segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ele guerreou por um homem e se esqueceu de lutar por uma nação


No desespero da guerra, muitos homens perdem a consciência. Embrenham-se entre armaduras e espadas e esquecem-se de Quem está sobre todas essas coisas da Terra.
Naquele dia, no monte Gilboa, um escudeiro deixou sua mente aterrorizada pela guerra confundi-lo e passou a acreditar que lutava por um homem quando, na verdade, lutava por uma nação.
Mortos se aglomeravam ao seu redor e os filisteus, cada vez mais implacáveis, tiravam a vida dos filhos de Israelde forma cruel e imperdoável. Caíram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, os príncipes, e o escudeiro nada pôde fazer. A seu lado, Saul, o grande rei, também lutava, mas o desespero era cada vez mais visível em seus olhos.
O que um homem deve fazer quando seu líder tem medo? Quando nem o próprio comandante confia na vitória, como poderia ele confiar?
“Arranca a tua espada e atravessa-me com ela, para que, porventura, não venham estes incircuncisos, e me traspassem, e escarneçam de mim.” Foi o que ele ouviu de Saul.
Seu próprio líder queria ser morto. Viu que os flecheiros avançavam contra ele e temeu a dor, preferiu a morte. É claro que ele não aceitou matar aquele por quem lutava, mas de nada adiantou sua recusa. Saul tomou sua espada e a enfiou no próprio ventre.
De repente, mais nada fazia barulho. O silêncio reinava ao redor e ele via toda batalha ao redor em câmera lenta, como se estivesse dentro de um túnel muito longe e, ainda que gotas de sangue alheias lhe caíssem no corpo, não podiam atingi-lo. Nada mais podia. Tudo estava acabado.
Com cuidado, tirou a espada das mãos de seu rei e ajoelhou-se ao seu lado. Se o homem pelo qual lutava estava morto, também ele deveria estar. Com o sangue de Saul misturando-se ao seu, meteu o frio metal no ventre.
(*) 1 Samuel 31:1-5

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