Os presbiterianos dos EUA lançaram na última quinta-feira (19) uma nova entidade formada por dissidentes da Presbyterian Church of the United States, PCUSA, que decidiram abandonar a igreja por esta passar a aceitar homossexuais entre seus dirigentes e pastores.Foto: urbanchristiannews.com
“Não sabemos se será uma denominação ou uma associação relativamente informal de igrejas. Os detalhes doutrinários da nova entidade ainda estão sendo trabalhados, mas provavelmente a ordem criada deverá funcionar como uma nova denominação, embora este ponto ainda não esteja claro”, explicou.
Os 2100 ex-integrantes da PCUSA, que pertenciam a mais de 500 congregações da igreja, se reuniram em Orlando, Flórida, onde denominaram a nova religião de “The Evangelical Covenant Order of Presbyterians” (“A Ordem Pactual Evangélica de Presbiterianos”), abreviada como ECO.
As queixas contra a Igreja Presbiteriana por parte dos dissidentes incluem excesso de burocracia; a questão do constante declínio no número membros; e a tendência de se tornar um “grande tenda religiosa”, que deseja acomodar todos, comprometendo a correta interpretação das Escrituras.
Ao avaliar a lista divulgada com os valores teológicos que professará a ECO, Nicodemus considerou que a igreja será bastante bíblica, seguindo a teologia reformada dando ênfase à comunhão, vida espiritual, evangelismo e missões.
“Eu diria que serão um grupo presbiteriano conservador, de teologia calvinista e voltados para vida espiritual e missões”, diz o teólogo ao CP.
Segundo o The Huffington Post, os líderes da ECO esclareceram que a nova denominação “destina-se a fomentar um novo modo de ser da igreja, do mesmo modo que as principais denominações tradicionais fizeram quando começaram”.
A nova entidade eclesiástica criada surge como alternativa para os membros de igrejas e pastores da PCUSA que não concordam com a decisão de aceitar homossexuais no pastorado.
A PCUSA já sofria há tempos a pressão de grupos de ativistas gays que durante anos insistiram na tese de que algumas regras da Bíblia não serviriam para os dias atuais. Além disso, eles defendiam a ideia de que o homossexualismo seria geneticamente determinado e que os gays já são comumente aceitos em diversos lugares e instituições.
Nicodemus lembra que a PCUSA já aceitava o liberalismo teológico desde a década de 50, bem como a ordenação de mulheres pastoras desde os anos 60.
“Tudo isto enfraqueceu a denominação teologicamente e espiritualmente de tal maneira que não conseguiu mais resistir à pressão dos gays dentro da denominação”.
No Brasil, a avaliação do reverendo é de que já existem igrejas históricas, emergentes e até pentecostais que não possuem fundamento bíblico muito profundo, e já aceitam mulheres como pastoras ‘flertando’, portanto, com o liberalismo teológico.
Em sua perspectiva, elas podem estar à beira de aceitarem os homossexuais como líderes, como ocorreu nos EUA.
“As portas estão abertas para o próximo passo”, alertou.
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