quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sociedades poligâmicas são mais violentas, revela estudo

Sociedades poligâmicas são mais violentas, revela estudo
A revista científica Philosophical Transactions of the Royal Society, publicou em sua edição deste mês um estudo sobre a poligamia, realizado por pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica, Canadá.
Entres as conclusões há indícios de que o mundo teria mais violência, com taxas elevadas de estupros e homicídios. Segundo a pesquisa, a monogamia se tornou regra em quase todas as culturas do planeta justamente por ser capaz de evitar esses tipos de problemas. Caso contrário, eles se tornariam crônicos em um ambiente social onde todas as pessoas têm mais de um cônjuge.
Sabe-se que historicamente a maioria das culturas tenha vivido alguma forma de poligamia ao longo de sua história. Contudo, essa prática beneficia apenas os mais poderosos, ou seja, aqueles que podem sustentar mais esposas. Logo, a busca do bem estar social teria sido o motivador dessa institucionalização da monogamia.
Joseph Henrich, professor de antropologia cultural, que participou da pesquisa, explica: “Nosso objetivo era entender por que o casamento monogâmico tornou-se regra na maioria das nações que se desenvolveram nos últimos séculos e que abandonaram a poligamia de seus antecessores”.
A conclusão final é que razão principal seria que a monogamia traz maior estabilidade social. Assim, diminuiria a incidência de crimes como estupros, sequestros, roubos e homicídios. Afinal, os homens solteiros são os maiores responsáveis por crimes desse tipo.
O professor Henrich lembra que “a escassez de mulheres disponíveis aumenta a competição entre os solteiros”. Quando o número de homens e mulheres de uma localidade é parecido, quando alguns homens casam com várias mulheres, necessariamente outros ficam sem nenhuma.
Com a normatização da monogamia e diminuição da competição, as famílias passaram a investir mais tempo fazendo planos, produzindo riqueza e dedicando-se à educação dos filhos. Um dos efeitos secundários fez com que a mulher ganhasse maior poder de decisão no casamento.
O que pode ser novidade para o meio científico já estava claro na Bíblia. Afinal, a monogamia sempre foi o padrão estabelecido por Deus desde o princípio, quando criou uma mulher para um homem: Adão e Eva (Gn 1:27; 2:21-25). A Lei revelada por Moisés mostra isso claramente em Deuteronômio 17:17: “Tampouco para si multiplicará mulheres”.
Embora tenha sido praticada, todos os personagens bíblicos que optaram pela poligamia, tiveram problemas. O texto do Novo Testamento mostra Jesus reafirmando isso, ao citar esta passagem em Mateus 19:4 e observar que Deus “os fez homem e mulher” e os juntou em casamento. O apóstolo Paulo reforçou esse ensinamento em passagens como 1 Coríntios 7:2 e 1 Timóteo 3:2; 12. Afinal, o casamento monogâmico também é uma prefiguração do relacionamento entre Cristo e sua noiva, a Igreja (Ef 5:31-32).
Traduzido e adaptado de Toronto Sun e APA

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