quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um dos possíveis sucessores de Bento 16 é favorável à criminalização da homossexualidade


13.fev.2013 - O cardeal ganense Peter Turkson, 63, é presidente do Conselho de Justiça e Paz do Vaticano. É popular na África por suas aparições na TV. De linha conservadora, defende a ortodoxia
Do UOL, em São Paulo
O cardeal de Gana, Peter Turkson, um dos possíveis candidatos a substituir o papa Bento 16, que deixará o cargo a partir de 28 de fevereiro, é a favor da criminalização da homossexualidade. Foi o que ele disse ao site " National Catholic Register", em uma entrevista publicada em fevereiro de 2012.
Ao comentar o projeto de lei sobre a criminalização da homossexualidade que tramita no Poder Legislativo de Uganda, Turkson, responsável pelo Departamento da Justiça e Paz e porta-voz do Vaticano para as questões sociais, afirmou que algumas das sanções impostas a homossexuais na África, entre elas a morte, são um "exagero", mas argumentou que a "intensidade da reação provavelmente é compatível com a tradição."
Turkson disse ainda não considerar a homossexualidade um estilo de vida. "... a última coisa que queremos [a Igreja] é infringir o direito das pessoas. Mas quando você está falando sobre o que é chamado de 'estilo de vida alternativa', são estes os direitos humanos?", questionou o cardeal, que emendou a justificativa com uma crítica ao secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, que pediu que o continente africano acabasse com a criminalização aos homossexuais.
"Ele [Ban ki-moon] precisa reconhecer que há uma sutil distinção entre moralidade e direitos humanos, e é isso que precisa ser esclarecido."
Se eleito no Conclave, que, segundo o Vaticano, está previsto para começar entre 15 e 20 de março, Turkson seria o primeiro pontífice negro e africano da história. O cardeal é especialista na Bíblia, já que estudou as Sagradas Escrituras no Instituto Pontifício Bíblico de Roma, onde se formou em 1980 e se tornou doutor nessa mesma matéria em 1992.
Além do inglês e da língua nativa fante, o cardeal ganês fala francês, alemão, hebraico e italiano - idioma muito importante, dado que o papa também se torna bispo de Roma. Para completar, Turkson também escreve em latim e grego. Ele, que em março de 2011 foi designado por Bento 16 como mediador do Vaticano no conflito da Costa do Marfim, também se destaca como um grande diplomático.

Papa Bento 16 renuncia ao cargo - 28 vídeos

 

 O papa Bento 16 anunciou sua renúncia na última segunda-feira em um discurso pronunciado em latim durante um encontro de cardeais no Vaticano. Ao justificar sua decisão, o pontífice de 85 anos alegou fragilidade por conta da idade avançada.

"Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino", disse o papa.
O pontífice afirmou ainda que "no mundo de hoje (...), é necessário o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado". "Por esta razão, e consciente da seriedade deste ato, em completa liberdade, eu declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro", acrescentou Bento 16.

ENTENDA O PROCESSO SUCESSÓRIO DO PAPA

Quando o chefe da Igreja Católica renuncia a sua função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.

Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no conclave.

Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
O Vaticano negou que uma doença tenha sido o motivo da renúncia. Mas, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo", uma disputa interna de poder praticada por ex-aliados nos últimos meses pode ser uma das razões para a tomada de decisão do pontífice. Esta é a primeira vez na era moderna que um papa da Igreja Católica renuncia ao pontificado. 
 
A renúncia de bento 16 será oficializada no dia 28 de fevereiro. E o cargo ficará vago até a eleição do próximo papa. A expectativa é  que o Conclave de cardeais, eleja um novo papa ainda em março, antes da Páscoa. O Vaticano anunciou que a eleição deve começar entre 15 e 20 de março.
 
Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no próximo papa. Para participar da papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
 
Em sua primeira aparição pública desde o anúncio da renúncia, o papa Bento 16 disse que tomou a decisão "pelo bem da igreja". Bento 16 agradeceu pelo "amor" e apoio dos fieis.
 
"Queridos irmão e irmãs, como sabem, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou em 19 de abril de 2005. Faço isso em plena liberdade pelo bem da igreja, depois de ter rezado muito e após examinar minha consciência diante de Deus, ", declarou Bento 16 diante de um salão lotado com cerca de 10 mil pessoas no Vaticano, onde foi ovacionado.
O papa Bento 16 denunciou durante a homilia da missa da Quarta-Feira de Cinzas "a hipocrisia religiosa" e a busca por "aplausos e aprovação".
 
Ainda no sermão, o pontífice defendeu que o "caminho penitencial" da Quaresma não deve ser feito pelo cristão sozinho, mas "juntos, irmãos e irmãs, na Igreja". Em seguida, citou as "divisões no corpo eclesial", a necessidade de fortalecimento da Igreja e defendeu que "viver a Quaresma numa mais intensa e evidente comunhão eclesial, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso para aqueles que estão distantes da fé ou indiferentes".
 
Em referência ao apóstolo Paulo, lembrou que ele "denuncia a hipocrisia religiosa, as atitudes que buscam aplauso e aprovação" e pediu que o testemunho mais incisivo do cristão é o de quem "não serve ao mesmo e ao público, mas ao Senhor". Ao final da homilia, Bento 16 pediu que os católicos iniciem a Quaresma "confiantes e alegres".
 
 
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