terça-feira, 16 de outubro de 2012

ESTAMOS NAS MÃOS DE DEUS , POIS TANTO SERRA COMO HADDAD TRABALHARAM COM O TAL KIT DA HOMOFOBIA .

O material anti-homofobia distribuído, em 2009, para escolas pelo governo do Estado de São Paulo na administração do tucano José Serra (2007-2010), candidato a prefeito de São Paulo, tem pelo menos dois vídeos iguais ao chamado “kit gay” do MEC (Ministério da Educação), elaborado na época da gestão do petista Fernando Haddad, que também concorre à prefeitura.
Desde a semana passada, Serra e Haddad tem trocado ataques por causa da produção e distribuição desses kits. O tucano nega que o material seja o mesmo. Serra trouxe o assunto para a campanha no primeiro turno. Na semana passada, o tema foi objeto de um vídeo do pastor Silas Malafaia --da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo-- que apoia Serra. Nesta segunda-feira (15), Haddad disse que o tucano mentiu ao atacar o material do MEC sem dizer que o seu governo tinha produzido algo semelhante.
Os filmes para os kits de Serra e Haddad foram produzidos pela ONG (organização não governamental) Ecos. O guia sobre preconceito e discriminação na escola do governo Serra indica vídeos e textos da entidade, que foi uma das responsáveis pelo projeto Escola sem Homofobia do MEC/Secad (Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade), que ficou conhecido como “kit gay”.
A Ecos é uma ONG especializada em comunicação em sexualidade que atua na área há cerca de 20 anos na produção materiais educativos e pesquisas, muitos deles usados pelo poder público.
Dois vídeos recomendados aos professores pelo kit tucano, "Boneca na Mochila" e “Medo de quê?”, foram produzidos pela Ecos e faziam parte da primeira versão do material elaborado para o MEC.
“A Ecos sempre trabalhou na gestão do Serra, ele está cuspindo no pote (sic) que comeu. O material que fizemos para o MEC tem 80% do material do Estado de São Paulo. É um absurdo se utilizar do preconceito para ganhar voto”, afirmou Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), que também fez parte da elaboração do projeto Escola sem Homofobia.
Reis afirmou que os professores do país não sabem lidar com violações dos direitos dos homossexuais.
“É isso que precisa ser discutido. Nossa causa é apartidária e não pode ser usada para ataques. Tem de discutir cidadania, educação, mas distorceram nossa causa e virou baixaria”, disse o presidente da associação.
A reportagem do UOL entrou em contato com a Ecos, mas não houve retorno.
Foto 74 de 77 - 15.out.2012 - O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, faz um minicomício na rua 25 de março, famoso polo de comércio popular na região central da capital paulista, nesta segunda-feira. Por determinação judicial, a campanha do petista perdeu tempo do horário eleitoral na televisão nesta segunda à noite Mais Fernando Donasci/UOL

Entenda o caso

Em maio de 2011, quando o projeto Escola sem Homofobia, ainda estava em desenvolvimento, alguns dos vídeos do kit vazaram e foram criticados por deputados federais da bancada evangélica.
“Fizemos uma audiência na Câmara e apresentamos um vídeo. O [deputado federal Jair] Bolsonaro (PP-RJ) pegou o vídeo, o [deputado federal Anthony] Garotinho (PR-RJ) juntou com um material de Aids, drogas e prostituta, e levou para a presidente Dilma [Rousseff]: ‘Tá aqui o kit gay e vão distribuir nas escolas’. O Bolsonaro que deu esse nome homofóbico de kit gay”, afirmou Reis.
De acordo com o divulgado pelo MEC na época, o kit de combate à homofobia nas escolas seria composto de três vídeos --a primeira versão continha cinco-- e um guia de orientação aos professores que seriam enviados a 6.000 escolas de ensino médio.
Com duração média de 5 minutos, os vídeos --sobre transexualidade, bissexualidade e a relação entre duas meninas lésbicas-- seriam trabalhados em sala de aula pelos professores e não seriam distribuídos aos alunos.
Na época, a bancada evangélica acusou Haddad, então ministro da Educação, de ter decidido distribuir o kit sem consultar os deputados evangélicos e católicos como havia prometido.
Em protesto, os parlamentares anunciaram que iriam tentar convocar o então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, para explicar no Congresso seu aumento patrimonial e pedir a exoneração de Haddad. Palocci deixou o governo na sequência.
Sob pressão, no dia 25 de maio do ano passado, Dilma Rousseff determinou a suspensão da produção e distribuição do material.

FONTE E DIREITOS  -  http://eleicoes.uol.com.br/2012/noticias/2012/10/16/ong-que-fez-kit-anti-homofobia-para-haddad-e-a-mesma-que-fez-para-serra-entenda-a-polemica-do-kit-gay.htm

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