quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Igreja deve devolver R$ 2 milhões doados por acusado de golpe


O Ministério Público em Ribeirão Preto (SP) pediu a devolução de mais de R$ 2 milhões que teriam sido doados a uma igreja evangélica frequentada pelos donos do site Pank, acusados por um golpe estimado em R$ 250 milhões com a venda de produtos pela internet.

Apontado pelas fraudes ao lado da mulher Viviane Boffi Emilio, o empresário Michel Pierre de Souza Cintra foi levado nesta quinta-feira (3) de Cascavel (PR), região onde foi preso na última segunda-feira (31) durante uma fiscalização em um ônibus feita pela Polícia Rodoviária Federal, por agentes da delegacia seccional de Ribeirão Preto.

Antes de ser preso, Cintra foi investigado por seis meses e flagrado por câmeras de segurança na região do Morumbi, em São Paulo, onde morou em um apartamento alugado por R$ 5 mil por mês, segundo as investigações. Ele também foi visto no Terminal Rodoviário do Tietê, de onde partiu para a viagem a Foz do Iguaçu (PR) na qual acabou encontrado pela polícia. A suspeita é de que ele tentava uma fuga para Santiago, no Chile.

A mulher dele está presa desde setembro do ano passado.
De acordo com o promotor de Justiça Aroldo Costa Filho, a igreja sabe da origem ilícita dos recursos recebidos pelo empresário e não deve permanecer com o dinheiro.

"Aguardo manifestação da igreja no sentido da devolução espontânea de todo o dinheiro doado, pois a partir do momento que eles tomaram conhecimento de que esse dinheiro foi auferido por prática de crime eles têm consciência da ilicitude desse dinheiro e, portanto, devem devolver", disse.

Caso não haja colaboração, ele deve ingressar com uma representação. "Se não houver uma devolução espontânea eu devo instaurar um procedimento para se apurar inclusive se eles [integrantes da igreja] estavam de boa ou de má fé ao receberem esse dinheiro doado."

Costa Filho também apura quem ajudou o empresário, e de que maneira, durante o período em que ele permaneceu foragido.

"Nós temos algumas informações de que, além de seus parentes que colaboravam inclusive comparecendo para alugar imóvel e forneciam dinheiro, há outras pessoas investigadas pela Interpol [Organização Internacional de Polícia Criminal] que deverão prestar informações para que esclareçam a sua participação na ocultação desse foragido", disse. 

Fonte: 24HorasNews

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