A Bíblia nos indica que um crente pode perder a salvação. Os versículos nela contidos que apresentam a possibilidade de salvação ou não salvação, quando acompanhados de conectivo condicional "se", nos dá idéia de possibilidades inversas. Da Antiga a Nova aliança, várias promessas de Deus estão acompanhadas com o tal conectivo condicional. Quando afirmamos qualquer assertiva usando conectivo condicional como o conectivo “se”, estamos indicando que existe uma outra possibilidade para o sujeito de nossa proposição. Indicamos que, “se” ele fizer uma escolha chegará há um resultado, mas, “se” ele fizer uma outra escolha obterá outro resultado. Isto é muito lógico! Vamos usar um exemplo do Velho Testamento.
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"Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos. (...) então entenderás o temor do senhor e acharás o conhecimento de Deus." (Pv.2.1-5)
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Sujeito: filho
Conectivo condicional: se, então ( relação entre conseqüente-consequência).
Proposição antecedente: se aceitar as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos.
Proposição conseqüente: então entenderás o temor do senhor e acharás o conhecimento de Deus.
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Podemos observar que a condição proposta na proposição antecedente, levará o sujeito a uma determinada situação, ao passo que o sujeito não seguindo a proposta condicionada da proposição antecedente, a proposição conseqüente será outra.Vejamos novamente uma promessa de Deus ligada com um conectivo condicional:
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"O Senhor está convosco, enquanto vós estais com Ele; se o buscardes Ele se deixará achar; porém se o deixardes, ele vos deixará." (2Cr.15.2)
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No Novo Testamento, a situação não é diferente. Lemos em Lucas 13.24, Jesus afirmando: “esforçai-vos por entrar pela porta estreita”. O apóstolo Pedro reforça a assertiva de Jesus reafirmando aos crentes destinatário de sua carta, que a entrado no Reino Eterno seria amplamente suprida se os irmãos procurassem com diligência cada vez maior, confirmar a eleição, e, somente procedendo assim é que eles não tropeçariam (2Pe.1.10,11), caso contrário..., pela falta de diligência tropeçariam e não confirmariam a eleição. Pedro também cita falsos mestres que chegariam ao ponto de negarem “o Soberano Senhor que os resgatou”. São pessoas que se extraviariam, abandonariam o reto caminho. Sobre eles, o apóstolo reafirma que, “depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixaram enredar de novo e são vencidos (...)” (2Pe.2.1-22).
Se formos honestos conosco mesmo, admitiremos que o texto é claro a respeito da possibilidade da perda da salvação.Mas para não ficarmos na dúvida, vamos a mais alguns exemplos.
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O apóstolo Paulo, através de uma epistola, relembrou aos irmãos de Corinto a história da queda de seus antepassados. Esta queda se sucedeu no deserto, por causa da falta de fé do povo hebreu, mesmo tendo eles testemunhado as maravilhas de Deus. Depois de relembrá-los, o apóstolo diz que aquelas coisas foram escritas “para nos servir de aviso”.
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- Servem-nos de aviso por quê, para quê?
– Não podemos entender que esses avisos são nos dado, para que não caiamos no mesmo erro da geração de Moisés?
– E se somos avisados, não é porque corremos o mesmo risco daquele povo, ou seja, a exemplo do povo hebreu, mesmo sendo participante do povo de Deus podemos fracassar?
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O apóstolo finda a sua admoestação com a seguinte exortação: ”Quem hoje se sente seguro na sua posição, acautele-se para amanhã não cair” (1Co.10.1-12). Podemos aproximar a referida admoestação da epistola aos Corintios, com a seguinte advertência do escritor de aos Hebreus quando relembrava o mesmo exemplo da fracassada trajetória do povo hebreu no deserto. Vejamos o que ele afirmou:
"Vemos pois que não puderam entrar por causa da incredulidade” (Hb.3.19). Um pouco mais adiante, se referindo ao mesmo exemplo, advertiu:
"Esforcemo-nos, pois, por entrar no descanso, afim de que ninguém caia segundo o mesmo exemplo de desobediência” (Hb.4.11).
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Em relação a advertência de Paulo e a do escritor de aos Hebreus, o que devemos fazer para não cairmos no mesmo erro do povo hebreu que caiu no deserto?
Paulo ensina que devemos nos acautelar, devemos nos prevenir de uma possível queda, e, o escritor de aos Hebreus adverte-nos que devemos nos esforçar para entrar no descanso.
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Portanto, a cautela e o esforço, são uma das condições para que não caiamos da fé e não endureçamos os nossos corações. Caso contrário o crente apostatará da fé e perderá a salvação. Se existem as condições e as advertências para as observamos, é porque existe a possibilidade do crente perder a salvação caso não as leve em conta. O exemplo dado por Paulo e o escritor de aos Hebreus em relação ao fracasso do povo israelita em não alcançar a Terra Prometida, servem como exemplos para o crente de hoje. Ou seja, ele pode fracassar e não chegar a Canaã Celestial.
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"Porque nós temos tornado participantes de Cristo, se, de fato guardarmos firmes, até ao fim, a confiança que, desde o princípio tivemos.” (Hb.3.14).Lailson Castanha
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