O primeiro casamento gay celebrado pela Embaixada da França no Brasil ocorre cerca de um mês depois de a França aprovar a união homoafetiva
Pela
primeira vez, a Embaixada da França no Brasil promoveu um casamento
civil entre pessoas do mesmo sexo. A união dos empresários franceses,
radicados na Bahia, Gilles Barral, 51 anos, e Didier Oumnas, 46 anos,
foi oficializada na manhã desta quarta-feira, Dia dos Namorados, pelo
cônsul Frank Laval. O casamento ocorreu em clima de festa, mas com
poucos convidados, entre amigos e funcionários da representação
diplomática.
Barral e Oumnas vivem juntos há mais de 20 anos. Ao
longo da união, ambos construíram e gerenciam o Hotel Casa do
Amarelindo, em Salvador. Demonstrando alegria e felicidade, o casal se
disse satisfeito por "cumprir a lei". A união foi celebrada com dois
beijos - um no momento de brinde aos noivos e outro quando o cônsul
anunciou o término da cerimônia.
A cerimônia foi simples e objetiva, e dorou pouco mais
de 10 minutos. Usando roupas idênticas - terno bege claro, camisa azul e
gravata da mesma cor - Barral e Oumnas não deixaram de sorrir um minuto
sequer. Ambos passaram a usar uma aliança de prata na mão esquerda.
O primeiro casamento homoafetivo celebrado pela
Embaixada da França no Brasil ocorre cerca de um mês depois de as
autoridades francesas aprovarem a união entre pessoas do mesmo sexo. A
lei na França autoriza também a adoção de crianças por casais
homossexuais e foi sancionada pelo presidente francês, François
Hollande, em 18 de maio.
Na França, o casamento gay gerou protestos a favor e
contrários à lei. Manifestantes saíram às ruas, em ocasiões distintas,
para protestar contra a nova lei, argumentando que ela agride os
direitos da família. Os favoráveis ao texto saíram às ruas elogiando a
medida, sob argumento de que ela promove a preservação dos direitos
humanos no país.
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