O marido de uma grávida que perdeu os filhos gêmeos foi orientado por funcionários do Hospital Menino Jesus, em Itapemirim, no Sul do Espírito Santo,
a guardar um dos corpos dentro da geladeira de casa até o sepultamento
das crianças. O caso foi registrado no sábado (13). A família contou que
o parto foi prematuro e que o bebê ficou por oito horas no refrigerador
até ser sepultado. O hospital informou que a direção formou uma
comissão para investigar o ocorrido. Já a Prefeitura de Itapemirim
esclareceu que a unidade não acionou a assistência social após a morte
da criança.
A mãe das crianças, Sueli Cardoso, contou que estava grávida de um
casal e que o parto foi prematuro. O menino não resistiu e faleceu dez
minutos após o nascimento. Ela foi transferida, então, para outro
hospital, para tentar dar à luz a menina, que também não resistiu. “Eu
fui transferida e o menino ficou lá. Mais tarde ele foi entregue para o
pai em uma caixa de papelão, para ser trazido para casa e colocado na
geladeira como um objeto qualquer”, relatou Sueli.
Família chegou a guardar o bebê na geladeira
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
“A sensação é de muita indignação, muita revolta, muita tristeza. Isso
não se faz. Se eu tivesse feito isso, estaria presa. Não consegui dormir
até agora”, desabafou.(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
A assessoria do Hospital Evangélico, responsável pelo Hospital Menino Jesus, informou que a direção formou uma comissão para averiguar o que aconteceu. Todas as pessoas envolvidas no caso serão ouvidas e o prontuário será analisado. O prazo para que a investigação seja realizada é de dez dias. Depois da conclusão, o hospital tomará as medidas cabíveis.
A Prefeitura de Itapemirim informou que o hospital não acionou a assistência social após a morte da criança. O procedimento, segundo o órgão, é necessário para que o município ajude quando a família não tem condições de arcar com os custos do enterro.
FONTE . G1.COM.BR
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