PREFEITO DO PC DO B - |
Ao justificar a exoneração do funcionário José Adilson Telles, que é pastor evangélico, a prefeitura afirmou que mantê-lo era contra a Constituição que garante que o Estado é laico.
“O trabalho espiritual é importantíssimo, principalmente para o conforto dos familiares do paciente e tem tudo a ver com a humanização do serviço de saúde que estamos implementando na cidade”, disse o prefeito.
Bigardi diz quem desejar prestar o serviço de capelania no hospital terá que fazer de forma voluntária. “Todas as pessoas que desejam oferecer isso em sinal de amor e respeito ao próximo terão este direito garantido pelo Estado Laico no qual vivemos, mas desde que voluntariamente, sem nenhum tipo de pagamento”.
Telles foi contratado pela Secretaria de Saúde para receber o salário de R$2,5 mil segundo informou o Jornal de Jundiaí. Os planos do secretário Cláudio Miranda era que o representante evangélico recebesse uma sala para fazer os atendimentos da mesma forma que acontece com o padre Jorge Demarchi que cuida capela do hospital.
O Jornal de Jundiaí também informa que o padre recebe um salário de R$700 e que a secretaria teria o plano de equiparar seu salário com o do pastor. Demarchi trabalha dentro do hospital São Vicente e também atua como coordenador do Setor de Comunicação da Diocese de Jundiaí.
A diferença é que o salário do pastor seria pago diretamente pela prefeitura, enquanto que o padre recebe pela Cúria Diocesana o valor que seria uma ajuda de custo para que ele possa se manter.
Contratação de pastor gera debate em Jundiaí
Foi o Jornal de Jundiaí quem levou ao conhecimento público que o pastor Telles teria sido contratado para ser capelão do hospital municipal. A notícia gerou grande polêmica e uma manifestação popular iniciou nas redes sociais pedindo a exoneração.
O vereador Rafael Antonucci (PSDB) enviou um ofício ao secretário Cláudio Miranda pedindo a anulação do contrato alegando que a contratação é uma “verdadeira atrocidade financeira” impedida, inclusive, pelo artigo 19 da Constituição Federal.
Em três dias de polêmica a prefeitura resolveu intervir no caso e realizar a exoneração.
GP
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