Foi preso em uma cobertura de luxo, na cidade de Gramado, Clóvis Ribeiro, mais conhecido como Nai. Em 2005 ele já fora preso juntamente com o goleiro Edinho, filho de Pelé, durante a chamada “Operação Indra”. Na época, a Polícia de São Paulo prendeu 13 suspeitos de tráfico, mas o inquérito judicial foi arquivado, pois a Justiça considerou que a obtenção de provas foi ilegal.
Nai ficou preso até 2008, quando foi para o Rio Grande do Sul onde trabalhava como pastor evangélico. Clóvis agora é acusado de envolvimento com o traficante Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas e de oferecer suporte financeiro a facções criminosas, como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho. Após Ronaldo ser morto por uma facção rival, Clóvis disse ter mudado de vida e abandonado o crime.
Mesmo assim, a polícia acredita que há pelo menos quatro anos ele abastecia mais de uma quadrilha com dinheiro lavado através de igrejas, além de três concessionárias de automóveis e uma oficina.
Gustavo Barcelos, delegado responsável pela prisão, acredita que o acusado enganou muitas pessoas dizendo que abandonara suas atividades criminosas e queria usar a religião para “salvar pessoas das drogas”.
Mesmo assim, ele tinha comportamento violento. Em 14 de novembro, ele ameaçou um pastor de Praia Grande (SP). O delegado Fábio Laino, do Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos) paulista conta que Nai o ameaçou de morte o pastor da Assembleia de Deus por conta de “uma dívida inexistente”.
Clóvis responde pelo homicídio de um dos integrantes do bando. Uma das suspeitas da polícia é que ele fazia parte do grupo que tinha envolvimento a guerrilha colombiana Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) fazendo troca de armas por drogas.
Nai era procurado desde o dia 27 de novembro, quando o Denarc de São Paulo expediu um mandado de prisão. O pastor estava em casa com a mulher e duas filhas e foi preso sem resistência.
Ainda não foi confirmada sua participação direta com as organizações criminosas, mas o delgado diz que ele responde a processos na Justiça de São Paulo por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de armas. Após ser ouvido, Nai deverá ser transferido para um presídio em São Paulo. As informações são do UOL e Zero Hora.
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