sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Os cristãos verdadeiros tem o dever de combater o falso evangelho com a pregação e ensino verdadeiros.

Nunca houve, desde o surgimento da igreja, tanta apostasia como é patente nos nossos dias; e tal fenômeno não nos deve espantar, pois, o Apóstolo Paulo, muito claramente assevera na sua epístola a Timóteo: “ Mas o Espírito expressamente diz, que nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” ( 1 Tm 4.1). Diante dessa advertência endereçada a todos os cristãos verdadeiros, como deverá ser o procedimento a ser tomado? É imperativo batalhar pela fé, que uma vez foi dada aos santos, consoante a exortação de Judas na sua epístola (v.3), e a fé neste contexto, reporta-se ao conjunto da sã doutrina evangélica, a revelação da doutrina cristã na sua genuinidade e pureza. Mas como é que podemos batalhar pela fé?  Devemos criar uma ordem, como os católicos fizeram no século 12, com os chamados cruzados, os quais, cegamente lutavam pela fé católica como uns loucos assassinos? De forma alguma, o batalhar que nos cabe, consiste em ensinar  a palavra de Deus, conforme a exatidão dos seus ensinos, e censurar, a partir das escrituras, os falsos  doutores e pastores.
No capítulo 34. 1-4 de Ezequiel, Deus ordena que o profeta, vá em direção dos pastores de Israel dos seus dias para censurar a sua conduta  imoral e apóstata. No capítulo em consideração, Deus aponta algumas características desses falsos pastores, das quais destaco três; características essas que podem muito bem ser relacionadas aos falsos pastores evangélicos dos nossos dias. A primeira característica é a de que os falsos pastores apascentam a si mesmos. Mas o que isto quer dizer? São os pastores que negligenciam a finalidade de sua incumbência, que consiste em servir como verdadeiros despenseiros à igreja de Deus e passam a preocupar-se consigo mesmos. Os falsos pastores são aqueles que, utilizam do título para seu próprio favorecimento, como ocorre entre alguns pastores-políticos; Se o oficio do padeiro é  fazer pão,  o do médico é  curar pessoas,  o do taxista é dirigir o taxi, o de pastor  certamente será o  pastorear com amor e espírito voluntário as ovelhas de Deus, e nunca se enveredar para a política, utilizando de sua influência sobre os membros de sua comunidade para ganhar votos. Como é possível determinada pessoa, com todas as atribuições que a política exige, simultaneamente cuidar da igreja, a qual deve exigir mais dedicação ainda? Não é possível, salvo para aqueles que são pastores de si mesmos.
A segunda característica  dos falsos pastores, é que eles somente se preocupam com  a gordura das ovelhas  e vestir-se de sua lã. O que isto quer dizer? Esses pastores ao invés de alimentar, com o puro leite espiritual, não falsificado, os crentes que estão sob sua liderança, exploram seus recursos materiais. Se os recursos materiais das ovelhas animais são a gordura e a sua lã, quais os recursos dos fiéis de muitas pseudo-comunidades cristãs, que são explorados? O dinheiro, que é tirado, através de induções  feitas com grande cara de pau, com uma pitadinha de retórica barata, e misturada com a autoridade da bíblia. A bíblia fala de ofertas alçadas e dízimos, mas nunca fala de trízimo, isto é, uma heresia de algumas igrejas neo-pentecostais, que exige dos crentes 30% do que ganham. A bíblia fala de um sacrifício vivo, santo, e agradável a Deus que é o culto racional dos cristãos verdadeiros, no entanto, nunca exige que os crentes vendam seus bens, como o carro, a geladeira, o sofá, a televisão  etc., e entregue numa tal fogueira santa de Israel, para que depois vivam na pobreza, e se frustrem consigo mesmas e com Deus, tornando-se alguns ateus, e outros com sérios problemas mentais. E para que tudo isto? Para ajudar os pobres, construir creches e hospitais? Não! Estes recursos saqueados dos incautos fieis de suas igrejas são investidos numa rede de TV anticristã , imoral e até blasfema. Mas não se preocupe, você  que é um eleito de Deus,  como o justo Ló  que diante de  Sodoma e Gomorra, indignava-se diante daqueles pecadores, console-se  ao lembrar do que a escritura diz:  “E por avareza, farão de vos negócios com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo  não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.”( 2 Pe 2.3).
A terceira característica que enfatizo, com base no texto de Ezequiel, é o domínio com rigor exercido perversamente pelos falsos pastores. Observe que em todas as igrejas cuja ênfase reside em explorar os recursos financeiros dos fiéis, e na pregação de um evangelho medíocre, dissociado da essência da revelação cristã, a saber, a salvação e a união com Deus em santidade, o ensino e incentivo ao estudo das escrituras pelos crentes é negligenciado. Não é a toa que lutam contra  o ensino da teologia, pois, de outra forma, como poderão suas ingênuas ovelhinhas ouvir todo o lixo que dizem, como a necessidade de submeter –se  cegamente a autoridade do bispo ou pastor, ou enterrar a bíblia no terreno de casa, ou pagar 500 reais por um saquinho da sal milagroso, se não forem ignorantes quanto a bíblia? A ignorância é imprescindível para o estabelecimento e a conservação de um domínio sobre os outros.
Quanto a nós, que somos da luz, e fomos  eleitos antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele, em amor, temos o dever, como verdadeiras testemunhas de Cristo, de combater este evangelho deturpado e falsificado com a intrepidez de falar a verdade nos nossos púlpitos, programas de televisão e rádios cristãos, e acima de tudo ensinar com qualidade e profundidade a doutrina cristã, e incentivar os crentes a estudarem e viverem as escrituras.


por Moisés do Vale dos Santos em http://www.webartigos.com


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