quarta-feira, 1 de maio de 2013

UMA GRANDE MULTIDÃO





“1NAQUELES DIAS, HAVENDO UMA GRANDE MULTIDÃO, E NÃO TENDO QUE COMER, JESUS CHAMOU A SI OS SEUS DISCÍPULOS, E DISSE-LHES: 2TENHO COMPAIXÃO DA MULTIDÃO, PORQUE HÁ JÁ TRÊS DIAS QUE ESTÃO COMIGO, E NÃO TEM QUE COMER. 3E, SE OS DEIXAR IR EM JEJUM, PARA SUAS CASAS, DESFALECERÃO NO CAMINHO, PORQUE ALGUNS DELES VIERAM DE LONGE. 4E OS SEUS DISCÍPULOS RESPONDERAM: DE ONDE PODERÁ ALGUÉM SATISFAZÊ-LOS DE PÃO AQUI NO DESERTO? 5E PERGUNTOU-LHES: QUANTOS PÃES TENDES? E DISSERAM-LHE: SETE. 6E ORDENOU A MULTIDÃO QUE SE ASSENTASSE NO CHÃO. E, TOMANDO OS PÃES, E TENDO DADO GRAÇAS, PARTIU-OS, E DEU-OS AOS SEUS DISCÍPULOS, PARA QUE OS PUSESSEM DIANTE DELES, E PUSERAM-NOS DIANTE DA MULTIDÃO.” MARCOS 8:1-6

“1NAQUELES DIAS, HAVENDO UMA GRANDE MULTIDÃO, E NÃO TENDO QUE COMER, JESUS CHAMOU A SI OS SEUS DISCÍPULOS, E DISSE-LHES: 2TENHO COMPAIXÃO DA MULTIDÃO, PORQUE HÁ JÁ TRÊS DIAS QUE ESTÃO COMIGO, E NÃO TEM QUE COMER.” MARCOS 8:1-2

O evangelho é manancial (origem, fonte perene, perpétuo, que não acaba, abundante, incessante, contínuo, imperecível, eterno, ininterrupto, que corre sem cessar) e recurso inesgotável de ensinamentos. Observe que para expulsar do templo os vendilhões Jesus fez um azorrague (açoite) de cordéis, a indicar que no sentido reeducacional, para reeducar, ele fez um azorrague de cordéis. E para nutrir, alimentar, abastecer, para dar suprimento alimentício a um metabolismo de crescimento consciente e efetivo às criaturas ele multiplicou pães.

Sem dúvida, todo texto das escrituras está repleto de símbolos, e precisamos saber entendê-los, tirar dos símbolos o aspecto essencial para a nossa caminhada. Sabendo que esse pão que Jesus estava distribuindo na multiplicação apresentava um recado nele. Assim, temos que compreender que a oferta que ele vai trabalhar na multiplicação tem um sabor acentuadamente intrínseco, moral. O evangelho é mensagem direcionada ao espírito e o legítimo pão que ele multiplica é o pão do espírito.

Veja com atenção o primeiro versículo (“Naqueles dias, havendo uma grande multidão”). Naqueles dias é circunstância temporal a definir anterioridade a algo. Trazido para os dias de hoje indica o momento propício, adequado, para um atendimento, para uma realização.

Evangelho, como código a pressupor a exteriorização do amor, nos convida a um trabalho e atividade operacional a processar-se sempre junto à multidão. Ou seja, todo o processo aplicativo do evangelho presume a existência de uma multidão. Não tem como a gente aplicar o evangelho trancado dentro de um quarto.

Afinal, nós vivemos em um sistema de interação, e as pessoas com as quais nos relacionamos representam os degraus para o nosso crescimento, o piso onde estruturamos todo o nosso reerguimento. Os semelhantes são os componentes que vão nos oferecer o plano de ascensão (vamos nos edificar por meio de obras realizadas junto às criaturas filhas de Deus). Apenas nos elevamos tendo como ponto de sustentação, para a nossa subida, criaturas com as quais nos interagimos. Sozinho não há como ninguém crescer de forma efetiva.

E tem mais: “Naqueles dias, havendo uma grande multidão, e não tendo que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos.” Notou algo interessante? Jesus visualiza a multidão, ele visualiza a multidão em um sentido completo, ampliado, sem discriminação. Uma “grande multidão”. E nós estamos, com o evangelho à luz do entendimento, aprendendo a visualizar a multidão, trabalhando o campo íntimo em uma proposta nova de fazer o bem sem olhar a quem.

Porque por enquanto a nossa multidão não é “uma grande multidão”, mas uma multidão relativa. Ela costuma se constituir de um pequeno grupo de criaturas que nós elegemos no plano do nosso interesse pessoal, mediante um procedimento discriminatório no campo da acepção de pessoas pela nossa conveniência.

O Cristo vai atender uma “grande multidão”. E nós? Inicialmente, a quem vamos atender?
A multidão inicial que intimamente nos interessa é a presente no ambiente em que estamos ajustados. Geralmente, dois, três, quatro ou cinco pessoas orbitando em nosso campo cármico e carecedores do nosso atendimento, resultantes, em tese, de necessidades básicas e fundamentais do nosso passado. A multidão a ser trabalhada é a nossa, dentro dessas necessidades imediatas, razão pela qual a criatura vai até Jesus se abastecer e voltar para sua casa (“E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho.”) Notou? Não tem como fugir disso sem grave prejuízo à harmonia. Muitos acham que caíram em determinadas famílias de pára-quedas, mas não existe isso, é na família onde estão as necessidades fundamentais dos espíritos.

Sim, meus amigos, o plano operacional do evangelho se processa junto à multidão, pois nos encontramos conjugados uns aos outros, quer queiramos ou não.

É multidão. Imaginou? Pois é, multidão tem de tudo. Os mais altos, os mais baixos, os que sabem mais, que sabem menos. Inclusive os que vieram de longe (“Naqueles dias, havendo uma grande multidão, e não tendo que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos, e disse-lhes: Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não tem que comer. E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe.”).

Interessante essa expressão “os que vieram de longe”. Estamos aprendendo junto e você está lendo este texto agora de algum lugar. Quem está próximo de você, e quiser ir até você, terá que despender algum esforço. Logo, esses que “vieram de longe” aponta que dentro dessa multidão existem os que estão vindo de muito mais distância. Mas não é um longe no seu sentido físico, geográfico, é mais além, não é uma distância medida em quilômetros. São aquelas entidades cansadas, aquelas almas saturadas, combalidas, desgastadas, sofridas, ansiosas por paz e reconforto. É a distância percorrida por muitas individualidades sob a tutela da determinação pessoal. Aquelas individualidades que percorreram uma longa jornada na estrada evolutiva para se adequarem à realidade crística, para sentirem o desejo de buscarem e se abastecerem com o Cristo (longa jornada, às vezes, muitas encarnações inclusive).

A multidão, sem dúvida, tem de tudo. E nós temos que saber nos relacionar com um mundo que tem de tudo. Resultado: quem não souber se relacionar na caminhada daqui para frente com os desajustados, os complicados, os diferentes, com aqueles nos graus evolutivos mais diferenciados, não ascende, não evolui, não avança.

E diante da multidão, o que Jesus fez?
Chamou a si os seus discípulos (“havendo uma grande multidão, e não tendo que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos”). Ele não chama para si os deveres dos discípulos, mas chama a si os seus discípulos. Como o professor que não chama a si os deveres dos alunos, sob pena de subtrair-lhes a preciosidade da lição.

Pelos conhecimentos que temos recebido na atualidade (o mundo nunca recebeu tanto conhecimento espiritual como hoje), Jesus, passados dois milênios, está embutido em nossa própria intimidade. Isso mesmo, o Cristo se encontra dentro da gente. Então, no fundo, somos nós mesmos que estamos falando nesse sentido. É como se fosse o Cristo íntimo, dentro da gente, conhecedor da extensão das nossas necessidades, das nossas dificuldades, das nossas carências, da nossa fome, da nossa fragilidade, do nosso jejum, nos chamando a ele próprio. Chamando-nos à responsabilidade aplicativa do evangelho, chamando-nos ao plano operacional. Para a vivência dos seus ensinamentos.

Porque quem chama, chama para algo. Ninguém chama à toa. Esse chamar a si (“chamou a si os seus discípulos”) tem um sentido de despertar. Chamar para fazer.
 
VIA GRITOS DE ALERTA

Nenhum comentário:

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...