Pessoas que cometem crimes graves costumam recorrer a argumentos religiosos para justificar seus atos, em uma tentativa de se livrar do sentimento de culpa.
É o que revela estudo do professor de justiça criminal Volkan Topalli, de uma universidade de Georgia (EUA).
A imprensa tem qualificado o estudo de “provocativo” porque a religião é mais citada como um inibidor de comportamento criminoso, e não como um embasamento que o valide.
Essa “distorção” no uso da religião pode ser por ignorância ou proposital, conforme apurou Topalli ao entrevistar 48 criminosos, cristãos, na maioria. Ele disse que as justificativas para o crime são quase sempre criativas.
O entrevistado identificado no estudo como “Triggerman”, 33, por exemplo, afirmou que o assassinato que cometera não terá como consequência a condenação eterna no inferno. “Tudo pode ser perdoado por Deus”, disse o assassino. “Nós agora vivemos no inferno, e você pode fazer qualquer coisa no inferno”, argumentou. “Deus tem de perdoar a todos, mesmo aqueles que não acreditam Nele.”
“Detroit”, 47, é outro criminoso que não acredita que irá para o inferno porque, para ele, o inferno já é aqui, na Terra. “O que todos fazem é lutar para obter o céu.”
“Stunna”, 23, misturou sua origem social com religião para alegar que roubou porque não havia outra opção, por ser pobre e sem instrução, e que Jesus sabe disso. “Eu vou para o céu porque Jesus sabe que tenho um coração decente”, disse. “Ele sabe que eu estou na prisão porque apenas fiz o que tinha de fazer para sobreviver.”
“Cool”, 25, afirmou que sempre fazia uma oração antes de cometer um crime, para que Jesus o mantivesse calmo. “Assim, quando eu pedir perdão, Jesus terá de dar.”
O rapaz argumentou que quando o crime é cometido contra uma “pessoa má”, como um traficante de drogas ou molestador de criança, é como se fosse uma punição de Jesus.
O estudo de Topalli e de seus colaboradores na universidade se chama, em tradução livre, “Com Deus do meu lado: a relação paradoxal entre crença religiosa e criminalidade entre os agressores de rua”.
Ele tem servido para questionar os programas de assistência religiosa dos presídios dos Estados Unidos. A esse propósito, Topalli afirmou que as autoridades precisam entender que a apresentação de “uma doutrina religiosa a essas pessoas [criminosos] é insuficiente para mudar o seu comportamento”.
O professor argumentou que, em um programa de recuperação de presidiários, a religião tem de ser um instrumento de educação e formação de caráter, e não um fim em si mesmo.
Fonte: Paulopes
GRITOS DE ALERTA . SEU BLOG SEM CONTRA INDICAÇÕES .PARTE INTEGRANTE DO JORNAL DIGITAL DE JAGUARIÚNA E JORNAL DIGITAL DO BRASIL E JORNAL DIGITAL REGIONAL. - PROMO FÁCIL OFICIAL - PROMO LOVE OFICIAL PROMOFÁCIL , PROMOINSTA - PROMO BOOK - PROMOFÁCIL CARTV - SÃO MARCAS DE NOSSA PROPRIEDADE .
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O BODE E O JEGUE E A POMBA .
É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...
-
Revista Vigiai e Orai
-
Diversas ONGs estão atuando no Chifre da África e aceitam doações em dinheiro e trabalho voluntário. 3,2 milhões de pessoas precisam de aj...
-
O cantor de forró Darlyn Morais morreu após complicações por uma possível picada de aranha. Ele deu entrada no Hospital Geral de Palmas (H...
Nenhum comentário:
Postar um comentário