terça-feira, 2 de agosto de 2011

SINAIS DOS FINAIS DOS TEMPÓS - A QUEBRA DAS GRANDES NAÇÕES

Senado dos EUA aprova novo teto de dívida
pública e evita maior calote da história do país

Brasil seria prejudicado se débito público não passasse de US$ 14,3 tri para US$ 16,7 tri

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (2) o limite maior para a dívida americana, colocando fim à preocupação sobre um possível calote americano caso o endividamento do país estourasse o teto. Se ocorresse, o primeiro e maior calote da história americana poderia colocar em xeque a recuperação econômica do país e carregar outros países para uma nova crise.
Na última segunda-feira (1º), o projeto foi aprovado na Câmara dos Representantes, o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil, com 269 votos a favor e 161 contrários. A vitória no Senado estava praticamente assegurada, já que o partido do presidente Barack Obama, os democratas, tinha maioria na Casa.
O prazo máximo para o Congresso aprovar a medida era esta terça-feira. Agora, o pacote de medidas contra o ultraendividamento americano só precisa do “sim” de Barack Obama para passar a valer.
O teto da dívida é como um “cheque especial” do governo, que impede que os Estados Unidos deem um default – um nome bonito para inadimplência ou calote, na linguagem popular.
Se o aumento do limite da dívida não passasse pelo Senado, poderia ocorrer aumento das taxas de juros, queda do dólar e mais instabilidade dos mercados financeiros mundiais, que praticamente refletem o comportamento da principal economia do planeta.
Para o senador Lamar Alexander, do Estado do Tennessee, o debate foi importante porque vai ajudar a mudar a mania de “gastar, gastar e gastar para depois cortar, cortar e cortar”.
O acordo, referendado tanto pelos democratas quanto pela oposição republicana, ainda prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Para melhorar o orçamento do país, o governo terá de cortar gastos enquanto aumenta a arrecadação. O grande embate era em que o governo passaria a economizar.
Os democratas queriam impostos maiores aos ricos, ao mesmo tempo em que protegeriam programas sociais de saúde e educação, por exemplo. Os republicanos pediam cortes em todas as áreas, inclusive nas sociais – o que faria Obama mais impopular. Um novo projeto deve ocorrer no ano que vem.
Calote global
Os países que têm grana para receber dos Estados Unidos também sofreriam um calote - o Brasil se inclui nesse grupo.
Por aqui, uma nova crise criada por esse default bateria em duas frentes: nas contas do governo brasileiro e nas vendas de produtos para outros países. Se o limite da dívida não fosse alterado, haveria um calote e os títulos perderiam sua liquidez, isto é, não poderiam ser trocados por dinheiro vivo caso os donos desses papéis precisassem.
E isso afeta diretamente a confiança dos mercados, segundo o economista Evaldo Alves, professor de economia internacional da FGV (Fundação Getulio Vargas).

- Todo esse esforço é para eles não submergirem. O importante para o Brasil é o seguinte: temos uma ligação com os EUA porque exportamos para eles. Somos o nono parceiro dos EUA, com exportações de US$ 78 bi em matérias-primas. Se economia naufraga, cairíamos também, porque o Brasil tem sua economia externa baseada na venda de commodities [matérias-primas básicas].

Dos US$ 14,3 trilhões, US$ 4,6 trilhões estão nas mãos do próprio governo, emprestados de fundos de pensão (seguridade social e aposentadoria). Os US$ 9,7 trilhões restantes são títulos do Tesouro nas mãos de empresas, bancos e governos estrangeiros ou não.
A China é dona de US$ 1,16 trilhão dessa dívida. Em seguida vêm Japão, Reino Unido e gigantes exportadores de petróleo (alguns membros da Opep). O Brasil é o quinto maior dono desses títulos, com US$ 211,4 bilhões.

VIA GRITOS DE ALERTA
FONTE . R7

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