirão Preto (foto ao lado), interior de São Paulo, no último domingo, às 09 horas da manhã, para clamar a Deus em favor da família.
Durante o encontro, o bispo Guaracy Santos, responsável evangelístico da região, determinou a cura dos enfermos e a libertação dos oprimidos. Além das orações, o bispo explicou a cerca da campanha da Justiça, que está acontecendo em todas as Igrejas Universal, até o dia 16/01. “Onde há injustiça ali há a presença do mal e, por isso se manifestou o filho de Deus, para desfazer todas as obras do diabo”, ressaltou.
A membro da Igreja, Eunice Dias, estava presente no encontro e, no momento das orações, estabeleceu uma meta para 2011: ver toda a  família convertida ao Senhor Jesus. “Essa concentração superou as minhas expectativas, pois estou buscando pela vida do meu irmão e tenho certeza que, aos poucos, Deus agirá na vida dele”, comentou.
A IURD em Ribeirão Preto está localizada na Av. Doutor Francisco Junqueira, 1461, no bairro de Campos Elíseos.
Fonte: Arca Universal

Bispo Edir Macedo publica vídeo com “entrevista” com o diabo. Assista

No vídeo — postado no Youtube e de produção desconhecida –-, o diabo faz um relato do seu relacionamento com Deus e diz de sua “estratégia para destruir o homem”.
“Meu objetivo maior é afastá-lo [o homem] de Deus. Estimulo a prática do mal. Confundo suas ideias com um mar de filosofia, pensamentos e religiões cheias de mentiras misturadas com algumas verdades”.
Ao fim, o diabo reconhece que não pode vencer Deus e que resta pouco tempo para ir ao ‘lago do fogo”. “[Mas] eu e meus anjos trabalharemos com afinco para levar o maior número de pessoas conosco.”

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Encontro evangélico espera mais de 170 mil pessoas em Camboriú, SC. O congresso movimenta a cidade de 58.000 habitantes.


Os Gideões Missionários da Última Hora organizam mais um evento que mobilizará milhares de fiéis de todo o Brasil que estarão se direcionando ao estado de Santa Catarina para participar do 29º Encontro Internacional de Missões nos dias 23 de abril a 03 de maio.
         Há 28 anos o evento é realizado pela instituição missionária. No início começaram com a presença de pessoas da localidade, porém, ao passar dos anos, o congresso tomou grande proporção.
         Segundo a Polícia Militar cerca de 170 mil pessoas de todo Brasil participam do encontro, e mais de 400 ônibus de diversos estados brasileiros para cá se dirigem. O evento conta também com a participação de preletores e cantores do Brasil e exterior. A cidade conta com uma infraestrutura adequada para receber os congressistas, e no pavilhão dos Gideões encontra-se restaurantes, banheiros e lanchonetes para atender aos participantes.
         Através do projeto de Lei apresentado à Assembléia Legislativa do estado de Santa Catarina pelo dep. estadual Kennedy Nunes, a cidade de Camboriú foi oficializada como a capital estadual das missões.
         Nós, dos Gideões Missionários da Última Hora, vos convidamos a participar deste evento que tem transformado vidas ao longo de 28 anos.
Apoio – Governo do Estado de Santa Catarina (Funturismo) e Prefeitura Municipal de Camboriú.

Gideões Missionários da Última Hora – GMUH
Assessoria GMUH – Calebe Ibaldo Moreno
Rua Joaquim Nunes, 244, Centro, Camboriú, SC - Cx. Postal 2004
Fone/Fax: (47) 3404-8714
Atendimento de segunda a sexta-feira, horário comercial.

Tunísia tem mais de 50 mortos em três dias

Tunísia tem 
mais de 50 mortos em três dias

Manifestações contra o desemprego continuam provocando caos em Kaserin
Mais de 50 pessoas morreram nos últimos três dias nas manifestações contra o desemprego em Kaserin, no centro da Tunísia, onde o caos continua desde o fim de semana, indicou à AFP um dirigente sindical.
"O caos impera em Kaserin depois de uma noite de violência, tiros, saques e roubos a lojas e casas por agentes da polícia civil, que depois se retiraram", declarou Sako Mahmudi, membro da seção regional da União Geral de Trabalhadores Tunisianos (UGTT).
"A quantidade de mortos supera os 50", disse Mahmudi, citando um balanço médico do hospital de Kaserin.
Um funcionário local, que pediu o anonimato, descreveu também "uma situação de caos" em Kaserin, situada a 290 km a sul de Túnis, e denunciou disparos da polícia contra cortejos fúnebres.
Os funcionários do hospital da cidade fez greve por uma hora para protestar contra o número elevado de vítimas e a gravidade dos ferimentos.
Um homem de 75 anos e sua mulher morreram baleados quando se preparavam para enterrar um dos filhos, indicou a mesma fonte.

Fonte: AFP

Deficientes auditivos alcançados no Norte da África

Deficientes auditivos alcançados no Norte da África

Missionários da JMM esperam, para este ano, a construção do Centro de Apoio aos surdos
Walter e Alzira Freire, missionários de Missões Mundiais no Senegal, atuam no apoio a deficientes auditivos, discriminados em sua cultura, por meio do Projeto Surdos do Senegal. De acordo com os obreiros, graças ao trabalho referencial naquela comunidade, mais surdos foram matriculados na escola do Projeto, que tem por objetivo ajudar no ensino e desenvolvimento dos deficientes.

O ano letivo começou em setembro de 2010 e muitos foram recebidos para a escolarização. Famílias de várias regiões têm trazido seus filhos surdos para a escola, mudando assim a mentalidade sobre a capacidade de aprendizado deles. “Pudemos ver a alegria no rosto da família e dos alunos, o que nos trouxe muita satisfação”, disse Walter Freire.

Em outra localidade, onde o trabalho caminha mais lentamente, os missionários reativaram a associação de pais de deficientes auditivos da região. Eles estão trabalhando para que os familiares aprendam a linguagem de sinais ensinada na escola. Para isso, um curso será aberto para eles.

Os missionários da JMM esperam, para este ano, a construção do Centro de Apoio aos surdos. Entretanto, o valor pedido pelos proprietários de terrenos está dificultando o andamento do projeto. “Mas, ainda que a terra não floresça, como diz o profeta Habacuque, continuamos firmes no Senhor, sonhando seus sonhos, nos preparando melhor para o ministério. Ore conosco para que o Senhor nos dirija nesta compra. Não é simples, porque os terrenos são muito caros e os mais baratos são em lugares ainda inóspitos, e para o Centro precisamos de um lugar estratégico, onde os surdos das diferentes regiões possam vir, com transporte público funcionando. Juntem-se a nós nesse desafio de oração”, convida o missionário Walter Freire.


Fonte: JMM

Igreja cresce em Laos, apesar da opressão


Igreja cresce tão rapidamente que não consegue acompanhar as necessidades básicas dos novos crentes – a Bíblia
Laos está na lista mundial entre os países em que os cristãos sofrem mais perseguição.  Apenas algumas semanas atrás, funcionários e moradores de uma aldeia em Katin, no distrito OIH, destruiu plantações de arroz cultivadas por 11 famílias cristãs.
O Presidente e fundador da Vision Beyond Borders, Patrick Klein, acaba de voltar de Laos. Ele sabe por que não estão sendo divulgadas na imprensa internacional as perseguições. “Não acontece nas cidades, mas nas aldeias remotas. Ouvimos histórias de incidentes isolados, o que me deixa preocupado porque acho que a perseguição pode prejudicar a igreja de crescer”.
Apesar disso, a igreja está crescendo. Klein disse: “Eles têm agora mais de 200 igrejas em todo o país e mais de 60.000 crentes. Os jovens são muito abertos ao Evangelho. Nos serviços da igreja, quem participou da maioria deles eram jovens. Eles estão famintos por Jesus Cristo”.
A igreja está crescendo tão rapidamente que não consegue acompanhar as necessidades básicas dos novos crentes – a Bíblia.
Klein disse que retornou de forma encoberta, tendo Bíblias para as igrejas em necessidade. Ele diz que Deus protegeu as seis pessoas que tinham 18 sacos cheios de Bíblias e livros com canções. E eu disse: Pai, nós realmente precisamos de alguma ajuda aqui. E de repente, o homem virou-se e voltou para seu escritório e ficou totalmente absorto em sua conversa.
Embora o início tenha sido bom, a igreja está pedindo mais. “Necessitamos de 2.000 exemplares do Novo Testamento. Então, estamos tentando levantar dinheiro para depois trabalhar para conseguir as bíblias o mais breve possível.”
Fonte: MNN

Ser Cristão em um mundo Louco


“ Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados,o justo pelos injustos,para levar-nos a Deus”1Pedro 3.18
Estamos vivendo em um mundo louco,cheio de novidades,cheio de pessoas diferentes,cheio de coisas bizarras,onde nós queremos ser o centro do universo.
Imagino o que Jesus está pensando da sua igreja aqui na terra.
Estamos vivendo em um tempo na igreja de Jesus,em que é muito comum se achar em placas de varias igrejas a frase: JESUS CRISTO É O SENHOR.
A palavra diz que só podemos falar que Jesus é o Senhor, pelo seu Espirito.
Só que tomamos essa afirmação, e não damos sentido correto ao seu significado;vamos a igreja ,não mais como adoradores de verdade e sim como pedintes(mendigos da fé);entedemos que a frase: JESUS CRISTO É O SENHOR,não quer dizer que Ele é o Senhor e nós somos seus servos,e que devemos fazer a vontade Dele.E sim que Ele é o Senhor,então tudo que eu pedir ele fará, ele pode fazer tudo, pois Ele é o Rei dos Reis,dono da prata e do ouro,e assim por diante. E ainda declaramos versiculos bíblicos,como se estivessemos colocando Deus contra a parede, fazemos ameaças dizendo que se nossos desejos não forem atendidos sairemos da igreja.(kkk)
Com esse tipo de pensamento,enganamos a nós mesmos, pois esquecemos o real significado da cruz que nosso Senhor carregou pelos nossos pecados.
O real motivo de Jesus ter vindo a terra, foi para nos levar de volta para Deus-Pai.Estávamos separados de nosso Pai Celestial por causa de nossos pecados e alianças que quebrávamos, lembra?
Então Deus usou os profetas,mais de nada adiantou;sua última cartada foi entregar seu filho,seu filho unigênito,para nos resgatar de volta para os seus braços.
E o que não consigo entender é porque Jesus aceitou a proposta! Somos seres sujos, não mereciamos isso de jeito nenhum.
Que amor é esse que fez um Pai dar a vida de seu proprio filho,pra nos salvar?
Uma pena pensar que meu salvador teve de padecer,sofrer,para nos levar até Deus; teve de pagar com seu próprio sangue,para nos lavar de todo pecado,que é a única coisa que faz separação entre nós e Deus.
E hoje o que percebo dentro das igrejas, é que nós cristãos perdemos o real valor do sangue de Jesus,que foi a moeda que Deus usou para nos comprar das mão de Satanás.
Preferimos nos apegar as nossas fórmulas e nossos rituais;pois já estamos acostumados a fazer o que é de costume; a fazer o que dá certo e não o que é certo.
Deus não se coloca numa caixinha;não há nada mais importante que sua Presença.
Vivemos em um mundo “colorido”,cheio de novas culturas,filosofias,
doutrinas,leis. Onde tudo o que vale é o amor universal, tal amor que aprova homens casarem com homens, e mulheres com mulheres e coisas do tipo!
Indagamos que as coisas mudaram, que o mundo está moderno e que temos que nos adequar a ele,se não, somos caretas aos olhos alheios.
A permissividade tem se infiltrado dentro de nossas igrejas; o temor de Deus nem vale mais tanto assim.!
Sem falar que é fora de questão fazer a vontade de Deus,porque temos que renuciar de muitas coisas que somos apegados!
A Bíblia diz, que a vontade de Deus é boa,perfeita,e agradavél.
Será que já paramos para peguntar se estamos no centro da vontade Dele?
Concerteza NÂO!! Estamos ocupados demais com coisas mais importantes.!
Estamos colocando o mundo dentro da igreja (o que deveria ser o contrario),estamos colocando os costumes do mundo, as roupas,enfim, uma infinidade de coisas no nosso meio cristão. Não que eu seja contra se vestir bem,estar de acordo com a moda;mas vamos combinar que tem crente que vai pra igreja como se fosse para o baile funk.
Não podemos esquecer que somos exemplos para o mundo,senão como queremos ser santos diante de Deus? E outra, a Bíblia fala para não escândalizar-mos nossos irmãos em cristo.
E se, Jesus resolvesse voltar hoje?!!
O que ofereceriamos a Ele? A palavra fala que vamos prestar contas de nossas vidas a Deus no grande dia.
Será que vivemos segundo o seu coração?será que assim como Jesus, nós padecemos pelos nossos irmãos? Será que temos tido amor pelo proximo? Será que estamos preparados para ofertar ao senhor nossas vidas.?
Pois tudo que fazemos deve ser pra Glória de Deus. Tudo!!!
Amemos uns aos outros com o amor de Cristo por nós.
Deixemos de lado nossos desejos, nossas vontades, nossas cobiças. Que nossa maior cobiça seja a de ser um cidadão do céu!
Deixemos de lado nossas fórmulas, nossos rituais por amor a Cristo.
Olhemos para Deus, que está acima de tudo e de todos,olhemos pro seu ifinito amor, pois nada poderá nos separar desse amor que está em Cristo Jesus.
Vamos deixar o Espirito Santo nos revelar Jesus a maneira dele.
Paremos de buscar somente as bençãos de Deus, busquemos primeiramente a Ele, e o resto nos será acrescentado.
Somente quando compreendermos, o quanto Ele nos ama, é que vamos conseguir para de mendigar qualquer amor.
A única coisa que Deus deseja é intimidade,é ser nosso melhor amigo; é compartilhar de nossos sofrimentos e nossas alegrias , está ao nosso lado o tempo todo.
Deus tem fome, e a fome de Deus não é de adoração,não é de mais téologos,não é de mais cantores…
A fome de Deus, é de pessoas que amem a sua presença,é de pessoas que amem estar com ele, de pessoas que o adorem em espirito e em verdade. Deus tem fome de VOCÊ!
“acheguemo-nos a Deus e Ele se achegará a nós” (tiago 4.8)
Mediante a morte na cruz, Jesus deu a mim e a você, poder para estar diante de Deus,atraves do Espirito Santo. UMA OPORTUNIDADE ÚNICA!!
“ Precisamos de algo maior que uma religião, mais profundo do que uma filosofia e mais alto do que a compaixão pelas tribulações da existência humana.
Precisamos de alguem que partilhe de nossas lutas e sofrimentos.
Esse alguem tem nome,e se chama Senhor Jesus Cristo.”
David (Paul) Yonggi Cho
Por: Jonathan Oliveira
Fonte: Gospel Jovens

Por Que é Difícil aos Ricos Entrar no Reino de Deus?


"E Jesus, vendo-o assim triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!" Lucas 18:24
Sem dúvida que este assunto é um dos mais mal compreendidos em nossa sociedade ocidental. E antes que o leitor prossiga, gostaria de deixar claro que este texto não visa a defesa do acúmulo de riquezas e nem a defesa da assim chamada "teologia da prosperidade". Nosso objetivo é discorrer sobre a fiel interpretação destas palavras do Senhor Jesus e sua vasta aplicabilidade a imensos segmentos sociais.

Lembro-me de uma ocasião em que um pastor amigo pregava para a sua congregação e falava à respeito de estarmos bem certos das coisas que desejamos e que pedimos a Deus. Sua orientação era que fizéssemos a seguinte pergunta confrontando-a com nossos desejos e pedidos: "Para que eu desejo isto ou aquilo?" Citou ele alguns exemplos, como o desejar uma geladeira nova ou um carro de corrida. Seguindo sua orientação, ao perguntarmos a nós mesmos para que eu desejo um carro de corrida, a resposta poderia ser: A fim de me divertir, para mostrar aos outros minhas habilidades no volante, para competir, etc... Não é assim tão simples, portanto, justificar um desejo ou um pedido desta ordem. Não pelo seu valor material ou pelas óbvias dificuldade em se adquirir um carro de corrida, mas pelos reais motivos por detrás de um pedido desta ordem.
Já com relação à geladeira nova, para que eu a desejaria? Para poder tomar água em uma temperatura agradável, conservar por mais tempo os alimentos, enfim, são bastante plausíveis e aceitáveis esses motivos a fim de se desejar e de se pedir a Deus uma geladeira nova. O que contrasta com o absurdo do desejo de se possuir um carro de corrida, certamente que para a esmagadora maioria das pessoas.
É evidente que Deus deseja para todos os seus filhos o melhor desta terra, o que nada tem a ver com amor ao mundo. Porém, como dito acima, os motivos dos nossos desejos é que terminam por fazer a grande diferença.

Não foi em uma única ocasião que o Senhor Jesus Cristo teceu críticas ao comportamento de homens ricos, antes encontramos notáveis paralelos em Seu Evangelho, como por exemplo nesta espetacular passagem em Lucas 12:

"Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus." Lucas 12:15-21

Uma análise deste trecho bíblico nos pode fazer chegar bem próximos das razões pelas quais poucos ricos entrarão no Reino de Deus, segundo o Evangelho.
Vejamos que na alegria e nas prioridades do homem rico da parábola acima muitos planos havia, porém nada que dissesse respeito a Deus. Isto sem falar no pecado de se confiar em riquezas deixando de pôr a confiança n'Aquele que tem em sua mão a autoridade sobre as nossas almas e sobre toda a existência.

"Por que hei de eu temer nos dias da tribulação, quando me salteia a iniqüidade dos que me perseguem, dos que confiam nos seus bens e na sua muita riqueza se gloriam?" Salmos 49:5,6

Confiar nas riquezas ao invés de confiar em Deus é uma atitude de incredulidade, de covardia e de rebelião. A História está mais do que repleta de exemplos de homens e de mulheres cujo fim foi trágico e sobremaneira triste, a despeito das riquezas que possuíam.

Maria Callas foi uma das mais proeminentes cantoras de ópera de todos os tempos. Era uma artista notável e até os dias de hoje é tida, por muitos, como o maior soprano de todos os tempos. Porém, vejamos algumas de suas célebres frases:

"Não me fale à respeito de regras querido! Onde quer que eu esteja sou eu quem faz o raio das regras." Maria Callas 

"A próxima vez que eu for ver minha mãe será para vê-la dentro de um caixão e me certificar de que está realmente morta." Maria Callas 

O modo escandaloso como Maria Callas tratava sua mãe foi, e é até hoje, motivo de espanto para muitos os que lêem sua biografia. Callas odiava sua mãe e em um período em que sua progenitora passava por dificuldades, Callas voltou as costas à sua mãe negando-lhe qualquer forma de auxílio. E Maria Callas era rica, uma milionária na realidade.
Não é de nossa conta adentrarmos nos méritos do desentendimento entre Callas e sua mãe, porém, sabemos quem é que disse:

"Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte." Mateus 15:4

Diante de desentendimentos ou mesmo de fortes rancores e mágoas que possamos ter em relação a nossos pais, o que graças a Deus não é o meu caso, nada e nem motivo algum pode prevalecer diante deste mandamento de Deus. Mas Callas é quem fazia suas próprias regras, como ela mesma dizia, não importando se as tais regras eram contrárias à vontade de Deus ou não.
Maria Callas morreu, aos 53 anos de idade, enfurnada em um apartamento em Paris, em circunstâncias que até hoje geram rumores. Há muitos que supõem que "a divina" como era conhecida, cometeu suicídio após arrastadas crises de depressão. E a despeito de toda a riqueza que possuía, sua infelicidade era apresentada a todos por seus próprios lábios.

O trecho bíblico abaixo nos pode dar a entender mais profundamente sobre o que Deus realmente condena nos ricos.

"Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos." Lucas 16:19-25

A arrogância e a soberba! São esses os principais motivos de os ricos dificilmente entrarem no Reino de Deus.

Vemos no comportamento do rico mencionado pelo Senhor Jesus uma total ausência e falta de misericórdia para com os mais pobres e para com o sofrimento alheio. Este trecho bíblico mostra que Lázaro desejava se alimentar das migalhas que caíam da mesa do rico. E a Bíblia registra "desejava", pois Lázaro não chegava a se alimentar das sobras da mesa daquele homem arrogante, apenas desejava. Até mesmo os cães que lhe lambiam as feridas tinham um comportamento mais adequado diante do estado de Lázaro, mesmo sem possuírem entendimento. Isto também foi registrado a fim de que possamos ver a monstruosidade do comportamento daquele rico arrogante. E sua soberba e excessivo amor próprio, em oposição à misericórdia, nos é revelada por Deus ao tomarmos conhecimento de que aquele homem, cujo nome deliberadamente nem sequer é mencionado, "se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente."

Se traçarmos um paralelo entre os seguintes trechos bíblicos poderemos entender a questão em muito maior profundidade: Lucas 18, Lucas 12, 1 Timóteo 6 e Tiago 2:

"Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para tribunais?" Tiago 2:6

Deus concedeu, e concede, riquezas a quem Ele deseja, o que inclui homens de Deus do passado e do presente, como Abraão, Isaque, Jacó, Jó, Noé, Salomão, Davi, José de Arimatéia e tantos outros. O que Deus abomina, quer seja nos ricos ou nos pobres, é a arrogância, a altivez de espírito, a soberba e a perversidade, marca registrada na história de muitos homens e mulheres cujo quinhão é desta vida. E a despeito de haver muitos pobres arrogantes e alguns ricos humildes de espírito, é verdade que os traços da arrogância, da agressividade e da perversidade são muito mais facilmente encontrados entre os que possuem riquezas. Basta olharmos à nossa volta.


 

Roberto Carlos ou Chicão: quem vai ser o capitão do Timão em 2011?



Quem será o novo capitão do Corinthians? Roberto Carlos ou Chicão? A resposta será dada pelo técnico Tite nesta semana, antes da estreia no Campeonato Paulista, domingo, contra a Portuguesa, no estádio do Pacaembu. Embora outros jogadores tenham aparecido como opção, o lateral-esquerdo e o zagueiro foram à “final”.
Presente em 60 dos 70 jogos do Timão em 2010, Roberto Carlos já falou que gostaria de ser capitão. Tem, aliás, as características que Tite espera: experiência e liderança. Ainda por cima fala fluentemente o espanhol, importante na Taça Libertadores da América. O primeiro jogo será no dia 26, contra o colombiano Tolima, na capital paulista.
Chicão, por sua vez, é bastante respeitado dentro do elenco. Por várias vezes assumiu a braçadeira de capitão quando William não podia jogar. É um atleta que sabe dar orientações lá de trás e que tem a confiança do treinador. Renovou contrato recentemente e está indo para sua quarta temporada como camisa 3 do Corinthians.
Antes de deixar o Timão, no final de dezembro, William apontou quatro nomes como ideais para o cargo de capitão. Além de Roberto Carlos e Chicão, Alessandro e Ronaldo. O primeiro, porém, está com catapora e só deve retornar no fim do mês. Já Ronaldo tem contra ele o fato de ficar fora por alguns jogos cuidando da forma física.
Portanto, levando em consideração a regularidade, Tite colocou em sua lista final apenas Roberto Carlos e Chicão. E entre esses dois vai definir o novo capitão alvinegro. Aquele que ficará responsável por ser o coordenador da equipe dentro de campo.
Fonte: Globoesporte

Fundador do WikiLeaks se apresenta a tribunal de Londres

Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, chega ao tribunal
 de Belmarsh, em Londres, na manhã desta terça-feira (11)G1, com agências internacionais*
O fundador do site "WikiLeaks", Julian Assange, comparece nesta terça-feira (11) a um tribunal de Londres como parte do processo de extradição para a Suécia, país que o reclama para ser interrogado sobre supostos delitos de agressão sexual.
Assange, detido em Londres em 7 de dezembro, chegou na manhã desta terça-feira ao tribunal de Belmarsh para uma audiência de rotina preparatória para a audiência completa sobre a extradição, o que acontecerá em 7 e 8 de fevereiro.
Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, chega ao tribunal de Belmarsh, em Londres, na manhã desta terça-feira (11) (Foto: Andrew Winning / Reuters)
O juiz Nicholas Evans presidirá a audiência, indicaram fontes judiciais nesta terça-feira.
Depois de nove dias detido na prisão de Wandsworth, no sul de Londres, o fundador do "WikiLeaks" foi posto em liberdade condicional após pagar fiança de 240 mil libras (276 mil euros).
Como parte das condições para a liberdade condicional, Assange teve que permanecer na mansão de um amigo seu, Vaughan Smith, em Suffolk, no leste da Inglaterra.
Assange, cujo portal revelou milhares de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, negou as acusações das autoridades suecas, que querem interrogá-lo por supostos delitos sexuais cometidos no país em agosto do ano passado.

Bombeiros localizam corpo de vítima da chuva em São José dos Campos Outras 4 pessoas ainda estão desaparecidas em cidade do interior de SP. Desde a noite desta segunda, pelo menos 7 pessoas morreram no estado.

O Corpo de Bombeiros localizou na manhã desta terça-feira (11) o corpo de uma pessoa vítima da chuva desta segunda-feira (10) no bairro de Rio Comprido, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Segundo a Defesa Civil, quatro casas desabaram no local. Duas pessoas foram retiradas com vida durante a madrugada e outras quatro ainda estavam desaparecidas por volta das 10h.
Bombeiros e voluntários passaram a noite retirando lama e escombros do local na tentativa de encontrar sobreviventes.
Com isso, chega a sete o número de mortos com o temporal no estado de São Paulo desde a noite desta segunda-feira. Em Mauá, na Grande SP, um homem e um adolescente de 16 anos morreram soterrados. As outras quatro mortes foram registradas na capital paulista. Mãe e filha morreram após o desabamento da casa onde estavam, no bairro de Furnas, na Zona Norte, no início da madrugada desta terça.

A TEOLOGIA DE JOÃO CALVINO




Alderi Souza de Matos

      As concepções teológicas do reformador João Calvino (1509-1564) estão contidas na sua vasta obra, especialmente em seu opus magnum, a Instituição da Religião Cristã ou Institutas.

      1. AS INSTITUTAS

      No prefácio da 1ª Edição das Institutas (1536), Calvino afirmou o seguinte:

      “Pretendi apenas fornecer algum ensino elementar através do qual qualquer pessoa que tenha sido tocada por um interesse na religião pudesse ser educada na verdadeira piedade. E fui especialmente diligente nessa obra por causa do nosso próprio povo da França. Vi muitos deles com fome e sede de Cristo, mas muito poucos imbuídos com até mesmo um pequeno conhecimento dele. Que é isto que propus, o próprio livro testifica através de sua forma de ensino simples e até mesmo rudimentar”.

      Essa primeira edição tinha apenas seis capítulos, que tratavam dos seguintes temas: (1) A lei: exposição do Decálogo; (2) A fé: exposição do Credo dos Apóstolos; (3) A oração: exposição da Oração Dominical; (4) Os sacramentos; (5) Os cinco falsos sacramentos; (6) A liberdade cristã, o poder eclesiástico e a administração política.

      Na 2ª edição das Institutas (1539), o reformador passou a ter outro objetivo em mente:

      “Minha intenção nesta obra foi preparar e treinar de tal modo na leitura da Palavra Divina os aspirantes à teologia sagrada que eles possam ter fácil acesso à mesma e depois nela prossigam sem tropeçar. Pois penso que abrangi de tal maneira a suma da religião em todas as suas partes, dispondo-a em ordem, que todos os que a assimilarem corretamente não terão dificuldade em determinar tanto o que devemos buscar de modo especial nas Escrituras quanto para que objetivo devem direcionar tudo o que está contido nas Escrituras”.



      2. CATEGORIAS DE ESCRITOS

      As concepções teológicas de Calvino se encontram em seis categorias de escritos:

      1. As Institutas: Calvino produziu ao todo oito edições do texto latino (1536-1559) e cinco traduções para o francês. A 1ª edição tinha apenas seis capítulos; a última totalizou oitenta. Equivale em tamanho ao Antigo Testamento mais os Evangelhos sinóticos e segue o padrão geral do Credo dos Apóstolos. Visava ser um guia para o estudo das Escrituras.

      Livro I:    O Conhecimento de Deus, o Criador: o duplo conhecimento de
Deus, as Escrituras, a Trindade, a criação e a providência.

      Livro II:   O Conhecimento de Deus, o Redentor: a queda e a corrupção
humana, a Lei, o Antigo e o Novo Testamento, Cristo o Mediador – sua pessoa (profeta, sacerdote, rei) e sua obra  (expiação).

      Livro III: A Maneira Como Recebemos a Graça de Cristo, Seus Benefícios
e Efeitos: fé e regeneração, arrependimento, vida cristã, justificação, predestinação, ressurreição final.

      Livro IV: Os Meios Externos Pelos Quais Deus nos Convida Para a Sociedade de Cristo: a igreja, os sacramentos, o governo civil.

      2. Comentários: são um complemento das Institutas. Calvino escreveu comentários de todos os livros do Novo Testamento, exceto 2 e 3 João e Apocalipse, e sobre o Pentateuco, Josué, Salmos e Isaías.

      3. Sermões: Calvino expunha sistematicamente os livros da Bíblia. Ele costumava pregar sobre o Novo Testamento aos domingos e sobre o Velho Testamento durante a semana. Seus sermões eram anotados taquigraficamente por um grupo de leais refugiados franceses. A série Corpus Reformatorum contém 872 sermões de Calvino.

      4. Folhetos e tratados: temas apologéticos (contra católicos e anabatistas) e gerais.

      5. Cartas: escritas a outros reformadores, soberanos, igrejas perseguidas e protestantes encarcerados, pastores, colportores.

      6. Escritos litúrgicos e catequéticos: confissão de fé, catecismo, saltério.



      3. A PERSPECTIVA TEOLÓGICA DE CALVINO

      3.1. O conhecimento de Deus
      · A verdadeira sabedoria consiste de dois elementos: o conhecimento de Deus e o conhecimento de nós mesmos. Daí a importância da revelação. Não podemos conhecer a Deus em sua essência, mas somente na medida em que ele se dá a conhecer a nós.
      · Existe um duplo conhecimento de Deus: como criador e como redentor. Todo ser humano é essencialmente uma criatura religiosa, tendo em si a “semente da religião”. Deus se revela não só através desse senso inato de si mesmo, mas também através das maravilhas da criação.
      · Esse conhecimento de Deus revelado na natureza exige uma resposta humana, seja de piedade ou idolatria. O fim último da piedade não é a salvação individual, mas a glória de Deus.

      3.2. A condição humana
      · O pecado torna a revelação natural totalmente insuficiente para o correto conhecimento de Deus. Ela tem somente uma função negativa – deixar os seres humanos inescusáveis por sua idolatria. O ser humano encontra-se perdido como que em um labirinto. A imagem de Deus ainda permanece nele, mas foi totalmente distorcida e desfigurada.

      3.3. O Deus que se revela
      · Todo verdadeiro conhecimento de Deus decorre do fato de que Deus, em sua misericórdia, houve por bem revelar-se. Calvino usa aqui o conceito de “acomodação” ou adaptação. Deus desce ao nosso nível, adapta-se à nossa capacidade. Vemos isso na encarnação, nas Escrituras, nos sacramentos e na pregação.
      · Nas Escrituras, Deus balbucia a nós, fala-nos como uma ama fala a um bebê. Outra figura: a Bíblia é como óculos divinos para os que são espiritualmente míopes. Assim, a verdadeira teologia é uma reverente reflexão sobre a revelação escrita de Deus; não deve, pois, perder-se em “vãs especulações”, mas ater-se às Escrituras.

      3.4. A doutrina das Escrituras
      · A Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, revelada em linguagem humana e confirmada ao crente pelo testemunho interno do Espírito Santo. Calvino tratava o texto bíblico tanto reverentemente quanto criticamente (por exemplo, At 7.14 e Gn 46.27). A capacidade de reconhecer a Bíblia como a Palavra de Deus não depende de provas, mas é um dom gratuito do próprio Deus.
      · Calvino afirma a unidade entre a Palavra e o Espírito contra dois erros opostos. Os católicos subestimavam o papel da iluminação ao subordinarem as Escrituras à igreja. Calvino, como Lutero, afirmou que as Escrituras foram o ventre do qual nasceu a igreja, e não vice-versa. Por outro lado, os “fanáticos” concentravam-se de tal modo no Espírito que subestimavam a Palavra escrita.
      · Toda a teologia de Calvino foi elaborada dentro destes parâmetros: a objetividade da revelação divina nas Escrituras e o testemunho iluminador do Espírito Santo no crente. A verdadeira teologia deve manter-se dentro dos limites da revelação.
      · A função principal das Escrituras é a nossa edificação, capacitando-nos a ver o que de outro modo seria impossível. Seu propósito é revelar o que precisamos saber sobre Deus e nós mesmos.



      4. O DEUS QUE AGE

      4.1. O Deus trino
      · Calvino deu mais atenção à doutrina da trindade que Lutero ou Zuínglio. Ele basicamente sustentou a doutrina da igreja antiga de que Deus é uma única essência que subsiste em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Ele advertiu quanto a especulações sobre o mistério da essência divina e recusou-se a torcer a Escrituras para sustentar essa doutrina.
      · Como no caso de Atanásio, no quarto século, a Trindade era fundamental por ser um testemunho da divindade de Jesus Cristo e, assim, da certeza da salvação realizada por ele. Somente alguém que era verdadeiramente Deus poderia redimir os que estavam totalmente perdidos.
      · A fé na trindade é confessada na liturgia do batismo e na doxologia, não para definir plenamente o ser de Deus, mas somente para permanecer em silêncio diante do mistério da sua presença (Agostinho).

      4.2. Criação
      · A seguir, ainda no Livro I das Institutas, Calvino descreve a atividade de Deus em relação ao mundo na criação e na providência. O mundo criado é o “deslumbrante teatro” da glória de Deus. Depois que as pessoas são iluminadas pelo Espírito Santo e têm o auxílio dos “óculos” das Escrituras, a criação pode fornecer um conhecimento de Deus mais lúcido e edificante (teologia da natureza), fortalecendo a fé dos crentes.
      · Deus criou o mundo a partir do nada (ex nihilo). O mundo foi criado para a glória de Deus, mas também para o benefício da humanidade. Os crentes devem contemplar a bondade de Deus em sua criação de tal modo que seus próprios corações sejam despertados para o louvor (Jonathan Edwards).

      4.3. Providência
      · Calvino reflete acerca do caráter precário e incerto da vida humana sobre a terra. Sua doutrina da providência não reflete um otimismo piedoso, mas resulta de uma avaliação realista das vicissitudes da vida e da ansiedade que elas produzem.
     · Ele critica duas concepções errôneas: o fatalismo e o deísmo. A doutrina estóica do destino pressupõe que todos os eventos são governados pela necessidade da natureza. Calvino pondera que, na concepção cristã, o “regente e governador de todas as coisas” não é uma força impessoal, mas o Criador pessoal do universo, que em sua sabedoria decretou desde a eternidade o que iria fazer e agora em seu poder realiza o que decretou.
      · Ele também combate a idéia de que Deus fez o mundo no princípio, mas depois o deixou entregue a si mesmo. Como mostram as Escrituras, Deus está contínua e eficazmente envolvido no governo da sua criação. Assim, a providência é uma espécie de continuação do processo criador, tanto nos grandes como nos pequenos eventos.
      · Essa ênfase na atividade imediata e direta de Deus no mundo leva Calvino a rejeitar a teoria traducianista da origem da alma, a idéia de que a alma é transmitida de geração a geração pelo processo da procriação humana (Lutero). Calvino cria que, toda vez que uma criança é gerada, Deus cria uma nova alma ex nihilo.
      · Apesar de sua interação direta com o mundo, Deus também pode usar causas secundárias para realizar a sua vontade. Ele pode até mesmo usar instrumentos maus (como Satanás e suas hostes), transformando o mal em bem.
      · Se Deus decreta cada evento, onde fica a responsabilidade humana? Calvino responde que a providência de Deus não atua de modo a negar ou tornar desnecessário o esforço humano. As próprias ações humanas são um dos meios pelos quais Deus realiza os seus propósitos.
      · O governo divino de todos os eventos não torna Deus o autor do pecado? Assim como Lutero, Calvino distingue entre a vontade revelada e a vontade oculta de Deus. Ao enviar Cristo para a cruz, a Bíblia diz que Herodes e Pilatos estavam cumprindo o que Deus havia determinado (Atos 4.27-28). Ao mesmo tempo, eles também estavam violando a vontade expressa de Deus revelada em sua lei.
      · Vez após vez Calvino apela ao mistério e incompreensibilidade das ações de Deus. O problema do mal é tão difícil precisamente porque não podemos entender como as tragédias da vida contribuem para a maior glória de Deus.
      · A fé verdadeira percebe que, por trás dos sofrimentos, que em si mesmos são maus, existe um Pai de justiça, sabedoria e amor que prometeu nunca abandonar-nos. Nessas questões, não se pode submeter Deus aos padrões humanos de julgamento.



      5. O CRISTO QUE SALVA

      5.1. A doutrina do pecado
      · A partir do Livro II das Institutas, Calvino trata de Deus, o Redentor. Calvino geralmente é visto como o autor de uma concepção totalmente pessimista do ser humano. Todavia, o reformador sempre mostrou profunda apreciação pelas realizações humanas na ciência, literatura, arte e outras áreas, atribuindo-as à graça comum de Deus. A imagem de Deus no ser humano está terrivelmente deformada, mas não inteiramente apagada.
      · Todavia, as muitas virtudes e dons da natureza humana nada valem para alcançar a justificação. Para entender plenamente a natureza humana, é preciso olhar para Jesus Cristo, o verdadeiro ser humano.
      · Calvino define o pecado original como “uma depravação e corrupção hereditária de nossa natureza, difundida em todas as partes da alma, que primeiramente nos torna sujeitos à ira de Deus e depois também produz em nós aquelas obras que a Escritura chama de ‘obras da carne’” (Inst., 2.1.8).
      · Vale destacar dois aspectos: (a) não podemos simplesmente culpar Adão por nossa condição pecaminosa; o pecado de Adão é também o nosso pecado; (b) o pecado original não se limita a uma dimensão da pessoa humana, mas permeia toda a vida e a personalidade.
      · Pecado não é somente o ato, mas a inclinação da própria natureza humana em sua condição decaída. Cometemos pecados porque somos pecadores. A essência do pecado de Adão, que se repete em diferentes graus nos seus descendentes, é orgulho, desobediência, incredulidade e ingratidão. Somente a consciência da nossa total pecaminosidade pode preparar-nos para ouvir as boas novas da libertação do pecado através de Jesus Cristo.

      5.2. A pessoa de Cristo
      · A teologia de Calvino é profundamente cristocêntrica e o tema que domina a sua cristologia não é o conhecimento de Cristo em sua essência, mas em seu papel salvífico como Mediador. A revelação de Deus em Cristo é o supremo exemplo da sua acomodação à capacidade humana. Precisamos de um Mediador tanto por sermos pecadores quanto por sermos criaturas.
      · Cristo como Mediador é verdadeiro Deus e verdadeiro homem (1 Tm 3.16). Ele é o Verbo eterno de Deus gerado do Pai antes de todas as eras, que, em sua encarnação, ocultou a sua divindade sob o “véu” da sua carne.
      · Uma formulação peculiar da cristologia de Calvino é o chamado extra Calvinisticum: a noção de que o Filho de Deus tinha uma existência “também fora da carne”. Ver Institutas 2.13.4.

      5.3. A obra de Cristo
      · Mais importante que conhecer a essência de Cristo é conhecer com que propósito ele foi enviado pelo Pai. Calvino explicou a obra de Cristo em conexão com o seu tríplice ofício de Profeta, Rei e Sacerdote, todos os quais eram ungidos no Antigo Testamento, prefigurando o Messias.
      · Como Profeta, ele foi ungido pelo Espírito para ser arauto e testemunha da graça de Deus, fazendo-o através do seu ministério de ensino e pregação. Na qualidade de Rei, Cristo atua como o vice-regente do Pai no governo do mundo; um dia sua vitória e senhorio se manifestarão plenamente. Em seu ofício sacerdotal, ele foi um Mediador puro e imaculado que aplacou a ira de Deus e fez perfeita satisfação pelos pecados humanos.
      · Calvino observa que Deus poderia resgatar os seres humanos de outra maneira, mas quis fazê-lo através do seu Filho. Ele dá ênfase não tanto à justiça de Deus, mas à sua ira e amor, ambas ilustradas na obra de Cristo. Não somente a morte de Cristo tem efeito redentor, mas toda a sua vida, ensinos, milagres e sua contínua intercessão nos céus, à destra do Pai. A obra expiatória de Cristo tem também um aspecto subjetivo, pelo qual somos chamados a uma vida de obediência.



      6. A VIDA NO ESPÍRITO
      · Toda a obra de Calvino pode ser interpretada como um esforço de formular uma espiritualidade autêntica, isto é, uma vida no Espírito, baseada na Palavra de Deus revelada, vivida no contexto da igreja e direcionada para o louvor e a glória de Deus. O Livro 3 das Institutas é um belo tratado sobre a vida cristã no qual Calvino elabora uma grande quantidade de tópicos como a obra do Espírito Santo, fé e regeneração, arrependimento, negação de si mesmo, justificação, santificação, oração, eleição e ressurreição. Três deles merecem destaque especial:

      6.1. Fé
      · Calvino começa por rejeitar certas noções equivocadas: “fé histórica” (mero assentimento intelectual), “fé implícita” (submissão ao juízo coletivo da igreja), “fé informe” (estágio preliminar da fé). O que é então a fé? “Um conhecimento firme e certo da benevolência de Deus para conosco, fundada na verdade da promessa dada gratuitamente em Cristo, revelada a nossas mentes e selada em nossos corações pelo Espírito Santo” (Institutas 3.2.7).
      · Antes de ser uma capacidade inata do ser humano, é um dom sobrenatural do Espírito Santo. É também uma resposta humana genuína pela qual os eleitos ingressam na sua nova vida em Cristo. Entre os efeitos da fé estão a regeneração, o arrependimento e o perdão dos pecados.
      · O arrependimento é “a verdadeira conversão de nossa vida a Deus, procedente de um sincero e real temor de Deus, que consiste da mortificação de nossa carne e do velho homem e da vivificação do espírito” (Inst. 3.3.5). É um processo contínuo que deve estender-se por toda a vida.
      · Embora possa ser assaltada por dúvidas, a fé verdadeira por fim triunfará sobre todas as dificuldades. Os descrentes podem, quando muito, ter uma “fé temporária”. Já os crentes verdadeiros, ainda que cometam pecados, mesmo pecados graves, são sustentados pelo Espírito e finalmente não irão perder-se.

      6.2. Oração
      · O mais longo capítulo das Institutas é dedicado à oração, que Calvino chamou “o principal exercício da fé e o meio pelo qual recebemos diariamente os benefícios de Deus”. Porém, se toda a vida cristã, desde o primeiro passo até a perseverança final, é um dom de Deus, por que orar? A resposta é que os fiéis não oram para informar ou convencer Deus de alguma coisa, mas para expressarem sua fé, confiança e dependência dele.
      · Calvino propôs quatro regras para a oração: (a) reverência: evitar toda ostentação ou arrogância; (b) contrição: deve proceder de um coração arrependido; (c) humildade: ter em mente a glória de Deus; (d) confiança: firme esperança de que a oração será respondida. Isso se aplica tanto à oração individual quanto às orações coletivas da igreja. A oração é a parte principal do culto a Deus (Is 56.7; Mt 21.13).

      6.3. Predestinação
      · Calvino usou a palavra “predestinação” pela primeira vez na edição de 1539 das Institutas. A sua doutrina nessa área não tem nada de original: nos pontos essenciais ele não difere de Lutero, Zuínglio ou Bucer, os quais recorreram todos a Agostinho. A inovação de Calvino consistiu no lugar em que colocou a doutrina em seu sistema teológico, não em conexão com a doutrina da providência (Livro I), mas no final do Livro III, que trata da aplicação da obra da redenção.
      · Calvino não começou com a predestinação e depois foi para a expiação, regeneração, justificação e outras doutrinas. Ele a introduziu como um problema resultante da pregação do evangelho. Por que, quando o evangelho é proclamado, alguns respondem e outros não? Nessa diversidade, ele afirmou, torna-se manifesta a maravilhosa profundidade do juízo de Deus. Trata-se, pois, de uma preocupação pastoral.
      · A doutrina de Calvino sobre a predestinação pode ser resumida em três termos: (a) absoluta: não é condicionada por quaisquer circunstâncias finitas, mas repousa exclusivamente na vontade imutável de Deus; (b) particular: aplica-se a indivíduos e não a grupos de pessoas; Cristo não morreu por todos indiscriminadamente, mas somente pelos eleitos; (c) dupla: Deus em sua misericórdia ordenou alguns indivíduos para a vida eterna e em sua justiça ordenou outros para a condenação eterna.
      · Calvino cria que essa doutrina era claramente encontrada nas Escrituras e não queria dizer nada sobre a predestinação que não pudesse ser tomado da Bíblia. Ele também não permitiu que a doutrina fosse usada como desculpa para não proclamar o evangelho a todos. De fato, na história da igreja, alguns dos maiores evangelistas e missionários foram firmes defensores dessa doutrina (George Whitefield, Jonathan Edwards).



      7. OS MEIOS EXTERNOS DE GRAÇA
      · No Livro IV das Institutas, Calvino trata dos seguintes temas: a igreja verdadeira e seus oficiais, o desvios do romanismo, os sacramentos, o governo civil. Calvino também aborda essas questões nos seus comentários das Epístolas Pastorais.

      7.1. Pressupostos
      · Calvino, mais que os outros reformadores, preocupou-se com a relação entre a igreja invisível e a igreja como uma instituição que pode ser reconhecida como verdadeira através de certas marcas distintivas. As marcas que constituem a igreja visível são, acima de tudo, a correta pregação da Palavra e a fiel ministração dos sacramentos. Embora não tenha incluído a disciplina eclesiástica entre as marcas da igreja, ele certamente a valorizava.
      · A preocupação de Calvino com a ordem e a forma da congregação resultou de sua ênfase na santificação como o processo e o alvo da vida cristã. Em contraste com a ênfase luterana unilateral na justificação, Calvino deu precedência à santificação. O contexto da santificação é a igreja visível, na qual os eleitos participam dos benefícios de Cristo não como indivíduos isolados, mas como membros de um corpo. Assim, a igreja visível torna-se uma “comunidade santa”.
      · A eclesiologia de Calvino tem dois pólos em contínua tensão: a eleição divina (igreja invisível) e a congregação local (igreja visível). Por isso, a igreja ao mesmo tempo enfrenta perigos mortais e é preservada por Deus. A igreja visível é um corpo misto composto de trigo e joio; já a igreja invisível compõe-se de todos os eleitos (inclusive anjos, fiéis do Velho Testamento e eleitos que se encontram fora da igreja verdadeira).

      7.2. A igreja como mãe e escola
      · A igreja é a mãe de todos os crentes porque os leva ao novo nascimento através da Palavra de Deus, bem como os educa e alimenta durante toda a sua vida. Esse caráter maternal da igreja é visto de modo especial na sua ministração dos sacramentos.
      · O batismo é o ingresso do crente na igreja e o símbolo de sua união com Cristo. Ele visa confirmar a fé dos eleitos, mas deve ser aplicado a todos os que estão na igreja visível. Quanto à Santa Ceia, Calvino adotou uma posição intermediária entre Lutero e Zuínglio. Embora Cristo esteja nos céus à destra do Pai, a ceia não é mero símbolo, mas um meio de “verdadeira participação” em Cristo (Inst. 4.17.10-11).
      · A igreja é também uma escola que instrui seus alunos no caminho da santidade. Essa instrução perdura por toda a vida e também se dirige aos alunos rebeldes, na esperança de que um dia sejam transformados.

      7.3. Ordem e ofício
      · Calvino encontrou nas Escrituras o quádruplo ofício de pastor, mestre, presbítero e diácono, que é a base da forma de governo incorporada nas Ordenanças Eclesiásticas.
      · Ele cria que os ofícios de profeta, apóstolo e evangelista eram temporários e cessaram no final da era apostólica. Dentre os ofícios que permaneceram, o de pastor é o mais honroso e o mais necessário para a ordem e o bem-estar da igreja. Depois da aceitação de doutrinas puras, a nomeação de pastores é a coisa mais importante para a edificação espiritual da igreja.
      · Para ser escolhido, o aspirante deve preparar-se e depois ser comissionado publicamente segundo a ordem prescrita pela igreja. Em Genebra, esse processo incluía a companhia de pastores, o conselho municipal e a igreja. A ordenação é um rito solene de instalação no ofício pastoral.
      · As funções dos pastores são ensino, pregação, governo e disciplina. Os pastores devem ter um profundo conhecimento das Escrituras para que possam instruir corretamente as suas igrejas. Sua pregação deve revelar conhecimento e habilidade para ensinar. A pregação visa a edificação da igreja e deve ser prática e perspicaz. A função disciplinar do pastor requer que a sua própria conduta esteja acima de qualquer suspeita.

      7.4. A igreja e o mundo
      · Calvino rejeitou o conceito anabatista de que a igreja devia isolar-se da sociedade e cultura circundantes. A relação entre a igreja e o mundo inclui tanto tensão quanto interação. O seu entendimento do governo de Deus e da soberania de Cristo sobre toda a criação, e não somente sobre a igreja, levou-o a defender a participação na sociedade.
      · O governo de Cristo deve manifestar-se idealmente através de governantes piedosos. Os magistrados deviam manter a ordem cívica e a uniformidade religiosa. Todavia, igreja e estado têm esferas separadas e autônomas de atuação. Os cristãos devem obedecer até mesmos os governantes que oprimem a igreja, orando por seu bem-estar, porque foram instituídos por Deus.

      Fonte: George, Timothy. Teologia dos reformadores. São Paulo: Edições Vida Nova, 1994.

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...