terça-feira, 22 de setembro de 2015

'Jamais mataria meu marido', diz Tania Levy, cantora gospel presa por homicídio



Depois de ficar dois meses na prisão, a cantora gospel Tania Levy, acusada de matar o marido em São Pedro (SP)[/url], afirmou que viu “a mão de Deus” durante o tempo que ficou na penitenciária. Em entrevista ao G1, a artista de 38 anos contou detalhes sobre o período de detenção, falou sobre a relação com a vítima e a acusação de assassinato, além da dificuldade para retomar a carreira enquanto responde ao processo de homicídio. (veja no vídeo acima os trechos da entrevista).

O marido de Tania Levy, o guarda municipal Eliel Silveira Levy, morreu em 2013. O corpo dele foi encontrado no porta-malas de um carro incendiado. Após quase dois anos de investigação, a cantora foi presa no dia 16 de julho de 2015. Ela estava em uma casa no Jardim Ibirapuera, em Piracicaba (SP). Segundo a advogada da artista, a polícia trabalha com a hipótese de crime passional.

Tania teve habeas corpus concedido pela Justiça na última quinta-feira (17). Pelo menos 20 quilos mais magra após o período na cadeia, ela afirmou que a prisão a fez perder a “ingenuidade” e que se apoiou na religião para superar as dificuldades e a solidão na penitenciária. A cantora afirma que recebeu um “aviso” de que seria solta.
Imagem redimensionada“Foram dias muito difíceis. Eu tive que ficar por dez dias em um local onde a porta era fechada e só meus olhos e minhas mãos podiam ser vistos, mas antes desse tempo acabar, decidiram abrir a porta e eu não precisei mais ficar trancada sem ver ninguém. Eu vi a mão de Deus, ele me deu um aviso de que eu poderia me apoiar nele mais ainda e que eu seria solta em breve”, disse Tania, que ficou na Cadeia Pública de Santa Bárbara d’ Oeste (SP) e na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu (SP).

‘Envolvido com crime’

A suspeita da polícia de que Tania estaria envolvida na morte do marido surgiu logo depois que o corpo do guarda municipal foi encontrado. De acordo com a artista gospel e com a advogada Manuela Guedes, que acompanhou a entrevista nesta segunda-feira (21), a polícia trabalha com a hipótese de que a cantora matou o marido depois de descobrir uma relação extraconjugal.
Imagem redimensionada“A relação existiu sim, meu marido teve um caso com uma mulher, mas eu perdoei, eu entendi as razões dele, eu amava meu marido, eu jamais mataria meu marido por qualquer motivo que seja. Eu não merecia estar sendo acusada. Não entendo porque estão me acusando”, afirmou Tania.

Além de dizer que é inocente, a cantora gospel afirmou à reportagem que, meses antes da morte do guarda municipal, descobriu o envolvimento dele com criminosos e que isso, segundo ela, pode explicar a morte do marido. Tania, no entanto, disse que não poderia dar detalhes sobre quais eram as atividades ilegais do companheiro.

“Ele se envolveu com o crime, inclusive já havia sido preso duas vezes. Tinha gente que queria matá-lo. Eu fiquei com medo de ser alvo desses criminosos também. A polícia também tem que trabalhar com essa hipótese. Meu marido tentou esconder esse envolvimento com o crime, mas acabei descobrindo”, disse.

'Acredito naquilo que canto'

Depois de ser libertada da cadeia, a artista retornou a Piracicaba e agora pretende retomar a carreira interrompida pela prisão e pela acusação de assassinato. Ainda sem saber se vai a julgamento, Tania contou que chegou a ficar com receio de ter que parar de cantar pelo risco de perder a confiança das pessoas no meio evangélico.

"Eu acredito naquilo que eu canto. Eu louvo a Deus porque foi assim que eu fui criada. Eu sou assim. Nós temos que ser aquilo que a gente prega, assim nós podemos ajudar as pessoas também. Tive medo, mas depois decidi seguir em frente por ter a certeza de que eu sou inocente e de que mais cedo ou mais tarde o culpado vai aparecer", disse.

Na época da prisão, a Polícia Civil informou que havia chegado até a cantora através de apurações e coleta de provas. No entanto, Tania contraria a versão da investigação e afirma que não existem provas contra ela. "Eu não deveria ter sido presa porque eu quero ajudar nas investigações. Eu não matei ninguém e vou tentar provar isso", afirmou a cantora.

Fonte: G1

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