sábado, 1 de março de 2008

MANIA DE TROUXA

Falta que se lhe diga, que o coxo aprende andar, vendo outro coxo usar muletas e a má prática, como o mau hábito, faz o mau monge.
O governo nos últimos tempos adquiriu o costume até uma mania, de servir-se dos péssimos exemplos de governos anteriores, quando pego no contra-pé que expõe as suas mazelas.Falta que se lhe diga, que o coxo aprende andar, vendo outro coxo usar muletas e a má prática, como o mau hábito, faz o mau monge.
Incrível a facilidade que esse governo tem, de defender o indefensável e tentar justificar o injustificável!
Para assim concluir é só lembrar de José Dirceu, Palocci, Renan Calheiros e muitos outros, que causaram um imenso desgaste ao governo, que erroneamente parece não estar muito preocupado com o que se pensa dele.
Não é assim e não pode ser assim. Todos nós temos direito à privacidade, no entanto, os nossos atos, tanto pessoais como administrativos, em público tem que ser pautados principalmente pela ética, moral, pelo bom exemplo e por outros valores, que embora possam parecer “fora de moda”, são imprescindíveis, no mínimo, para garantir o convívio social.
Convívio que está a cada dia mais difícil, com o brasileiro deixando de ser bom-caráter como dantes e perdendo o senso do certo e do errado, numa verdadeira política do vale-tudo, onde os fins justificam os meios.
Assim agiu o governo ao criar a “time-mania”, que veio premiar a condução às vezes criminosa dos times de futebol, useiros e vezeiros em dar calote na Previdência e em quem lhe pise nas passadas.
Muito antes de ser um esporte, o futebol é um jogo como outro qualquer, que desperta paixões, ódios e outros grandes defeitos do ser humano, como a cobiça e a ganância, via disto e propositalmente, a gestão dos clubes é em grande parte fraudulenta, sendo conduzida por dirigentes que comportam-se como senhores de um feudo, onde o patrimônio de muitos se confunde e se desmancha pela ação de poucos.
Qualquer semelhança entre a gestão dos clubes e a administração pública não é mera coincidência, mas vício de origem.
A administração de clube de futebol, com exceções é lógico, é quase sempre caso de policia, a ela envolvendo-se até a máfia.
Já foi objeto de CPI patrocinada, acreditem, pelo PT dos bons tempos, que debaixo da pele de cordeiro bradava contra o grasnar tucano.
A CPI da Nike, como era chamada, não deu em nada, nem sequer uma nova legislação para punir as fraudes e os maus dirigentes como ocorre na Itália. Por triste ironia, neste caldo, o governo do PT ao criar uma loteria para premiar os que fraudam as contribuições previdenciárias e que vivem das burlas e das fraudes, está convocando o público para avalizar o trambique e a esperteza, que tanto combateu no passado.
Fica muito difícil pregar a moralidade e os bons costumes, o combate à criminalidade em qualquer nível, quando quem deveria ter autoridade moral para coibir desvios de conduta e usar o exemplo como instrumento didático, passa-nos ações como essa.
Não temos compromisso de defender qualquer intransigência puritana no comportamento do ser humano, só o fazendo porquê, quem deveria ter um desempenho exemplar na defesa de valores, que hoje estão sendo perigosamente relativizados, não o faz, entregando o cidadão cumpridor das suas obrigações à sua própria sorte.
O governo despreza os bons exemplos e não nos garante a segurança individual e legal, transmitindo a idéia de que viver na marginalidade neste país tem suas recompensas e trouxa é quem cumpre à risca suas obrigações.
Portanto, façam o jogo que o governo e os times de futebol querem, mesmo sabendo de antemão que a maior vencedora na time-mania é a imoralidade.
Luiz Bosco Sardinha Machado
colunadosardinha@gmail.com

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