domingo, 8 de janeiro de 2012

Pedofilia e corrupção na igreja da fronteira

 


Instituição religiosa com maior número de fiéis cristãos na Tríplice Fronteira, a Igreja Católica enfrenta, assim como em outras partes do mundo, o problema da debandada de seus adeptos.
Localmente, dois fenômenos podem explicar a alegada perda de popularidade: o crescimento de igrejas evangélicas bem mais eficientes no quesito "estratégia de mercado"; e fatores internos da própria instituição, como escândalos de pedofilia, homossexualismo e corrupção envolvendo seus membros.
Enquanto em Foz do Iguaçu e na argentina Puerto Iguazú, os sacerdotes gozam de boa reputação, o mesmo não pode ser dito em relação ao lado paraguaio da fronteira, onde o bispo Rogelio Livieres Plano, titular da diocese local, já foi alvo, até mesmo, de reza coletiva pedindo sua saída.
Mais que manifestações de dissidentes, no entanto, Livieres Plano tem enfrentado, nos últimos três anos, casos que arranham sua imagem pessoal e da própria Igreja Católica.
O primeiro escândalo teve início em março de 2007, quando os padres Juan Manuel Martínez e Isidoro Cabral, da pequena Salto del Guairá, fronteira com Guaíra, trocaram farpas públicas e acusações mútuas de pedofilia e abuso sexual contra mulheres.
A providência adotada pelo bispo, à época, foi excomungar seis fiéis acusados de incentivar o barraco e denegrir a imagem da instituição.
O segundo escândalo estourou em dezembro de 2008, com a nomeação do padre argentino Carlos Urrutigoity à frente do Seminário Diocesano San José, de Ciudad del Este.
Acusado de práticas homossexuais durante passagens por Argentina e Estados Unidos, Urrutigoity foi obrigado a abdicar do cargo. Livieres Plano, desgostoso com a repercussão alcançada, desfez a Junta Diocesana de Laicos e excomungou seus diretores.
Não por acaso, da briga entre bispo e laicos surgiu a denúncia que originou o terceiro escândalo que sacode a igreja local: a suspeita de que Livieres Plano teria desviado fundos destinados a trabalhos com famílias e menores, em caso que, atualmente, encontra-se sob investigação judicial.
E para completar a sequência de escândalos (repare que, até aqui, sequer foram mencionadas as paternidades de Fernando Lugo), veio à tona, na semana passada, um suposto caso de abuso sexual envolvendo o padre Mario Sotelo e um jovem que, em 2008, ainda era menor de idade.
Com tantos problemas no horizonte, não será de estranhar, portanto, se nas próximas pesquisas de opinião pública, periodicamente divulgadas pelos meios de comunicação paraguaios, a Igreja Católica perder o posto de entidade mais confiável do país, compartilhado com a imprensa.
Mas e se fé e esperança são sempre as últimas que morrem, será preciso muita fé (e muita esperança) para reverter o desgaste e depurar uma instituição que, assim como um pomar, possui frutos de excepcional qualidade e que não podem, em hipótese alguma, vir a cair em balaios de maçãs podres.

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