segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O Evangelho do sangue de Cristo e o evangelho do arco-íris


Cheguei ontem da bela cidade de Fortaleza, Ceará, onde ministrei a Palavra de Deus na convenção da Assembleia de Deus Canaã. Tive o privilégio de conhecer pessoalmente o pastor Jecer Goes, líder daquela igreja. Impressionei-me com a multidão reunida naquele grandioso templo (que comporta doze mil pessoas sentadas) e com a estrutura daquele ministério. Mas não foi isso que me deixou mais maravilhado...
Conheci um líder na direção de Deus, um evangelista chamado pelo Senhor, um ousado ganhador de almas, um homem desapegado, que desgasta-se pela obra do Senhor. O Evangelho pregado pelo pastor Jecer Goes é muito diferente do festejado evangelho do arco-íris. Conversei, ali, com pessoas verdadeiramente salvas, libertas das drogas, especialmente do alcoolismo, da prostituição e do homossexualismo.


Numa tarde, durante o evento, pedi para ficar no hotel com a minha família e resolvi escrever um artigo sobre a aliança “glospel”, firmada entre a Rede Globo e os adeptos do evangelho do arco-íris. Ao dizer, no artigo, que essa aliança ecumênica e sincrética está cada vez mais colorida, citei o CD de um famoso cantor gospel, que traz na capa as seis cores do arco-íris da “diversidade”. Recebi muitos elogios, mas também fui bombardeado por alguns fãs do cantor, que me mandaram “tomar... café”, me xingaram de “via... jado”, etc. Só faltou alguém me dizer: “Vá pra... Portugal de navio, seu filho da... mãe”.


Essa é a diferença entre o Evangelho da cruz e o colorido evangelho-show. O primeiro dá ênfase ao poder do sangue do Cordeiro de Deus (1 Pe 1.18,19), derramado para comprar para Deus homens de todo o povo, e tribo, e língua e nação (Ap 5.8-10). O outro agrada a todas as religiões e grupos.

O Evangelho do sangue do Cordeiro gera discípulos de Cristo, que defendem a verdade das Escrituras. O evangelho-show produz fãs de celebridades, que defendem as invencionices dos seus ídolos. O Evangelho da cruz diz para o mundo: “Jesus é a único caminho. Em nenhum outro há salvação”. O evangelho do arco-íris afirma em programas de auditório: “Há espaço para todas as religiões”.


“Mas, irmão Ciro, o senhor não conhece a Bíblia, não? Nunca leu Gênesis 9? O arco-íris é símbolo da aliança com Deus e existia antes da bandeira LGBT e da Rede Globo”. Quanta ingenuidade dos adeptos do evangelho colorido! Pesquisem e descobrirão que o arco-íris natural tem sete cores, que podem ser captadas pelo olho humano, e relembra as promessas de Deus. Já o arco-íris da Nova Era, o mesmo que aparece na bandeira LGBT e dentro do logotipo da Rede Globo, tem apenas seis cores e aponta para o predomínio do humanismo, do antropocentrismo. Segundo os aquarianos, esse arco representa a ponte entre a alma humana e a “grande mente Universal”, isto é, Lúcifer.


O que aprendi com o pastor Jecer Goes, na Assembleia de Deus Canaã, em Fortaleza, Ceará, é que o Evangelho de Cristo é para todos os pecadores — viciados em drogas, sodomitas, efeminados, homicidas, ladrões, beberrões, corruptos, etc. Mas estes, ao se aproximarem do Senhor Jesus Cristo, têm a sua vida radicalmente transformada, pois, “se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17).


Ciro Sanches Zibordi

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